Meu Querido Meio Irmão - Brutinha escrita por Juliana


Capítulo 113
Capítulo 113




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  — Você está louca? Ele mandou flores para você e o que você faz? Apenas o cumprimenta como se nada tivesse acontecido?Fatinha! Você o deixou arrasado! – Malu aproveitava o almoço na universidade para dar uma bronca na fatinha. Estavam elas e Chelsea conversando enquanto comiam.
   — O que você queria que eu fizesse? Eu travei na hora, Malu, eu não sabia o que falar...
   — Então vai lá falar agora! 
   — O que? Ficou louca? Ele está rodeado de gente!
   — Então espera ele ficar sozinho e vai – Chelsea sorriu.
   — Para vocês é fácil falar, né?
   — Para tudo! – Chelsea arregalou os olhos – Quem é aquela desgraçada conversando com o Bruno? – Perguntou bufando enquanto olhava para uma mesa onde ele e uma garota ruiva pareciam estar lendo um livro.
   — Eles devem estar estudando – Malu deu de ombros e voltou a comer o seu almoço.
   — É... Eles devem só estar estudando – Fatinha repetiu o que a amiga falou tentando forçar um sorriso. “Quem ela pensa que é para ficar tão próxima dele? Ficou louca?”, pensou. E, sinceramente, os pensamentos de Chelsea não eram tão diferentes.
   — Estudando nada! Eles estão se beijando! – Falou assustada e colocou as mãos na boca, em demonstração de surpresa.Malu e Fatinha olharam rapidamente para o mesmo lugar, vendo também aquela cena. Como assim aquilo? Os olhos de Fatinha se encheram de lágrimas, apesar de tentar segurar ao máximo. “Respire. Ele pode ficar com quem quiser, está solteiro”, tentou se convencer. Secou os olhos e virou-se de costas para aquela cena.

   — Como ele pode me trair desse jeito? – Chelsea perguntou com raiva.
   — Trair? – Malu perguntou confusa – Que eu saiba vocês não namoram.
   — Ah, mas nós... Ele... Que saco, ele sabe que eu gosto pra caramba dele e fica com outra na minha frente? Como se fosse pra esfregar na minha cara? 
   — Bem, isso é verdade – Respondeu.
   — Eu vou lá! 
   — Para com isso! Aí sim que ele não vai querer nada com você, vai achar que você é uma louca ciumenta – Fatinha falou, apesar de também querer ir lá e dar uns belos socos na cara daquela ruiva.
   — Você tem razão. Mas ele que não venha falar comigo hoje.
   — O Vitor ficou sozinho. Vou lá – Selena disse. Bruno não ficava com outras garotas? Chegou a hora dela se divertir também.

Fatinha estava indecisa. O que falar para Vitor? Olhou mais uma vez para onde Bruno estava e viu-o conversando animadamente com aquela ruiva idiota. Isso foi o suficiente para ela tomar coragem e avançar até onde Vitor estava.
   — Olá – Sorriu. Ele, que estava de costas, virou-se no mesmo instante com um sorriso rasgando-lhe os lábios.
   — Fatinha! 
   — Então... – Sentiu as suas bochechas queimarem em vergonha – Eu... Bem, eu queria agradecer pelas flores – Sorriu.
   — Você gostou?
   — Claro, são lindas!
   — Fico feliz, então – Vitor ainda sorria abertamente. Fatinha suspirou por um momento. Não sabia o que fazer! – Eu gostaria de falar com você sobre outra coisa!
   — Sobre o que?
   — Meu aniversário é essa sexta... Você é minha convidada de honra para a festa!
   — Sendo assim, eu fico honrada – Riu fraco – Claro que eu vou! Quem mais vai?
   — Que você conheça... Hm...Fera, Malu, Bruno e Chelsea.
   — Pelo menos eu não vou ficar sozinha.
   — Eu nunca deixaria você sozinha!
   — Mas a festa é sua... Enfim, eu vou lá com a Malu
   — Tudo bem – Vitor se aproximou. Fatinha olhou com o canto dos olhos para onde Bruno estava e viu que o mesmo a observava. Ela sorriu para Vitor e depositou um beijo leve em seus lábios, fazendo com que ele abrisse o maior sorriso de todos os tempos e a abraçasse.
   Aquilo era certo? Usar alguém daquele jeito? Ele gostava tanto dela... Então por que ela não conseguia fazer o seu sentimento ser recíproco? Bruno fazia mal para Fatinha, enquanto Vitor podia fazê-la sentir-se ótima, se ela quisesse. Então por que ela o beijou apenas para fazer ciúmes em Bruno? Vitor não merecia isso...

  — Até mais – Fatinha se soltou do abraço e virou-se para ir para sua mesa. Por um breve momento, viu Bruno ainda a observando, com uma expressão fria no rosto. Farinha sentiu-se mal. Ele estava mal? Por quê? “Deve ser apenas a surpresa, até porque eles brigaram. Bruno não sentiu ciúmes de mim. Até porque, ele agora está com aquela ruiva dos infernos”, pensou Fatinha enquanto seu coração se apertava ao ver Bruno olhando-a daquele jeito. 

  Dois dias haviam se passado. Dois dias de angústia para Fatinha. Por que Taylor estava tão frio com ela? Fatinha não sabia se agüentaria mais um dia! Malu havia viajado para a Arizona para um casamento de uma tia e Fatinha se sentia cada vez mais sozinha. Não tinha nem sua melhor amiga, nem sua mãe e muito menos o seu pai por perto. Fera não estava em casa e Bruno estava trabalhando no hospital. 
  Fatinha estava literalmente sozinha.
   Pegou um copo de água tentando segurar o choro e andou até a sala. Foi até a secretária eletrônica e a ligou, esperando o bip para ouvir as mensagens deixadas.
   A primeira era de Fera.
   — Oi, Fatinha. Oi, Bruno que acha que é homem. Então, eu estou aqui na casa de um amigo preparando um trabalho para a escola e acho que isso vai demorar, então vou dormir por aqui, tudo bem? Não fiquem preocupados comigo e nem chorem de saudades – Ele brincou e logo depois ouviu-se o bip final. Fatinha riu balançando a cabeça. 
   A segunda era de sua mãe. Céus, como Fatinha sentia falta dela... Por causa do fuso horário, elas mal conseguiam se falar. Além de que não é nada barato ligar para o outro lado do país.
   — Oi, meu amorzinho! – Fatinha ouviu-a falar – Como você está? Espero que esteja bem. Bruno está cuidando bem de você? – A voz da mãe começou a embargar e Fatinha não conseguiu conter as lágrimas também – Eu sei que não temos nos falado por alguns dias, eu ando tão ocupada... Você também. Mas... Eu sinto sua falta – Ouviu sua mãe fungando no outro lado da linha. Nessa hora, Fatinha não segurava mais o choro. Chorava  abertamente – Você cresceu tão rápido... Já está na faculdade, morando sozinha! Eu mal consigo acreditar... – Outro soluço – Me ligue quando puder. Eu amo você. Um beijo, filha.

Fatinha largou o copo no ar mesmo e lançou as mãos no rosto, chorando de saudades. Ouviu o copo espatifar-se no chão, mas não se importou. Precisava ligar para a sua mãe! Tentou olhar em volta para avistar seu celular, mas não obteve muitos resultados: a sua visão estava turva graças às lágrimas. Deu um passo para frente e sentiu alguns cacos de vidro perfurarem a sola do seu pé. Gritou .
   — Merda! – Berrou assim que olhou para baixo e viu algumas gotas de sangue no chão. No mesmo momento, ouviu a porta do apartamento abrir-se e Bruno entrar.
   — Fatinha! – Exclamou assustado ao vê-la naquele estado.


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