O Diário De Catherine escrita por Anna Beauchamp, Eline Guerra


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora pra postar galera, mas espero que gstem...estou recebendo otimos comentarios e espero receber uma recomendação em breve. Obrigada por lerem. Boa Leitura C=



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Infelizmente, não consegui dormir. Em algum momento, eu delirei por alguns minutos, mas acordei pensando que havia tropeçado.

Fiquei ali deitada, apenas olhando para a janela - que ficava bem em frente a minha cama - e vendo quanto tempo ainda me restava para descansar. Comecei a ficar inquieta quando percebi que já eram duas da manhã. Fiquei pensando o tempo todo que a qualquer momento o assassino sairia e mataria alguém, poderia ser um desconhecido ou a sra. Beaumont. Tentei imaginar como ela estaria se sentindo, o que me deixou mais apavorada ainda. Embora não a conhecesse, eu queria saber onde ela estava, se estava bem e ajudá-la, mas tinha medo de sair àquela hora e acabar morrendo. Sim, eu tinha medo de morrer, mas eu não poderia desistir agora.

Fiquei pensando nos suspeitos que tinha. James saíra da minha lista de suspeitos, me coloquei no lugar dele e percebi que minha desconfiança era desnecessária. Tio Ben ainda era uma incógnita e minha única explicação. Fiquei pensando na idéia de que Ben pudesse ser o assassino. Um homem que mata dois homens, faz com que sua própria sobrinha seja acusada de homicídio e rapta uma mulher viúva para dar um aviso a dois adolescentes de dezesseis anos, é um psicopata doente.

A idéia era tão absurda, que resolvi parar de pensar nisso. Pensei em como James estaria se sentindo agora, perdeu o pai assassinado e agora perdeu a mãe que foi raptada. Ele devia estar péssimo, eu sabia como era estar tão triste a ponto de beirar a insanidade. Lembrei de todas as vezes que chorei e me tranquei no quarto sem querer ver ninguém, de toda a mágoa que sentia toda vez que pensava em como meus pais me ignoravam completamente. O terapeuta me ensinava métodos como; parar de pensar que as pessoas agiam errado comigo "sempre", isso me ajudava a esquecer a tristeza. Mas por pouco tempo. Desde que eu chegara nessa cidade eu me sentia mais assustada do que triste. Talvez ela tivesse feito algum bem pra mim e eu não houvesse percebido.

Estava tão concentrada que quase dei um pulo na cama ao ouvir o som de passos na escada.

Mil coisas passaram por minha mente. Ele poderia ter vindo para acabar de uma vez comigo. Ele deveria estar armado, ou me mataria asfixiada, como Robert Meyer.

Prestei mais atenção e notei que os passos não estavam subindo as escadas, eles na verdade estavam vindo do corredor.

Meu coração começou a acelerar e parecia querer fazer um buraco no peito para fugir. Engoli em seco tentando me acalmar, mas falhando totalmente.

Levantei da cama com o coração na mão e as pernas tremendo. Fui até a porta e coloquei a mão na maçaneta. Meus dedos pulsavam e eu tentava não tremer, mas sem sucesso. Encostei a orelha na porta procurando ouvir alguma coisa.

Fiquei surpresa ao perceber que o indivíduo - que poderia ser Ben ou Jesse, eu não fazia idéia - estava descendo as escadas.

Seguir ou não seguir?, pensei. Estava com medo, mas minha curiosidade era maior. De qualquer modo, não sou uma covarde.

Girei a maçaneta e saí, fechando a porta atrás de mim. O corredor estava escuro e vazio, a única luz era a da lua, que iluminava através das janelas. Andei pelo corredor devagar indo na direção da escada. Olhei para o andar de baixo e vi que havia alguém na base da escada. A pessoa abriu a porta a sua frente, revelando a noite escura. Então ela saiu da casa indo em direção a floresta.

O que ela está fazendo?

No fundo eu sabia a resposta e tinha medo do que pudesse acontecer. Mas ela já estava indo.

Fiquei parada no topo da escada vendo James andar em direção ao lago.


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Notas finais do capítulo

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