— Você é patética, ridícula... Não, quer saber? Patética e ridículo sou em pensar que você poderia ser uma pessoa diferente dessas outras daqui. Quer saber? Acho que me enganei sobre todos. Você, Fera.. Dois mimados, idiotas, falsos. 
　　　　Dinho, que até agora estava parado olhando-nos sem nenhuma expressão, levantou-se.
　　　　— Ótimo, já chega dessa briga. Vamos, Fatinha, eu a levo para casa — Disse ele. 
　　　　— Como é que é? Dinho! Você vai me deixar aqui sozinha para levar essa... Novata para casa? Você é meu namorado, tem que me defender, e não a ela — Lia olhou-me com um olhar não muito amigável.
　　　　— Não, não precisa, Dinho. Eu pego um taxi. 
　　　　— Há essa hora? Você nunca vai achar um. Vamos — Disse ele me puxando em direção a porta. 
　　　　— Viu? Viu o que você fez? Botou o meu namorado contra mim. Isso tudo era inveja? Você o queria para si, não é? — Ela disse nos alcançando. 
　　　　— Lia, cai na real! — Eu já estava me irritando.
　　　　Não tempo de ela responder, Dinho já estava me empurrando. Quando passamos pela porta do local, olhei para traz e vi Fera conversando com ela. 
　　　　O que aconteceu ali? O que a bebida não faz com uma pessoa, em? Lia... Fera.. Mas se eles pensam que vão poder usar isso como desculpa amanhã... Estão enganados.
　　　　— O que houve com ela? — Perguntei à Dinho.
　　　　— Ela estava fora de si; bebeu muito. Não ligue para o que ela disse. Amanhã teremos nossa feliz e radiante Lia... Bom, talvez não amanhã, sabe como é... Ressaca — Rimos — Mas, o que Fera fez?