Meu Querido Meio Irmão - Brutinha escrita por Juliana


Capítulo 37
Capítulo 37




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Fera e Ju já tinha ido embora, Kevin e mamãe ainda não tinham voltado do trabalho. Abri a porta do quarto dele sem bater, como ele sempre fazia, e... Não foi uma boa idéia. Bruno estava apenas com uma toalha enrolada em sua cintura. 
   Olhei assustada e respirei fundo. Pensei no que ele faria se abrisse a porta do meu quarto e eu estivesse apenas de toalha. Ele entraria. E eu entrei. Sentei-me a sua cama.
   — Fatinha! — Bruno falou assustado. Eu gargalhei. 
   — Que foi? Você faria igual, ou até pior — Sorri cinicamente. 
   — O que você quer?
   — Falar a você o que terá que fazer essa noite.
   — Comece.
   — Primeiro bote uma roupa!  
   Bruno já ia tirar a toalha ali mesmo quando falei:
   — No banheiro!
   Ele riu. Já falei como eu odeio ser meia-irmã de uma pessoa totalmente desinibida e galinha? Já? Ah tá.
   Ele entrou no banheiro, e deixou a porta aberta, e em um milésimo de segundo vi ele apenas de roupa íntima. Por Deus! O que ele tem na cabeça? Tapei meus olhos com as minhas mãos.
   Bruno voltou, dessa vez vestido.
   — Então, o que quer que eu faça?

— Nessa noite... Você não vai ficar com ninguém — Sorri triunfante.
   — O quê? O que isso tem de maduro?
   — Pessoas maduras conseguem ir a uma festa e não ficar, muito menos transar, com ninguém. Pessoas maduras sabem como se divertir sem nada disso.
   — Tudo bem, mas e se eu conseguir? O que eu ganho?
   — O meu respeito, é claro.
   — Só isso? — Sorriu com aquela malícia típica.
   — Sim, só isso.
   — Então não vale à pena...
   — O que você quer?
   — Você vai ter que ir falar com Fera!
   — Como assim? Bruno!
   — Ué, pessoas maduras não resolvem seus problemas?
   — Peça qualquer outra coisa!
   — Qualquer?
   — Sim — Perguntei com medo da resposta.

   Eu estava em pé. Bruno chegou vinha chegando mais perto. À medida que ele se aproximava mais, eu me afastava. Até que cheguei à parede. 
   Eu o olhava com uma expressão totalmente assustada e confusa. Ele parou na minha frente. Perto o bastante para eu sentir a sua respiração.
   — Fala logo, Bruno! — Falei empurrando-o para trás. 
   Ele não falou nada, apenas ficou me encarando. 
   Arqueei uma sobrancelha e comecei a encará-lo também. No que será que ele estava pensando? Isso estava começando a ficar desconfortável. 
   Ele finalmente parou e começou a rir. Rir não, gargalhar.
   — Você é tão inocente — Disse enquanto não conseguia parar de rir.
   — Do que você está falando?
   — Inocente, ingênua... E eu que sou o infantil? 
   Finalmente a ficha caiu.
   — É, realmente, eu sou inocente e ingênua. Ooooh, me desculpe se eu não sou uma dessas vadias que você está acostumado! E... Sim, você que é o infantil. 
   Sai do quarto dele e desci as escadas. Senti algo me puxando para cima, olhei para trás... Bruno. Ele me empurrou e eu entrei novamente em seu quarto. 
   — O que é? Quer repetir de novo como eu sou “ingênua, inocente, infantil”? Porque eu já entendi da primeira vez, Bruno.


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