Segredo escrita por thana


Capítulo 2
Capítulo 2




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Mas, sei lá quanto tempo depois, eu vi uma portinhola no rodapé da parede, no mesmo lugar que a porta onde a moça loira tinha entrado, se abrir e por ela passar um prato cheio de comida, sabe, com bife com fritas, que por acaso é o meu prato predileto.

Eu me desencolhi lentamente e fui bem de vagar até ele. Eu estava muito assustada não sabia se podia realmente comer aquilo, poxa mas era o meu prato predileto e eu realmente estava com fome, então eu me sentei perto do prato e comi, comi como se nunca tivesse visto comida na minha vida, ignorei os talheres que tinhão colocado encima da comida e meti a mão na porção de fritas. Cara eu devia estar parecendo um animal comendo com as mãos e quando eu passei para o bife então é que essa imagem devai se concretisar. Eu olhei para o meu reflexo na parede cromada e me vi com a boca toda suja de molho de carne, mas nem liguei ainda tinha muito no meu prato que praticamente me chamava.

Quando eu terminei, me encostei na parede ainda sentada perto do prato e respirei com dificuldade, porque eu tinha comido muito. Quando eu achei que já podia me mexer sem vomitar tudo que eu tinha comido, eu voltei para a “cama” limpando as mãos no macacão branco e a boca com a manga dele e me deite lá.

Agora que eu já tava bem alimentada a minha cabeça começou a trabalhar melhor. Eu começei a especular onde eu estava. Bem, a primeira coisa censata que me veio na cabeça foi que eu tivesse sido sequestrada, é sabe? Alguem teria entrado no meu quarto, já que os meus pais iriam chegar do trabalho mais tarde, cuidaram da dona Vera, a selhora que cudava de mim quando meus pais se atrasavam para chegar em casa (é isso ai, eles ainda pensam que eu preciso de babas), me sedaram e me levaram para aquele lugar e provavelmente estavam pedindo um bom dinheiro para os meus pais para me devolver.

Quem me levou devia estar a muito tempo observando a familia, sabia que meus pais as vezes se atrasavam e esperaram esse dia para poder me levar, de que outro modo eles saberiam qual o meu prato preferido?

Eu fiquei ali pensando nessa possibilidade, que era a unica coisa plausivel que eu tinha, enquanto fazia a dijestão, torcendo para que a comida não estivesse envenenada ou coisa do tipo, quando a porta se abriu de novo e dessa vez que entrou foram dois homens, quando o primeiro entrou pela porta eu me levantei em um pulo.

Ele era alto e tinha os cabelos compridos, em seguida apareceu pela mesma porta o segundo homem esse era um pouco mais baixo que o primeiro e tinha os cabelos bem mais curto que o outro, quando ele passou ele deixou a porta aberta, como a moça loira e como ela, eles ergueram as mãos dizendo coisa do tipo: “não se assuste”, “não vamos te machucar” e todos os clichês que você conseguir imaginar.

Mas só que dessa vez eu não ia ser tão boazinha assim.

Eu olhei para eles, que vinham em minha direção, e depois para a porta que tava aberta. Bem, eles não estavam esperando realmente uma reação minha, então quando eu empurrei o primeiro homem da minha frente para poder chegar a porta ele cambaleou e se não tivesse uma parede próxima ele teria ido ao chão, mas isso só serviu de aviso para o homem logo atrás dele que alem de não ceder ao meu empurrão me segurou pela cintura e tentou me afastar da porta, mas eu tentava de todas as formas me soltar dele, dando muros em qualquer parte de seu corpo, mas não adiantou de nada o corpo dele era muito rígido, provavelmente ele devia fazer malhação ou coisa do tipo.

Quando o homem viu que não adiantava só me segurar pela cintura ele tentou me dá uma chave de braço, mas eu não parei de esmurrá-lo e como ele não conseguiu dar o golpe ele enfiou a mão no meu rosto na tentativa de me fazer parar. Assim eu senti aquela mão no meu rosto eu aproveitei que ele tinha a colocado na altura da minha boca e o mordi na parte que fica entre o dedão e o dedo indicador com tanta força que eu senti o gosto do sangue na minha boca (eu sei, é nojento, mas o que eu podia fazer?).

Eu ouvi ele gritar muito alto por conta da dor e em seguida ele me jogou com muita raiva contra o chão, com o impacto da batida eu acabei batendo a cabeça na quina da cama.

Eu fiquei grogue na hora, fechei os olhos e tentei levar a minha mão na parte da cabeça que a cama tinha batido, mas eu não consegui levantar a mão de tanta dor que sentia, então eu ouvi a voz do primeiro homem gritar:

_ Não! _ ele já estava de pé eu acho, foi o que eu vi quando abri um pouco os olhos, ele segurava a mão do colega que estava no cós da calça. _ Você pirou?

_ Ela me mordeu _ falava o outro homem mostrando onde eu tinha mordido.

_ Não! _ repetiu o homem e veio até onde eu estava no chão.

Ele se aproximou e se abaixou, eu tentei me afastar dele, mas eu não consegui estava totalmente atordoada. Ele segurou um dos meu braços e tentou me agudar a levantar, mas esse mínimo de esforço fez minha cabeça doer mais ainda, eu soltei um grunhido de dor e ele parou, eu consegui finalmente levantar a mão e colocar onde doía na cabeça, quando eu voltei ela para a ver se estava sagrando eu soltei outro grunhido quando eu confirmei que estava e muito.

_ Cara tu ta ferrado! _ exclamou o homem que tentava me ajudar e que agora estava examinando o ponto da colisão. _ Vai chamar a Julia! _ pediu ao outro.

Enquanto o outro ia atrás da pessoa que o colega pediu, ele tirava de algum lugar uma seringa, eu não sei de onde (naquela hora eu nem sabia mais o meu nome de tão forte que foi a batida), retirou a proteção da agulha com a boca, segurou o meu braço, eu tentei o puxar para perto do meu corpo, mas ele com certeza era mais forte que eu, inseriu a agulha na minha pele e ele injetou uma substância no meu organismo.

Na medida que o liquido era injetado na minha veia eu ia me sentindo mais pesada, meus olhos que já estavam semi-serrados foram se fechando lentamente até que eu não visse mias nada alem da escuridão atrás dos meus olhos. Por um lado isso foi bom, eu já não podia sentir a dor na minha cabeça.


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