Um Trapaceiro No Acampamento Meio Sangue escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Ando percebendo os leitores fantasmas,e gostaria muito que eles aparecessem,pois não escrevo para pessoas que não "existem".

Faz favô, os que puderem comparecer seria ótimo.
Boa leitura!!!



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Annabeth e Clarisse estavam reunidas já há algumas horas decidindo o que fariam no dia que se seguia. Elas acordaram muito antes do próprio sol,que parecia estar lhes pregando uma peça.

O chalé de Atena estava numa perfeita ordem,com exceção dos livros e pilhas de papeis esparramados em uma das mesas usadas pelas garotas. Elas conversavam silenciosamente sobre seu plano, evitando acordar os demais campistas.

-Também tem aquele garoto do chalé de Afrodite, o Bartt, ele me parece suspeito.

-Por que diabos um garoto que usa polainas seria cúmplice de alguém?- perguntou Annabeth, fazendo caretas enquanto falava

-Só não gosto dele- respondeu Clarisse, ríspida

-Se fossemos suspeitas de todos os campista de quem você não gosta, teríamos umas cem folhas deles.

Clarisse bufou.

-Então me apresente os seus suspeitos.

Annabeth pigarreou antes de começar- Sabemos que o “ajudante”- ela fez aspas no ar- pertence ao chalé dez, ele conhecia a área e provavelmente tem bastante tempo livre. Seja quem for essa pessoa tem a confiança de Patty e é alguém bastante neutro.

-Já sabemos...Você ainda tem a lista dos campistas? Quero dizer, os de Afrodite.

Annabeth se lembrou do dia em que entrara na sala de Quíron e procurado pela pasta. Seu nome ficara gravado na aba de couro,junto com os outros nomes de campistas que tentaram fazer a mesma coisa.

-Devo ter anotado alguns nomes- Ela se levantou e começou a revirar as gavetas das escrivaninhas- De qualquer forma,podemos começar pelos mais próximos de Patty. Ela não deve ter confiado o segredo a Piper por exemplo. Tem que ser alguém que á tema...

Ela parou de repente. Sua cabeça dava voltas como uma montanha russa sem freio. Seria possível que alguém como aquela garotinha fizesse algo tão frio e sem escrúpulos?

Os olhos de Annabeth recuperaram o foco, ela se voltou sobre o mural com fotos e projetos presos por alfinetes e puxou uma folha,a qual se intitulava “Chalé Dez”.

-Annabeth? –chamou Clarisse- Você está bem?

-Estou- gaguejou ela- Só não consigo acreditar...

Annabeth olhava fixamente para um nome em especial na lista de campsitas. Era inevitável não prestar atenção nele, como se tivesse sido escrito com tinta neon cintilante e colorida.

Clarisse puxou a folha de sua mão, lançando-a um olhar de desaprovação.

-Erick Piter, Jassmine Tompson... O que há de errado? Viu algum possível?

Annabeth puxou a folha de volta e circulou o nome que fitava.

-Está vendo? Brandy Parker! Ela se encaixa perfeitamente! Veja...

- Quando conheci Brandy,ela tinha acabado de discutir com Patty. Ela parecia ser culpada por alguma coisa, mas ela quis ser útil me levanto até a cabana e me mostrando a pá que Richard e Patty usaram para cavar o buraco em que fomos jogadas- explicou ela- No entanto, notei que ela olhava muito para trás, como se quisesse ter certeza que ninguém a observava. A primeira vez que estivemos na cabana ela desapareceu assim que pode. Provavelmente se arrependendo de querer me ajudar, ou ....

Clarisse esperou que ela continuasse.

- Ou teve medo de que alguém descobrisse.

-Pra falar a verdade não tenho visto essa garota ultimamente- comentou Clarisse- Patty deve ter a traumatizado.

-Se estivermos certas, Brandy não deve estar muito bem. Se a encontrarmos vamos ter nossa confirmação.

-Pensando bem- começou Clarisse- Ninguém se importaria se essa garota sumisse. Ela não é muito de chamar atenção,é?

-Não- Annabeth balançou a cabeça negativamente- O que nos dá mais motivos para desconfiarmos dela. Nesse caso ela é bastante neutra, assim como nosso suspeito. Não notei seu sumiço até tocarmos no assunto... e aliás, ela tem tido poucas aulas, o que a dá tempo de sobra para reconhecer a floresta. Ela se encaixa perfeitamente em nossas suspeitas.

Clarisse se levantou, decidida.

-O que estamos esperando? Vamos encontrar essa garota e coloca-la contra parede!

Annabeth olhou para a lista de campistas sobre a mesa. Elas estavam descartando vinte e dois campistas- doze garotas e dez garotos- para procurar apenas por uma. Brandy Parker.

-Espere- interviu Annabeth- Temos que pensar numa boa forma de fazê-la confessar.

Clarisse riu, irônica.

-Vou chamar meus amigos Confesse se não te soco a cara- riu ela, beijando as mãos fechadas em punhos- Eles nunca falharam. Vamos.

Annabeth revirou os olhos.

-Certo. Se quer ser direta vai acabar estragando nossa última chance. Esqueceu que temos apenas quatro dias? Temos que fazer tudo direito para que não tenhamos que recomeçar do inicio. A garota deve estar abalada, com medo e decidida a não soltar um pio sobre o assunto. Temos que chegar nela amigavelmente se quisermos tirar vantagem e conseguir alguma informação- Annabeth tentou soar o mais convincente possível.

-ok- suspirou Clarisse, vencida- Como vai ser?

-Como vai ser o quê?

Verônica estava parada na parte mais alta da escada que dava acesso aos quartos. Ela carregava uma caixa de plástico transparente com produtos de limpeza e utensílios domésticos.

- Annabeth não vai a lugar algum agora. Ela vai ficar e nos ajudar a ajeitar esse chalé. Podemos até ter perdido a competição esse ano, mas não é motivo para deixarmos de fazer nossas faxinas diárias.

Clarisse rosnou.

-O que temos que fazer é importante.

Verônica deu de ombros. Ela desceu as escadas com dificuldade, parou ao lado de uma das mesas e deixou a caixa sobre ela, tirou um espanador de pó e o jogou para Annabeth.

-Importante é deixar nosso chalé em boas condições quando formos embora- respondeu ela, lustrando a mesa mais próxima.

-Verônica- chamou Annabeth- Volto logo para ajudar,mas o que temos que fazer é realmente muito importante.

Annabeth estava verde, como se tivesse comido algo estragado que estivesse lhe fazendo mal. Seus olhos vagavam para todo o chalé, evitando os de sua irmã.

Verônica franziu o cenho.

-O que é mais importante do que limpar a barra com seus irmãos?- Verônica franziu o cenho. Ela fitava Annabeth com intensidade, mesmo notando a falta de vontade da irmã em ajudar.

-Se quer mesmo ir,tudo bem. Mas não reclame depois.- Acusou ela de má vontade.

Annabeth mordeu a língua.

-Tudo bem- ela se virou para Clarisse- Desculpe, mas não posso falhar mais uma vez. Procuro por você mais tarde.

Os olhos de Clarisse saltaram. Seus cabelos castanhos caiam sobre seus eles, de modo que ela parecesse ainda feroz.

-Temos apenas quatro dias. Temos que encontrar Brandy e arrumar um jeito de fazê-la confessar. Caso contrário...

-Eu sei!- exclamou Annabeth,desajeitada . O espanador dançava no ar enquanto ela gesticulava- Mas tenho um papel a desempenhar. Você deveria fazer o mesmo em seu chalé.

-Faça o que quiser- sibilou ela,com desprezo - estarei no refeitório caso precise.

A filha de Ares marchou até a porta, decidida em não olhar para trás uma segunda vez. Ela estava zangada, as veias de seu pescoço estavam saltadas, e seu sangue pulsava dentro delas.

Ela bateu a porta com força ao passar, deixando Annabeth com Verônica e um chalé inteiro para organizar.

Verônica pigarreou.

-Fico com o andar de cima.


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Notas finais do capítulo

Ei gente! As coisas vão ser há 100 por hora daqui pra frente!
Agradeço desde já, beijos e comentem!



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