Um Trapaceiro No Acampamento Meio Sangue escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Hefesto ganhando? Estranho né?! kkkkkkkk
Bom,espero que estejam gostando da história.
Boa leitura



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O sol estava prestes a se pôr.Faltavam apenas centímetros para que sua parte inferior tocasse a água no horizonte do mar que banhava o acampamento.

A brisa suave fazia com que os cabelos das garotas dançassem sem compasso na beira da praia.

-Logo depois que tivemos aquela conversa nada agradável fui procurar eu mesma novas pistas. Eu estava disposta a encontrar nosso culpado custasse o preço que for. E acabei encontrando mais do que procurava.

Clarisse tinha os olhos pregados nas ondas que se quebravam no meio do oceano. Seus olhos eram pensativos e estavam leitosos. Seus cabelos castanhos tampavam seu rosto,formando nós nas pontas.

-Queria que tudo fosse simples. Mas... não tive tempo suficiente para ter certeza de minhas suspeitas.- concluiu ela- Fiquei sabendo que você entregou Patty e Richard. Senhor D. acreditou em você?

-Com algum custo e uma palavra mais confiável do que a minha- Annabeth desviou os olhos do pôr do sol e os colocou em Clarisse- Eu e Percy estávamos prontos para entrega-los, mas quando chegamos há casa grande encontramos com Nemesis, a mãe de Richard. Ela contou sobre o acontecido com mais detalhes do que qualquer uma de nós jamais saberia. Ela falava com orgulho, e até confessou que manipulava o garoto. Claro,com evidente prazer. Não era pra menos, a deusa da vingança...

-Vingança.- Repetiu Clarisse- O motivo por ter acontecido tudo isso. Desculpe.

Clarisse abaixou o olhar. Ela parecia verdadeiramente triste. Ela chegara ao ponto de se desculpar com Annabeth mesmo não sendo diretamente a culpada. Aquilo deixou Annabeth surpresa.Ela sabia que desde que começara a namorar com Chris Clarisse havia adoçado um pouco,mas ter adquirido a palavra perdão era novidade.

-Não se desculpe. Qualquer um com boa índole teria feito diferente de Richard. Você não tem culpa se o garoto resolveu dar ouvidos aos meus conselhos da mãe.

-Mas... se eu não tivesse...- Clarisse suspirou- Tudo bem. Vamos focar em descobrir nosso outro culpado.

Ela pegou um graveto que se encontrava perdido entre as pedras e conchas na areia e desenhou o mapa do acampamento- Ou pelo menos era o que parecia.

-Enquanto procurava- recomeçou ela- Notei que se Patty e Richard queriam privacidade para colocar seu projeto em prática, eles precisariam de mais tempo. Por tanto, desconfio que eles tenham começado a cavar antes o buraco que mais tarde seríamos friamente empurradas.

-Quer dizer que eles tinham um comparsa que os dava cobertura?- perguntou Annabeth,seguindo sua linha de pensamento.

-Isso. Eles tinham alguém na vigia. E alguém que também conhecesse a área. Alguém que nunca desconfiaríamos.

-Alguém que fosse próximos á eles. Richard não é de ter muitos amigos,imagino- Annabeth desenhou um círculo no chão. Dentro havia os nomes de Richard e Patty,com seus possíveis ajudantes- então seu ajudante pode ter vindo do chalé de Afrodite.

-Deve ser bem próxima á Patty para ter merecido a confiança de guardar segredo.E bem discreto em relação sobre sair para a floresta.

Annabeth suspirou,aliviada por em tão pouco tempo ter conseguido pensar tanto. Se continuasse nesse ritmo e estivessem certas, seu terceiro e último culpado seria pego em dois tempos.

-Precisamos ver uma coisa- Ela se levantou- Você conheceu Serafina,certo? Precisamos vê-la.

Annabeth não gostava de estar mais uma vez visitando o interior da floresta durante a noite.

Ela crescera no acampamento ouvindo história de campistas que fora atacados por monstros e feras que se escondem na floresta do acampamento durante o período noturno para caçarem e fazerem a guarda. Ela não queria ser mais uma vítima de nenhuma dessas aventuras.Mas era necessário.

-No que está pensando?- sussurrou Clarisse, já armada.

-Quero ver se ninguém mais sabe sobre uma terceira pessoa. E se sabem, porque não contaram.

-Do que está falando? Serafina me disse que não sabia borbulhas sobre o assunto.

-Pois é- Annabeth desembainhou sua adaga- No interior da caverna, protegida por uma porta secreta, há uma enorme biblioteca de livros restaurados. Lá é o abrigo de milhares de corujas que servem Atena. Elas se sentiram honradas em me contar o que sabem penas pelo fato de eu pertencer ao chalé seis.

-Injusto. Eu também precisava dessas informações- Clarrise franziu o cenho

-Concordo. Mas é pela segurança.

As duas encontraram a caverna das guardiãs. Adentraram pelo corredor úmido e mofado da caverna, seguindo os desenhos nas paredes e procurando pelo interruptor.

-Não o encontro.- resmungou Annabeth,tateando a parede de pedra.

-Também não acho- respondeu Clarisse- Serafina!

A guardiã não respondeu. O que era estranho, pois ela nunca saia da caverna.

-Serafina?- chamou Annabeth. Ela encontrou o interruptor. Assim que as luzes se acenderam, elas puderam ver a bela garota de cabelos negros e vestido sujo de fuligem esparramada sobre a mesa em meio a documentos e recortes de jornais.

Serafina as olhou; seus olhos estavam vermelhos e inchados, ao redor deles a cor roxa era predominante, o que indicava falta de sono e descanso.

- O que aconteceu?- perguntou Clarisse, chutando para os lados as garrafas fazias.

- Caxuaneira...- disse ela,entre solavancos forçados.

-O que?

-Caxua-ãaaaa....

-Pelos deuses!- praguejou Annabeth ajudando Clarisse a levantar Serafina- Você vai perder seu emprego!

-Se você não contar, não vou.

Serafina precisava descansar. Ela não estava em condições de conversar no estado que se encontrava, muito menos de se lembrar de alguma coisa.

Annabeth se aproximou da parede, ainda com Serafina nos ombros. Ela beijou o polegar e tocou uma das palavras na parede. Ela torceu para que a porta certa se abrisse e elas pudessem colocar Serafina para descansar antes que ela desmaiasse sobre elas, ou ainda pior.

- secretus cifr

 As rachaduras tremeram e de dentro delas uma luz esverdeada brotou .A luz se tornou mais forte, até que toda a caverna estava coberta pela luz verde. Então no lugar da rachadura apareceu uma porta medieval, com desenhos e trincas decoradas.

-É o seu quarto?- perguntou Annabeth

-É- confirmou ela com um gemido.

A porta se abriu. Seu interior era escuro como um quarto sem iluminação. Annabeth tateou a parede ao lado da porta até que encontrasse um pequeno quadrado touch Pat que iluminou o lustre de cristais em forma de cascata no centro do quarto espelhado.

As paredes eram pintadas de cores fortes como roxo e turquesa, que caiam em caracóis em degrade e formavam desenhos diferentes e disformes.

Ao redor da enorme cama Queen size, havia dois grandes espelhos emoldurados por flores e ladrilhos cristalizados com desenhos de pássaros de joaninhas.

No canto superior, um closet completo, onde as portas mal se fechavam devido ao excesso de roupas de grife e sapatos de marcas importadas.

O queixo de Annabeth caiu. Ela sentiu vontade de socar Serafina.

Ela e Piper tiveram que partilhar de uma horrível noite num quarto de produtos de limpeza, com cheiro de mofo e queijo podre, ratos mortos espalhados nos cantos e uma enorme infiltração com goteiras que se pareciam com cachoeiras em lua cheia.

-Uau!- exclamou Clarisse

-O que significa isso?- perguntou Annabeth, descrente. Ela lançou um olhar fulminante para Serafina, mas ela pareceu não notar.

-Obrigada, preciso da minha cama- resmungou ela, tropeçando entre os próprios pés até sua cama.

-Você deixou que eu e Piper dormíssemos em um lugar horrível enquanto você mal aproveita esse quarto imenso!- Annabeth apontou para duas camas menores ao lado de uma penteadeira.

-Isso ai? Não não... Vocês não iam gostar. É muito quente.

-Muito quente?!

-Annabeth- chamou Clarisse, segurando a amiga pelo braço- Ela não está em condições de dizer nada. Vamos antes que ela vomite em nós.

A porta se fechou assim que elas passaram.

Annabeth não conseguia acreditar no que tinha visto. Ela achava que eles respeitassem os filhos de Atena, mas pelo visto estava enganada. Serafina teve a capacidade de oferecer um quarto em péssimo estado para ela e Piper, quanto desfrutava de um quarto de nível de hotel cinco estrelas.

Mas Clarisse conseguira fazer com que ela voltasse para sua real missão. Descobrir a terceira pessoa que participara de seu acidente.

Elas tinham apenas quatro dias para desvendar o caso e voltar para a faculdade sem a sensação de que poderia ter feito mais.

Elas voltaram para a praia aproveitando que as Harpias ainda não fizeram a fiscalização pela baía de Long Sland. Era quase hora de voltar para seus chalés, mas elas ainda tinham muito o que pensar. Noventa e quatro horas eram apenas quatro dias para Annabeth, e isso se passava num piscar de olhos. Se elas não soubessem aproveitar o curto tempo que tinham, essa pessoa sairia ilesa.

Quando chegaram ao pavilhão não encontraram mais os campistas que antes comemoravam. Agora eram poucos os que ainda se encontravam lá. O restante já voltara para seu chalé- O que era bom. Pois Annabeth não queria conversar com ninguém, apenas deitar em sua cama e esperar que o dia seguinte chegasse.


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Notas finais do capítulo

Recomendações? Seria bom....
Estão gostando?



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