My Immortal escrita por Sky Pizzo


Capítulo 3
O 3º Espião




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De uma coisa eu tenho certeza: Quando um monstro entra no acampamento, ou é porque as barreiras estão fracas ou porque alguém o invocou. E a magia do Velocino é boa até demais para falhar. Corri até a árvore de Thalia, tropeçando algumas vezes no meu vestido e vi que o Velocino estava funcionando. Alguém tinha invocado o minotauro. Desci da colina meio-sangue o mais rápido que pude, e fui correndo ver Quíron na enfermaria. Ele estava melhor, sem estar sangrando icor e já estava trotando.

- Quíron! – disse parando o velho instrutor na saída da enfermaria, obstruindo a passagem de outros.

- Oh, aí está à bonequinha! – Disse ele colocando a mão no meu ombro. – O minotauro te atingiu?

- Não, não, não... Eu acho que eu sei como o minotauro veio parar aqui no Acampamento.

- A magia do Velocino está fraca?

- Não  –  respondi. Vi o rosto alegre de Quíron se transformar em um rosto nebuloso. – Alguém deve ter convocado ele.

Chamamos todos os campistas na frente de seus chalés e fizemos uma chamada para ver quem estava lá e quem não estava. Verificamos cada campista para ver se ele tinha algum objeto que indicasse que estava trabalhando do lado dos Titãs, com a guerra de Gaia vindo. Ninguém tinha nada que desse indício que estava trabalhando para eles. Mas as chances ainda não estavam esgotadas. Poderia ser que algum semideus tivesse entrado no Acampamento sem ninguém ver, e se escondido em algum lugar de lá.

- Tudo bem! – disse o Senhor D gritando. – Quem foi o engraçadinho que pegou minha Coke Diet? Stolls? – Os irmãos mais travessos do Acampamento negaram com a cabeça. O Sr. D consegue sentir cheiro de bebidas de longe. Ele começou a cheirar o ar que nem um rato, indo para o bosque. Falei para os campistas voltarem as suas atividades normais - sem ir para o bosque – e comecei a seguir Sr. D. Ele não parava de andar, até parar em um buraco parecido com uma cova, com sanduíches pela metade de pasta de amendoim com geleia de morango e várias latinhas de Coke Diet. Ouvi passos e puxei Sr. D atrás de uma árvore larga e grande, e esperei a pessoa que fez os passos. Quando a avistei, saí correndo de trás da árvore e pulei em cima da mesma. Ela caíra no chão, comigo em cima. Caí em cima da cova, e a menina de olhos verdes cintilantes pegou uma pá e começou a jogar terra em cima de mim, até que vi Dionísio pulando em cima dela, a prendendo contra o chão. Meu vestido não ficara sujo, então pulei da cova sem me preocupar. Falei para o Sr. D sair de cima dela, e criei rosas no chão, fazendo-as de algemas para a menina. Para você que provavelmente não sabe, filhas de Afrodite têm muitos poderes. Como fazer suas unhas crescerem absurdamente rápido, e ficam afiadas e compridas, e essas unhas servem para arranhar inimigos, ou até perfurá-los. E as rosas brotarem do chão, e rosas vermelhas são o símbolo do amor. Quando a menina parou de se contorcer, já com os punhos arranhados dos espinhos das rosas, reconheci a menina. Abnara, filha de Hera. Sim, eu sei que Hera não pode ter filhos semideuses. Ela não é semideusa. Abnara foi chutada do Olimpo pela sua própria mãe, exatamente há 197 anos. Abnara queria ter ais poder que todos do Olimpo, inclusive eu. Os cabelos castanhos quase louros estavam oleosos, os olhos verdes estavam com olheiras e tinha rugas no rosto. Quando você imagina um deus, você pensa uma Afrodite da vida, porque eles são imortais. Sempre jovens e esbeltos, mas o caso de Abnara não era esse. Peguei ela pela gola de seu vestido verde-água e fui diretamente ao Olimpo. Hera ficou com uma cara surpresa ao ver sua filha.

- Abnara! – Disse Hera colocando a mão esquerda no coração. – O que você está fazendo aqui?

- Pergunte para a Barbie aqui! – O rosto de Abnara ficou vermelho, isso ás vezes acontecia quando ela ficava nervosa.

- Vou deixar vocês duas terem um momento mãe e filha. – Disse soltando a gola do vestido da filha de Hera. Desci novamente ao acampamento para somente uma coisa: Ver Percy.

Cheguei ao Acampamento e fui ao chalé de Poseidon, Percy não estava ali, mas se eu realmente conheço os filhos de Poseidon, logo ele voltará. Sentei na cama mais próxima que encontrei. Era a cama de Percy. Tinha uma escrivaninha ao lado da cama com lençóis azuis-fundo-do-mar, e nele tinha uma fotografia com Percy e Annabeth. Eu e Paeon tínhamos uma pintura igual feita por Geras em 1613. Meu braço estava pelo pescoço de Paeon, e estávamos nos olhando fixamente com um sorriso no rosto. Os olhos de Paeon sempre brilhavam quando estava feliz. Eu sinto falta de Paeon. Eu sinto falta de como ele era inteligente e ao mesmo tempo lerdo, sinto falta de como ele me fazia rir quando tropeçava enquanto estava olhando para meus olhos, como ele me fazia sentir amada só com um olhar, eu sentia falta de tudo que ele fazia. E eu aposto que Percy está fazendo Annabeth se sentir desse jeito. Não pude deixar de derramar uma lágrima por cima da fotografia.

- Você está bem? – Percy chegou no quarto. Abaixei a cabeça. Desabei em lágrimas. Ele era Paeon. Percy sentou ao meu lado na cama, e começou a colocar o braço em trono de mim. Comecei a sentir as lágrimas em meus olhos secarem. Paeon me fazia sentir segura, assim como Percy.

- Mesmo que você não seja ele, - falei tirando o braço de Percy do meu ombro. – você age como ele.

- O que esse tal de Paeon tem tão de importante? – Percy sorria como ele.

- Paeon era meu namorado. O amor da minha vida.

Percy olhou para mim com uma cara triste. Comecei a chorar de novo. Os filhos de Poseidon tem esse jeito calmo e feliz que acaba contagiando todas as pessoas ao seu redor.

- Vem, - disse Percy – quero te mostrar um lugar.

Percy pegou minha mão e me levou à um lago perto do chalé de Poseidon.

- Eu descobri esse lugar à alguns meses. – Percy me fez sentar na beira do píer. – Eu que construí o píer.

Os olhos de Percy estavam radiantes, como de quando Paeon ficava quando estava feliz. Ele colocou a mão no chão do píer e eu tive que me conter para não colocar minha mão por cima. Coloquei a mão no chão também. Senti uma coisa quente em cima de minha mãe, olhei para ela e era a mão de Percy. Olhei para ele por uns segundos, me segurando para não beijá-lo. A respiração de Percy estava pesada, e ele se inclinou um pouco para frente, assim como eu. Não resisti em beijá-lo.


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