Segredo escrita por thana


Capítulo 32
Capítulo 32




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A raiva naquele momento me segou, me levantei do computador antes que eu quebrasse ele de tanto ódio. Fique de pé parada só pensando no espírito de porco que tinha feito isso e por que. Bem, eu pensei, só podia ter sido alguém que me conhecia e odiava, porque pelo que eu sei, geralmente quem raqueia conta de email ou um perfil em sites de relacionamentos, só fazem isso para zoar com o usuário, apagando fotos e contatos, o que já tinham feito comigo antes, mas apagar a conta toda... essa eu nunca tinha visto.

 

Quando fui me acalmando, a cabeça foi voltando para o lugar, afinal eu tava em uma organização secreta, devia ser fácil para eles descobrirem quem tinha feito isso, eles deviam fazer isso o tempo todo, entrando em contas de gente do governo, com certeza eles conseguiriam rastrear o infeliz que tinha feito aquilo na minha conta, eu tinha que falar com a minha mãe, ela tinha que me ajudar nisso.

 

Vesti uma roupa, rapidamente, e assim que passei pela porta do meu quarto e a fechei me lembrei que eu não fazia a mínima idéia de onde a mamãe poderia estar. Mas tinha uma pessoa que eu tinha certeza de onde estava...

 

Quando cheguei ao refeitório, respirei fundo e caminhei até a porta da cozinha. A idéia parecia estranha, ter que procurar uma pessoa que eu tinha conhecido aquele dia mesmo, e que por acaso era a minha mãe, uma delas melhor dizendo, para tirar uma duvida, por menor que ela parecesse. Quando abri a porta da cozinha me deparei com pessoas andando, andando não, correndo freneticamente de um lado para o outro, pessoas que por pouco não se esbarravam, ou esbarravam em mim.

 

_ Ei _ ouvir alguém falar e quando achei o dono da voz, era o garoto que tinha me “ajudado” com a história dos pratos _ se você veio aqui para lavar os pratos, chegou muito cedo, ainda estamos fazendo o jantar.

 

Nossa, eu tinha ficado com tanta raiva que tinha me esquecido que eu tava de castigo, e quando o garoto me lembrou do caso dos pratos foi que troce a dura realidade de volta a tona.

 

_ Não _ eu disse quando ele se aproximou de mim _ Eu vim procurar a... _ o que eu deveria dizer? A minha mãe? Resolvi chamá-la pelo nome _ Ana, ela ta ai?

 

_ Tá sim _ ele respondei me dando as costas e gritando: _ Chefe, tem alguém querendo falar com você.

 

_ Quem? _ reconheci a voz que gritava de volta, como sendo da Ana.

 

Bem, eu esperei que e o garoto se virasse para mim e me perguntasse o nome, mas ele não o fez.

 

_ A garota que lavou os pratos do almoço hoje _ ele respondeu aos berros, enquanto andava para o outro lado da cozinha.

 

Não demorou nem dois minutos para eu avistar a Ana entre os outros, ele vinha falando com o pessoal responsável pelo fogão.

 

_ Coloca uma pitadinha de pimenta nisso ai _ eu a ouvi quando estava mais próxima _ o que foi, houve algum problema? _ ela me perguntou _ não era para você está no seu quarto, não foi esse o castigo que você recebeu da Marta?

 

_ Sim _ eu disse _ Mas é que eu queria saber de uma coisa.

 

_ O que? _ ela me perguntou _ vamos lá para o outro lado _ e ela tentou me segurar pelos ombros.

 

_ Não _ eu disse rápido de mais, ela recolhei a mão como se tivesse entendido que aquela atitude me incomodasse _ eu to com um pouco de pressa, eu não quero que a mamãe me pegue aqui.

 

_ Ah, claro _ ela falou um pouco sem graça _ o que você quer saber?

 

_ Eu tentei abrir a minha conta de email e nada _ eu expliquei _ a senhora saberia me dizer por quê?

 

_ Olha _ ela começou _ essa parte de informática é com o seu pa... _ nessa parte ela parou _ com o Paulo, é com ele que você deveria falar, ele vai te explicar isso melhor.

 

_ E onde eu encontro ele? _ eu perguntei.

 

_ No andar tecnológico _ ela me disse.

 

_ E onde é isso? _ eu quis saber.

 

_ No andar -20, mas presta atenção _ ela pediu, com uma voz preocupada _ quando você chegar lá vá direto para a sala que tem uma placa na porta escrito “Software”, não pare até achar essa porta.

 

_ Tá _ eu garanti para ela.

 

Logo depois disso eu sai da cozinha e fui direto para o elevador. Que estranho, eu pensei, o que teria nas outras portas que eu não poderia ver?

 

Assim que entrei no elevador, que estava vazio aquela hora, apertei o botão que indicava o andar -20  do lado tinha a descrição do andar, que era, “Computação / Laboratório”. Eu estranhei no inicio, porque pelo que eu tava vendo, existiam dois andares que guardava os laboratórios, o andar do elevador e o andar de computação, mas levando em consideração do lugar que eu estava, devia ser até comum. Logo senti o elevador descer.

 

Como não tinha ninguém, alem de mim, no elevador, cheguei rápido no andar pedido. Quando o elevador se abriu, eu senti um ar quente no meu rosto, e lá também tava um pouco difícil de respirar, nossa como é que alguém pode trabalhar em um lugar quente e com um ar tão pesado?

 

Sai do elevador e comecei a andar pelo corredor, sinceramente, esperava que houvessem mais portas ali, por causa do que a Ana tinha me dito, mas eu só fui achar uma porta lá pelo que parecia ser a metade do corredor, mas não era o que eu procurava, tinha escrito na porta, em uma tinha descascada, laboratório.

 

Não vou negar, fiquei curiosa para saber o que tinha naquele lugar, e pelo estado que estava a pintura da porta, não era visitada há muito tempo, se já não tivesse ficado difícil respirar eu até pararia e tentaria abri-la, mas eu já tava puxando ar pela boca.

 

Alguns passos depois dessa porta eu encontrei a que eu procurava, diferente da outra, essa tava até conservada. Bati nela uma vez e esperei alguém responder, mas nada veio de lá de dentro, bati novamente, e se ninguém se quer respondesse que estava ali eu iria embora por não agüentar mais aquele ar pesado.

 

Para meu alivio na segunda batida, a porta se abriu e quem a abriu foi o próprio Paulo.

_ Oi _ ele me cumprimentou com um tom desconfiado _ você já pode sair do castigo?

Eu fiz que não com a cabeça, porque minha boca já estava ocupada respirando.

 

_ Ah, entra _ disse o Paulo percebendo a minha dificuldade em respirar, abrindo espaço para eu passar _ Mas me diz o que você ta fazendo aqui? _ ele perguntou enquanto fechava a porta.

 

Assim que ele a fechou eu senti o ar ficar mais leve, dei um suspiro longo, sentindo o ar passar pelos meus pulmões.

 

Enquanto eu me deliciava com aquele ar, teoricamente, puro, o Paulo passava por mim e se sentava em uma mesa grande com vários teclados e monitores LCD’s (isso em uma época, o ano de 2005 onde o monitore LCD não era tão conhecido ou acessível). Depois de reacostumar com o ar eu dei uma olhada no local. Lá era grande tinha varias telas iguais os monitores nas paredes e passava de tudo nela, no inicio eu achava que eram programas de televisão, mas quando eu apurei bem a vista, comecei a reconhecer alguns dos lugares que os monitores mostravam, e percebi que era a própria OSPT, ali devia ser o centro de monitoração do local.

 

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