Trapaças: Na Conquista E No Amor escrita por Camila J Pereira


Capítulo 36
Desentendimento


Notas iniciais do capítulo

Parece que além de se preocupar com o Jacob, o casal - Edward e Bella - terão que se preocupar com Reneé que não aceita o termino no namoro da filha com Jacob.
O que deu em Reneé?
Bella, o que fará?



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Bella

Não sei como suportei o olhar do meu pai. Ele me avaliava e eu corava me sentindo desajeitada. Ele parecia querer ter certeza do que tinha ouvido segundo antes. Esperei que ele se manifestasse, porque eu sinceramente não tinha nenhuma vontade de dar a primeira palavra. Fiquei apenas quieta esperando alguma reação vinda dele ou da minha mãe.

- Eu ouvi direito, Bells? Você está namorando? - Engoli em seco. Chegou o momento, eu tinha que falar com ele.

- Sim, pai.

- Com quem esta namorando? - Oh droga, até parecia meu primeiro namoro. Que insegurança é essa que me acometeu? - Não vai dizer com quem está namorando? Ele perguntou novamente já desconfiado. As sobrancelhas vincadas dele não me ajudavam em nada. Charlie olhou para minha mãe, voltando em seguida para mim piscando um pouco.

- Bom... Comecei visivelmente insegura. - Reneé pigarreou. Eu a encarei de lado e me senti fortalecida com o ar de desdem dela. Tinha que enfrentar essa situação normalmente. Era maior de idade e completamente dona de mim, não precisava temer esse momento como uma adolescente. - Edward Cullen. Acho que o conhece, ele estudou com o Emm. - Meu pai pareceu pensar.

- Bem, claro que conheço Edward Cullen. Ele veio aqui algumas vezes com o Emmet. - Charlie coçou a cabeça. - Mas... Estão mesmo namorando?

- Sim. Disse com firmeza.

- Não acha um pouco cedo?

- Exatamente Charlie, essa menina perdeu o juízo, mal sai de um relacionamento e entra em outro. Como uma pessoa leviana. - Falou a ex-sogra mais defensora que já vi.

- Mãe! Pode ser sim um pouco precipitado, mas eu estou apenas deixando acontecer. E acontece que estamos juntos.

- Bem, a sua mãe está certa, Bells. É muito cedo.

- Sou bastante grandinha para estas coisas, pai. Edward e eu queremos ficar juntos.

- Eu sei disso minha filha, só não quero que entre em uma história precipitadamente por causa de uma briga com o Jacob. - Eu fiz uma cara mortal que ele entendeu. - Certo, a briga foi séria e você diz que não tem volta. Tudo bem, mas mesmo assim, pense bem antes de se envolver com outra pessoa. - Ele falou sério como todo o pai quando dá um conselho a um filho, mas depois sua expressão suavizou. - De qualquer forma fico feliz por você tentar seguir. - Meu pai me deu um abraço, era o apoio que eu esperava. Ele me entendia melhor que minha mãe. Acho que qualquer pessoa me entendia melhor que Reneé.

- Charlie, não devia apoiá-la. - Meu pai afastou-se de mim e olhou para a minha mãe.

- Reneé ela é jovem e não precisa ficar remoendo um namoro que acabou. Vamos ver no que vai dar isso. - Minha mãe abriu novamente a boca, mas deixou passar. Ela sabia que com Charlie não iria ganhar nenhuma discussão.

Mas tarde, no meu quarto, não resisti e liguei para Edward.

- Oi amor!

- Oi Ed.

- Como foi à chegada em casa?

- Maravilhosa.

- Que bom minha linda. - Ah, mas não é mesmo um amor?

- Hummm, não vejo a hora de te ver.

- Eu também. - Ele riu. - Sabe onde estou?

- Na casa de seus pais? - Chutei.

- Sim, com todos olhando para mim e tentando ouvir o que estou falando. - Sua risada bem humorada me fez rir também. - Isso porque eles sabem que estou falando com a minha namorada, Isabella Swan. - Meu coração parou um instante. - Estávamos falando sobre você. - Ok, eu acho que terei um ataque agora.

- Como?!

- Falei para meus pais que estamos namorando. Eles querem que você venha aqui como minha namorada. - Edward transparecia felicidade ao dizer isso.

- Bem... Uau! Isso é bom... - Fiquei um pouco tonta, normal para mim.

- Quando posso te trazer aqui?

- Não sei... Quando quiser. Mesmo já conhecendo seus pais, me sinto um pouco nervosa agora. - Admiti.

- Eles te adoram. - Afirmou confiante.

- Tudo bem. - Eu só podia concordar. - Eu também contei sobre você para meus pais.

- Jura? E...?

- Bem... Eles precisam se acostumar com a ideia. - Falei cheia de dedos e Edward permaneceu calado. - É só questão de tempo a minha mãe...

- Sua mãe odiou a notícia. - A voz de Edward mudou completamente para desanimada.

- Não...

- Ora amor, não precisa mentir. Pelo o que eu ouvi de seu irmão, a sua mãe adorava o Black, é natural que ela crie resistência. - Eu já ia falar qualquer coisa para confortá-lo, mas ele continuou. - Esse é um assunto para tratarmos pessoalmente.

- Sim, claro.

- Logo nos veremos. Tenho muitos beijos guardados pra você. - Como não podia me animar com isso?

- E cobrarei cada um.

Despedimo-nos e me sentia muito mais animada depois disso. Edward tinha o poder de me fazer enxergar as coisas mais simplesmente e com esperança. Essa sensação era boa. Ele estava se tornando fundamental para mim.

Edward

Depois de deixar que Bella fosse embora, o que realmente não queria, decidi passar na casa da avó dela. Havia muitos dias que não nos falávamos e eu tinha que contar muitas coisas para ela.

- Pensei que tivesse me esquecido. - Ela sorriu e me abraçou.

- Não poderia esquecê-la nunca. Trouxe isso para você. - Entreguei uma caixa de bombons para ela que arregalou os olhos brilhantes e felizes.

- Oh, que maravilha! Não precisava criança. - Abraçou-me mais uma vez.

- Isso é pouco por tudo o que me fez.

- Não fiz nada visando gratificações, só que faça a minha neta feliz. Mas então... Acho que tem algo para me dizer. - Nossa, com ela era sempre assim. Golpes certeiros.

- Sim.

- Sente-se aqui então e conte-me. - Sentamos e quando já estávamos acomodados comecei.

- Desculpe não ter vindo antes, mas também não queria dar a notícia assim pelo telefone. - Katharine estava atenta prestando atenção. - Sua neta e eu estamos namorando. - Katharine cobriu os lábios com as mãos escondendo o grande sorriso.

- Que... Maravilha! - Abraçou-me novamente. - Edward, eu disse que daria certo.

- E deu. Ela me fez uma linda surpresa, um jantar em minha casa, a beira da piscina. Não fui nem um pouco difícil.

- Imagino. - Ela riu divertida.

- Hoje pedi Bella em namoro. Sou o homem mais feliz do mundo por ela ter aceitado.

- Bem... Enfim a minha neta deixou de lado a cabeça-dura que herdou da mãe.

Conversamos mais um pouco, sobre Bella e eu e sobre muitos outros assuntos que nos vinha à mente. Depois segui para a casa de meus pais, há muito tempo que não passava um tempo com eles.

- Então, quando pretende me contar sobre a sua namorada? - A minha mãe na se conteve na mesa do jantar, é claro que a linguaruda da minha irmã tinha contado a ela. Eu olhei para a minha mãe, meu pai e meu cunhado curiosos e a minha irmã eu olhei com meu olhar mortal e ela mostrou a língua.

- Ah... Na verdade eu acho que a pequeno polegar já deve ter contado tudo. - Alice ficou indignada com o apelido, mas ela merecia.

- Quero ouvir de você. - Ela insistiu.

- Bem... Estamos juntos a duas semanas, mas a pedi em namoro hoje e ela aceitou.

- Isso eu não sabia. - Alice falou.

- Bella é uma garota incrível, mas e o outro namorado dela?

- Não há outro namorado. Há um ex. - Enfatizei.

- Sim, o ex-namorado.

- Ele é assunto encerrado, pai. Eu estou na parada agora, não deixarei que ela vá nunca. - Falei seguro, Alice revirou os olhos, Jasper riu, meu pai sorriu levemente, afinal ele também era homem e entendia o que quis dizer e minha mãe me olhou repreendendo-me.

- Então é mesmo sério? Meu pai perguntou.

- Muito. - Afirmei.

- Traga-a aqui para comemorarmos a notícia juntos. - Agora meu pai falou algo muito bom, pois era isso o que queria. Bella não escaparia de minha família, nem de mim.

- Sim, trarei.

- Que bom, meu filho. Acho que agora você se acerta. Ela é uma menina adorável, muito melhor do que a Tânia.

- Mãe! - Eu a recriminei, não tinha nem como comparar.

- O que? Estou muito feliz que esteja com a Bella. - Todos riram concordando com o que ela disse.

Depois do jantar Bella me ligou e foi uma surpresa muito boa. Foi engraçado ver todos prestando atenção em mim para escutar alguma coisa que eu dizia para a minha namorada. Era incrivelmente bom dizer isso Bella, minha namorada.

Depois de dois dias sem nos vermos, já não suportava mais. Então fui até o escritório de Bella no final do expediente e a convidei para jantar. Não queríamos nos separar, então fomos para a boate de Emmet.

Bella

Edward e eu estávamos em seu carro em frente a minha casa, mas ainda não queria me separar dele. Ele acariciava meu rosto e eu simplesmente estava com os olhos fechados apreciando as sensações.

- Não quero te deixar entrar. - Ele falou me fazendo abrir os olhos.

- Nem eu quero entrar.

- Então não vá. - Sorri com o pedido dele.

- Preciso, além do mais amanhã trabalharemos.

- Isso não é desculpa.

- Edward...

- Quero fazer amor com você.

- Hmmm. - Foi a única coisa que saiu da minha boca. Edward não podia falar assim comigo que ficava louca.

Ele me beijou e não sei como fui parar em cima de seu colo. Estávamos com movimentos limitados naquele espaço, mesmo assim tive a impressão de que um pouco mais ele rasgaria a minha blusa ao tirá-la, mas eu não reclamaria disso. Edward fazendo amor loucamente era gostoso demais.

Ele de repente parecia ter mil mãos, pois as senti em todos os lugares, em meus seios, minha barriga, costas e bunda. Tive que erguer meu corpo para tirar minha calça com ajuda dele, foi bastante complicado, mas conseguimos.

Só estava de calcinha rebolando em Edward e tentando tirar as suas roupas. Quase chego ao limite quando ele tocou em minha intimidade ao mesmo tempo em que sugava meu pescoço. Separei-me dele e lhe dei-lhe uma mordidinha nos lábios o que fez com que ele dissesse algo inteligível entre meus lábios. Edward tirou a minha calcinha e me fez sentar, recebendo seu pênis completamente duro.

Mesmo estando em cima dele, Edward me fez seguir o seu ritmo, ele fez questão de me mostrar que ele estava no controle ao segurar firme a minha cintura e me levantar e abaixar da forma que ele queria.

Edward me abaixa e se encaixava tão fundo em mim, fazendo-me sentir prazer imenso. Era óbvio que não suportaria muito, logo me vi gozando. Depois de também ter chegado ao clímax, ficamos apenas abraçados, curtindo o momento. Mas já era tarde e eu tive que me vestir e entrar em casa.

Quando estava prestes a subir as escadas vi um vulto no sofá da sala, ao apurar a minha visão vi que era a minha mãe. Mas o que ela estaria fazendo ali?

- São 2 da madrugada. - Ela disse.

- Nunca controlou os meus horários. - Pisquei sem acreditar.

- Nunca foi necessário. - Ela disse seca.

- Mãe, acha por acaso que sou uma adolescente?

- Comporta-se como se fosse. - Fiquei atônita com o que ela disse. Caminhei ficando a poucos passos em sua frente, vendo assim melhor o seu rosto.

- Sou uma mulher.

- Que tipo de mulher se tornou? É isso que me preocupa. Uma mulher que transa no carro em frente a casa de seus pais. Que tipo de mulher é essa? Você perdeu totalmente o respeito por nós. - Acho que arregalei meus olhos e boca ao extremo. Não podia ter ouvido mesmo isso da minha mãe. O que estava acontecendo com ela?

- Andou me espionando?

- Seu pai poderia ter visto. Com Jacob com certeza isso não aconteceria. Sabe por quê? Ele te respeitava, respeitava a sua família.

- Respeitava tanto que me traiu! Ora, mamãe, pare de puxar o saco de Jacob. E pare de me espionar. Sou sexualmente ativa e transei mesmo com Edward no carro. - Reneé pareceu sem saber o que falar, mas se recuperou.

- Jacob tem razão. Esse rapaz não serve para você. Você está mudada Bella.

- Estou mais segura do que quero, estou mais feliz. Pode agradecer ao Edward por isso se quiser. Ele me faz bem, mãe.

- Não Bella, ele não faz. - Reneé levantou e olhou-me brevemente. - Espero que não seja tarde quando descobrir que ele não serve para você. - Reneé subiu as escadas me deixando um tanto irritada e triste pela a nossa discussão.


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