Immortals escrita por Luana da Silva Oliveira
— Eu amo você. Você me ama. Somos uma família feliz. Com um forte abraço e um beijo te direiii: Meu carinho é para você! – Emmett cantava enquanto andava lentamente atrás de Isabella.
Eram como ver King Kong e seu sacrifício Ann Darrow brincando juntos.
A menina já tinha aprendido a engatinhar com apenas oito meses. E não parava quieta, os cabelos estavam quase chegando ao ombro e havia um patinho de seda amarela todo amassado em suas mãozinhas.
— Vem, vamos assistir Charlie e Lola. – a pegou no colo e se sentaram no tapete felpudo e preto que decorava a sala de estar. Ligou a TV e começou... – Emmett... Fala Emmett. Bella... Emmett.
Enquanto isso, no lustre do castelo...
Esme arrumava um vazo de planta que cultivava em seu próprio quarto quando Alice e Edward entraram com um olhando o outro, conversando, do jeito deles.
— Esme... Os Denali vão ligar amanha para perguntar quando vamos visita-los, já que da ultima vez foram eles quem vieram até nós. – Alice murmurou. – Edward acha melhor inventarmos uma desculpa...
— Uma desculpa?
— Acha seguro para Isabella se encontrar com os Denali? – o mais velho perguntou.
— Não acho bom mentirmos, querido. Eles são da família.
— Família que pode nos colocar em risco.
— Acha que eles nos trairiam?
— Melhor não confiar.
— Bom. – Alice fez um bico. – Então o que vamos inventar?
— Nós podemos... – Esme murmurou. – Podemos ir até o Alasca, só que divididos. Os rapazes ficam e inventamos uma desculpa de que estão ocupados organizando as coisas para a próxima mudança.
— Sim! Mas Edward terá que vir conosco por que Rosalie não vai querer sair de perto da Bella e Tayna não vai parar de perguntar por ele.
— Querida, ela gosta dele.
— Mas ele não gosta dela! Será que Tayna é cega? Não sabe levar um não e acha que isso é apenas meu irmão sendo “difícil”? Ou será que ela faz isso com todos?
— Alice...
— É a verdade, faz mais de décadas que ela persegue ele. Como um pulga!
— As duas podem para de falar de mim? – Edward sussurrou. – Eu estou aqui...
— Mano, esta com pulga atrás da orelha? Então pegue e puxe! - e saiu balançando a curta cabeleira e rebolando.
Aos nove meses Isabella já sabia andar direitinho e se equilibrar nos pezinhos. Os dentes estavam nascendo e ou ela vivia com a chupeta na boca ou vivia chorando. Fome, ela tinha fome o tempo todo. Rosalie chegou a ficar preocupada com isso, afinal que tipo de criança daquele tamanho come mais de sete vezes por dia?
Sua primeira palavra foi “mamãe”. O que fez Esme pular de alegria e satisfação. Alice tinha previsto tudo e filmado com antecedência.
Estavam todos na sala, vendo Jasper vencer Emmett no Mortal Kombat quando ouviram passos leves e oscilantes vindo naquela direção. Alice se levantou em um rompante e no minuto seguinte estavam ela e Bella se olhando com sorrisos nos lábios, como se estivessem tramando algo apenas com o olhar.
A diferença era que Isabella estava aprendendo também o meio sorriso de Edward, coisa que o deixava mais babão por ela.
A cada dia que se passava, uma nova descoberta. Depois de aprender a se comunicar, vieram as perguntas. O que surpreendeu Carlisle, sua filha ainda era muito pequena para pensar naquilo.
— Papai, por que o céu é azul? – perguntou enquanto ele a colocava na cama.
— Por que azul combina com ele, querida.
— E não podia ser rosa?
— Não, ia ficar chamativo.
— E por que o gato mia?
— Por que ele é um gato.
— Mas eu não sou um gato e mio... Miau. – fez bico.
— É por que você é mais inteligente que ele. - cutucou o nariz dela.
— E o cachorro?
— Também.
— Mãe, quantas flores têm na terra? – perguntou enquanto via Esme no jardim.
— Quantas você quiser, querida.
— Eu quero mais.
— Então eu vou plantar mais.
—Jazz, da onde vem os bebês? – murmurou segurando seu elefante de pelúcia, Momô, de cor verde, num abraço.
E o loiro a olhou com um tímido sorriso no rosto. Rosalie que tinha ouvido isso no terceiro andar já estava descendo as escadas.
— Bom... – começou com seu sotaque sulista. Sabia que Isabella era inteligente o suficiente para saber que eles não vinham da cegonha... Então. – Ele vem da Mamãe das mamães?
— É? – fez cara de espanto.
— Claro!
— E onde fica o buraco que o Emmy disse que ela da às crianças para outras mamães?
— EMMETT! – ouviu a loira gritando do segundo andar e a casa tremeu levemente com a risada do grandão.
Jasper riu.
— Bom... Você já ouviu falar de Buraco Negro? Esse é diferente, ele não suga...
— Ele suga sim! – O ursão apareceu com um sorriso sarcástico no rosto.
— Cala a boca! – o loiro olhou feio para o irmão.
— É a verdade! Ele suga tudo para dentro ai depois ele tipo que monta um boneco pequeno dentro dele e depois que o boneco estiver pronto, cospe para fora. – balançou a cabeça.
— E o que ele suga para dentro?
— Leite. – e gargalhou de novo, alto e forte.
—Não dê ideia, estrupício! – Edward que ouvindo a bagunça toda de baixo, desceu e deu um murro na barriga do outro, que apenas caiu no chão, rindo.
— Como assim leite? – Bella inclinou a cabeça para baixo, confusa. – Eu não quero ter bebês de verdade... – murmurou apertando seu Momô.
— Não vai ter bebês de verdade, princesa. – Edward murmurou pegando-a no colo. – Não se preocupe.
— Mas onde o buraco fica? – perguntou fazendo bico.
Mas o pior não era as perguntas que saiam de surpresa, era na hora de dormir que complicava tudo. Bella, por mais que Esme e Rose tentassem, não conseguia dormir sozinha. Segundo ela, havia um monstro no armário.
— Baixinha, isso não existe. – Alice suspirou.
— Existe sim. - teimava.
— E como ele é?
— Alto.
— Que mais?
— Ele tem orelhas grandes e dentes pequenos.
— E qual é a cor dele?
— Amalela.
— Amarela. – Alice repetiu.
Isabella tinha problemas com “Rs”.
— É.
E ia dormir no quarto do solteiro da família. Dormir não, brincar com o Amax-Toys. Um robô feito exclusivamente para entreter. Andava, falava, pegava coisas. Era perfeito para a caçula já que o sono demorava em chegar até ela. O que fazia com que os adultos ficassem preocupados.
No dia seguinte, dormia ate tarde. Os suspiros eram altos e os roncos suaves. Ela murmurava palavras sem conexão alguma.
Com o tempo, uma cicatriz acinzentada se formou em sua pele. Um circulo perfeitamente arredondado bem na superfície de sua mão pequena.
E foi ai que começou. Agora a garota mal pisava no quarto. Quando estava lá, seus olhinhos se esbugalhavam e ficava olhando para o nada, como se realmente tivesse alguém lá.
Aos três anos ela e Esme estavam andando pelas ruas do centro quando Isabella apontou para o nada e perguntou quem era o moço.
— Mas querida, não tem ninguém ali.
— Tem sim. Ele esta dodói.
E a mais velha suspirou. Sua filha tinha uma imaginação tão fértil!
— É o seu Joaquim?
— Ele não tem cabeça de pudim! – bateu o pé se lembrando da musica que sua mãe tinha colocado mais cedo.
E outra vez o problema com a insônia que já tinha deste cedo. Era Momô de um lado, Edward de outro, Rosie e Alice na frente e Jasper e Emmett no chão peludo e lilás.
— Mas o Momô já esta dormindo. – Emmett murmurava, manso.
— Ele nem fecha os olhos! – respondia.
— Okey. – Rosalie suspirou. – Então quer fazer o que?
— Brincar!
— Sim, vamos de Seu Mestre mandou. – Alice murmurou.
— Eu sou o Mestre. – Jasper falou.
— Por quê?
— Por que sim.
— Feche os olhos. – Edward sussurrou. - Abra os olhos.
— Rode a cabeça. – Emmett disse. – E vá rodando, vá rodando, devagar.
Nesse momento, Alice pegou o coberto branco colocando em cima da irmã.
— Abra a boca... Feche a boca. – sorriu ao ver a pequena bocejando.
— Coce o nariz. – Rose acariciou sua pele de leve. – E vá mexendo, vá mexendo devagar.
— Devagar... Feche os olhos. E não se mexa, não se mexa até sonhar. – Jasper murmurou enviando uma onda de preguiça para ela.
Naquela noite, enquanto sentia a calma emanada dos outros mais velhos, Bella sonhou com uma mulher loira de cabelos curtos e olhos azuis. Ela sorria.
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