Meu Querido Meio Irmão - Brutinha escrita por Juliana


Capítulo 59
Capítulo 59




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Já eram 21h, e nós estávamos jantando.
ᅟᅟᅟ— Ah! Esqueci de arrumar minhas malas! — Malu disse.
ᅟᅟᅟ— Malu, ficaremos no mínimo seis meses lá antes das férias de inverno, como que você ainda não arrumou as suas malas? — Gil disse.
ᅟᅟᅟ— Eu me esqueci!
ᅟᅟᅟ— Depois da janta eu ajudo você — Falei.
ᅟᅟᅟ— Obrigada, Fatinha! 
ᅟᅟᅟApenas sorri.
ᅟᅟᅟComo das últimas vezes, eu passei o dia inteiro sem coragem de olhar nos olhos de Bruno

Passada a janta, eu e Malu fomos arrumar a sua mala. Enquanto isso, contei tudo o que acontecera na piscina hoje mais cedo.
ᅟᅟᅟ— Eu não consigo acreditar! Bruno Menezes se declara para você e o que você diz? “Acho que não daria certo”! O que você tem na cabeça? — Ela ria.
ᅟᅟᅟ— Mas não daria mesmo!
ᅟᅟᅟ— Quem liga? Eu vou ter que repetir? Brunose declarou! Para você!
ᅟᅟᅟ— É. E eu para ele...
ᅟᅟᅟ— Mentira! Você se declarou? Eu sabia! Desde o início que você estava apaixonada por ele! Mas olha só, o que mais você quer? Os dois apaixonados, pare de se preocupar com o futuro!
ᅟᅟᅟ— Eu tenho medo de sofrer.
ᅟᅟᅟ— Ninguém vive se não souber conviver com o sofrimento, Fatinha.
ᅟᅟᅟ— Oh! Eu tenho uma amiga poetisa? — Ri.
ᅟᅟᅟ— Hm, olha aí! Talvez eu tenha escolhido o curso errado na faculdade — Brincou gargalhando.

 Terminamos de arrumar a sua mala quando já eram 22h. Descemos, já de pijamas, e fomos para a cozinha comer alguma coisa antes de ir dormir. 
    Adivinhem quem estava lá também? É, eu sei, vocês já devem imaginar; Bruno. 
    Assim que o viu, Malu deu alguns passos para trás, saindo da cozinha e indo para sala. Droga. Não o olhei, apenas prestei atenção enquanto pegava um pacote de biscoitos, até que escutei uma voz. A voz que eu menos queria ouvir, claro. 
    — Fatinha... 
    — Sim? — Falei. 
    — Eu sei o que aconteceu, mas não é por causa disso que você não vai mais olhar para mim, certo? 
    — É... — Disse movendo meus olhos lentamente até ele. 
    — Assim está melhor — Sorriu. 
    — Claro, muito melhor — Ironizei. 
    Ele fez uma cara confusa. 
    — O que houve? — Perguntou.
    — Você sabe que nada está bem, Bruno!
    — Eu achei que estivesse...
    — Mas não está. 
    Obvio que não estava, no que ele estaria pensando? Ele se recupera muito, muito rápido...

 — Fatinha, o que aconteceu hoje...
   Interrompi-o. 
   — Eu sei o que aconteceu. E espero que estejamos tomando a decisão certa...
   — Isso é algo tão simples!
   — Não, não é! Bruno, isso é difícil para mim. 
   — O que é difícil?
   Olhei para o chão. Boa pergunta. O que é difícil? Na verdade, por que é difícil? 
   — Nada, vamos mudar de assunto. 
   — Não. Eu quero perguntar uma coisa para você...
   — Hm?
   — Hoje mais cedo você disse uma coisa que eu só entendi depois...
   — O... O que eu disse?
   — Algo sobre você estar... Apaixonada... Por mim — Ele disse confuso. 
   Senti minhas bochechas corando. 
   — E o que mais você quer saber? — Perguntei.
   — Isso é desde quando?
   — Quer saber? Desde o dia em que eu cheguei aqui, e estava descendo as escadas rolantes do aeroporto. Você me esperava com os braços cruzados e a cara mais impaciente do mundo. Desde esse dia eu sabia que algo ia dar errado. 
   Ele riu.

ㅤUma lágrima caiu dos meus olhos.Fatinha, sua fraca! Onde estão os planos “nada de chorar por ele e muito menos na frente dele”? Eu fitava o chão, já tinha até esquecido o que fora fazer na cozinha. 
ㅤ ㅤ ㅤ— Fatinha, que sensível... — Falou passando seu dedo e secando minha lágrima.
ㅤ ㅤ ㅤ— Ah, muito obrigada! — Ironizei. 
ㅤ ㅤ ㅤ— Eu não estou entendendo, você mesma disse que não daria certo, por que isso agora? 
ㅤ ㅤ ㅤ— Eu sei... Quero dizer, não, eu não sei. 
ㅤ ㅤ ㅤEle me olhou confuso. Peguei meu pacote de biscoitos e sai da cozinha. Fiz sinal para Malu encontrar-me no meu quarto.


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