Segredo escrita por thana


Capítulo 28
Capítulo 28




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Comecei a caminhar para fora da cozinha, enquanto eu tirava o avental e enxugava a mão, assim que cheguei à porta o pendurei onde a minha mãe o tinha tirado e passei pela porta.

O refeitório estava totalmente vazio, e foi ai que eu me lembrei que eu não tinha a mínima idéia de para onde eu tinha que ir.

Bem, o meu primeiro pensamento foi ir para andar das aulas e quando chegasse lá eu perguntaria se alguém tinha visto o chato, então ai eu saberia onde eu deveria estar. Mas eu não precisei ter todo esse trabalho, o chato se encontrava encostado na porta do refeitório e assim que ele me viu tratou de falar:

_ Até que fim! Vamos logo que já estamos atrasados.

_ E você acha que eu não sei _ eu respondi indo ao encontro dele _ que aula temos agora.

_ Não temos aulas à tarde _ ele disse abrindo a porta e passando por ela, eu o segui _ temos treinamento.

_ Treinamento de que? _ eu pergunte meio assuntada, enquanto andávamos pelo corredor.

Nossa, se esse treinamento que o Filipe falava fosse igual aquele treinamento que tínhamos tido logo cedo, eu tava ferrada.

_ Profissões _ ele disse.

_ Profissões? _ eu perguntei, nesse momento paramos em frente ao elevador _ não entendi.

_ É _ ele falou _ temos que ter noção de quase ou todas as profissões _ nesse momento o elevador chegou, tão vazio quanto o corredor, e nos entramos, ele apertou o botão do andar das aulas _ você nunca sabe onde vai ser a sua missão. Não teríamos tempo de aprender sobre a profissão dias antes de sermos mandados para ela, não aprenderíamos o suficiente.

_ E que profissão vamos aprender hoje? _ eu indaguei.

O elevador parou no andar pedido e nós desembarcamos.

_ Bem, semana passada aprendemos um pouco sobre os garçons _ ele me respondeu enquanto andávamos pelo corredor até os armários _ o professor disse que hoje ele iria começar a profissão de jardineiro.

_ Garçom? Jardineiro? _ eu falei estranhando _ Parecem profissões tão...

_ Comuns? _ ele completou a frase _ essa é a intenção, não chamar atenção, quem desconfiaria de um simples jardineiro ou garçom? _ ele olhou para mim com um sorriso de “é tão obvio” no rosto.

Quando chegamos aos armários ele abriu o dele e retirou alguma coisa lá de dentro e saiu para que eu pudesse pegar as minhas coisas.

_ Que livro eu devo pegar? _ eu perguntei a ele.

_ Nenhum _ ele disse _ só pega o caderno _ ele enfiou a mão na minha mochila, que estava no armário dele e dali de dentro tirou um caderno grande de espiral _ não precisamos de livros em treinamentos no Maximo um caderno para fazer anotações importantes.

Eu tirei o caderno das mãos, procurei por uma caneta nos outros bolsos da mochila, achei, e sai da frente do armário para que ele pudesse fechar. Enquanto isso eu dei uma olhada na capa do caderno, não havia desenho nenhum, pelo visto eu teria que fazer, como no caderno de mapas.

_ Para onde vamos agora? _ eu perguntei quando remeçamos a andar.

_ Para a sala de profissões, que fica no final desse corredor _ ele respondeu apontando para o corredor, que me parecia muito longo vazio.

Continuamos a andar em silencio. Quando estávamos no meio do corredor, passaram por nos dois homens, deu até para escutar um pouco da conversa deles.

_ ... e você acha que eles não vão desconfiar? _ um perguntava para o outro.

_ Claro que não, quanto mais perto do nariz à coisa está menos você vê e depois... _ bem, o que vinha depois eu não sei, porque eu e o Filipe paramos em frente a uma porta e os homens continuaram.

O Filipe abriu a porta e nos deparamos com a sala em um caus. É obvio que o professor ainda não tinha chegado, o que era bom para mim.

_ Suzan _ a Brenda me chamou, ela estava sentada na primeira banca, na verdade ela estava encima da mesa da sua cadeira, eu me aproximei dela _ você e o Filipe vão sentar aqui _ ela apontou para uma carteira de dois lugares que estava vazio do lado da banca dela _ a visão é melhor daqui.

_ Obrigada _ eu agradeci me sentando na cadeira que ficava mais próxima da banca da Brenda, o Filipe colocou o caderno dele do outro lado para marcar seu lugar e continuou em pé _ que visão? _ quando a Brenda ia me responder o Filipe interrompeu.

_ Cadê o professor? _ ele perguntou.

_ Atrasado como sempre _ o Hugo respondeu se aproximando de nós.

_ Que novidade _ o Filipe disse ironicamente _ ele sempre se atrasa.

A Brenda deu um risinho para a ironia do Filipe, mas nessa hora uma menina esbarrou nela, ou fingiu esbarrar.

_ Ei cuidado _ a Brenda falou, mas quando ela viu quem tinha “esbarrado” nela ela se levantou da mesa, ficou de frente para a menina.

A Alicia era uma garota de cabelos escuros e olhos claros, azuis, tinha a mesma altura da Brenda.

_ Cuidado você Brenda _ ela falou olhando a Brenda de cima a baixo e fazendo cara de nojo.

Eu não sei, mas alguma coisa tava me dizendo que teríamos confusão.

_ Ih! Chegou o professor _ o Hugo disse em alarme e correu para a sua cadeira.

O Filipe também foi para o seu lugar, a Brenda e a tal da Alicia ficaram mas alguns segundos se encarando, mas logo voltaram para os seus lugares.

Eu olhei em direção a porta para ver quem era o professor. Vou te contar, aquilo sim que é professor. Imagine você um homem alto, de pele queimada do sol, cabelos pretos curtos, olhos negros e braços torneados... ai ai.. esse é meu professor de profissões.

_ Eu não disse que a visão seria maravilhosa _ a Brenda cochichou enquanto eu acompanhava o professor andar até a sua mesa.

Eu não sei porque, mas aquela já tinha se tornada a minha aula favorita.

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