Meu Querido Meio Irmão - Brutinha escrita por Juliana


Capítulo 110
Capítulo 110




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/335451/chapter/110

Fatinha saiu do banheiro assustada. Como assim tinha gente se agarrando até lá? Nem ali se conseguia privacidade! Decidiu ir pegar alguma água, ou ver se tinha algo para comer, não queria voltar para onde seus amigos estavam. 
   Achou um lugar onde um projeto de garçom distribuía bebidas desconhecidas por ela.
   — Oi, moço. Tem água, refrigerante ou qualquer coisa do tipo? – Perguntou sorrindo docemente.
   — Água? Refrigerante? – Ele perguntou em um tom de deboche – Você vem para uma festa dessas e pede isso? 
   — Ela vai querer um “Sex On The Beach” – Fatinha ouviu uma voz masculina atrás de si e se assustou – Dois, na verdade. Um para mim também.
   — O que? Eu não quero essa bebida, Vitor – Respondeu depois do “garçom” sair – Ela é alcoólica – Falou como se estivesse explicando o alfabeto a uma criança. 
   — Fica tranqüila. Não tem muito álcool.
   — Sendo assim, tudo bem – Sorriu nervosa e esperou o homem trazer suas bebidas. Fatinha encostou o copo em seu nariz e respirou fundo, tossindo logo depois – Você estava mentindo! Isso é puro álcool, dá de sentir só pelo cheiro!
   — Eu sei – Vitir riu – Mas vai fazer bem para você. Afinal, você está preocupada com o que?
   — Er... Nada... Eu só... Não estou acostumada, pode fazer mal – Deu de ombros.
   — Experimente. Você vai gostar – Abriu o maior sorriso galanteador que conseguiu, tentando esconder a maldade que existia através dele.

  — Uhul! – Fatinha gritou dançando animadamente quando avistou seus amigos – Isso está muito bom! – Gritou novamente apontando para o copo onde a bebida vermelha já estava quase no final.
   — Fatinha, você está bebendo? – Malu perguntou incrédula.
   — Acho que a melhor pergunta seria: Fatinha, você está bêbada? – Fera perguntou segurando a risada, mas a única risada que teve foram as risadas escandalosas de Fatinha – Isso foi um sim, eu acho.
   — Vitor, o que você deu para ela beber? – Malu perguntou bufando.
   — Ah, uma bebida aí – Deu de ombros.
   — Vitor, o que você deu para ela beber? – Bruno perguntou mais firme, fazendo sua pose de “irmão mais velho” pronto para atacar.
   — Fica calmo, Bruno! Eu só dei um Sex On The Beach para ela, só um! Não sabia que ela ia ficar mal assim.
   — Ficar calmo? Você embebeda uma pessoa que está sob minha responsabilidade e você quer que eu fique calmo? Você sabia que ela não bebe, que ela nunca botou uma única gota de álcool na boca! Quero dizer, nunca tinha botado, não é? – Riu amargo.
   — Ficou nervosinho, foi? – Vitor perguntou irônico – Você só está com medo de que ela vomite no chão do seu carro.
   — O que? Nossa, cala a boca! – Fera interrompeu entrando na “briga” também, enquanto Malu e Chelsea olhavam-nos assustadas e Fatinha tinha um ataque de riso. Afinal, tudo é engraçado quando se está bêbado. Mas, infelizmente, os outros não viam a mesma graça nisso.

 — Parem de brigar –Fatinha falou com uma voz arrastada, tipicamente bêbada, rindo logo depois – Vamos dançar! – Exclamou animada puxando Vitor para a pista de dança, que a seguiu dando um sorriso vitorioso para Bruno e Fera.
   Fatinha e Vitor dançaram por um bom tempo. Uma vez ou outra, Vitor tentava fazer algo mais indecente com ela, como passar suas mãos pelo corpo de Fatinha, até finalmente beijá-la. Ela estava bêbada, estava sem ver problema algum naquilo. 
   Vitor a empurrou com um pouco de pressa para a parede que estava próximo deles e a prensou ali mesmo. Passava suas mãos velozmente pelo corpo de Fatinha, como se o conhecesse bem. Depois de um tempo, os dois se soltaram. Ambos ofegantes e com os lábios vermelhos. E, adivinha? fatinha achou aquiloextremamente engraçado.
   — O que foi? – Vitor perguntou confuso.
   — Nada... Nada... – Dizia entre os risos – Você me leva para casa? – Perguntou parando de rir de repente.
   — Já? Ah, já sei, você quer mais intimidade – Falou sorrindo malicioso.
   — Não, eu só quero dormir – Respondeu inocentemente – Vou ali me despedir deles, me espera lá na rua? – Continuou falando com a sua voz arrastada.
   — Claro – Disse enquanto pensava em planos para arrastá-la para cama.

 — Estou pronta, vamos? – fatinha disse assim que chegou à rua e encontrou Vitor
   — Vamos, eu só não estou com o meu carro. Vim de carona com  bruno e Fera.
   — Não tem problema, se eu não me engano não é muito longe daqui – Sorriu debilmente, mostrando que não estava nem um pouco sóbria.
   — Tem razão.
   fatinha sentia-se feliz. Havia tempos que ela não ficava com alguém. Exatamente? Um ano, sete meses e três semanas. Como ela sabia esse tempo de cor? Pois então, era o tempo que Bruno havia deixado-a. Não que ela estivesse contando, ou coisa parecida.
   Tudo bem, todos nós sabemos que ela estava. Era apaixonada, o que poderia fazer? 
   Mas agora era tarde. Bruno estava com Chelsea e provavelmente ele e Fatinha nunca mais iriam ficar juntos. Pelo menos, ela agora tinha Vitor. Poderia se apaixonar por ele também, não poderia? Então finalmente esqueceria Bruno, finalmente se livraria desse carma que a persegue por anos. Mas... Será mesmo que ela queria se livrar?
   Fatinha não havia percebido na hora, mas um pouco depois de começarem a andar, uma forte chuva gelada caía sobre a cidade. 
   — Que droga! – Riu. Até aquilo era engraçado, naquele momento.
   — Nós já estamos quase chegando – Vitor sorriu.
   “E você não vai me emprestar seu casaco? Eu estou passando frio, caramba”, fatinha pensava.
   — Chegamos – fatinha sorriu docemente e parou no hall que ficava fora do prédio, mas livre da chuva. 
   — É... – Vitir abriu um sorriso enorme e maldoso enquanto começava a beijá-la rapidamente.

—Vitor... – Fatinha dizia entre os beijos – Vitor... Pa... Para... Não... Para, que saco! – Falou finalmente sentindo o efeito do álcool passar.
   — Parar? Por quê? – Voltou a beijá-la, passando suas mãos pelo corpo de Fatinha e apertando-as fortemente.
   — Vitor.. Eu não... Eu não quero... – Tentava dizer, mas a única coisa que conseguia era que ele fizesse cada vez mais carícias indecentes – Para! – Tentou mais uma vez, em vão. Vitor apertou sua cintura com força, fazendo-a chegar mais perto e a beijava cada vez mais forte, dando algumas mordidas de vez em quando. Fatinha já até conseguia sentir gotículas de sangue adentrar a sua boca – Por favor, para... – Começou a ficar nervosa. Seria estuprada ali mesmo? Na frente da sua própria casa? Por que ele tinha que ser tão forte? Fatinha começou a chorar . Talvez fosse drama, mas odiava aquela situação.
   — Chorando? – Riu de deboche – Eu vou dar motivos de verdade para você chorar, então – Abriu sua mão e deu um tapa no rosto de Selena, com uma força ardente, fazendo-a cair sentada no chão – E agora, santinha? – Riu novamente. Só então Fatinha percebeu. Vitor também não estava sóbrio! Ficaria mais desesperada ainda, se não tivesse visto o carro de Bruno parar em frente ao prédio – Levanta logo – Revirou os olhos, puxando-a com força, apertando os seus pulsos e quando ia beijá-la novamente, sentiu-se sendo puxado com força para trás e, sem nem ao menos ver o autor daquilo, sentiu um soco bem na sua bochecha.
   — Qual é a sua, seu filho da puta? – Perguntou a Bruno assim que se recuperou, botando a mão no rosto, local onde havia sido o soco.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu Querido Meio Irmão - Brutinha" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.