Por Acaso escrita por Sabaku no Emily, Kaya Minami, Júlia Lerman


Capítulo 24
Viajando juntos. - Naruto


Notas iniciais do capítulo

HIDES AND CRIES



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– Depressa, antes que a Sakura-chan se arrependa, ‘ttebayo!

No momento, estamos eu a Ino saltando que nem umas gazelas pelos corredores do nosso prédio, tentando alcançar o elevador à tempo. Pela sorte, ele estava vazio, e pudemos jogar todas as malas e coisas lá dentro.

O que aconteceu antes foi o seguinte: Com a aprovação da galera toda, eu a Ino conseguimos convencer a Sakura-chan à nos deixar ir para a praia e passar um dia vagabundando por lá, sem nenhum objetivo aparente. Ela meio que rosnou pra gente não fazer nada de errado.

Ino tinha colocado um vestido branco bem curto, estilo saída de praia mesmo; chinelos, óculos de sol. Eu catei uma bermuda qualquer e uma blusa laranja. Arrumamos duas mochilas com roupas e coisas inúteis, catamos um guarda-chuva de praia e panos pra sentar. Tudo isso em mais ou menos uma hora.

Daí foi só sair de casa antes que eu dissesse alguma merda e apanhasse até a morte.

Ino se encostou na parede, cruzando os braços e soltando um longo suspiro.

– Ufa, mas a Sakura ficou brava, hein? Ela acha que eu vou estuprar você. – e riu. Mas pior que eu tenho medo dela me estuprar mesmo.

– Ne, Ino-chan... – cocei a cabeça. – Você teve essa idéia pra poder me atacar longe do campo de visão da Sakura-chan..?

Ela se virou na minha direção, com uma expressão confusa. Depois abriu o maior sorriso do mundo, soltando uma risada.

– Kyaaah, Naruto! Você consegue ser tão fofo quando quer. – ela pulou e abraçou. E sussurrou no meu ouvido: - É claro que foi por causa disso.

A porta do elevador se abriu, e uma dúzia de pessoas na portaria nos observaram. Ino se afastou no mesmo momento e nós nos apressamos para descer para o estacionamento. Abrimos os porta malas, enfiamos tudo lá dentro e entramos.

– Ah meu Deus, Ino... – disse, arregalando os olhos. – É a primeira vez que viajamos sozinhos. E-eu não sei se consigo..!

– Afe, Naruto! Larga de ser bunda mole, homem! Imagina que você tá saindo com a Sakura, sei lá. – ela cruzou os braços e fez um bico. – Se você não gosta da minha companhia, é só falar!

– Não, Ino-chan... – chamei, com uma voz cantante. – Para de bobeira, ‘ttebayo! Eu gosto muito de você, viu? – cutuquei a bochecha dela, sorrindo. – Inoooo... Você vai ficar me ignorando? Ei, Ino. Ino, Ino, Ino!

– TÁ BOM! – explodiu ela, erguendo os braços. – Vamos logo Naruto! Preciso pegar uma cor.

O.o.O.o

Dirigi calmo e pacificamente até o litoral, cantando alto as músicas de um antigo CD. Ino também cantou, mas às vezes ela me batia pra trocar de música. As pessoas geralmente me batem pra conseguir alguma coisa de mim.

Estacionei o carro próximo à uma árvore. Eu e Ino catamos as coisas e saímos correndo em direção à areia, atropelando cachorros e esbarrando em pessoas. Conseguimos um lugar, mas era próximo ao mar.

– Argh, esse bando de gordos farofeiros devem chegar aqui de madrugada só pra poder pegar o melhor lugar. – reclamou Ino, fincando o guarda-sol na areia. Alguém deve ter escutado, pois momentos depois ela brandiu o punho em direção à alguém. – É, SINTA-SE OFENDIDA, SUA BALEIA ENCALHADA!

Antes que acontecesse uma briga entre Ino e gorda, a puxei para baixo e sentamos no tapete.

– Vou passar protetor em você, o.k? – perguntei, mas foi mais uma afirmação. Puxei a embalagem da minha mochila e passei um punhado na cara de Ino.

– BAKA! – ela deu um tapa na minha mão. – Eu disse que queria pegar uma cor!

– Mas você vai ficar queimada...

Ino tomou o protetor da minha mão.

– Tira a camisa.

– O QUÊ? – gritei, por impulso.

– EU VOU PASSAR EM VOCÊ, IDIOTA! – e antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ela mesma arrancou a camisa de mim.

Ino me encarou por um momento. Senti as bochechas esquentarem, e levei as mãos ao rosto.

– Ehh, para de me olhar, ‘ttebayo! – choraminguei. – Sua pervertida!.

– Não estou te olhando! – ela me puxou pelos cabelos, e passou um pouco pelo meu braço e ombros. – Argh, tá bom. Vem, vamos pra água.

Ino me ofereceu a mão, e nós caminhamos até o mar juntos.

O.o.O.o

Eu achava que seria um tarde legal e divertida dentro da água, somente nós dois. Brincando e correndo como crianças, até porque, eu e Ino somos as pessoas mais animadas que eu conheço. Parando pra pensar, Sasuke e Sakura devem estar jogando xadrez lá em casa ou jogando dardos em alvos que tem minhas fotos... Não consigo parar de pensar na Sakura-chan, mas não consigo deixar de pensar que é com Ino que eu estou e que não foi um erro. É confuso.

– Ino! – gritei, histérico e agitando os braços. Eu já tinha mergulhado na água, nadado, e Ino só ficava sentada na areia à alguns centímetros do mar. – Entra logo!

– Meu cabelo vai ficar molhado! – disse ela de volta, passando os dedos nos fios louros que ela cuidava com tanto carinho.

– Nós viemos para uma praia, Ino! Você tem que se molhar, ‘ttebayo! – respondi, jogando água pra cima e soltando uma risada brilhante, gotas voando pelo ar e acenando para ela de novo.

Ino fez uma careta em resposta, inflou as bochechas e soltou um suspiro de desistência. Levantou-se e deu um passo em direção ao oceano, ficando imersa até a cintura, e parou.

– Isso é o máximo que eu vou! – avisou, cruzando os braços sobre o peito e fazendo um bico.

– De jeito nenhum..! – reclamei. Pude ver seus olhos se arregalarem em desespero enquanto eu trilhava o caminho em direção à ela com determinação. Ino deu um passo pra trás, se preparando pra sair dali.

– Naruto! O que você... – suas palavras terminaram com um grito quando eu pulei, a agarrando pela cintura. – Não! Pare com isso! – ela se contorcia em meus braços, os punhos batendo nas minhas costas como uma criança mimada. Eu a levantei facilmente.

– Você vai vir, querendo ou não. – disse, cantarolante, em meio aos protestos e xingamentos que ela soltava. Com os braços apertados ao redor dela, caminhei até águas mais profundas até que batesse nos ombros.

– Não se atreva..! – advertiu Ino, inclinando-se para me dar o seu pior olhar.

Respondi com um sorriso simples, atrevido, antes de jogá-la na água.

– Ora, seu! - Ino ressurgiu, cuspindo, fios de cabelo grudando em seu rosto. Ela se debateu, bochechas vermelhas de irritação. Ela me batia enquanto eu ria sem parar, salpicando água cristalina ao nosso redor. – Baka! Vem aqui que eu vou te mostrar uma coisa!

Sorri pra ela, e seus olhos brilharam com malícia. Com um movimento rápido, ela pulou sobre mim e mergulhamos na água, deixando escapar um grito alegre. O mar nos envolveu enquanto ela continuava segurando meus ombros e nos afundando ainda mais, até que ficamos completamente submersos no oceano azul.

Deslizei minhas mãos até seu rosto, aproximando-me dela e deixando um beijo quente em seus lábios, comparado à água fria que nos rodiava.


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