Segredo escrita por thana


Capítulo 42
Capitulo 42




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Dessa vez teve mais nomes cinza do que amarelos, eu fiquei olhamdo o nome do Filipe o tempo todo, mas o nome dele não ficou cinza. Houve muito barulho ao nosso redor. Os que passaram comemorando e os que não, eram consolados pelos parceiros.

_ Eu passei _ o Filipe falou com um sorriso bobo no rosto.

_ É o que parece _ eu concordei.

_ Eu não acredito que passei _ ele repetiu passando a mão na cabeça.

_ Você tem que trocar isso _ eu falei apressadamente, tentando fazer ele voltar a si.

_ Sim _ ele disse se recuperando.

O Filipe voltou para o local com as cortinas amarelas, pegou umas ferramentas que estavam em uma mesa e começou a mexer na roda.

_ Parabéns _ eu achei que tinha que dizer aquilo. Eu ainda tava me acostumando a me importar com ele.

_ Obrigado _ ele respondeu sem me olhar.

Me retirei do barracão e fui em direção aonde o pessoal estava. Eles estavam eufóricos, comemoravam que o Filipe tinha passado de fase.

_ E ai? _ perguntou o Hugo _ passou o recado?

_ Sim _ eu respondi _ quando eu sai de lá ele tava mexendo na roda.

_ Bom _ o Derik falou com alívio.

O pessoal começou a se afastar da área onde tinha acontecido a primeira fase.

_ Para onde vocês vão? _ eu perguntei os acompanhando.

_ Lá para a piscina _ a Brenda disse.

_ Agora é uma competição de natação? _ eu perguntei.

_ Não _ o Hugo informou rindo _ a piscina vai tá vazia. _ eles vão ter que se apresentar lá.

Caminhamos até a piscina que estava rodeada por grades igual ao parque. Nos aproximamos das grades, que já estava quase toda tomada pelo público e esperamos os copetidores aparecerem.

Não demorou muito, os avistamos vindo da direção do barracão.

_ E ai vem eles _ falou o Paulo pelos auto falantes _ Nessa fase os competidores vão se apresentar em duplas _ começou ele a explicar melhor _ e no final de todas as apresentações mostraremos as notas de todos no telão. Os cinco melhores vão para a final.

Os meninos começaram a se aquecer e a verificar os equipamentos.
Os primeiros a competirem foi o Filipe e um menino que o tio Paulo anunciou como Davi.

Eles entraram deslizando na piscina e aos pouco foram pegando velocidade.

Eles faziam varias manobras: 180, , Double kickflip e sei lá mais o que. O Derik ficava dizendo o nome das manobras enquanto eles faziam.

Eles voavam muito alto. Em uma dessas manobras, no pouso, o Filipe balançou em cima do skate e caiu no fundo da piscina.

O garoto que competia com ele, não percebendo que o colega tinha caido, continuou rodando até que esbarrou no corpo caido do Filipe e também tombou feio no chão.

A única diferença do tal Davi para o Filipe é que o Davi logo se sentou apos a queda, o Filipe não, ainda estava deitado no chão de barriga para baixo.

Todos estavam aflitos do meu lado, não vou mentir, também fiquei preocupada.

Logo os paramédicos chegaram na piscina. Um desceu com cuidado e foi logo ver o Filipe, o virou com cuidado para checar seus pontos vitais, fez sinal paras o outro paramédico que tinha ficado no lado de fora e ele mandou uma maca que estava amarrada a uma corda.

O paramédico que ajudava o Filipe o colocou na maca, com agilidade o prendeu nela e pediu que o colega puxasse.

Enquanto o marcos era tirado da piscina o paramédico examinava o Davi. Mais paramédicos se aproximaram da piscina para levar o Filipe.

Não precisei que ninguém me dissesse o que eu tinha que ir atras deles.
Segui os paramédicos, a alguns passoa de distância, eles andavam muito rápido. Carregaram o Filipe até a ambulância. O tio Paulo já tinha chegado lá

_ Tá tudo ok com ele? _ eu ouvi o tio perguntar assim que me aproximei.

_ Ele tá respirando _ um dos paramédico informou _ se é isso que você quer saber.

_ E por que ele não acorda? _ eu quis saber, mas eu não conseguia tirar os olhos do Filipe ali deitado, desacordado, não dava nem para ver o peito dele se mexer com a respiração, devia tá difícil para ele respirar.

_ Ele sofreu uma fratura e bateu a cabeça _ outro paramédico falou começando a colocar a maca dentro da ambulância _ ele desmaiou com a dor.

_ Você é a parceira dele? _ um terceiro paramédico me perguntou.
Eu respondi balançando a cabeça positivamente.

_ Então sobe logo _ o mesmo paramédico falou segurando a porta da ambulância para eu subir.

Eu olhei para o Paulo com a sobrancelha franzida.

_ Você é a parceira dele _ ele me disse _ você tem que ir aonde ele for, lembra?

Eu suspirei e subi no carro, mas o Paulo subiu logo em seguida e a ambulância ligou a sirene e partiu rumo ao hospital.

No caminho os paramédicos examinavam o Filipe mais intensamente, até colocaram ele no soro e injetaram mas algumas doses de sei lá o que nele, provavelmente para melhorar as lesões dele.

Quando a ambulância estacionou em frente as portas do hospital já haviam pessoas a nossa espera. Eles logo abriram a porta e começaram a puxar a maca para o levar para dentro.

_ Como está os pontos vitais dele? _ ouvi uma voz feminina conhecida vindo ali de perto perguntar. Não dava para ver a mulher, ela estava escondida pelas porta da ambulância aberta.

_ Estão normais _ um dos paramédico informou _ mas ele está desacordado desde a queda. E ele fraturou o braço e bateu a cabeça _ ele acrescentou rapidamente.

_ Encaminhem ele para a sala de raio X _ a voz feminina pediu.
Eu fiquei dentro da ambulância o tempo todo, o Paulo já havia descido e estava parado perto da maca do Filipe.

_ Onde ela está _ a voz feminina perguntou para o Paulo assim que os paramédicos levaram o Filipe.

_ Ali dentro _ ele respondeu apontando para dentro a ambulância.
A mulher entrou no meu campo de visão e eu pude ver quem era. A Julia, uma das minhas mães, me olhava com uma expressão de pena.

_ Pode descer queria _ ela disse esticando o braço, como quem oferece ajuda.

Eu ignorei a ajuda e desci. Ela deu um suspiro e se virou para mim.

_ Não se preocupe _ ela disse _ ele vai ficar bom.

_ Quem disse que eu tô preocupada? _ eu falei grosseiramente.
Eu não quis olhar para o Paulo, mas sabia que ele tava com uma cara fechada pelo tom que eu usei para falar com a Julia.

_ Vocês podem esperar na recepção enquanto ele não é transferido para o quarto _ a Julia nos disse e saiu apressadamente para dentro do hospital.
Não é que eu não estivesse preocupada com ele, é só que eu não queria me importar com ninguém na quela época.


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