Meu Querido Meio Irmão - Brutinha escrita por Juliana


Capítulo 41
Capítulo 41




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Mamãe bateu na porta.
     — Já acordou filha?
     — Já, mãe, pode entrar.
     — Estava no telefone? Nessa hora?
     Sorri.
     — Estava falando com o papai...
     — Ah... E como estão as coisas por lá? 
     — Bem. Mãe... Eu gostaria de saber se eu posso ir visitá-lo no próximo final de semana.
     — Mas já? Temos cuidar das passagens de avião, de quando você volta, de quem irá com você...
     — Então você deixa? — Meus olhos brilharam — E... Como assim quem irá comigo?
     — Eu não deixaria você ir viajar sozinha! 
     — Mas se eu vim sozinha, eu posso voltar sozinha, não posso? 
     — É a minha condição, Maria de Fatima.
     — Tudo bem... Mas em quem você estava pensando de ir comigo?
     — Bruno!
     Que?
     — Sem chance!

— Por que sem chance, filha? — Perguntou mamãe.
       — Ah... Porque seria ruim para o meu pai ter o filho do seu novo marido na casa dele... — Menti. Eu odeio mentir, mas eu já estava virando uma profissional.
       — Então quem poderia ir com você?
       — Hm... Ju! — Sorri.
       — As coisas não são tão simples assim... Eu teria de falar com os pais dela, com o seu pai, arrumar muitos detalhes. Não daria para você viajar nesse final de semana.
       — Poxa... Que pena, vou ter que ir sozinha... — Brinquei e ela riu.

 — Bom, filha, mais tarde nós conversamos.
   — Vai sair?
   — Vou trabalhar, né? Kevin já foi, agora é minha vez.
   — Ok, tchau, mãe.
   — Tchau — Ela sorriu.
   Desci, sentei-me à mesa e comecei a tomar meu café. Estava tão concentrada passando a manteiga no pão que só notei a presença de Bruno quando ele já havia se sentado.

— Acordou cedo... Foi dormir cedo também? Que foi? A festa foi ruim? — Fiz biquinho e logo depois gargalhei.
   — Bela jogada. Convencer Ju daquilo, genial.
   — Ela contou a você?
   — Não, mas qualquer tolo perceberia.
   — É, e realmente, um tolo percebeu.
   Ele revirou os olhos, e eu continuei:
   — E então, já posso escolher o que quero ganhar? — Sorri.
   — Nem tão rápido. Quem disse que eu não resisti? Eu ganhei a aposta, Fatinha, agora eu que escolho o “prêmio” — Bruno falou a última palavra com uma pitada de ironia.
   — Ah... Eu... Mas... Ah, qual é? Eu só acredito com testemunhas.
   Ele revirou novamente os olhos.
   — Ótimo, ligue para Ju, então.
   — Não, não quero acordá-la. Ela com certeza deve ter se divertido mais que você, então deve estar mais cansada — Fiz biquinho novamente.
   — Tudo bem, mas na minha opinião você só não quer aceitar que eu venci.
   — Eu não vou falar com Fera — Decretei.
   — E quem disse que é isso que eu quero? — Sorriu.
   — Então... O que você quer? — Perguntei com medo.


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