Meu Querido Meio Irmão - Brutinha escrita por Juliana


Capítulo 70
Capítulo 70




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Levantamo-nos e fomos, abraçadas de lado, até o salão de festa. Entramos e vi bruno, Dingo e Malu nos olhando e sorrindo. 
  — Acho melhor irmos até o banheiro.
  — Por quê? — Perguntei.
  — Você está parecendo um urso panda — Ela brincou rindo. Gargalhei e fui com ela até o local e nos olhamos no espelho — Uou! Eu também estou parecendo um urso panda! — Rimos mais alto e começamos a limpar nosso rosto.
  Eu estava incondicionalmente feliz de ter Lia como amiga de novo. Ela era divertida e fazia eu me sentir bem. Assim como ju, Mel e Malu, é claro. Falando nessa última, ela entrou no banheiro toda estabanada e sorridente. Soltou um gritinho e nos abraçou.
  — Que lindas! Que lindas, que lindas, que lindas! 
  Rimos.
  — Sabe, Malu, eu gosto de respirar de vez em quando — Falei brincando e ela nos soltou. 
  — Ótimo, agora vamos falar sobre Ju — Lia  falou terminando de se maquiar e sentando-se na pia. 
  — OK... Vou falar para você o por que de ela ter saído daquele jeito.
  Contei a história toda para elas que tinham um olhar de espanto. Apesar de todos imaginarem o que ela sentia...

Nós três voltamos para onde os meninos estavam sentados. Sorri ao ver que Bruno estava do mesmo jeito que antes, por um breve momento de loucura cheguei a imaginar eu voltando ao salão e o vendo dançar com outra garota. Sentei-me ao seu lado.
  — Oi — Ele disse em um tom que só eu ouviria — Você está bem?
  — Ótima — Aumentei meu sorriso — Melhor impossível, eu diria. 
  — E... Você não acha melhor ir ver como Ju está? — Ele falou ainda mais baixo essa frase.
  — Acho. Ah, eu contei para as meninas, será que tem problema? — Perguntei um pouco arrependida.
  — Presumo que não. Presumo também que Juprefira ficar apenas com vocês agora. 
  Ah, que fofo! Dei um selinho dele e me levantei, chamando Lia e Malu com a mão.
  Malu fora chamar o elevador, Lia tentava explicar para dinho onde iria sem mencionar a frase “Ju está apaixonada por Gil e chorando por ele, enquanto o mesmo está transando com Mel”, e eu dei mais um selinho e Bruno, levantando-me definitivamente e dando alguns passos em direção de Malu, Lia me seguiu. Foi então que eu me lembrei de uma coisa...
  — Ei — Chamei Bruno, que se virou — Se comporta — Sorri e fui para o elevador. 
  Já dentro dele...
  — Como vocês acham que ela está? — Perguntei.
  — Provavelmente mal — malu falou como se fosse óbvio. 
  — Acho que não deveríamos ter deixado ela sozinha, já pensou se ela comete alguma besteira? 
  — Vira essa boca pra lá, fatinh.
  O elevador parou no nosso andar e fomos até o nosso quarto. Escutávamos gemidos vindo de todos os lugares. Quando Mel disse que esses californianos eram fãs de sexo, ela não estava brincando...

Paramos na frente do nosso quarto. Botei meu ouvido na porta ao lado, que era o de Mel, Malu e Emily, e escutei gemidos altos. Respirei fundo e pedi mentalmente que fosse Emily quem estivesse ali.
  Lia abriu a porta do nosso e vimos uma Ju sentada em sua cama lendo uma revista. Ela nos olhou e percebemos que seus olhos estavam vermelhos e inchados, mas não estava mais chorando. 
  — Oi, gente, como foi a festa? — Ela sorriu. Mas eu percebi que esse sorriso não era verdadeiro. 
  — ju nós já sabemos, não precisa mentir. E não acredito que você está aqui se torturando ouvindo tudo o que seu amado Gil e Mel estão fazendo no quarto ao lado.
  — Lia, eu já chorei demais. Mas já reergui minha cabeça também. Se Gil quer transar com alguém a noite toda, que fique a vontade. Não vou mais derramar um lágrima por ele.
  — É assim que se fala! Bola para frente —Malu sorriu sentando-se ao lado dela — Mas... Só um comentário... Meu Deus! Eles estão fazendo isso a noite toda? 
  Ju gargalhou e assentiu. 
  — Mas, ei, vejo que fizeram as pazes — Ela sorriu para Lia e eu.
  — Sim, eu... — Fui interrompida por um gemido mais alto que o normal de Mel e arregalei os olhos. Todos nós rimos. 
  — Por favor, me deixem dormir aqui hoje, por favor, por favor, por favor — malu suplicou de joelho fazendo nós rir mais ainda — Não vou agüentar ter de ficar naquele quarto, já que parece que eles não vão terminar aquilo tão cedo.
  — Mas... Ju... Você tem certeza que está bem? — Perguntei.
  — Sim, estou ótima. E amanhã, a velha Ju estará de volta — Ela deu uma risada maligna e depois gargalhou, indicando que estava brincando.
  — E como é a velha Ju? — Perguntei e percebi que malu também estava confusa.
  — Ih... Nem queiram ver — Lia falou rindo — Digamos que uma versão mais amenizada de Mel
  — Ah! Eu me lembro de como você era quando eu cheguei... — Falei.

 — E eu mudei por causa de quem? gil. Mas não se preocupem, ainda vou ser legal, sincera, divertida e querida como sou agora.
  — Esqueceu do modesta.

— Mas então, Ju, o que você vai fazer quando vir Mel ou Gil amanhã? 
  — Eu? Nada, ué. Eles são meus amigos, e continuarão sendo — Deu um sorriso cínico. 
  — Uou, por que será que acho que esse “amigos” da sua frase não é totalmente verdadeiro? — Lia perguntou sentando-se em uma cama vazia, logo após de pegar um pacote de biscoitos que tinha em cima da mesinha. Sim. Ela traz pacotes de biscoito para a faculdade. Prevenida, né? 
  — Lia,Lia,Lia... O que há de errado no que eles fizeram? Mel só estava sendo a Mel, e o Gil... Bem, o Gil só estava sendo mais um fazendo Mel ser quem ela é, e... Ok, ficou confuso. 
  — Mas você está um pouco chateada com ela... — Afirmei.
  — Claro que estou. Mas você não se lembra? Hoje ela me perguntou o que eu sentia, eu podia ter dito a verdade. Mas não, eu menti. Ela não tinha como saber de meus sentimentos, não é? E, olha, eu não vou dizer que quando saí daquele salão... Bom, a minha vontade era mesmo de pegar nos cabelos daquela vadia e puxá-los com a maior força que eu pudesse. Mas então eu vim aqui. Pensei, chorei e repensei. E ouvi alguns gemidos também, mas enfim... Ela não teve culpa. E foi muito bom eu poder ter pensado antes de agir — Ela sorriu orgulhosa de si mesmo.
  — Isso aí — Malu disse e riu, fazendo-nos rir também — Eu só não sei como vou dormir hoje... É sério, me deixem dormir aqui... — Ela fazia a voz mais manhosa que conseguia. Gargalhei.

— Mas... Ju, eu... Ah, bom eu conheço você já vão fazer 10 anos, e, não me leve a mal, mas não acredito que você vai ter essa reação quando vir eles... — Lia falou com a cabeça baixa.
  — Realmente. Eu também não acredito. Mas eu vou me esforçar, certo? Já cheguei a conclusão correta, só tenho que cuidar para não me descontrolar — Ju abaixou a cabeça também — Eu sou mesmo um pouco impulsiva. Mas nem que eu tenha que evitar Gil, que é o melhor a fazer até eu esquecê-lo. 
  De repente, os gemidos do quarto ao lado param. Malu suspira aliviada e, pelo o que eu entendi, tentou descontrair: 
  — Graças a Deus! — Levantou as mãos para o alto — Vou poder dormir no meu quarto!
  — Não se iluda — ju  sorriu um pouco forçado, estava na cara que ela estava triste — Logo eles se recompõem e começam novamente...
  — Ah, não! Não, não! Por favor, não — E de repente eu só vi uma Malu correndo para o lado da parede que dividia o nosso quarto com o dela — Eu vou acabar com essa palhaçada agora. Eu já estou exausta, e amanhã temos aula. Quero dormir, poxa! — Sussurrou e deu uns soquinhos na parede, como se estivesse batendo em uma porta — Ah, com licença? Gil? Mel? Sei que estão se divertindo aí, mas não se esqueçam que... — Ela que já estava falando alto tornou a gritar: — Já é de madrugada e eu quero ir dormir sem ter que ver essa falta de vergonha de vocês!
  — Desculpe! — Ouvimos Mel falar gargalhando.
  Nós ali do quarto começamos a rir, e ouvimos risadas de Gil e Mel também. Pelo menos aquela tortura acabara.

 Logo, ouvimos um barulho de porta se fechando. Obviamente, seria Gil saindo do quarto. Ou Mel também, afinal, quem disse que a noite dela acabaria ali?
  Ela realmente era uma vadia, mas isso não era xingamento para ela, apenas a verdade. Não que ela não fosse uma boa amiga, mas sempre exagerava com esse assunto de “sexo”. Acho que metade dessa Universidade já conhece o corpo dela nos mínimos detalhes, incluindo alguns professores, concluo. Não entendo a felicidade dos meninos em ter uma noite com ela; todos já tiveram mesmo! Tudo bem, ela tem todas as medidas que eles gostam, esse poderia ser um bom argumento, se ela não fosse tão fácil.
  Às vezes eu me preocupo com ela. Não, não com o fato de ela transar com metade do mundo. E sim com o seu futuro, daqui a uns dez anos, é difícil de imaginar um homem que desejará casar-se com Mel. Mas mais difícil ainda será existir um homem que bote ela nos eixos. 
  Gil é outro que eu não entendo. De dia um, mas de noite outro. Gil no passado era um menino romântico. Ao extremo. Talvez tenha sido esse o motivo por eu ter me apaixonado por ele. Mas, vejam só... Agora ele é apenas mais um adolescente fã de sexo. 
  Ainda acredito na possibilidade de ele ter personalidade dupla: o menino divertido, que bota todos para cima, que é compreensivo. Mas também o menino que foi só ter passado algumas semanas em Los Angeles que se tornou parecido com Bruno. Ou com o antigo Bruno, como eu dizia para me iludir.


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