O Diário De Catherine escrita por Anna Beauchamp, Eline Guerra


Capítulo 2
Capítulo 2




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Já eram sete horas quando eu finalmente acordei, tomei banho e desci para o jantar.

A comida ainda não estava pronta, minha mãe devia estar na cozinha com minha avó. Andei até a sala e vi meu pai no sofá com meus tios: Ben e Jesse. Meu tio Ben é mais velho do que o tio Jesse, ele tem vinte e cinco anos. Os dois são inseparáveis.

Os três estavam sentados na frente da TV assistindo a um jogo de futebol e vibravam a cada cinco minutos.

– Oi, Cathy! - disse o tio Jesse. Ele veio na minha direção e me abraçou me tirando do chão.

– Oi - eu disse sorrindo, o que era um pouco raro nessa última semana.

– Você tá enorme! - disse o tio Ben - Mais alta do que você, Jesse.

Ele começou a rir e o Jesse foi pra cima dele. Os dois começaram a se esmurrar e eu comecei a rir mais. Só meus tios pra me fazer esquecer tudo de ruim.

– O jantar está servido. Ei, parem com isso agora!! - gritou minha tia Sue.

Eu sempre achei tia Sue uma mulher linda. Ela tinha cabelos castanho-escuros e os olhos azuis mais cobiçados.

Sentamos à mesa, todos ficavam nos perguntando sobre o que fizemos nos últimos meses, a escola, etc...

Eu já estava satisfeita, então me retirei.

Subi para o quarto e coloquei meu pijama. Demorou um pouco para que eu dormisse. Na verdade eu delirei, acordei lá pelas três da manhã, acho que foi uma porta batendo ou algo do tipo que me acordou.

Hesitei um pouco, mas criei coragem e desci lentamente as escadas. A porta estava fechada, o que me deixou em dúvida sobre a realidade do barulho que eu ouvira, poderia ser apenas um sonho.

Andei até a entrada e saí para a varanda. Olhei em volta vendo apenas folhas amarelas no gramado e a escuridão da floresta. Era mais como um bosque, um pouco assustador.

Olhei mais uma vez em volta e eu já me preparava para voltar para o meu quarto quando ouvi algo como passos.

Não sou uma pessoa medrosa, mas meu coração pareceu parar no peito.

Virei-me vendo um vulto correndo para dentro da floresta.
Reuni o que me restava de coragem e caminhei na direção do bosque.

Estava bem escuro, a não ser a luz da lua, não se via coisa alguma. Passei pelas árvores com o coração quase parando, minha respiração virava névoa e eu estava com muito frio.

Parei em uma parte do bosque que havia um grande lago. Era tudo muito sombrio, como um cenário de filme de terror.

Eu olhava em volta sentindo o pouco de coragem que me restava se esvair.

Me virei abafando um grito ao ver alguém a minha frente segurando meu ombro.

– Cathy - disse meu pai fazendo meu coração, que estava tendo um ataque cardíaco, relaxar - O que você está fazendo aqui a essa hora? Quer morrer, é?

Coloquei a mão no peito na tentativa de amenizar os batimentos e conter a respiração acelerada.

– Pai, você me assustou! - falei engolindo em seco - Eu vi...alguma coisa entrando na floresta e segui.

Ele olhou em volta e passou o braço em volta dos meus ombros.

– Vamos - ele disse.

Nós voltamos pra casa e eu subi para o meu quarto.

Fiquei uns vinte minutos pensando naquele vulto e no cenário fantasmagórico, até que dormi. Meus sonhos foram uma mistura horrenda de Sexta-feira Treze e A Hora do Terror. Acordei sentindo as pernas trêmulas mesmo sem ter corrido dois metros.


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Notas finais do capítulo

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