Meu Querido Meio Irmão - Brutinha escrita por Juliana


Capítulo 117
Capítulo 117




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  — Dá pra parar? – Ela perguntou extremamente vermelha.
   — Calma que eu estou lembrando de mais coisas... Ei, você é boa! – Ele provocou-a. Não podia perder a chance de fazer isso. Claro que essa piadinha não custou barato, fazendo-o ter de desviar de mais biscoitos que fatinha jogava nele – Para com isso, que desperdício de biscoito – Ele ria.
   — Então para de brincar com isso! – Fatinha exclamou começando a se alterar – Eu era virgem! – Falou e Bruno arregalou os olhos.
   — Ah... Desculpe – Ele pareceu pensar um pouco –, mas não parecia – Ele brincou e Fatinha bufou.
   — Vai se ferrar, seu idiota! – Ela se levantou e saiu da cozinha, sentindo algumas lágrimas na sua face. Então era assim? Ele ia para a cama com ela e depois saía fazendo piadas? Ela era uma piada para ele?
   — Não... Fatinha, vem aqui –Bruno falou indo em direção à garota e a abraçando – Você tem razão, eu sou um idiota e não devia brincar com isso – Ele a soltou e sorriu ternamente – Eu mais que ninguém sei o quanto isso era importante para você – Comentou e Fatinhaa deu uma risada nasalada – Então vamos fazer assim: vamos apagar essa noite. Fingir que nada aconteceu, não contar para ninguém. O que você acha?
   — Bruno, não é bem assim. Isso aconteceu e tem conseqüências, quer você queira ou não. Eu perdi a minha virgindade, uma coisa que, como você disse, era importante para mim. Eu fui contra todos os meus princípios e agi como uma pessoa que eu sempre critiquei. 
   — Mas, você e eu estávamos bêbados! Nós estávamos vulneráveis! Não teve importância.

  — Não teve importância? – Ela gritou – Só se foi para você, Bruno! Pra mim teve, sim! Se tudo isso para você não significou nada, o que eu posso fazer? Só sei que pra mim foi importante. Não só por ter sido com você, mas porque foi a minha primeira vez. Você não entende? Eu sempre imaginei esse momento sendo mágico, e não com eu estando bêbada como qualquer vadia.
   — Eu sei, Fatinha, mas não bota a culpa em mim.
   — Eu não estou botando, Bruno. É só que... Machuca, sabe? Ver você me dizendo que isso não teve nenhuma importância, enquanto eu acho que noite passada foi uma das melhores da minha vida.
   — Como assim? – Ele estreitou os olhos.
   — Dá para você parar de se fazer de desentendido pelo menos por um minuto? – Ela gritou – Você finge que não percebe as minhas indiretas desde que eu cheguei aqui! Ignora tudo o que eu sinto por você e fica com outras na minha frente... Como você quer que eu me sinta? Você sabe que me tem por completo e não dá o menor valor para isso! E eu cansei, Bruno. Cansei de bancar a idiota para você. Cansei de ser a palhaça, a pessoa que você tem nas mãos – Ela falou firme, embora as lágrimas em seus olhos denunciassem que ela não pensasse realmente aquilo. 
   — Fatinhaa, eu... Eu adoro você... – Ele falou desnorteado.
   — Esse é o nosso problema, Bruno. Eu amo você, enquanto você apenas me adora.
   — Eu sei. Eu amo quem você era.
   — Quem eu era?

  — É. Eu amava a menina doce e amável, que repelia qualquer tipo de bebida, que não entendia as piadas maliciosas, que não ficava com caras que acabava de conhecer. Você não é a Fatinha que eu amo. Você já foi em duas festas desde que chegou aqui e nas duas ficou bêbada. Na primeira, ficou com quem nem conhecia. Na segunda, simplesmente foi pra cama com outra pessoa. 
   — O que você está insinuando? – Ela gritou – Que eu virei uma vadia?
   — Não. Eu estou afirmando que você mudou, Fatinha. E para pior.
   — Acontece que só você não percebeu que eu mudei por você! Em todas as vezes que eu bebi, foi para não ter que ver você com outra garota. Eu fui obrigada a crescer, Bruno! Eu fui obrigada a amadurecer no dia que você foi embora. 
   — Agora você vai jogar a culpa em cima de mim? Fala sério, Fatinha! Na festa ontem você estava praticamente se jogando em cima de mim! Se fosse antigamente você nunca faria isso.
   — Eu estava bêbada, seu idiota!
   — E você acha que isso é desculpa?
   — Tudo bem, Bruno. Me desculpe por crescer – Ela ainda gritava.
   — Você está descontrolada! Eu vou sair – Ele disse pegando a carteira em cima da mesa e botando no bolso.
   — Isso! Foge dos seus problemas como você sempre faz! Não foi assim em Los Angeles? Parece que você é o mesmo garotinho de sempre – Ela disse com raiva enquanto chorava. Bruno parou de andar e virou-se para ela.
   — Eu só fui embora porque você pediu.
   — Quer saber? Vai mesmo! Para que casa você vai agora? Hanna, Chelsea, alguma que eu não conheço? Sei lá, são tantas! – Ela ironizou. Bruno revirou os olhos e saiu de casa, deixando Fatinha gritando sozinha. Ela ia esquecê-lo. Era uma promessa.


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