Meu Querido Meio Irmão - Brutinha escrita por Juliana


Capítulo 124
Capítulo 124




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 — Você é a única pessoa que eu conheço que estuda nas sextas-feiras – Ele sorriu.
   — Quem é você para falar alguma coisa? Você vai trabalhar em dobro nesse dia! – Fatinha riu.
   — Obrigado por deixar as coisas menos entediantes ainda! – Ironizou fazendo-a rir novamente.
   — Ah, não vai ser entediante ficar com a sua irmã. Ela já é grande, vai ficar no quarto dela e você na sala vendo televisão...
   — Não, você não conhece a minha irmã. Ela vai ficar me infernizando a noite toda, principalmente se ela levar alguma amiga para casa, meu Deus, elas vão ficar rindo e gritando como se não houvesse amanhã, a Makena só tem amigas chatas, o que é justo, já que ela é outra chata, e... – Bruno começou a falar e Fatinha o interrompeu com a sua risada.
   — Olha o jeito como você fala da sua irmã! – Balançou a cabeça – Se eu tivesse algum irmão mais novo eu ia tratá-lo tão bem, eu não ia desgrudar dele nunca!
   — Eu duvido que você agüente duas horas com a Makena.
   — Você duvida? – Ela falou pausadamente, erguendo as sobrancelhas.
   — Eu aposto que você não consegue ficar a noite de amanhã inteira com ela.
   — Isso não é justo, você está tentando se livrar da sua tarefa e descontar em mim –Fatinha riu.
   — Não, eu vou estar do seu lado rindo da cara que você vai fazer quando ela der o primeiro grito quando o Ashton Kutcher aparecer na televisão.
   — Isso se eu não gritar mais alto que ela – Fatinha gargalhou vendo Bruno fechar a cara.
   — Até você? – Perguntou enciumado. Ela assentiu e puxou-o pelo braço.

 — Vamos! 
   — Aonde? 
   — No shopping, eu estou morrendo de fome – Fatinha falou.
   — Nossa, que mulher moderna, cheia de controle na relação – Ele zoou com ela fazendo-a rir.
   — Vamos logo! E você quem vai pagar ainda!
   — Só se você for amanhã na casa da minha mãe comigo.
   — O que? Eu pensei que você estava brincando! – Ela parou de andar – O que a sua mãe vai pensar quando eu aparecer do nada lá?
   — Que você é a nora mais linda que ela já teve – Ele sorriu vendo-a corar bruscamente e dar um tapa no seu braço – Mas ela nem vai estar em casa nessa hora, sério.
   — Tudo bem, eu vou. Mas sem apostas, não gosto de pressão em cima de mim.
   — Você quem manda – Disse. Fatinha sorriu satisfeita e voltou a andar até o shopping mais próximo. Sexta e sábado a noite com Bruno? Nada mal para um fim de semana só.

Bruno cumprimentou o porteiro do prédio de sua mãe com um aceno de cabeça e ele apenas sorriu cordial, como se preferisse estar em qualquer lugar que não fosse seu trabalho. Fatinha, infelizmente, não percebeu a falta de vontade do porteiro.
   — Boa noite – Ela sorriu abertamente. Ele apenas balançou a cabeça sem nem olhá-la. Bruno prendeu o riso até chegar ao elevador, onde apertou o botão e aguardou – Que grosso – Ela sussurrou. Brunor gargalhou assentindo fazendo-a cruzar os braços emburrada. 
   Ele a encarou e Fatinha correspondeu por breves segundos, até desviar o olhar. Ele sempre fazia isso! Olhava-a de uma forma invasiva, com um sorriso de lado, como se soubesse todos os segredos dela e os compreendesse plenamente. Fatinha sentiu seu rosto corar como sempre e agradeceu aos céus ao ver que o elevador havia chegado ao térreo, adentrando-o rapidamente.Bruno a seguiu e apertou no décimo primeiro botão, mas não parou de encará-la com aquele maldito sorriso. Parecia que gostava de vê-la com vergonha!
   — Para de me olhar assim, que chato! – Ela falou fazendo-o rir e quebrar o contato visual. Bruno abraçou-a, envolvendo a sua cintura com os braços firmes. Fatinha suspirou passou os braços pelo pescoço dele, encostando sua cabeça em um dos seus ombros.
   — Acredite, ver você corada é a coisa mais engraçada do mundo – Ele falou próximo ao ouvido dela devido a proximidade, fazendo-a se arrepiar dos pés a cabeça. O efeito que ele tinha sobre ela era... Inacreditável. Ela se sentia uma tola por isso.

Fatinha corou ainda mais e levantou a cabeça, olhando-o. Bruno sorriu, como se pedisse permissão para beijá-la e vendo que Fatinh estava paralisada demais para responder, aproximou seu rosto do dela mais alguns centímetros. E quando ela sentiu o seu nariz roçar ao dele, ouviu a porta do elevador sendo aberta, acordando do transe e se livrando da proximidade e dos braços dele, saindo de lá. O que ela estava prestes a fazer? Céus, ela havia prometido a si mesma que só o beijaria quando ouvisse um “eu te amo” dos lábios dele! 
  Bruno bufou derrotado e saiu do elevador, pegando a chave do bolso e abrindo a porta. 
   — Makena! – Chamou pela sua irmã e observou Fatinha entrar timidamente no apartamento atrás dele.

  — Bruno! – Ouviram uma voz gritando de dentro do apartamento e então a expressão fechada dele se abriu em um sorriso. Fatinha, então, entendeu que atrás de toda aquela máscara de impaciência de Bruno, ele amava a irmã profundamente e não vivia sem ela. Entendeu também que o que Fera disse sobre eles serem ligados era verdade ao ver uma menina ruiva correr até o irmão e pular no seu colo, abraçando-o com força. A menina era bonita, mas Fatinha pensou que seria mais nova. Aquela ali tinha, no mínimo, uns quinze anos! – Você não veio me visitar nessa semana! – Ela falou abraçando-o de lado e enfim notando que Fatinha estava ali – Quem é você? – Perguntou confusa.
   — A Fatinha – Bruno falou como se fosse óbvio. 
   — Ah, a famosa Fatinha! – Makena riu.
   — Famosa? – Ela perguntou erguendo as sobrancelhas.
   — Ih, você não sabe? Aqui em casa é só “Fatinha isso, Fatinha aquilo”...
   — Hm... Verdade? Conte-me mais – Fatinha riu esperta olhando para Bruno.
   — Tudo bem, Makena, hora de dormir, tchau – Ele empurrou a irmã para longe, que ria como se tivesse aprontado – Eu falei para você que ela era chata.
   — Ah, para! Ela é um amor, poxa! – Fatinha cruzou os braços rindo.
   — Ela muda da água pro vinho em dois minutos – Bruno deu de ombros – Você está com fome? – Perguntou entrando na cozinha.


   Bruno e Fatinha estavam no sofá vendo qualquer coisa na televisão, quando Makena apareceu na sala já de pijamas e pantufas. 
   — Você é a vergonha desse país – Bruno riu balançando a cabeça. Ela mostrou a língua e sentou-se no sofá também, no meio dos dois. E foi só então que eles perceberam que Fatinha estava quase deitada no colo dele. Ela sorriu tímida e sonolenta e deitou no braço do sofá, enquanto Makena ocupava o lugar dela – Sua ciumenta – Ele murmurou para que só a irmã ouvisse.
   — Bota um filme! – Ela falou ignorando o comentário dele.
   — Bota você! – Bruno falou dando de ombros.
   — Seu grosso, só por causa dessa mal criação eu vou botar um filme com o Justin Timberlake!
   — Não! Eu boto o filme, pode deixar! – Ele tratou de dizer fazendo-as rir. 
   Bruno escolheu o filme “menos pior”, segundo o próprio, e não demorou meia hora e as duas já estavam dormindo. Fatinhaa no encosto do sofá e Makena no seu colo. Ele riu e balançou a cabeça, pegando a irmã com uma mão nas costas e outra embaixo das pernas e a levando até o seu quarto. 
   Quando voltou, Fatinha estava acordada esfregando os olhos.
   — Ela dormiu?
   — Parece que não foi só ela, não é? – Bruno perguntou rindo.
   — Você adora tirar com a minha cara – Fatinha balançou a cabeça negativamente.

 — Amo! – Ele falou sentando-se no sofá ao lado dela. Fatinha mostrou a língua e deitou a sua cabeça no ombro dele, totalmente sonolenta. Pouco tempo depois, Bruno percebeu que ela dormia tranquilamente, como se estivesse na sua própria cama. Ele balançou a cabeça – Eu devo ser muito confortável, mesmo – Falou divertido e rindo. Ele pegou-a no colo do mesmo jeito que tinha feito com a sua irmã e a levou para o seu próprio quarto, deitando-a delicadamente na sua cama. Pensou em deitar-se ao lado dela, mas não queria problemas quando ela acordasse. Sentou-se, então, na beirada da cama, velando pelo sono de Fatinha.
   Bruno sorriu.
   Ela era tão... Apaixonante! O trato seria que ele quem havia de conquistá-la, mas o inverso também ocorria. A cada dia Bruno sentia-se mais preso a ela, cada vez mais apaixonado. Ficar sem poder beijá-la por todo esse tempo era como se fosse um sacrifício. Ele tentava não forçar a barra, mas às vezes perdia o controle. Sentir-la tão próximo, mas sem poder quase que tocá-la? Isso não era bom, nem um pouco.
   Ele abriu um novo sorriso enquanto colocava uma mecha de seu cabelo macio atrás da sua orelha. Ah, se ela soubesse o quão apaixonado ele era por ela... Talvez desistisse de todo esse “joguinho” e aceitava casar-se com ele naquele momento mesmo.
   Mas Bruno não sabia como contar. Não queria pressioná-la, muito menos assustá-la. Então continuava assim... Devagar. Quase parando.


   Bruno estranhou quando recebeu uma mensagem de Malu pouco antes de sair de casa com Fera para encontrá-las, pedindo para que ele levasse alguns remédios fortes para gripe. Tudo bem, ela poderia estar doente e quereria tomar antes de sair... “Mas quem no mundo não tem pelo menos um remédio para gripe em casa? Só a Malu, mesmo...”, Bruno pensou rindo.
   Mas ele estranhou mais ainda quando ela pediu para que ele e Fera subissem no apartamento de Fatinha quando chegaram. 
   — Finalmente! – Malu abriu a porta e apontou para Fatinha dormindo no sofá com alguns cobertores.
   — Você a matou? – Fera perguntou fingindo espanto.
   — Não brinca com uma coisa dessas,! – Malu revirou os olhos – Você trouxe o que lhe pedi, Bruno? Ela está assim faz desde o começo do dia e eu já dei um remédio para ela, mas parece que não fez efeito! Aí ela cansou de tossir e espirrar e dormiu.
   — Há quanto tempo você medicou ela? – Ele perguntou e Malu suspirou aliviada após perceber que tudo o que Bruno estava aprendendo na faculdade iria ajudá-los.
   — Faz umas cinco horas.
   — Então não está na hora de medicá-la novamente. Daqui à uma hora eu dou outro remédio para ela, vocês podem ir ao cinema, como nós íamos fazer.
   — Mas você vai ficar aqui tomando conta dela sozinho? – Malu perguntou torcendo os lábios.
   — Está questionando o meu poder como médico? – Ele perguntou sério, mas logo riu indicando que estava brincando.
   — Uh, desculpe-me, doutor! – Ela riu – Se você diz que fica aqui com ela, tudo bem, você vai saber o que fazer melhor que eu... Mas qualquer coisa, me liga! É só uma gripe, mas você sabe como a Fatinha é sensível, e tal.
   — É. Eu sei – Bruno sorriu. Logo, Malu e Fera saíram e ele foi para a cozinha tentar fazer algo para Fatinha comer. Afinal, não se pode tomar remédios desse tipo com o estômago vazio.


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