Meu Querido Meio Irmão - Brutinha escrita por Juliana


Capítulo 115
Capítulo 115




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  — Fera! – Malu gritou e correu para abraçá-lo – O dia não está lindo? – Ela falou com os olhos brilhando.
   — Está de noite, Malu – Ele respondeu segurando o riso. Ótimo, já não bastava Bruno e Vitor bêbados, agora ela também estava. Oh, não sabiam? Bruno estava bêbado, sim, senhoras. 
   — Seus olhos são lindos... – Ela respondeu super concentrada e ignorando a resposta dele – Posso encostar neles? – Perguntou movendo o dedo indicador até próximo a eles. Fera gargalhou.
   — Você vai furar o meu olho – A segurou ainda rindo e fez com que ela se sentasse no mesmo sofá em que Bruno estava olhando para os lados e rindo de qualquer coisa – Seus bêbados! Agora eu vou ter que dirigir... – Ele falou e os outros dois riram – Eu não falei nada engraçado! – Ele bateu uma mão na testa – Só não me digam que a Fatinha bebeu também...
   — Bebeu – Malu gargalhou novamente – Ela está lá no banheiro passando mal.
   — Isso não é engraçado! A menina está lá vomitando e você está rindo? – Ele perguntou confuso.
   — Não precisa brigar comigo – Malu ameaçou chorar.
   — Ai, meu Deus, Maria Luiza, você é muito bipolar enquanto bêbada – Fera falou assustado e ela riu – A Fatinha está vindo.
   — Olha! –Fatinha gritou e levantou o dedo indicador para cima – Eu passei mal... Mas agora eu já estou ótima e pronta para outra! – Exclamou dançando exageradamente. 
   — Vocês são uma vergonha – Fera balançou a cabeça tentando não rir – Eu vou ir ao banheiro e já volto para levar vocês em casa.

 — Gente, eu vou ali pegar uma água para tentar tirar o gosto de álcool da minha boca, tudo bem? – malu perguntou como se estivesse totalmente sóbria e foi ignorada por Bruno e Fatinha. Ela deu de ombros e saiu, desaparecendo no meio de tanta gente. Fatinha tinha perdido totalmente a noção do certo e errado. Estava sentada ao lado do amor de sua vida, com ele totalmente vulnerável e não ia fazer nada? Claro que ia! Levantou-se e sentou-se no colo dele. Bruno ficou rígido e a olhou assustado, enquanto Fatinha apenas sorria. 
   — Eu sinto sua falta... – Ela sussurrou em seu ouvido e depositou um beijo ali mesmo, descendo até o seu pescoço, bochecha e quando ia chegar nos lábios dele, Bruno a parou. Ele respirou fundo e a segurou um pouco afastada de seu rosto.
   — Não provoca. Por favor... – Ele pediu. Não queria perder a cabeça, era óbvio que o que ele mais queria fazer era beijá-la logo, mas não podia. Estava bêbado, não idiota. Ele sabia que o clima no outro dia iria ser o mais estranho possível e não queria usar a desculpa de que estava bêbado.
   — Por quê? – Ela perguntou visivelmente decepcionada – Você não sente mais nada por mim? – Ela perguntou brincando com os cabelos dele. Bruno suspirou pesadamente e tirou a mão dela de lá.
   — Fatinha, você está bêbada.
   — Você fala como se estivesse sóbrio! – Ela falou irritada e saiu, sentando-se em no sofá da frente e cruzando os braços, fazendo birra. “Nem bêbado ele me quer. Parabéns, Fatinha”, ela pensou.

  — Estão entregues – Fera falou parando o carro em frente ao prédio deles. Ele dormiria na casa de Malu – Vê se usem o banheiro se forem vomitar ou urinar, pelo amor de Deus!
   Bruno e Fatinha riram e saíram cambaleando até a porta. Até Fatinha achar a chave de casa em sua bolsa, passaram-se mais de cinco minutos... Eles riam e andavam com dificuldade, até chegar ao apartamento. Fatinha já tinha até se esquecido do fora que levara, já tinha mudado de tática. Ser romântica não ajudara? Pois ela seria o inverso! Sim, ela nunca fora a pessoa mais “sensual” do mundo, mas quem disse que ela se importava? 
   Entraram no elevador e ela deu o sorriso mais provocante que conseguira. Ela estava determinada a conquistá-lo novamente. Fatinha abriu a porta do apartamento e entrou, rebolando o máximo possível. Fingiu deixar as chaves cair no chão e se abaixou da forma mais sensual que pudera. Essa não era a Fatinha. Parecia outra pessoa. Reflexos de bebida, meus caros... Levantou-se e andara rebolando novamente.
 Bruno odiava aquilo. Ele estava vulnerável pela bebida e por ela tambem, não ia agüentar por muito tempo! Ele respirou fundo e tentou não encarar os quadris da garota. Não era possível. Por que ela não era metade disso enquanto eles namoravam? Ele podia ter aproveitado mais...


   Ele simplesmente esqueceu todos os pensamentos quando se viu andando rapidamente até Fatinha. Pegou na cintura dela e a empurrou, prensando-a na parede. Ela deu um sorriso vitorioso, o que deixou Bruno ainda mais “louco”. Não pensou duas vezes ao encostar seus lábios nos dela, aprofundando o beijo logo de cara. Fatinha tremia com aquilo. Estava mesmo acontecendo? Depois de tanto tempo, eles estavam se beijando? Céus, aquilo era uma loucura, até mesmo para uma “bêbada”. Mas ela não estava nem aí. Queria aproveitar o máximo possível, afinal, não sabia o que aconteceria no outro dia. 
  Bruno tirou o seu casaco jogando-o em qualquer canto daquela sala, enquanto Fatinha brincava e puxava seus cabelos. Era evidentemente clara a diferença de vontades ali. Fatinha queria apenas beijá-lo até o mundo acabar, e Bruno... Bem, Bruno queria algo a mais.


   Fatinha tirou os seus sapatos com os próprios pés e Bruno repetiu o gesto. Eles afastaram as bocas por algum tempo, ainda com as testas encostadas. Tentavam inutilmente inspirar a maior quantidade de ar que seus pulmões podiam agüentar. Fatinha abriu lentamente os seus olhos, encarou os de Bruno já abertos e riu, fazendo-o dar uma leve risada junto. Ela envolveu o pescoço dele com os braços e o puxou para um selinho, depois outro, e outro, e outro... Quando ela ia dar o quinto beijo nele, Bruno a segurou pela cintura e andou até a parede, fazendo com que ela andasse junto e ele a prensasse na própria parede. Ele aprofundou o beijo e tentou ao máximo trazer o seu corpo para perto dele, como se quisesse fundi-los. Bruno foi lentamente tirando a jaqueta de couro de Fatinha e a jogou em um canto qualquer, não se importando com nada. Mesmo que a temperatura estivesse praticamente negativa naquele momento, ela não estava com frio. Nem um pouco. Nunca tinha sentido por alguém aquilo que estava sentindo. Por isso, como em um impulso, começou a brincar com a barra da camiseta de Bruno, a puxando para cima. 
  Aquilo, definitivamente, não ia prestar. Ambos bêbados e totalmente apaixonados. 
   Fatinha foi levantando mais ainda a camiseta dele, até tirá-la por completo. Ele não a deixou nem pensar direito e já foi logo a beijando novamente. Bruno sentia-se doentio. Não conseguia ficar longe daqueles lábios e ele sabia que a culpa não era da bebida. Fatinha, então, fez o sempre quis fazer desde que o conheceu. Passou as suas mãos por todo o tronco e braços dele, sentindo cada pedaço de pele se arrepiar com o toque, cada músculo se contrair. Depois apoiou as mãos em seus ombros e pausou o beijo mais uma vez para respirar.

  — Nós vamos nos arrepender muito disso – Ela falou ainda com os olhos fechados.
   — Se estiver tudo bem para você, está tudo bem para mim – Ele respondeu com a voz rouca, fazendo Fatinha se arrepiar um pouco. Ela sorriu e voltou a beijá-lo, sabendo que ia ser uma longa noite.


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