Um Trapaceiro No Acampamento Meio Sangue escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

VOLTEEEEI!
Justamente quando ia postar este capítulo meu computador cai do meu colo e se quebra em mil.
Tive que mandar pro concerto e só voltou agora.
Mas prometo continuar a história e vai ser ainda melhor.
Durante esse tempo sem pc consegui pensar em capítulos ainda melhores do que tinha em mente.
Espero que gostem.



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As coisas ainda não eram claras.Qualquer uma das garotas do acampamento poderiam ter pintado as unhas da mesma cor,até as que Annabeth nunca suspeitaria.

Mas levando em consideração Patty Jehfferson,tinha muito do que se suspeitar;A garota agia como se fosse uma criminosa foragida.E seu namorado não era diferente.Richard era como um mafioso feliz pela morte de algum agente do FBI.

Annabeth olhou pela janela,o sol iluminando as vidraças e projetando um arco-íris para dentro da ala hospitalar.

Então ela encostou a cabeça recém curada dos ferimentos no travesseiro de penas de pégasos.Ela pensou nos últimos acontecimentos e em sua falta de sorte,em como tudo acontecera tão rápido e inexplicavelmente.

Sua cabeça estava dando voltas,ela precisava de um tempo de descontração.Fugir um pouco da perturbação dos fatos.Ela precisava espairecer a mente exausta de tanto pensar.

Annabeth se levantou,inerte e em seu pensamento vago e sedento de descanso.

-Onde você vai?-perguntou Clarisse

Annabeth demorou alguns segundos para responder,ela fitava um ponto cego entre os espaços das camas.

-Vou dar uma volta.Tozzy não vai perceber que sai.Caso ela pergunte,invente algo por mim,tudo bem?

Clarisse assentiu,confusa.

Annabeth não sabia para onde ir e nem o que fazer.Ela só queria andar pelo acampamento e desviar o olhar das mãos das garotas que passassem por ela.

Mas seria tão importante descobrir o causador de tudo isso?Ela estava perdendo tempo e cabelos tentando resolver uma situação quase impossível.

O número de garotas no acampamento aumentava há cada verão,e Annabeth apostava o braço direito que todas elas já pintaram as unhas de azul.

Mas Richard levantou uma hipófise contraditória: Seria mesmo uma mulher?

Quanto mais pensava,mais confusa Annabeth ficava.E era quase inevitável não pensar no filho de uma górgona que fizera isso com ela e Clarisse.

Ela precisava saber.Ela tinha que saber.

Então ela pensou em Lucy;Sua pobre irmã poderia ter sido vítima de tal tragédia,tão nova e indefesa ela mal saberia do que fazer em tal situação.Ela poderia ter sido morta.

Annabeth balançou a cabeça negativamente para o lugar vago que andava,tentando se desviar de tal pensamento,como se nunca tivesse surgido em sua mente cansada.Ela não sabia para onde seus pés estavam a levando,mas ela se encontrava em frente ao arsenal,chutando as pedras com sua perna boa.

Annabeth ainda mancava,mas estava dez vezes melhor do que antes.Ela deu graças aos deuses por não ter mais que usar muletas.

Ela fechou os olhos e se debruçou sobre o corrimão da escada de pedra que ligava o arsenal ao estábulo.Annabeth apurou os ouvidos e sentiu a brisa levar seus calos.Aquela sensação de liberdade era revigorante.Ela precisava daquilo,a ala hospitalar,de fato,não chega aos pés dos jardins e canteiros do acampamento.Eles eram capazes de curar qualquer um com apenas o cheiro das flores e folhas.

Os ouvidos de Annabeth ouviam os pássaros na floresta atrás do arsenal,os pequenos passos dos animais e o rastejar dos pequenos répteis.

Annabeth sentiu pena de Clarisse,preza em uma cama sem poder se mexer,preza com tipoias pendentes nas grades da cama,gesso pinicando sua perna ferida e gases por toda parte.Ela quis compartilhar da paz que ela sentia agora.

Então ela ouviu o relinchar dos cavalos vindos do estábulo.Eles pareciam assustados com algo,ou até ameaçados.

Annabeth abriu os olhos,preocupada.Agora ela já não se lembrava da paz que sentia.

Ela contraiu os olhos e observou o movimento apressado no estábulo.

Ela desceu o mais rápido que pode,tomando cuidado com sua perna e adentrou o estábulo bem em hora de ver o nascimento de dois pequenos pégasos com pequenos chifres sobre a testa.

Ela se aproximou cuidadosamente dos filhotes,observando os pais observando-a com profundo interesse e curiosidade.

Annabeth se agachou sobre os joelhos e mordeu os lábios,contendo um gemido de dor.

-Está tudo bem- disse ela para Alana,mas parecendo uma auto afirmação.

Os olhos mágicos do unicórnio pousaram sobre os seus cinzentos como chumbo quente,cheios de preocupação.

-Não vou machuca-los- disse ela- eles são lindos!

Blackjack relinchou.Annabeth quis muito poder entender.

-Eles não tem muito de você,Blackjack. A não ser pelo focinho achatado.

Annabeth riu pela primeira vez em dias.

Blackjack a fitou com bravura,como se estivesse se defendendo.

-Não quis ofender.É até charmoso!

Ele não lhe deu mais atenção,lambeu os filhotes livrando-os do sangue do nascimento.Alana fez o mesmo.

-Querem que eu faça alguma coisa?- perguntou Annabeth,tentando ser útil- Posso chamar alguém para dar uma olhada nos filhotes,alguém para ver Alana também.

Os cavalos não responderam,como era de esperar.Annabeth se levantou e se encaminhou até o lado de fora do estábulo,onde encontrou um balde e uma escova pra pentear.

Ela encheu o balde com água e encontrou uma esponja ao lado de uma torneira.Logo,ela estava pronta para dar um banho nos bebês.

Blackjack e Alana não fizeram menção de impedi-la,o que deixou Annabeth mais aliviada.Os bebês ficaram de pé a mando dos pais para que ela pudesse lava-los e dessa forma,poupando os pais de alguns minutos de lambidas.

-Logo vocês estarão voando por todo o acampamento -disse Annabeth,doce,enquanto tirava o sangue da bela pelagem dos bebês pégasos- Só não se aproximem dos perímetros da estrada.É perigoso.

Os pequenos pégasos a obsevavam totalmente interessados.Como se a garota fosse algum objeto raro em exposição.

-Não deixem que fiquem montando em vocês a hora que for,isso é muito estressante.

Um dos pégasos ameaçou dar alguns passos,mas caiu sobre os joelhos logo em seguida.

-Vocês são rápidos!-exclamou Annabeth- Os bebês humanos demoram quase um ano para começarem a andar.

-Amanhã eles estarão dando galopes

Annabeth se virou para a porteira de madeira entalhada na entrada.Sua porta superior estava aberta,deixando o sol invadir o lugar e a voz marcante e sabia do assunto de Percy.

-Está ai á muito tempo?-perguntou ela,fazendo uso dos olhos semicerrados para focaliza-lo melhor.

-Só cheguei a tempo de ouvir você dizendo a respeito dos bebês.-Respondeu ele,entrando no estábulo- Hoje mesmo eles começam a andar,amanhã se tentaram vão estar trotando.

Annabeth sorriu para os pequenos cavalos.

-Já está melhor?Sua perna- Annabeth não notara o olhar preocupado de Percy, focalizando-se em sua perna dolorida.

-Tozzy me deu alguns momentos de alta.Ela diz que já estou bem melhor,mas ela ainda quer que eu fique sobre seus cuidados.-respondeu Annabeth,deixando-o a par dos acontecimentos.

Ela procurou bem as palavras antes de usa-las,ela não queria deixar escapar nada sobre sua investigação singular,e nada sobre ter escapado da ala hospitalar sem a autorização de Tozzy.

-Fico bem mais feliz por isso- disse Percy enquanto a ajudava com os filhotes- Tem sido difícil,sabe.Tenho que fazer tanta coisa que nem me sinto de férias.Também me sinto culpado pelo seu acidente... se pelo menos tivéssemos caído na mesma equipe,duvido que alguém se atreveria colocar as mãos em você.

Annabeth sorriu pelo canto dos lábios.Ela sabia como era se sentir assim,ela se sentia da mesma forma todas as vezes que acontecia alguma coisa ruim á ele.Ela queria poupa-lo desse tormento.

-Não há nada que você pudesse fazer,se tivesse que acontecer,aconteceria.-Respondeu ela,tentando ser o mais compreensiva possível.

-Aposto que não.Eu pegaria o covarde.

Annabeth teve medo do seu tom de voz.Era amargo e ríspido,ela quase não o reconhecia.Percy estava comprando briga com o desconhecido mesmo sem conhecê-lo.

Mas obviamente ele não temia.Mesmo antes de se tornar líder do acampamento ninguém se atrevia a desafia-lo.Até mesmo Annabeth começou a ser mais respeitada.

Talvez o modo de pensar de Percy mudaria caso ele descobrisse que o tal covarde se trata de uma mulher.Mas nem Annabeth sabia ao certo.

-Mas o que me deixa mais intrigado...-começou ele,mas não terminou.

Annabeth deixou que suas mãos caíssem sobre o colo antes de dizer:

-Sim?

-O motivo.-Percy se virou para fita-la.-Por quê você?A Clarisse tem todos os motivos para ser atacada daquela forma,mas você?

Annabeth sustentou seu olhar.Não importa o lugar que fosse,ela sempre estaria cercada pelo mesmo assunto.

-Andei pensando sobre isso...- disse ela,se levantando.-Eu realmente não sei.Mas gostaria de descobrir.

Percy também se levantou

-É só no que tenho pensado.

As bochechas de Annabeth coraram,mas ela não quis esconde-las.Ela estava feliz por estar com ele.

-Na verdade,é o único motivo de eu me manter firme.Isso nunca aconteceu antes,e se pegarmos esse trapaceiro coverde,isso nunca mais voltará a se repetir.

Annabeth deu uma última olhada nos pégasos.Tão felizes,sem preocupações ou coisas para ter com que se preocupar além de seus filhotes.

Ela respirou fundo e enterrou o rosto nos ombros de seu namorado.

-Esquece isso.Só por hoje.-disse ela,num sussurro.

Percy não respondeu com palavras,mas de uma forma que Annabeth pediu os deuses que fosse eterna.Ele a abraçou com carinho,então beijou sua testa.


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Notas finais do capítulo

Calma meninas,vou colocar percabeth do jeito que vocês gostam hehehe '66



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