Saint Seiya Memórias: História Oculta Do Santuário escrita por Katrinnae Aesgarius


Capítulo 25
INTERLÚDIO :: Van Qüine


Notas iniciais do capítulo

Um pouco mais sobre Quine, o jovem que traz as revelações dos segredos do Santuário, e numa conversa solitária com a armadura de Gêmeos.



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Não tinha ideia de quanto tempo estava ali deitado olhando para o teto. Não conseguiu pregar os olhos pensativo no que havia lido superficialmente no diário, somado ao desejo de buscar as respostas com um único toque na armadura de Gêmeos, brilhante e exposta no Templo Zodiacal onde passava a noite.

Estava num dos quartos daquele templo, o único haver dois aposentos distintos. Em qual deles seu pai ocupara era uma incógnita. Em ambas havia assinaturas de seus cavaleiros não com seus nomes, mas com seus títulos. Porém, por aquele quarto haver maiores inscrições, acreditava ser aquele ocupado por seu pai.

Quando se levantou daquela cama, coberta somente por sua capa de viagem, ficou a pensar sobre o que, de fato, teria motivado sua mãe partir, deixá-lo a cuidado de terceiros. Diversas vezes leu sua dedicatória e o perdão em suas palavras acompanhada das manchas provocada possivelmente pelas lágrimas. Algumas letras finais até mesmo estavam tremidas. Era como se pudesse ver o desespero de sua mãe ao escrever aquilo e partir, deixando um filho para trás .

Deixou o diário sobre a cama e caminhou pelo quarto, saindo deste para um corredor e olhando a outra porta de frente. Trancada. Não forçaria, apenas seguiria para o corredor que levava ao templo propriamente dito. Estava num nível elevado, com visão para todo o templo de Gêmeos, notando o brilho da armadura de Ouro que já recebia os primeiros raios de sol daquela manhã.

Era como um chamado que fez o garoto descer, degrau por degrau, sem desviar os olhos da indumentária dourada e caminhar em direção desta, parando novamente à sua frente como na noite anterior desejando tocá-la e revelar todos os segredos. E tão como desejou tocá-la, hesitou e recuou a mão, sentando-se de frente para ela, para Kwannon Bodhisattva, a deusa da misericórdia, observando seu reflexo na armadura.

— Ela devia amá-lo muito... amá-lo o bastante para... largar tudo para salvá-lo. — dizia Qüine com a voz embargada, mas segurava as lágrimas fechando fortemente os olhos e olhando para o chão, para as suas mãos que dedilhava sobre seu pé. — A maneira como ela fala de você no diário é... incrível! — forçou um sorriso, respirando fundo. — Existem poemas dedicados a você e... existe um que pareceu especial que dizia assim...

Uma estrela brilha sobre ti,

Iluminando seu sorriso...

Um sorriso apaixonado

Acompanhado de seu olhar,

profundo e hipnotizante.

Eu me perco nesses olhos,

Em sua profundidade e

em seu doce encanto...

Tão como de seus lábios

Que me levam ao paraíso

Levando-me ao paraíso...

Contemplar a felicidade.

Qüine parou de recitar aquele breve poema como alguém que ficara a ler por horas aquelas palavras, com os olhos fechados, a lágrima cortando sua face. Ele mesmo ao ler sentiu as lágrimas queimarem sua face involuntariamente, percebendo somente ao ver as gotas caírem nas folhas amareladas sobre o nome Saga.

— A minha vontade era tomar o caminho mais curto e não conhecer nas folhas do diário, mas vislumbrar tudo isso, pois tenho a certeza de que Gêmeos... — dizia tocando superficialmente a armadura. — ... poderia me dizer, mas confesso ter medo. Medo de não estar preparado para ver o que guarda em suas memórias, na dor que havia nas despedidas dela. Eu só me pergunto... Por quê? Por que tudo teve de terminar assim...?

.

.

.

A última urna era fechada. Havia acabado de restaurar mais uma fila de armaduras da qual Kiki empilhou num canto, somando a 12º. Tomou uma garrafinha de água em mãos e bebeu toda num só gole. Restava mais uma dezena àquela altura. Não reclamava, era gratificante aquilo. Havia herdado um legado e se orgulhava desse seu dever. Sempre admirava seu mestre Mu naquele trabalho, percebendo sua dedicação de cuidado com os detalhes da qual buscava seguir de maneira religiosa.

— Há quanto tempo vem restaurando essas armaduras, Kiki? — indagou Qüine com os braços cruzados encostados numa pilastra.

— Dez anos. — disse ainda de costas, reunindo as ferramentas, apenas com sua telecinese, sobre a mesa e se voltando para Qüine. — Dez gratificantes anos. E se não fosse você ter me ajudado com aquelas em Jamir, acho que estaria pouco além da metade.

— Curioso... — disse desencostando e caminhando até o irmão. — Sei que não existem muitos, mas é incrível que seja o único lemuriano a cuidar disso.

— Existem outros, mas prefiro que confiem a mim as armaduras. Lembre-se que outros lemurianos foram também responsáveis por... — dizia Kiki até ser completado por Qüine, com ambos entoando juntos o termo 'Cavaleiros Negros'.

— Por que fizeram isso? Sei que já explicou, mas... não entendo.  — indagou Qüine tomando as ferramentas de Cinzel, usado para restaurar as armaduras de Prata.

— Vingança! — simplificou Kiki. — Mestre Mu dizia que apenas entendia como sendo uma vingança daqueles que jamais aceitaram do porquê serem esquecidos ou renegados por Athena. Há muitas histórias, Qüine.

— E você me contou diversas delas. — disse o rapaz olhando para ele, deixando as ferramentas sobre a mesa.

Kiki percebeu a voz um tanto triste vindo de Qüine e parou de guardar o material de trabalho. Aprendera a conhecer seu jeito naqueles últimos anos, embora não tivesse sido uma tarefa assim tão fácil em lidar com um garoto comum de uma cidade alemã e torná-lo ciente de quem realmente era. Principalmente quando ele já havia despertado o cosmo e habilidades de maneira tão precisa.

— Dormiu em Gêmeos, não foi? — viu Qüine levantar a cabeça para ele piscando. — Eu o procurei no quarto e estava para sugerir isso, mas não o encontrei. Então...

— Sim, dormi em Gêmeos. Quero dizer... ao menos tentei. — e sorriu sem graça. — Não, não me atrapalhou. Eu saí antes e fui para lá. Precisava ficar sozinho. Pensar... refletir um pouco... — a voz dele saiu falha naquele momento, tentando falar sem sucesso. Apenas abria a boca, olhando para a frente, para o teto, engolindo a seco. — E querer entender tudo isso. Não acredito que as respostas estarão no diário.

Kiki sabia onde ele queria chegar, mas nada respondeu. Somente trocou olhar com seu mais novo irmão, bagunçando seus cabelos presos.

A minha vontade era de pular páginas e chegar no fim, mas não posso fazer isso, embora eu li uma folha e... tive medo. — disse com a voz embargada, mas não havia lágrimas, mas realmente temor em seus olhos. — E se acontecer o mesmo Kiki. E se eu... — Kiki apenas assentiu, puxando-o pela nuca.

— Não tem 'se'... por que não vai acontecer, entendeu? — Kiki colou a sua testa ao dele. — Não há por que ter medo. — e beijou sua testa, sentindo-o respirar pesado.

Passos foram ouvidos e ambos perceberam as servas trazendo água, frutas, leite e pães quentes de Rodório. Trocaram olhares conciliadores de quem dizia que continuariam aquela conversar particular mais tarde. Por hora, apenas acabariam de guardar o material e fariam o desjejum.

A conversa que se seguiu foram trivialidades, sobre a rotina e um mapeamento do Santuário. Qüine já havia explorado alguns lugares como o Campo das Amazonas, mas não de modo irresponsável e libertino, mas em busca do abrigo onde sua mãe ocupava em seu tempo. Kiki até mesmo deixara recomendações sobre aproximar-se do lugar e da ronda as Amazonas, fazendo-o lembrar da garota que encontrara e vendo Qüine fazer uma careta. Havia algo a ser feito e, conhecendo Kiki, ela seria devidamente cumprida.

— Vou entregar algumas armaduras, mas não vou me demorar. Seria bom voltar a sua rotina em Jamir e treinar, não acha? — disse Kiki empilhando duas armaduras e fazendo-as levitar do chão. — Não vou me demorar. — e saiu.

Qüine apenas cruzou o braço vendo o irmão sair e se voltando para o interior de Áries, próximo as escadarias de mármore. Não seria preciso subir para pegar suas roupas de treino. Removeu somente a blusa de algodão de manga que usara para dormir e jogara num canto, apoiando-se na bancada ali próxima. Sentia a cabeça ainda pesar.

De fato, treinar seria gratificante para ajudar a extravasar aquela tensão e aliviar sua mente de tudo aquilo, mantendo-a ocupada. Desde que chegou ali há uma semana que não havia retomado seus treinamentos, e ele mesmo havia dito que se prepararia para estar ao nível de seus pai. Tomava uma blusa amarelada e jogava no ombro, procurando o peitoral e as bandagens quando viu o diário através do espelho do outro lado do corredor.

Se por um lado pensava em treinar para aliviar-se da tensão, pelo outro não se sentia realmente motivado aquilo, mas com grande desejo de devorar aquelas páginas e chegar ao que tanto ansiava. Hesitou, baixando a cabeça e olhando o diário, sob a mesa, fechado.

Deu a volta e foi até o mesmo e sorriu. Teria a tarde para treinar, ou treinaria e usaria o descanso para ler. Foi quando ouviu passos e franzindo o cenho. Kiki já havia retornado? Tomou o diário e guardando em suas costas, prendendo pela calça. Seria coberto pela blusa, embora nada tinha a esconder ao irmão.

— Onde acha seguro para que eu... — dizia seguindo para o hall, com a blusa ainda em seu ombro até perceber que se tratava a garota do dia anterior.

Nem mesmo lembrou de estar com torso nu, exibindo o peitoral trabalhado e os ombros um pouco largos. Tinha braços esbeltos e fortes, vestidos apenas com bandagens que começavam nos dedos e seguiam até próximo dos cotovelos. O abdômen definido se mostrava até o ponto em que a calça escura começava, a poucos centímetros abaixo do umbigo. Estava calçando sandálias gregas cujas tiras subiam firmes até próximo do joelho, que se encontrava protegido com uma peça de metal.

— Ora, você aqui...? — disse ele num tom provocativo, virando-se para ela com seu sorriso provocante no rosto enquanto mexia no cabelo, jogando-o para trás. — Veio ferroar alguém? — e puxava a blusa do ombro, esticando a mesma e vestindo.

Não houve uma resposta, somente de que ela recostava numa pilastra e virando o rosto para a entrada do Templo de Áries. Qüine apenas riu silencioso e balançando a cabeça. Colocava o cinto de couro e prendia o cabelo de qualquer modo, deixando algumas mechas caindo sobre seu rosto.

— Kiki não vai demorar. — disse por fim, dando as costas e seguindo para direção oposta. Apanharia apenas uma garrafinha para levar com água em vista do calor que o aguardava ao longo daquele dia.

Nem bem se afastou demais e Qüine ouviu o cumprimento de seu irmão, praguejando mentalmente. Esperava sair antes mesmo da chegada de Kiki. A sua intenção era seguir pelo acesso dos serviçais do templo, de modo a não se encontrar com o irmão e evitar aquilo. Tarde demais. Nem bem dera alguns passos e ouviu Kiki chamá-lo.

"Onde pensa que vai?", indagou Kiki fazendo Qüine encolher-se diante daquela chamada. Ele odiava aquele tom incisivo do irmão, e um rápido olhar por cima dos ombros apenas o viu olhando-o com a mão na cintura e fitando-o com uma expressão séria. "Merda!", pensou Qüine engolindo a seco e se voltando para ele.

— Er... Ahn... E-Eu estou... Estou indo treinar, Kiki. — respondeu de forma pouco convincente e com largo sorriso cínico no rosto.

Se havia algo da qual Qüine mais odiava além da seriedade do Kiki, era quando soerguia o semblante, e diante de sua resposta foi exatamente o que ele fez, fazendo-o com que gelasse momentaneamente, principalmente quando o viu chamá-lo com o dedo indicador para que se aproximasse.

Por que tinha que ser diante daquela garota?

— Está bom aqui? — questionou Qüine abrindo os braços e revirando os olhos.

Qüine bufava, cruzando os braços em seguida quando percebia a aproximação de Kiki junto a ele, chamando para que Antares também se aproximasse. O rapaz nem mesmo a olhava diretamente. Olhava o teto, as paredes, as pilastras e buscava até mesmo um maldito mosquito, borboleta, dragão voando ali. Quando fechou os olhos e reabriu vendo-a diante dele, Kiki estava ao lado, entre os dois.

— E agora está bom? — perguntou Qüine impaciente e soltando um suspiro enquanto se voltava para o irmão, ignorando a presença da garota, a quem ele chamou de Antares. Já até havia esquecido seu nome.

— Bem melhor... — respondeu o lemuriano com alguma severidade e cruzando os braços. — Agora, peça desculpas à ela.

"O QUÊ!?", exclamaram os dois alternando do ariano para um e outro e de volta a Kiki. Qüine sabia que o irmão o faria se desculpar com aquela garota, de nome Antares, porque haviam conversado na noite anterior, mas não imaginava que fosse impor assim, daquela maneira.

O rapaz abriu e fechou a boca diversas vezes, mas seria em vão. Se tivesse que acabar com aquilo, que fosse rápido. Levou as mãos na cintura e abaixou a cabeça contrariado por aquilo, reunindo toda a força e a coragem e tendo que engolir o orgulho por aquilo.

— Desculpa por ontem, ok? — disse aborrecido, sem olhá-la diretamente., falando entre dentes.

Qüine estava notoriamente aborrecido, e não fazia questão alguma de esconder aquilo. Kiki o olhava de modo severo, sentindo a veia saltar em sua têmpora por aquele comportamento mimado do Geminiano. As suas palavras fizeram sua veia latejar diante daquele pedido forçado. Quando o viu levantar a cabeça, Qüine nem mesmo tivera tempo de acabar de falar sobre ser 'só isso' quando recebeu um cascudo forte na cabeça, arrancando-lhe imprecações.

— AI! 'TÁ BOM! Eu fui um completo babaca ontem ao te chamar de ‘mulher-cavaleiro’. Não vai se repetir. Eu juro! — disse Qüine disparando e se voltando diretamente para a garota, disparando nas falas enquanto levava a mão ao alto da cabeça. Ao fim, se voltou para Kiki com a cara fechada de raiva. — 'Tá melhor assim?!

Qüine nem viu a reação da garota. primeiro por conta da máscara, embora sua reação foi de surpresa por aquilo e depois do cascudo de Kiki sobre ele em que ele a viu recuar um passo. O rapaz somente se voltou para a garota quando Kiki a fitou esperando uma resposta por parte da mesma. Qüine primeiro a olhou de canto, para depois virar-se de frente para ela. Arregalou os olhos e trincava os dentes como se pedisse silenciosamente que acabasse com aquilo.

— N-não... Não precisa se desculpar. — ela disse quase que de forma automática. Qüine apenas ficou a observá-la, relaxar pouco daquela tensão como ele que ainda a olhava de soslaio. — Olha, aquilo ontem... não foi apenas culpa sua, certo? Eu também não agi corretamente e peço desculpas...

Qüine ergueu os olhos para ela, com seu semblante tornando-se estranhamente sério. Manteve-se calado, deixando reinar um silêncio constrangedor até que fechou os olhos e consentindo aquilo. Umedeceu os lábios, ainda mantendo os olhos fechados, e seu tom de voz soando firme.

— Já posso ir treinar... Kiki? — a sua voz soou gélida.

Kiki soergue novamente aquele semblante fitando Qüine e assentiu, sinalizando positivamente com a cabeça, e Qüine abriu os olhos e avançando em direção a garota, passando por ela sem nem ao menos tocá-la. Não queria que aquilo soasse como mais uma razão para aquele espetáculo. Apenas a ouviu chamando-o de 'Mestre Kiki' e remendou fazendo uma careta enquanto chegava à entrada do Templo de Áries, mas o suficiente para ouvir o ariano dizer para que ela 'seguisse em frente'.

Para onde diabos ela seguiria, Qüine não tinha interesse saber... não agora.

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Qüine avançou pelos corredores sem destino inicialmente. Percebeu alguns olhares recaindo sobre ele, mas pouco se importou. Ainda estava injuriado por aquela cena da qual Kiki o fez protagonizar, e diante daquela garota. "Antares... você me paga por essa!", pensava ele fechando os punhos. Estava tão irritado com o que aconteceu que certamente seria capaz de fazer o anfiteatro ser sugado pelo vácuo, mas somente chutou uma pedra longe e cruzando os braços, olhando a arena do alto.

Não estava muito longe, apenas haveria de dar um contorno para chegar às escadarias que o deixaria no anfiteatro, já com alguns aspirantes sendo orientados por seus mestres. Para ele seria muito mais fácil teleportar-se dali para o centro daquela arena, ou simplesmente nas escadarias, mas queria evitar maiores problemas por hora. Pensou até mesmo se não poderia treinar em Gêmeos, mas diante de tudo aquilo, saiu porta à fora e esqueceu-se completamente.

Por hora, realmente, queria ficar sozinho, mas seria impossível com soldados, cavaleiros e aspirantes transitando por onde quer que seus olhos alcançassem. Voltou a seguir seu caminho quando parou diante de um beco, um caminho entre dois prédios fechados, e em sua mente apenas pensou num lugar que o fez sorrir. Havia sim um lugar, e ele conhecia bem.

Olhou para ambos os lados e viu apenas dois soldados vir conversando distraídos. Qüine entrou no beco sem hesitar, e nem mais havia sua presença quando os dois soldados passaram por este.

Antes de seguir para seu destino intencionado, uma rápida passagem. Primeiro num jardim próximo onde havia íris, uma flor roxa da qual recolheu alguns ramos antes de desaparecer novamente, surgindo no velho casebre onde sua mãe descreveu residir em seu tempo de aprendiz e algum tempo depois como uma Amazona.

Sabia das recomendações de Kiki, mas arriscou teleportando-se para próximo da casa, aos fundos desta. Recuou ao ouvir vozes e perceber a presença de aprendizes, futuras Amazonas que deixavam flores e saiam.

Havia algumas rosas brancas, vermelhas, tulipas, margaridas... mas nenhuma da qual sua mãe realmente apreciava, sendo deixado por Qüine junto às flores e observando aquilo com um sorriso no rosto. Apenas ficara com uma única flor, rodando entre os dedos. Seus olhos verdes ganharam novamente aquela casa e ele, novamente, desapareceu, surgindo na clareira onde tantas vezes sua mãe descrevia ser onde se encontrava com seu pai.

De fato, a paisagem ali era simplesmente fantástica, com visão direto para o templo de Athena e sua estátua brilhando com os raios de sol ganhando uma tonalidade dourada. A relva era alta, mas as grandes pedras ali existentes ofereceriam um bom lugar para contemplar aquela imagem e permitir um pouco de paz que precisava para relaxar... e para devorar pouco mais aquelas páginas que o permitiam o mais próximo de seus pais.


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Notas finais do capítulo

Agradecimentos à Draconnasti nesse capítulo que é feito em conjunto com 'A Filha do escorpião', em breve para vocês. :)
No próximo capítulo, um dos momentos mais aguardados dessa fic.



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