O Diário De Catherine escrita por Anna Beauchamp, Eline Guerra


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Assistindo Jumpers C= Boa Leitura!



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A sra. Beaumont estava em coma. Minha cabeça girou e os pensamentos se atropelavam. Perguntei a Sue onde estava James e levantei da cama para ir a sua procura. Ignorei Sue e seus protestos, desci as escadas segurando forte o corrimão. James estava na sala com Joey. Corri até ele e o abracei.

– Você está bem? - ele perguntou preocupado.

– Agora, sim - respondi.

Ele se afastou e mandou que eu sentasse no sofá, mas eu não obedeci e continuei de pé.

– Continuamos essa conversa depois, Beaumont - disse Joey encarando James com aquela velha desconfiança.

James sustentava seu olhar com ar desafiante. Ele estava tenso.

– O que aconteceu? - perguntei.

Ele apenas engoliu em seco e tentou parecer despreocupado, mas sem obter sucesso.

– Digamos que eu sou o principal suspeito dele sobre o seu desaparecimento - ele disse.

Fiquei um tanto revoltada. Ninguém podia suspeitar de James, só eu.

– Isso é ridículo! - exclamei.

Ele tirou uma mecha de cabelo do meu rosto.

– Não se preocupe com essas coisas - ele disse - Eu resolvo isso depois.

Ele ficou algum tempo apenas me olhando com um ar de deslumbre, como se eu fosse um fantasma, uma fada, um gnomo, qualquer coisa do tipo.

Não pude evitar, então ri.

– O que foi? - perguntei rindo.

Ele continuou me olhando daquele jeito.

– Fiquei preocupado com você - disse James.

Aquilo soou um pouco...estranho. Diferente. Tudo bem, James era bonito, seus olhos castanhos também, mas ele era meu amigo e eu não estava em condições de ter qualquer tipo de relacionamento, já que uma garota que está na mira de um assassino não devia ter nem amigos.

Depois de alguns segundos fiquei pensando em como esses pensamentos eram ridículos, afinal, James não havia dito nada demais.

– Eh...sinto muito pela sua mãe - foi tudo o que consegui pensar em dizer.

Ele virou o rosto e pude ver seus olhos brilharem, era sombrio e taciturno.

– O que aconteceu pra ela...se machucar? - perguntei tentando não pressionar.

Ele parecia estar procurando as palavras certas.

– Ela tentou fugir - disse James - E caiu.

Fiquei imaginando a cena, senti um arrepio e estremeci. Mas me senti um pouco aliviada pelo fato de ela não estar morta.

Fiquei pensando em como seria se fosse minha mãe ou meu pai. Fiquei imaginando-me no lugar de James, meu pai morto e minha mãe em coma. Senti uma onda de tristeza e resolvi apagar o pensamento.

– E você? Como você está? - perguntei.

Ele me olhou nos olhos com uma expressão que eu não consegui identificar.

– Sim, mas eu é que tenho que te perguntar isso. Por quê você me seguiu? - ele perguntou.

Fiquei pensando no que dizer. Eu sabia o por quê de tê-lo seguido, mas o que ele pensaria se eu dissesse?

– Fiquei com medo do que Ele pudesse fazer com você - eu respondi - Fiquei preocupada.

Ele deu um sorriso fraco.

– Vai pro seu quarto - ele disse - Você ficou quase dois dias sem comer e sem beber, precisa de muitos cuidados.

Mesmo querendo protestar, fiz o que ele pediu. Me sentia muito fraca.

Subi as escadas indo em direção ao quarto. Deitei na cama tentando esquecer tudo o que estava acontecendo comigo e com os que estavam à minha volta. Eu tinha que fazê-lo parar, mas minha primeira e última tentativa seria decisiva. Ele já havia me machucado duas vezes, a terceira seria minha morte.

Meus pensamentos foram interrompidos por batidas na porta.

– Cathy? - disse tio Ben.

Meu coração acelerou, não via tio Ben há alguns dias. Ele era meu principal suspeito, o que me fazia sentir desconfiança e vergonha ao mesmo tempo.

– Oi - disse quando ele entrou.

Ele parecia um pouco desajeitado, mas não acreditei muito.

– Tudo bem, Cat? - ele perguntou e eu apenas assenti.

Ele respirou fundo. Queria perguntar alguma coisa, o que me fez ficar um pouco aflita.

– Catherine... - começou - Me diga a verdade. Pode mentir pros seus pais, pros seus tios, sua avó e até para aquele seu amiguinho James, mas não minta pra mim.

Do que ele está falando?, pensei. Ele podia ser meu tio, mas também podia ser o assassino que tentou me matar.

– O que você quer que eu diga? - perguntei tentando parecer despreocupada.

Ele me encarava como se soubesse o que eu estava tentando fazer.

– Você está se metendo com esse psicopata, não está? - perguntou ele.

Pensei um pouco antes de responder.

– Isso não importa - respondi sem ligar se estava sendo rude. Não queria conversar com tio Ben sobre esse assunto.

Ele continuava me encarando.

– Cathy, isso é muito perigoso, você tem que parar - ele disse, eu estava quase me convencendo de que ele estava preocupado comigo - Ele vai matá-la.

Tudo bem, aquilo era verdade. Mas e se eu dissesse que não? Se tio Ben fosse realmente o assassino, ou psicopata, como ele disse, ele me mataria se soubesse que eu iria continuar tentando.

– Tudo bem - respondi - Eu paro.

Ele pareceu relaxar. Não sabia o que se passava naquela cabeça, e muito menos sabia como encontrar o assassino.

– Então...vou deixar você descansando - ele disse.

Então, se retirou do quarto e me deixou sozinha.

O que ele queria? Se ele não fosse o assassino, não faria nada, mas e se fosse mesmo? Me deixaria em paz? Continuaria matando todas aquelas pessoas?

Só havia um jeito de saber...


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Notas finais do capítulo

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