Segredo escrita por thana


Capítulo 27
Capítulo 27




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Hum, e eu achando que ficaria de pernas para o ar no quarto, só pensando no significado daquela dica para a minha senha do armário.

_ Mas mãe... _ eu tentei argumentar, mas ela nem me deixou terminar a frase, mesmo que eu nem soubesse o que iria dizer.

_ Mas nada _ ela disse _ lave os pratos.

Eu olhei para a pia, que por acaso estava cheia de água com sabão.

_ Não tem prato para ser lavado _ eu disse me agarrando a isso para ir embora, estendi o avental de volta para ela, que não pegou.

_ Tem certeza? _ ela me perguntou.

Eu olhei de novo para a pia e ela continuava limpa, mas foi por pouco tempo. Em, sei lá, segundos chegou um cara, que estava com um mesmo avental que eu, empurrando um carrinho, desses que hotéis usam para levar comida para os quartos dos hospedes, abarrotado de pratos sujos. Ele começou esvaziar o carrinho colocando os pratos sujos na pia.

_ Pronto _ minha mãe disse _ problema resolvido, pode começar.

_ Marta _ o cara falou _ trago a outra pilha para ela também.

_ Com certeza _ minha mãe respondeu.

_ Tem mais? _ eu indaguei surpresa.

_ Sim _ a mamãe disse.

_ Mas mãe _ eu disse em tom desesperado _ eu tenho aula a uma da tarde _ eu puxei o braço dela que estava com um relógio de pulso e olhei a hora, eram doze e dez _ e isso é daqui a cinqüenta minutos, com tanta coisa assim eu vou me atrasar.

_ Então eu sugiro que você comece logo _ ela me disse seria.

Eu fiquei a encarando, nesse momento a Ana, minha outra mãe, se aproximou de nós.

_ Marta, você não acha que é exagero tudo isso não? _ a Ana perguntou parando ao meu lado _ a gente podia diminuir um pouco _ e ela fez sinal para o rapaz retirar alguns pratos.

_ Não _ minha mãe disse rigidamente para o cara _ ela vai lavar essa pilha e a próxima _ isso ela falou para a Ana.

_ Mas Marta assim ela vai se atrasar para a aula _ a Ana contestou, eu tava começando a ver o lado bom de ter tantas mães.

_ Ana _ a mamãe falou ainda rígida _ eu preciso que você me ajude a educá-la, não que você a mimi, para isso já basta o Julius.

A Ana deu um suspiro e disse:

_ Eu só pensei que... _ ela começou.

_ Você é mãe _ a mamãe disse para ela como se quisesse a acordar para um fato _ nem sempre somos razoáveis.

_ A senhora nunca foi _ eu retruquei.

_ Ponha o avental e comece a lavar esses pratos agora _ a mamãe disse _ e termine logo para não se atrasar para a aula _ logo após dizer isso ela seguiu para fora da cozinha.

A Ana, que ainda estava parada ao meu lado, deu outro suspiro, acariciou a minha cabeça com um olhar triste e saiu para o fundo da cozinha.

_ Olha, lavar os pratos aqui é rápido _ falava o garoto que empurrava o carrinho _ como as sobras de comida já foram tiradas é só você mergulhar os pratos assim _ ele pegou um prato da pilha e o mergulhou na pia _ depois você pega isso aqui _ ele tirou o prado do sabão e pegou a torneira, que se soltou facilmente do local onde estava presa, pelo mesmo eu achei que estava presa _ e faz isso _ ele apertou uma espécie de gatilho que tinha logo abaixo da boca da torneira, a água saiu muito rápido e forte, o que tirou o sabão rapidinho, ele virou o prato para que a água tirasse totalmente o sabão _ ai você o coloca de volta no carrinho, assim que ele estiver cheio vem outra pessoa e o leva para a secadora, pronto, simples _ ele colocou o prato de volta no carrinho e a torneira de volta ao lugar.

Eu olhei para ele e dele para a pilha de pratos. Se eu dissesse que não tinha entendido será que ele teria feito tudo de novo?

_ Eu não entendi _ eu disse.

_ ‘Tá _ ele me olhou com uma cara estranha, se lá, acho que ele pensou que eu era retardada ou coisa do tipo, mas o que importa é que ele repetiu _ entendeu agora? _ ele perguntou colocando o segundo prato no carrinho.

_ Mais ou menos _ eu disse coçando a cabeça _ faz de novo.

Ele me olhou muito serio, sacolejou as mãos molhada, com certeza ele reparou que de besta eu não tinha nada, isso sim, e que eu queria dá uma de esperta.

Eu pensei, se eu pedisse para ele me mostrar como fazia repetidamente, acabaria que ele lavaria os pratos todos e eu estaria livre, mas eu acho que não existe ninguém tão burro a esse ponto não.

Enfim, após tirar o excesso de água das mãos ele simplesmente se virou, mas antes de sair andando para algum lugar ele disse:

_ Daqui a pouco eu trago o resto dos pratos para você lavar _ e ai ele começou a andar.

Eu coloquei o avental muito a contra gosto e peguei o primeiro prato em uma mão e na outra eu peguei a torneira.

Cara, como pratos ficam escorregadios quando estão com sabão. No terceiro ou quarto prato, ele escorregou da minha mão e se espatifou na pia.

_ Suzan tudo bem? _ a Ana me perguntou toda preocupada quando se aproximou de mim.

_ Eu to bem _ eu respondi _ o prato escorregou da minha mão, desculpa.

_ Tudo bem _ a Ana disse pegando os cacos do prato _ eu peço para pegarem outro no estoque.

Bem, meia hora e muitos pratos quebrados depois eu terminei com a primeira pilha, devo confessar que o carrinho foi menos cheio para a secadora do que veio.

A segunda demanda de pratos chegou, quem trouxe dessa vez foi a Ana, reparei que nele tinha menos do que no anterior.

_ Suzan queria _ ela falou amavelmente _ tome mais cuidado ok? Senão teremos que trazer todo o estoque de pratos para cá.

_ ‘Tá, eu vou tomar mais cuidado _ eu disse para acalmá-la.

Fui tão jeitosa na segunda pilha quanto eu tinha sido na primeira, definitivamente eu não tinha jeito para isso. Quando eu terminei, eu já tinha me atrasado dez minutos para a aula, se existe um recorde de aluna atrasada na aula, com certeza eu quebrei.

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