O Diário De Catherine escrita por Anna Beauchamp, Eline Guerra


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Gentee mil desculpas se demorei...mas eh q andei suuuper ocupada. Nao me crucifiquem! *0* Vou tentar postar os ultimos capitulos o mais rapido possivel. Mais um cap. saindo do forno... aproveitem C=



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Senti um arrepio percorrer minha espinha. Eu conhecia aquela voz, mas isso só piorava a situação na qual eu me encontrava.

Olhei para cima e vi James desamarrando as cordas que prendiam a garota. Ele estava tentando ser rápido e olhava para mim como se dissesse para eu correr.

Levantei devagar sem fazer barulho e me esgueirei por trás da árvore tentando ver quem era.

Resmunguei um palavrão e voltei a me esconder. Por que Joey estava sempre me seguindo? E por que tinha que ser sempre nas situações em que eu me encontrava no papel de suspeita?

James já havia desamarrado a garota. Ele passou uma mão pela cintura dela e com a outra segurou um dos galhos da árvore. Ela já estava quase desmaiando.

Ouvi o som de folhas secas sendo esmagadas e fiquei totalmente paralisada. Olhei novamente para cima vendo James chegando ao chão. Ele segurava a garota delicadamente com uma das mãos.

- Temos que deixá-la aqui - ele sussurrou.

Eu assenti. Não tínhamos como levá-la, e Joey com toda certeza a ajudaria.

Ele a deitou no chão com cuidado. Mesmo com a luz tênue, pude ver suas feições delicadas, os cabelos escuros e os grandes olhos azuis. Ela estava magra e os lábios rachados. Parecia muito assustada.

James pôs o dedo indicador sobre os lábios e pediu a ela que fizesse silêncio. Mesmo debilitada como estava, ela assentiu.

Ele levantou e segurou minha mão, o que me deixou um pouco sem jeito.

- Catherine? - chamou Joey novamente.

Meu coração batia rápido. Olhei para James, ele levantou o punho para começar a contar. Teríamos que correr.

Ele levantou o dedo indicador. 1.

- Catherine, pode sair, eu só quero conversar - disse Joey.

Droga! Por que eu tinha a sensação de não ter muito tempo? Eu precisava sair de lá rápido.

2.

James me deixava mais nervosa ainda. Meu coração batia acelerado. Meu tempo estava se esgotando.

A garota estava, que estava deitada no chão, parecia muito assustada.

Eu já estava ficando com raiva de Joey, que parecia querer me seguir em todos os lugares como se eu fosse uma criminosa.

3. Acabou o tempo.

- Cathy?! - gritou Joey.

James puxou minha mão e eu corri atrás dele desajeitadamente. Minhas pernas estavam doloridas por conta do frio e não ficaram muito felizes com a mudança repentina. Nós corríamos surpreendentemente rápido. Conseguíamos ouvir a voz de Joey gritando meu nome, mas ele ficava para trás a cada passo que dávamos. E ao mesmo tempo, cada um desses passos me dizia uma única coisa.

Eu estava morta.

Ele sabia o que pretendíamos fazer, e agora James e eu éramos suspeitos de duas mortes e dois raptos.

Foi nesse momento que eu oficialmente comecei a odiar mortalmente aquele matador. Ele estava transformando minha vida em um inferno!

James e eu paramos para na beira da estrada, ofegantes. Eu estava muito cansada e meus pulmões doíam.

- Conseguimos - eu disse incrédula.

James arfava e sentou na superfície pavimentada. Ele parecia derrotado.

- Não - ele disse balançando a cabeça - Não vamos poder voltar por enquanto.

Arregalei os olhos. Isso não podia estar acontecendo.

O ar frio penetrava a pele como agulhas, fazendo meu rosto formigar. Eu usava meus jeans e uma camiseta, apenas. Desejava ter trazido um casaco.

- Como assim?! Pra onde vamos? Temos que voltar - eu disse.

Não tínhamos como ficar tanto tempo fora. Fugir só pioraria nossa situação com a polícia.

- Não podemos - disse James se levantando - Ele vai vir atrás de nós.

Aquilo era uma possibilidade.

- E se não estivermos lá ele vai machucar minha família - eu argumentei.

Ele parecia tentar decidir entre a nossa vida e a vida da minha família. Parecia ser uma decisão muito difícil.

- Tudo bem - ele decidiu - Mas vamos esperar um pouco.

Eu assenti. Qualquer coisa servia com a condição de minha família ficasse bem.

- Me arrependo de ter vindo para essa cidade - comentei.

James se aproximou de mim, me deixando nervosa novamente.

- Se arrepende mesmo? - ele perguntou.

Meu corpo ainda pulsava com a adrenalina, só depois eu entenderia o que ele queria dizer.

Abaixei a cabeça sem conseguir pensar em nada para responder a pergunta dele.

- Quando voltamos? - perguntei.

Ele respirou fundo, frustrado.

- À noite - ele respondeu - Vamos esperar que anoiteça novamente.

Olhei para o céu, em pouco tempo o sol nasceria. Aquilo demoraria uma eternidade.

Sentei à beira da estrada, estava cansada. Fiquei pensando no que aconteceria se fôssemos para casa naquele mesmo momento. A polícia estaria esperando por nós, ou apenas procurando.

- Acha que a polícia está lá? - perguntei a James.

Ele parecia pensativo.

- Eu acho que não - ele respondeu - Devem estar nos caçando.

Fiquei pensando sobre isso. Quanto tempo levaria até que eles resolvessem ir até a minha casa para se certificar de que não estávamos lá? Quando perceberem que não estamos, com certeza dirão que fomos nós.

- Estamos ferrados - eu disse prestes a ter um ataque de pânico.

Ele se aproximou e sentou ao meu lado.

- Foi proposital - ele disse me deixando confusa.

- O quê?

Ele parecia completamente absorto em seus pensamentos.

- Ele conhece você muito bem - disse ele.

Eu continuava sem entender nada e James deve ter percebido isso.

- O cara sabia que você não iria desistir, do contrário, ele teria matado você ou no mínimo te raptado - explicava ele.

Tudo bem, o assassino devia me conhecer melhor do que eu imaginava. Isso me assustou um pouco.

- E...? - perguntei.

- Ele avisou a polícia que estaríamos aqui. Agora, somos os assassinos de Robert Meyer - ele disse.

Aquilo me deixou com raiva.

- E enquanto somos caçados ele deve estar em algum lugar cometendo algum crime - resmunguei.

Isso me deixou mais aflita ainda. Enquanto estávamos ali, aquele assassino podia estar planejando algo contra os meus pais. Meu sangue ferveu e me senti como uma fogueira queimando.

Se a polícia estivesse em minha casa eles pelo menos estariam a salvo, mas como eu saberia se estavam?

- Vamos voltar - eu disse levantando sobressaltada - Agora.

Ele pareceu surpreso.

- Agora? - ele perguntou.

Eu assenti. Não queria dar explicações.

- Ele está indo pra lá.


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Notas finais do capítulo

Bjuuss pessoal. Estamos QUASE no fim da trama NAO ABANDONEM A FIC!!! *-*