Meu Querido Meio Irmão - Brutinha escrita por Juliana


Capítulo 65
Capítulo 65




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 Bruno e eu começamos a gargalhar, eu já estava quase perdendo o ar.
 ­­ ­­ ­­ — Como vocês podem rir disso? — Ela disse fazendo beicinho.
 ­­ ­­ ­­ Não respondi a sua pergunta.
 ­­ ­­ ­­ — Doeu tanto assim você confessar isso?
 ­­ ­­ ­­ — Doeu, porque eu sei que ele não gosta de mim do mesmo jeito... — Ela disse. Abri a boca para retrucar, mas ela me interrompeu — Nem vem, Fatinha! Ele nunca gostaria de mim — Ele estava com uma expressão triste sentada em um banco em frente ao nosso.
 ­­ ­­ ­­ — E por que nunca gostaria? — Falei levantando-me e sentando ao lado dela, abraçando-a. 
 ­­ ­­ ­­ — Ele me trata como amiga. E só — Ela disse fazendo beicinho novamente.
 ­­ ­­ ­­ — Hm... Acho que isso é uma conversa de mulher, daqui a pouco eu volto — Bruno disse confuso.
 ­­ ­­ ­­ — Espera! — Ela chamou e chegou mais perto dele com um olhar não muito agradável — Se você contar a alguém o que eu acabei de dizer, considere-se morto — Apontou o dedo em seu tórax. 
 ­­ ­­ ­­ — Pode deixar, Senhora  — Disse rindo e saiu, deixando uma Ju com uma cara irritada. 
 ­­ ­­ ­­ — Respire. — Falei aproximando-me dela. 
 ­­ ­­ ­­ Assim que ela se virou para mim, pude ver que estavam brotando lágrimas de seus olhos.

— Oh, Ju... — Abracei-a — Não fique assim por causa de Bruno, você sabe que ele é assim...
         — Eu não estou assim por causa dele, Fatinha, eu sei como ele é. Fazem onze anos que eu o conheço e ele sempre zoava comigo por estar apaixonada por alguém — Ela revirou os olhos — Mas... Finalmente eu posso zoar ele por estar apaixonado também, aleluia! — Deu um sorriso fraco. 
         Eu ri.
         — Mas então... Por que está chorando?
         — Gil. Eu sei que ele não gosta de mim do mesmo jeito que eu o... Eu o... Eu o amo.
         Arregalei os olhos com a última palavra.
         — Você nunca vai saber se não perguntar...
         — Está louca? Quer o que? Que eu ganhe um belo “não”? 
         — Não tenho certeza se essa era a resposta que você ganharia — Sorri e apontei para Gil vindo com suas malas em nossa direção.
         — Ah não. Eu acabei de descobrir que sou apaixonada por ele, e agora, enquanto estou chorando, ele vem até aqui? Tem alguém aí em cima contra mim? — Ela falou e levantou as mãos para o alto.
         Eu ri... Novamente.
         — Oi! Vocês sabem onde eu tenho que ir para pegar as chaves dos quartos? — Ele disse confuso. 
         — Acho que na secretaria... — Ju disse ainda com a cabeça baixa.
         — Ei... O que houve com você? — Perguntou deixando suas malas no chão e levantando a cabeça dela com um dedo — Está chorando...
         — Não foi nada, não... — Ela blefou. 
         Então, ele fez o que ela sinceramente não queria que ela fizesse. Bem, não agora. Ele a abraçou. Para que? Ju começou a chorar ainda mais. 
         Senti que estava sobrando e saí lentamente.

 Saí andando pelo Campus, para conhecê-lo melhor. Encontrei Mel sentada, analisando alguma espécie de mapa.
         — Mel — Falei aproximando-me.
         — Hey Fatinha Bruno me contou sobre vocês — Ela sorriu.
         — É?
         — Sim! Oh, eu estou tão feliz por vocês! — Seus olhos brilharam por uma fração de segundo.
         — Está mesmo? — Falei contente.
         — Claro, por que não estaria?
         — Sei lá... Vocês ficavam praticamente todos os dias, nunca se sabe... — Fitei o chão.
         Ela riu.
         — Ah... Mas eu nunca senti nada além de atração, e ele também. E você viu a quantidade de gatos que essa faculdade tem? 
         Minha vez de rir.
         — Mel, sempre Mel.
         — Sempre — Ela repetiu sorrindo.

   — Fatinha, você vai comigo até o quarto dos meninos para deixar as minhas malas? Não queria deixar elas pelo Campus... — Mel pediu. 
         — Claro — Sorri.
         Fomos conversando sobre uma festa que teria esta noite. Segundo ela, os “veteranos” fariam os “novatos” se sentirem bem vindos.
         — Como? — Perguntei confusa.
         — O que você acha que esse bando de vadias e esses fãs de sexo fazem de melhor? — Ela deu o seu sorriso mais malicioso e olhou em volta, fazendo-me olhar também. Verdade. Em todo lugar que eu olhava eu via gente se beijando, quase que transando, lá mesmo. 
         — Que medo — Arregalei os olhos e ela riu. 
         Quando chegamos no quarto dos meninos e ela bateu na porta, Dinho abriu.
         — Senha para entrar? — Brincou fazendo uma cara séria. Mel e eu rimos e entramos. 
         Lá estavam Bruno,Fera, iDinho,Lia e Malu. Mel sentou-se no tapete, cruzando suas pernas como “índio” e colocando uma almofada em cima. Sentei-me ao lado de Bruno, este sentado em uma cama sozinho. Bom, não mais.


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