O Diário De Catherine escrita por Anna Beauchamp, Eline Guerra


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora pessoal - aulas de ingles. Boa Leitura...



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Um arrepio percorreu minha espinha quando vi as letras vermelhas na parede da casa de James.

Ele me olhou com os olhos brilhando.

– Ele está irritado - ele disse - Estou preocupado com o que ele possa fazer com ela.

Eu não sabia o que dizer. Estava confusa, James era ou não era o assassino?

Uma viatura da polícia se aproximou e estacionou perto de nós.

Um homem alto, de cabelos claros, vestindo o uniforme da polícia desceu do carro e veio em nossa direção.

– Catherine Hoffman? O que está fazendo aqui? - perguntou Joey.

O pior é que eu não encontrava uma resposta para isso.
Joey olhou para a parede e depois para nós com a testa franzida.

Ficamos um momento assim, ouvindo apenas as sirenes dos carros de polícia.

– Vocês ainda são suspeitos da morte de Robert Meyer, mas por enquanto vamos investigar o desaparecimento da sra. Beaumont - ele olhou para James com um ar de desconfiança - James, você vai ter que arranjar um lugar para ficar durante essa investigação.

Ele pareceu acordar repentinamente de um transe.

– O quê? Como assim? Vou continuar aqui. É minha mãe! - ele disse.

Joey respirou fundo tentando acalmar mais a si mesmo que a James.

– Você não pode participar das investigações - ele disse, então olhou para ele de lado - Você...tem um lugar pra ficar?

Ele ficou frustrado com o fato de ter que sair da própria casa. Era evidente que James não tinha um lugar para ir.

– Sim - respondi.

Os dois me olharam surpresos, principalmente James, na verdade até eu estava surpresa. Não sabia se minha avó aceitaria um estranho na casa da família, mas eu precisava ajudar James mesmo sem confiar completamente nele.

– Tudo bem, Brown vai levá-los até a sua casa, Catherine - disse Joey apontando para o policial que dirigia sua viatura.

Demoraram apenas alguns minutos para que James fizesse as malas. Entramos no carro e fomos na direção da minha casa.

Quando chegamos, ficamos parados em frente a casa por alguns minutos. As folhas de outono cobriam completamente o chão. Lembrei que faltavam apenas alguns dias para o Halloween, eu havia esquecido completamente.

Ali estávamos nós, James com uma mala na mão e eu prestes a enfrentar a vovó Garriet.


– Não - respondeu a vovó, sentada no sofá da sala. Não havia ninguém lá além dela.

Fiquei completamente aflita. Precisava arranjar um lugar para James. Eu havia pedido a ele para que ficasse na varanda.

– Vovó, por favor. A mãe de James acabou de ser sequestrada. Ele não tem para onde ir - eu pedi.

Ela respirou fundo, pareceu hesitante. Vovó Garriet era bem orgulhosa, mas não era tão malvada a ponto de deixar alguém vagando pelas ruas à noite.

– Tudo bem - ela disse finalmente - Mas ele vai.dormir no quarto de Jesse. Não quero garoto nem um no seu quarto, Catherine.

Eu assenti e fui dar a notícia a James.

Ele levou a mala para o quarto de Jesse, que ficou resmungando o tempo inteiro.

Fui ao meu quarto e tomei um banho, troquei de roupa e sentei no banco da janela esperando ver algum vulto, mas não vi nada.

Depois de um tempo a casa estava silenciosa. Desci as escadas e vi James sentado em um dos degraus da escada da varanda.

Me aproximei discretamente e sentei ao seu lado.

Ele percebeu minha presença, mas limitou-se a me olhar. Estava cabisbaixo e com um olhar vago, perdido na escuridão da floresta.

– Você está melhor? - perguntei.

Ele balançou a cabeça negativamente.

– Ela é tudo o que eu tenho, Cathy - ele disse.

Não sabia se era a melhor hora, mas eu precisava saber mais sobre o passado de James.

– Por quê não me contou que Meyer havia matado seu pai? - perguntei pondo fim àquela agonia.

Ele parecia atormentado. Fiquei receosa com a pergunta, me arrependendo de tê-la feito.

– Foi há muito tempo, não queria que pensasse que eu sou um criminoso ou algo do tipo - ele respondeu, me fazendo sentir um pouco de vergonha.

Respirei fundo.

– O que aconteceu? Exatamente - perguntei.

Ele continuava com aquela expressão vazia. Pensei que ele não me contaria, mas ele contou.

– Meu pai era um guarda florestal, ele e Robert Meyer viviam brigando, o por quê eu não sei. Eles trabalhavam juntos nessa mesma floresta - James dizia, ele respirou fundo e continuou - Eu tinha treze anos. Ninguém sabe ao certo o que aconteceu. Meu pai saiu para trabalhar e desapareceu. No dia seguinte, o encontraram morto na floresta com um corte na barriga.

Eu nunca havia escutado uma história como aquela, pelo menos que fosse real. Não sabia o que dizer. James parecia estar relembrando toda a dor, o que me fazia sentir culpa por tê-lo feito lembrar da morte do pai e por ter pensado que ele era um assassino.

– Uma semana depois, Meyer se apresentou a polícia admitindo a culpa - ele disse.

– Sinto muito - foi tudo o que consegui dizer.

Os punhos dele estavam cerrados.

– Não posso deixar que ele faça nada de ruim com ela - dizia ele - Não posso deixar que ele a mate, Cathy.

Ele parecia fora de si, estava descontrolado, tomado pela raiva e pela mágoa.

Senti algo diferente, era como se eu estivesse vendo James pela primeira vez, como se aquele antigo James fosse feito apenas das minhas suposições.

– James... - minha voz falhou.

Olhei em volta com um pouco de medo. Já estava tarde.

– Vamos entrar - eu sugeri - Ele sempre aparece à essa hora e eu não quero encontrá-lo.

Puxei seu braço, mas ele parecia ter virado pedra.

– Não - ele disse friamente - Ele a levou e eu vou buscá-la.

– James, por favor - pedi - Ele é perigoso, um assassino.

Ele não me ouvia. Parecia absorto em seus próprios pensamentos.

– James - chamei tentando acordá-lo.

Não sou uma pessoa medrosa, estava apenas preocupada. O assassino havia matado duas pdssoas e raptado uma até agora, tinha medo do que ele pudesse fazer com James.

– Vamos, por favor - pedi.

Ele olhou fixamente para a floresta e finalmente cedeu.

– Tudo bem - ele disse.

Fiquei com receio de que ele pudesse fazer uma loucura.

Subimos cada um para o seu quarto e eu deitei em minha cama, me cobrindo com os cobertores para me proteger do frio e tentando não ter pesadelos, o que é impossível no meu caso...


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Notas finais do capítulo

Comentarios, opinioes, ateh o q pensaram durante a leitura. Se teve algum erro eh pq a noite eu fiko meio cega por causa da vista. Bjuus pessoal *-*



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