Segredo escrita por thana


Capítulo 26
Capítulo 26




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A viagem dessa vez foi mais demorada, tinha um fluxo de carros elétricos maior nesse horário.

_ Nossa _ eu falei para mim mesma olhando pela janela, eu sentei do lado da janela mais ao fundo do minibus _ não tinha tanto carro quando a gente veio.

_ É hora do almoço _ o Filipe mesmo assim respondeu, ele estava sentado ao meu lado _ Muitos acabaram de voltar lá de cima, então eles querem chegar o mais sedo possível ou no refeitório ou em algum restaurante que tenha por aqui.

_ E aqui tem restaurante? _ eu perguntei me virando curiosa para ele.

_ Aqui tem de tudo _ ele disse _ tem restaurante, lanchonete e até bares, sabe, onde vende bebida alcoólica também?

_ Ah _ eu fiz, me lembrando do bar que o tio João tinha me levado e me lembrando da maldita bebida que eu experimentei _ isso eu sei que tem.

_ Cara eu tinha me esquecido quanta coisa temos que estudar aqui _ o Filipe falou erguendo a minha mochila _ e o quanto é pesado ter que carregar tudo isso.

_ Nem me fale _ eu disse o vendo colocar a mochila no chão do minibus _ carreguei a manhã inteira, to com os meus braços mortos, poderiam contar eles que eu nem iria sentir.

_ Nossa _ ele falou me olhando _ você já sabe qual é a sua senha?

_ Ainda nem pensei nisso _ respondi.

_ Se você quiser eu te empresto o meu armário enquanto você não descobre a sua senha _ ele ofereceu.

Milagre? Consciência pesada? Ele caiu na real? Quem sabe. O importante é que eu não teria que carregar a mochila com aquele peso infernal, que apesar de ter sido apenas um dia, para mim pareceram séculos.

_ Você ‘ta me perguntando se eu quero? _ eu indaguei, ele balançou a cabeça positivamente com as sobrancelhas franzidas _ passarinho voa? _ eu falei sarcasticamente, ele deu um sorrisinho.

_ Então assim que pegarmos o elevador vamos até os armários e guardamos sua mochila lá.

_ Tudo bem.

Chegou uma parte do trajeto que o minibus começou andar muito lentamente, ou quase não andava, parecia que todos queria chegar no mesmo lugar ao mesmo tempo.

_ Ô motorista, o que que está acontecendo? _ o Filipe perguntou da sua poltrona.

_ É motorista, anda logo que eu já estou com fome _ falou a Erica.

_ Também não é para menos _ ouvi alguém falar lá na frente _ já são onze e meia.

_ A culpa não é minha, Ok? _ o Guilherme reclamou lá da frente apertando a buzina _ Esse horário é que é ruim mesmo, sempre tem engarrafamento nessa saída.

Nesse instante o Filipe se levantou e foi até o motorista, falou alguma coisa e de repente o minibus começou a virar em direção a entrada de uma rua, onde estivemos parados bem em frente, e que por acaso estava vazia.

O Filipe ficou todo o tempo da viagem, que já foi menor, lá na frente com o motorista, acho que ele tava conduzindo melhor o Guilherme. Em dez minutos já estávamos em frente aos elevadores. Todos disseram um “finalmente” e começaram a descer do veiculo.

O Filipe voltou até a cadeira onde ele estava sentado e pegou a minha mochila, que ele tinha deixado lá. Eu me levantei e comecei a sair do minibus.

_ Vamos deixar a tua mochila e depois vamos almoçar _ ele me disse quando entramos nos elevadore.

_ Tudo bem _ eu simplesmente respondi.

_ E ai Filipe _ eu ouvi o Derek falar de algum lugar do elevador, toda a turma entrou nele, todos queriam chegar logo ao refeitório _ vai ao fliperama depois do almoço?

_ Será que vai dá tempo? _ o Filipe gritou de volta _ já é quase meio-dia.

_ Dá _ o Derek disse despreocupado _ a gente come rapidinho e vai.

_ E o Hugo, ele vai? _ o Filipe perguntou _ você sabe que o jogo fica melhor quando são quatro.

_ Mas com certeza que ele vai _ o Derek respondeu _ se brincar ele já estão até lá, nem esperou por nós.

_ É mesmo _ o Filipe disse rindo _ eles e a Brenda, não esqueça ela, que ela fica com raiva.

_ Vixi é mesmo, não poço esquecer da menina _ o Derek falou também rindo _ por falar em menina, Suzan você vai também?

Eu ia adorar ir com eles, mas eu tinha o castigo para cumprir, até que ficar no quarto não era tão ruim, eu usaria o tempo para tentar descobrir a minha senha, não queria depender do armário do Filipe para sempre.

_ Não vou não _ eu respondi aos gritos também _ to de castigo.

_ Nossa _ o Derek se espantou _ teu primeiro dia aqui e tu já ‘tá de castigo? Coitada.

Ele e o Filipe começaram a rir alguns colegas também riram, eu não tinha visto a graça.

Assim que o elevador parou no andar das aulas, todos seguiram direto para seus armários para guardar as coisas, depois fomos andando despreocupadamente de volta ao elevador para finalmente irmos comer.

No refeitório, que já tava lotado, encontramos com a Brenda e o Hugo ainda comendo, em uma mesa ao centro do local.

_ Nossa, como vocês demoraram _ a Brenda falou tirando uma mochila de uma cadeira _ eu quase briguei com a Alicia, por causa dos lugares.

_ Isso não seria novidade nem uma _ o Jonas tirando outra mochila de outra cadeira _ vocês brigam todo dia.

_ Quem é Alicia? _ eu perguntei para a Brenda enquanto me sentava, mas estava mais interessada em responder ao Jonas.

_ Isso não é verdade _ ela retrucou.

_ Claro que é _ disse o Derek que já estava sentado em uma cadeira _ desde que vocês chegaram aqui, só brigam.

_ Quem é Alicia? _ eu perguntei a todos.

_ É uma menina insuportável Suzan _ a Brenda finalmente disse _ ela é muito chata.

Os meninos começaram a dar sorrisinhos, mas eu reparei que eles faziam de tudo para a Brenda não reparar nisso, baixando o rosto.

_ Vamos mudar de assunto? _ ela falou, mas não esperou resposta _ Por que vocês demoram tanto?

_ Transito _ o Filipe respondeu _ você precisa vê como aquilo vira um caus.

O resto do almoço foi virado para comentar sobre o novo professor.

_ Eu gostei dele _ eu disse _ ele parece legal.

_ Também achei isso _ a Brenda concordou.

O tempo foi passando e a comida sumindo dos pratos e quando vimos já tínhamos terminado de almoçar.

_ E ai? _ o Derek fez se levantando da mesa _ vamos nessa?

_ Só se for agora _ o Jonas falou.

_ Aonde vocês vão? _ a Brenda perguntou.

_ Ao fliper _ o Hugo disse.

_ Eu vou com vocês _ ela anunciou se levantando também.

_ É claro que vai _ o Filipe falou já de pé.

_ Vamos Suzan _ ela me chamou.

_ Não posso _ eu disse _ castigo, lembra?

_ Ah é, então nos vemos na aula.

Ela acenou para mim e saiu com os meninos pela porta. Eu, que ainda estava sentada na mesa, me levantei muito lentamente, não tinha pressa de ir para o meu quarto.

_ Suzan _ ouvi a voz da minha mãe me chamando, quando me virei a vi se aproximando de mim.

_ Eu já estava indo para o meu quarto _ eu tratei logo de dizer.

_ Bom saber disso _ ela falou cruzando os braços _ mas não precisa voltar para o quarto agora não.

_ Não? _ eu estranhei.

_ Não _ ela respondei _ venha comigo até a cozinha.

Eu a segui até as portas que davam na cozinha, quando atravessamos elas, a minha mãe pegou um avental que estava em ganchos próximos a porta e continuou andando pela cozinha até parar em frente a uma pia.

_ Tome _ ela me ofereceu o avental.

Eu o peguei desconfiada, quase entendo o que ela queria, mas eu me fiz de desentendida.

_ Para o que isso? _ eu perguntei.

_ Você vai lavar os pratos _ ela simplesmente disse.

_ Como é? _ eu questionei.

_ É isso ai _ ela confirmou _ você achou que o seu castigo seria ficar só no seu quarto?

Se eu tivesse respondido que sim, será que eu teria me livrado dos pratos?

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