Meu Querido Meio Irmão - Brutinha escrita por Juliana


Capítulo 57
Capítulo 57




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No outro dia, Malu demorou a acordar. Eu estava lavando a louça do almoço, mamãe e Kevin já tinham ido trabalhar e Bruno estava vendo televisão. Ela descia as escadas com uma mão na testa e sua expressão envergonhada.
ᅟᅟᅟ— Bom dia... — Ela disse sentando-se no sofá ao lado de Bruno.
ᅟᅟᅟ— Bom dia? — Ele disse rindo — Boa tarde! 
ᅟᅟᅟEla botou a outra mão no seu rosto, tentando esconder-se. Sentei-me no outro sofá. 
ᅟᅟᅟ— O que houve ontem à noite? — Perguntei. 
ᅟᅟᅟ— Eu não... Lembro — Disse fazendo-nos rir — Eu só lembro quando tomei o primeiro gole de álcool da noite, e depois... Eu lembro vagamente do que aconteceu. Eu tenho apenas algumas imagens, como Mel quase desmaiada de bêbada, eu e Lia bebendo enquanto conversávamos, sem ter noção da quantidade que já tínhamos ingerido. E depois, eu vi que tanto ela quanto eu, estávamos dançando feito duas... Piranhas — Olhei assustada para ela — E aí Dinho tirou Lia de cima de uma mesa e levou-a para casa, enquanto Gil trouxe-me também. 
ᅟᅟᅟ— Hm... Foi uma noite e tanto — Falei assustada. 
ᅟᅟᅟ— Se já começou assim, imagina nas próximas — bruno brincou. Malu riu. 
ᅟᅟᅟ— Mas eu não me lembro de mais nada, não lembro nem como fui dormir! 
ᅟᅟᅟ— Pois eu lembro como você foi dormir — Disse rindo.

O resto do sábado passou normalmente, Gil acordou um pouco depois de Malu, e contou a história com mais detalhes. 
ᅟᅟᅟ— Que? Eu não tirei a minha camisa — Ela falou.
ᅟᅟᅟ— Tirou sim, você e Lia. E se Dinho não tivesse tirado ela de lá, ela tiraria a saia também. 
ᅟᅟᅟ— Meu Deus... Que vergonha — Ela afundou a cabeça no sofá. 
ᅟᅟᅟ— Malu, sua safadinha — Ri. 
ᅟᅟᅟ— O que mais aconteceu? — Bruno perguntou para Gil.
ᅟᅟᅟ— Mel estava se jogando em cima de todos os homens. Sim, isso pode parecer normal vindo da parte dela, mas ela estava se atirando muito mais do que de costume. 
ᅟᅟᅟ— Eu não acredito que perdi essa festa — Ele falou fazendo Gil rir.

Domingo de manhã. Acordei totalmente pilhada, enquanto Bruno, Malu e Gil estavam calmos. Fiquei a manhã toda no meu quarto, checando as minhas malas de roupas e materiais, eu iria ficar seis meses morando lá, até as férias de inverno. 
ᅟᅟᅟDesci e vi que os três estavam na piscina, rindo como se fosse apenas mais um dia de férias, e não o último...
ᅟᅟᅟ— Como vocês conseguem se divertir quando é amanhã que começam as aulas? — Perguntei sentando-me na ponta da espreguiçadeira. Eu ainda estava de pijamas. 
ᅟᅟᅟ— E como você consegue ficar séria quando é amanhã que começam as aulas? — Gil perguntou confuso. 
ᅟᅟᅟ— Eu não posso me distrair, já estou focada nos estudos — Sorri.
ᅟᅟᅟ— Relaxa, Fatinha — Malu disse — Por que você não entra na piscina, Senhorita Responsável? — Riu.
ᅟᅟᅟ— Porque eu tenho que me concentrar.
ᅟᅟᅟ— Qual é? Hoje é o seu último dia de férias — Ela revirou os olhos. 
ᅟᅟᅟ— Tudo bem, vou botar meu biquíni... — Dei-me por vencida.

Assim que entrei na piscina, Malu puxou um novo assunto.
ᅟᅟᅟ— Por que não vamos à praia? — Os olhos dela brilharam — Por favor! Eu ainda nem encostei nas areias californianas — Brincou.
ᅟᅟᅟ— Ah não... — Bruno com preguiça.
ᅟᅟᅟ— Deixem de ser preguiçosos! Por favor... — Ela fez biquinho.
ᅟᅟᅟ— Eu não vou — Disse. 
ᅟᅟᅟ— Gil... — Falou manhosa — Você já foi à praia daqui? — Ela disse parecendo uma criança.
ᅟᅟᅟ— Não.
ᅟᅟᅟ— Ah, então!
ᅟᅟᅟ— Eu não tenho escolha? 
ᅟᅟᅟ— Não! — Sorriu malignamente de brincadeira, fazendo todos rirem. 
ᅟᅟᅟEles foram. Bruno e eu sozinhos na piscina, que legal, eba! Obvio que eu estou sendo irônica.

Bruno não estava prestando muita atenção em mim, o que me deixou mais intrigada. Ele estava concentrado em alguma coisa...
ᅟᅟᅟ— No que está pensando? — Perguntei deixando a curiosidade falar mais alto.
ᅟᅟᅟ— Em você — Disse. Olhei assustada.
ᅟᅟᅟ— Em... Mim? No que exatamente?
ᅟᅟᅟ— É... Em como você consegue ser tão... Santinha. 
ᅟᅟᅟRi.
ᅟᅟᅟ— Claro, até porque santas ficam com os meios irmãos — Ironizei. Eu disse aquilo mesmo?
ᅟᅟᅟ— E elas sentem vontade de ficar de novo? — Ele perguntou rindo, entrando na “brincadeira”. 
ᅟᅟᅟ— Só se as outras vezes tiverem sido muito boas — Mordi o lábio inferior. Sério, eu estava, realmente, dizendo isso?
ᅟᅟᅟEle sorriu com aquela malícia típica. 
ᅟᅟᅟ— Mesmo que seja errado? — Perguntou com o mesmo sorriso.
ᅟᅟᅟ— Ou proibido — Volte ao normal, Fatinha, agora! 
ᅟᅟᅟEnquanto dialogávamos, aproximávamo-nos um do outro... Como um imã e um metal em ação atrativa.

Quando vi, ele já estava parado na minha frente, encarando-me. Eu não sei por que, mas eu estava me segurando muito para não dar um passo a frente e agarrá-lo! Ficamos, como sempre, por volta de um minuto nos encarando. Eu estava em transe. 
ᅟᅟᅟDepois de um tempo, o sorriso dele passou de malicioso para algo mais puro, assim como o seu olhar. Nesse momento, eu não consegui resistir, dei um passo à frente rapidamente, ficando a alguns centímetros dele. Mas não parou por aí... Automaticamente, meu rosto e o dele aproximavam-se. 
ᅟᅟᅟEstávamos muito próximos quando recuei afastando meu rosto do dele. Olhei-o por um instante e logo senti que eu estava torturando-me ao ficar mais algum segundo longe de Bruno. Isso era estranho, era... Impossível! 
ᅟᅟᅟEle ainda me encarava, e eu a ele. Eu estava paralisada, pensando se aquilo era realmente certo ou não. 
ᅟᅟᅟÉ claro que não era. Mas quem liga? 
ᅟᅟᅟAproximei-me novamente dele, dessa vez um pouco mais rapidamente, apoiando minhas mãos em seus ombros e encontrando desesperadamente seus lábios.


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