Universo Em Desequilíbrio escrita por Mallagueta Pepper


Capítulo 36
Entrando nos eixos


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Desculpem não ter postado ontem. Tive um imprevisto e não pude atualizar a história. Pra compensar, um capítulo que vale por dois!



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Apesar de ainda faltar quatro dias para a festa, Cebola já estava com sua fantasia totalmente pronta e em condições de uso. Cada detalhe tinha sido observado cuidadosamente. Já que era ele quem precisava cuidar da casa, ele acabou tendo que aprender a costurar a fim de fazer pequenos consertos sem ter que recorrer a algum profissional e pagar caro.

– Beleza, essa fantasia vai detonar geral! – ele sabia que DC devia estar tentando imitar a fantasia dele e até ficou curioso para saber como ia ficar. Será que ele ia conseguir uma boa imitação? Talvez não fizesse tanta diferença. Ele ia ser desmascarado de qualquer jeito.

Só que outro pequeno detalhe também o preocupava. Denise tinha lhe falado que Carmem pretendia instruir os seguranças para proibir a entrada de qualquer outra pessoa vestida de herói mascarado. Certamente o DC deve ter lhe pedido aquilo para evitar que o verdadeiro herói aparecesse. Que safado!

Aquilo podia atrapalhar seus planos. Se tentasse entrar com aquela roupa, ia ser barrado mesmo tendo um convite na mão. E se ele usasse outra fantasia?

– Hum... isso deve funcionar. Eu entro com outra fantasia e depois me troco lá dentro. Vai ser tranqüilo.

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– Porcaria, tá muito ruim! – DC ralhou com a costureira ao examinar sua roupa pela quinta vez. Ou seria a sexta? Talvez a sétima... ele tinha perdido a conta. Só sabia que o resultado ainda não estava bom.
– Mas eu fiz o que você falou!
– Fez não! Olha aqui, esses botões ficaram grandes demais! E os detalhes do paletó são menores e mais delicados, não essas coisas grotescas que você fez!

A mulher fez cara feia e procurou consertar o serviço. Se o rapaz não estivesse pagando bem, ela já o teria enxotado dali a muito tempo.

DC saiu dali realmente contrariado. Era preciso que sua fantasia ficasse perfeita, do contrário todo mundo ia perceber. E sua idéia de proibir que qualquer outro sujeito com a mesma fantasia entrasse na festa foi mesmo genial. Com isso, o tal herói não ia ter como atrapalhar seu plano.

As coisas até que estavam indo bem. Por algum motivo que ele desconhecia, Magali e sua gangue não estavam perturbando os outros como faziam antes. Até o Cebola estava apanhando menos que de costume. O que tinha dado neles? Talvez tivessem perdido um pouco da valentia com a saída do Tonhão. Aquilo não o interessava. Só interessava saber que todos o agradeciam pela saída daquele mastordonte e era só questão de tempo até a escola inteira comer na palma da sua mão.

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Ela fechou os olhos, concentrou-se bem e procurou relaxar o máximo. Sua mente estava vazia e aos poucos a tensão foi abandonando seus músculos. Quando sentiu o corpo totalmente relaxado, ela colocou os dedos sobre as teclas e aguardou.

Nos primeiros minutos não tinha acontecido nada. Aos poucos, alguma coisa foi surgindo em sua cabeça. No início tudo estava confuso e embaralhado, como se ela tivesse mexido o fundo de um lago e feito a poeira subir. Depois de um tempo, foi como se a poeira estivesse assentando e tudo foi ficando mais claro. Então ela tocou uma pequena música e levou um susto quando ouviu uma melodia coerente ao invés daquela coisa desordenada que ela tocava antes.

– Gsuis! Não acredito, eu tô tocando de verdade! – passada a forte emoção do momento, ela voltou a se concentrar e tocou novamente. Ela ainda errava algumas notas e o som saia meio desafinado, mas mesmo assim era uma música.

Relaxar e se deixar levar não era algo realmente fácil para ela, acostumada a ter o controle das coisas ao seu redor. Era preciso baixar a guarda e esperar. Sua mente era um turbilhão indisciplinado e às vezes ela custava a calar o falatório que se instalava na sua cabeça.

– Puxa, até que tô indo bem. Tenho que treinar bastante!

Mônica insistiu, persistiu e se esforçou ao máximo. A grande festa estava chegando cada vez mais perto, faltava pouco menos de um mês e meio. Era preciso treinar e treinar cada vez mais para não passar vergonha.

– Uai, menina, tá tocando direito agora? – Durvalina falou surpresa ao ver que uma música de verdade estava sendo tocada naquele piano pela primeira vez.
– Pois é, acho que o branco já passou. E aí, tá bom?
– Já esteve melhor, mas você chega lá.

Ela fez um muxoxo com a crítica da empregada e voltou a ensaiar, começando com canções mais simples e aumentando cada vez mais o nível de dificuldade. O que mais a deixava empolgada era ver que estava conseguindo entender as partituras e diferenciar as notas musicais. Aquilo estava se tornando tão fascinante que ela não conseguia mais parar e ensaiou o dia inteiro até o cair da noite, surpreendendo sua mãe que tinha chegado do trabalho e ouviu a filha tocando a música destinada a festa de casamento.

– Ai, filhinha, está ficando lindo!
– Mãe? Quando a senhora chegou?
– Agora pouco. Nossa, deixa só seu pai ouvir isso, ele vai adorar!
– Que bom, eu tô ensaiando bastante aqui!
– Que susto você deu na gente, heim mocinha? E eu pensando que você tinha esquecido como tocar.

A moça deu uma risada nervosa.

– Hahha, imagina! Não, eu não esqueci não, tá tuuuuudo bem!

Quando chegou do trabalho, Souza também ficou surpreso ao ver a filha tocar tão bem e naquela noite o jantar transcorreu alegre e descontraído.

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Magali se jogou na cama, exausta física e mentalmente. Depois de tanto trabalho para vender aquela droga, ela ainda teve que pegar outra remessa.

– É isso aí, vende tudo direito que é pra não deixar o chefe zangado! – o capanga falou e ela não teve como discutir.

Vender a droga não tinha sido tão difícil quanto ela pensou no início, mas não era aquele tipo de negócio que Magali queria para si e sua gangue. O sujeito tinha dito que bastava vender umas oito remessas. E se ele resolvesse que eles teriam de fazer aquilo para sempre?

O pior era que ela não tinha para onde correr. Falar com seus pais estava fora de cogitação. Eles iam recriminá-la como se ela tivesse feito aquilo de propósito sendo que não tinha sido culpa sua. Seus pais não a apoiavam e não faziam o menor esforço para entendê-la. Só sabiam criticar e reclamar por ela não ser igual as outras garotas.

Tudo começou com aquele incidente dos biscoitos, quando sua mãe pareceu mais preocupada com a própria imagem em não passar vergonha do que apoiar e ajudar sua filha a resolver seus problemas. Ela nunca se importou com seu sofrimento antes, por que ia se importar agora? Não, ela estava por conta própria e precisava se virar sozinha.

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Começa mais um dia de aula no colégio do limoeiro. Os alunos tagarelavam entre si e o assunto do momento, além do herói mascarado que tinha desfalcado a gangue da Magali, era também a festa a fantasia na casa da Carmem, onde ele ia aparecer para todos e se revelar.

Embora todos soubessem, ou melhor, pensavam que sabiam, que DC era o herói, ainda assim era emocionante esperar pela grande revelação.

Estava ficando difícil para Magali impor o mesmo respeito de antes sem a presença do Tonhão. Por ser garota, era preciso distribuir alguns sopapos para lembrar os outros alunos de que ela ainda estava no comando. De vez em quando ela esbarrava com Mônica, mas não fazia nada por causa dos seus pais. Se fosse mesmo verdade que os pais daquela burguesinha poderiam processar sua família, então ela tinha que se controlar. Pelo menos ela não lhe incomodava mais a não ser quando tentava bater no Cebola.

– Onde você tava? – Ela perguntou para Denise que tinha chegado meio atrasada.
– Vi um notebook legal na mochila dum boboca e tô de olho nele. – ela mentiu escondendo que na verdade só queria ficar longe dela.
– Tenta não ficar zanzando por aí, valeu?

A aula começou e Denise virou para frente, irritada com a arrogância da amiga. Será mesmo que ela podia chamar Magali de amiga? Há tempos o relacionamento entre as duas deixou de ser de amizade para virar dominante/dominado. De certa forma, Denise se ressentia com aquilo porque quando todas as garotas tinham deixado Magali de lado, ela foi a única que continuou sendo sua amiga. Era assim que aquela bruta lhe agradecia? Por isso mesmo ela não sentia o menor remorso de ajudar Cebola e acabar com aquela gangue. Se o tal plano dele realmente funcionasse, então ela acabaria se dando bem ficando do lado vencedor.

Seus pensamentos foram interrompidos quando a professora de educação física bateu na porta.

– Posso só dar um recadinho para as meninas?

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A reclamação entre as meninas era geral. Cinco minutos depois de a professora de educação física ter saído da sala, elas ainda reclamavam e o prof. Licurgo tinha dificuldade para fazer silêncio.

– Ora, vamos! Parem de tagarelar que eu quero uma redação sobre... ei, você estão me ouvindo?
– Ai, que droga! A gente vai fazer educação física com a turma B? – Cascuda reclamou, sendo apoiada pelas amigas.
(Marina) – Que porcaria!
(Keika) – Porcaria? Isso é um tremendo azar!

O motivo de tanta reclamação era que não ia ter aula de educação física no dia seguinte para aquela turma e eles poderiam sair mais cedo. A má notícia é que para isso elas teriam que fazer a aula junto com a turma B, que era a sala da Magali. Ninguém queria ficar perto daquela valentona, que apesar de ter abrandado um pouco ainda causava problemas aqui e ali.

Mas não teve remédio. Licurgo subiu na carteira, jogou vários livros para o ar e elas tiveram que fazer silêncio. O jeito foi se conformar. Quando a aula terminou, elas saíram da sala como bois indo para o matadouro. Cebola olhava Mônica sentindo um pouco de pena dela. Se bem que ela sabia se defender muito bem em caso de necessidade.

“Espero que a Magali não venha causar encrenca pra ela...” ele pensou observando-a sair.

– Oi Mônica. – DC a cumprimentou parando-a no corredor após dar uma escapada da sala de aula.
– Tchau DC.
– Ah, qualé! Nada a ver esse negócio de cumprimentar ao contrário!
– Ué, você não é o contrariado da escola?
– Tá, deixa disso. Aqui, fiquei sabendo que vocês vão fazer educação física com a turma da Magali.
– Pois é. Ninguém merece!
– Se quiser, eu posso dar um jeito pra ela te deixar em paz. Só que isso vai ter um preço.

Mônica parou de andar e olhou para ele bastante irritada.

– Que preço?
– Sair comigo hoje à noite. – ele falou com malícia, dando a entender que aquele não ia ser apenas um passeio entre amigos.
– Não, obrigada. Eu me viro.
– É, tô vendo como você se vira!

Ela fez menção de ir embora e ele a segurou pelo braço.

– É por causa do cobaia, não é?
– Não é da sua conta. E o nome dele é Cebola!
– Deixa disso, Mônica! Você fica aí perdendo tempo com aquele lesado, o que tá ganhando com isso?
– Olha, a aula já vai começar e eu não quero chegar atrasada, tá bom?

DC não soltou seu braço e falou num leve tom de ameaça.

– Olha, eu tô falando sério! Pára de ficar andando com esse perdedor, senão vai ter que se virar sozinha na próxima vez que a Magali querer te pegar.
– Tudo bem. Nas outras vezes eu não quis brigar, mas acredite: eu sei me defender muito bem, obrigada!

Ela se desvencilhou dele e foi andando decidida. DC ainda ameaçou.

– Então é assim? Beleza! Quando eu estiver no topo, não vou nem olhar pro seu lado.
– Tomara! – ela falou sem virar para trás e sumiu na curva do corredor, deixando-o espumando de raiva.

No meio do caminho, as garotas não entenderam nem um pouco aquela atitude. Onde a Mônica estava com a cabeça para rejeitar o garoto mais descolado e popular de todo o colégio?

(Marina) – Eu heim! você vai mesmo trocar o DC pelo Cebolinha?
(Cascuda) – Que mal gosto!
(Keika) – Chama a ambulância!
– Ah, gente! Também não é pra tanto, né? Esse cara tá muito metido pro meu gosto e eu não gosto de rapaz que se acha.
(Dorinha) – Mas ele pode, né? É o herói do colégio.
– Hunf! Duvido muito!
(Marina) – Ué, como você sabe?
– Intuição. – ela respondeu antes de todas entrarem no vestiário. Quando viram que Magali e Denise estavam lá dentro, o mal estar foi geral. Felizmente as duas estavam muito ocupadas conversando entre si e não deram atenção as outras meninas.

No entanto, Mônica ficou meio preocupada com a expressão da Denise e viu que alguma coisa ali não estava bem. Quando todas saíram, ela teve a impressão de ter ouvido o barulho de algo caindo no chão. No início ela achou que não era nada, mas depois resolveu voltar para dar uma olhada só para garantir.

– Sua tonta, você não presta pra nada mesmo! – ela ouviu Magali falando e quando foi espiar por detrás da porta, viu Denise encolhida num canto cobrindo o rosto com as mãos. – Anda, levanta daí que a aula vai começar!

Denise não levantou e parecia chorar. Magali lhe deu um chute que apesar de não ter sido muito forte, fez com que a outra soltasse um grito abafado. Mônica não agüentou ver aquilo.


– Grrrr! Você é covarde mesmo, viu? Onde já se viu tratar os amigos desse jeito?

Magali levou um susto e virou-se rapidamente.

– Vai cuidar da sua vida que isso não é da sua conta!
– Vai cuidar da sua vida você e pára de bater nos outros desse jeito! Quer saber de uma coisa, tô ficando de saco cheio dessa sua valentia! Por que não vem brigar comigo, heim?
– Como é? Você tá doida? Acha mesmo que pode me enfrentar?
– Acho não, tenho certeza! Eu não vou mais ficar olhando calada enquanto você maltrata as pessoas, então ou você pára com isso, ou vai se ver comigo.

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– Isso mesmo, Mô! Dá uns tapas na cara dela, não tem dó não!

Todos olharam para Magali com espanto e Cascão perguntou.

– Ô Magá, por acaso esqueceu que aquela ali é o seu duplo?
– Não esqueci não, mas eu também tô cansada de ver ela agindo daquela forma! A Mô tem mais é que dar uma lição nela que nem fazia com o Cebola!
– Ei, qualé!

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Magali perdeu de vez a paciência. Certo, aquela patricinha tinha ido muito longe demais e não interessava mais se os pais dela iam ou não processar os seus. Aquela garota tinha lhe desafiado e ela nunca fugia de um desafio.

– Você pediu, agora vai levar e muito! – Magali ergueu a mão e partiu para cima da Mônica. Denise não sabia se olhava ou escondia o rosto. Será que a Mônica ia apanhar muito? Ia ficar com o rosto desfigurado? Acabaria num hospital em coma?

Só que Mônica não se alterou nem um pouco e segurou Magali pelo pulso. A valentona tentou se desvencilhar daquele aperto férreo e Mônica apertou mais ainda.

– Grrrr, me solta!
– Não solto não. Pensa que eu tenho medo? Pensa que vou te deixar me bater de novo? Não, não vou! Você não vai bater nem em mim, nem em ninguém!


Ela apertou mais um pouco, fazendo Magali ajoelhar de dor e sentindo o pulso estalar. De onde aquela garota tirava tanta força? Por que ela não conseguia se soltar?

Denise assistia tudo com os olhos arregalados. Algumas garotas entraram no vestiário aproveitando a distração da professora e mal acreditaram no que seus olhos estavam vendo.

(Cascuda) – Mônica, o que você tá fazendo?
– Dando uma lição em alguém aqui. Tá tudo bem, gente! Eu não vou bater nela não.
– Me solta, sua vagabunda!
– Solto quando eu quiser! Escuta aqui, você pára de maltratar as pessoas! Pára de mexer com o Cebola, pára de mexer com todo mundo! E nem adianta chamar seu grupinho porque eu quebro a cara de todo mundo, tá bom?

Ela soltou o pulso da Magali, jogando-a no chão com força. Magali levantou-se rapidamente esfregando o pulso e olhando para Mônica ameaçadoramente. A outra sustentou seu olhar sem mostrar a menor sombra de medo.

– Vamos, Denise. – ela simplesmente falou passando pelo grupo que apenas se desviou do seu caminho.
– Denise, você não precisa ficar andando com ela! O que você ganha com isso? – Mônica falou, tentando apelar para o bom senso da ruiva. Ela não respondeu nada e saiu dali seguindo a outra. O Cebola certamente ia ficar muito surpreso quando soubesse daquilo!

As outras meninas cercaram a Mônica, ainda sem acreditar no que tinha acontecido. Mônica, por outro lado, ficou muito preocupada. Ótimo, por causa daquela atitude impulsiva, ela ia se tornar a nova valentona da escola e temida por todos. Por que ela não se controlou enquanto podia?

(Keika) - Menina, eu não acredito!
(Cascuda) – Você botou a Magali pra correr! Nem o herói mascarado conseguiu fazer isso!
(Marina) – Nossa, você é forte demais! Por que deixou ela te bater na outra vez? Você podia ter se defendido!
– Eu não gosto de resolver as coisas no tapa, acho muito chato isso. mas a Magali tava passando dos limites e eu não tenho sangue de barata!
– Que bagunça é essa aqui? – elas ouviram uma voz falando e se depararam com a professora. – Todo mundo pra quadra agora! Senão vou dar falta pra todas vocês!

Elas saíram dali rapidamente e antes que o grupo entrasse no jogo de vôlei, Mônica pediu.

– Meninas, não espalha pra todo mundo o que viram lá no vestiário não, tá?
(Marina) – Mas...
– Por favor, gente! Se prometerem guardar segredo, eu prometo dar uma festa do pijama bem legal lá em casa amanhã à noite!
– Ebaaaa! – todas aplaudiram muito empolgadas por poderem, pela primeira vez, conhecerem a casa da Mônica e seu quarto fabuloso.
– E ainda vou fazer um concerto de piano bem bonito só pra vocês!

Depois daquilo, elas prometeram não contar nada a ninguém. Festas do pijama não tinham preço.

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– Então ela enflentou mesmo a Magali. – Cebola falou coçando o queixo.
– Você tinha que ter visto, eu fiquei de queixo caído! Não sabia que ela era tão forte daquele jeito!
Palece que ela é cheia de surplesas. Englaçado que não ouvi ninguém comentando.
– Eu acho que a Mônica pediu pra ninguém falar nada.
– Melhor assim. Agola vai antes que a Magali desconfie.

Denise tomou outro caminho e Cebola continuou o seu. Pelo visto, Mônica não estava mais disposta a agüentar calada os desmandos da Magali. Por um lado ele não deixava de ficar aliviado em saber que não ia mais apanhar todos os dias. O que lhe incomodava, no entanto, era o fato de ELE não ter resolvido aquele assunto e sim a Mônica. Não, ele não era nenhum fraco covarde que precisava ficar agarrado na barra da saia dela. Ele era forte, sabia cuidar de si mesmo e era capaz até de enfrentar homens armados.

Seu original podia ser um fracote tanga frouxa, mas ele não tinha nada de fraco.

– Melhor eu agir rápido, não posso deixar ela derrotar a Magali antes de mim. Eu comecei isso, então eu tenho que terminar!



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