O Chamado das Borboletas escrita por Ryskalla


Capítulo 22
Capítulo 21 - O Mistério das Borboletas


Notas iniciais do capítulo

Nyah non deixa escrever muito, mas enfim... .-. Eu queria agradecer e falar que eu tipo AMEI AMEI AMEI as recomendações super divosas e maravilindas da Kanda Yuu e da Queen



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Sobre a história que irei contar hoje, ainda estou decidindo. Sei que muitos gostariam que eu satisfizesse suas pequenas mentes curiosas e lhe mostrasse as aventura que Cecille anda enfrentando ou mesmo mostrasse as três belas jovens que aguardam o retorno dos seus amores.

Há também quem deseje saber sobre Leharuin, Henry, Rick ou mesmo sobre da detestável Evangeline. Aubrey deve estar acordando na mansão agora e Seamus está se preparando para seguir todos os seus passos... talvez mesmo até aquela velha sabida, seria interessante falar sobre ela?

Decidi! Irei focar nossa história na adorável senhora da floricultura de Anankes. Seu nome, e não estou brincando quanto a isso, é Rose. Garanto-lhes que Rose não poderia ter escolhido um emprego melhor.

E então vocês se perguntam, e com razão, por Moros! Por que Rose é importante? Vejam bem, ela não é, suas flores por outro lado...

Tudo começou quando uma solitária borboleta laranja, cansada de seguir um famoso ladrão que conhecemos, resolveu namorar alguma flor. É uma surpresa, para muitos de vocês, contudo... o que esperavam? Até mesmo as borboletas se cansam. E isso é uma sorte, afinal jamais conseguiríamos ver Leharuin se todas as borboletas que o perseguem ficassem ao lado dele o tempo todo!

E não somos os únicos que estamos vendo aquela borboleta, caros amigos. O incêndio começou a queimar as lembranças de um certo loiro galante chamado Richard, que finalmente decidira procurar por Cecille, no entanto, o incêndio não exterminava as lembranças. Ele apenas as tornava mais insuportáveis de se lidar, mais… sufocantes. Tal como se o ar que respirava fosse uma espessa fumaça e o cheiro agradável das flores fossem nada além que corpos inocentes queimando.

E aquela borboleta, por mais comum que fosse, deu a Richard uma triste certeza.

Não poderia ser...

Ele sabia que era.

Mas não poderia ser...

E volto a dizer que Moros gosta de brincar com seus fiéis, afinal de contas, com tanto lugar para Rick correr, ele teve que correr para os braços de Leharuin.

Não literalmente, é claro.

O loiro correu, buscando fugir daquela sensação de sufocamento. Imaginava ele, se estaria ainda pior se as ruas fossem cheias como antigamente. Eram poucos os que passeavam, eram poucos os que trabalhavam… a maior parte das lojas estavam fechadas. E por mais sorrateiro que Leharuin fosse (pois ele ainda estava sendo caçado pelos guardas de Herse), aquele encontro era inevitável.

O fato é que os dois se viram ao mesmo tempo e se Richard não houvesse ficado tão apavorado, talvez Leharuin nem tivesse o reconhecido. Por sorte, como vocês bem sabem, nosso querido ladrão não é muito dado a vinganças. Sinceramente, eu não sei o que há na cabeça daqueles que esperavam uma morte bem aqui.

— Quanto tempo, Rick. — Também não saberia dizer o que há na cabeça daqueles que acreditaram que Leharuin não ficaria no mínimo tentado a dar um soco no responsável pela morte da sua família. Afinal, foi exatamente isso o que aconteceu.

Acredito que alguns pensavam que Leharuin não é muito dado à violência. Bom, é uma verdade que ele tenta evitá-la a todo custo… apesar de já ter matado pessoas antes, foram casos especiais onde sua sobrevivência dependia disso. Não se deixava contaminar por sentimentos humanos como a vingança, mas claro que isso não significa que ele saiba administrar bem a sua raiva. Porém, tente dar um pouco de crédito ao rapaz... era a família dele, a única família que nosso ladrão teve. Aqueles três eram tudo o que Leharuin tinha. Claro, tirando as borboletas, não podemos nos esquecer delas. Elas ficariam muito ofendidas se esquecêssemos.

Sim, amigos queridos, eu sei que nenhum de vocês quer saber disso. Todos estão curiosos com o desenrolar da briga entre Leharuin e Richard. Veja bem, não foi exatamente uma briga. Isso, porque Richard não revidou, ele sabia que não merecia revidar.

As poucas pessoas que passavam se desviavam com um claro olhar de desgosto.

A mão de Leharuin era firme, apesar de seu corpo tremer. Richard era a segunda pessoa que o fazia lembrar de como sua vida poderia ter sido diferente, era a segunda pessoa que o fazia lembrar da fúria e do desespero de não poder ajudar aqueles que o amavam. E não apenas isso, as memórias voltaram como um turbilhão. Todas as brincadeiras desagradáveis de Rick, todo o tratamento que recebeu, a exclusão...

 No final das contas, Richard é uma boa pessoa... uma pessoa com tendência de ter atitudes idiotas, uma pessoa que poderia ter se tornado bem pior se não fosse o trauma dos corpos queimados. Sim, ele apenas cometeu um erro infantil com consequências fatais. No fundo Leharuin também tinha conhecimento disso e foi por isso que os socos pararam de atingir aquele rapaz que tanto temia o fogo e as borboletas.

Foi a primeira vez que o ladrão sentiu vontade de chorar. Não foi como naquela vez que se tentou pôr um fim a sua vida... não, naquela ocasião ele apenas pensou que seria fácil chorar, pois seus olhos ardiam devido à água salgada. Não, dessa vez era diferente. Por mais que nenhuma lágrima tenha escapado, nosso ladrão se sentiu verdadeiramente infeliz. Nem ódio, nem medo... apenas uma inconsolável tristeza.

Richard ainda demorou para tirar as mãos do rosto. Havia um corte na sua sobrancelha direita e suas mãos tinham uma aparência lastimável. Leharuin desviou o olhar, não queria se tornar corrompido como Meredith. Não queria ser humano.

— Eu sinto muito... sinto muito, não queria que acontecesse daquele modo... — Richard estava encolhido no chão com o ladrão ajoelhado ao seu lado. Sentia suas mãos doloridas, pois, por mais que não houvesse revidado, foi incapaz de refrear o reflexo de proteger o rosto e ainda assim, não deu muito certo.

 Era um covarde e sabia disso. Aquele era o acerto de contas e sequer fora capaz de permitir que o filho de sereia o machucasse seriamente. Refreou a vontade de falar sobre como ainda sentia o cheiro deles... de como temia o fogo ou mesmo sobre o pesadelo que tinha quase todas as noites, porque aquilo não iria amainar a desgraça que causara. Não faria sentido dizer que também estava sofrendo, uma vez que sofrer era o mínimo que deveria fazer... uma forma de pagar seus pecados. Ele não merecia ser consolado. 

— Eu sei que sente... — murmurou. Respirou fundo, não era inocente. Suas mãos também estavam sujas... mesmo a princesa, ele pensava agora, quase teve sua vida desgraçada por sua culpa. E havia Clara... anos de espera naquela janela e se ela não resistisse até seu retorno, bom, ele seria o único responsável pela morte de sua amada. A aparência de Richard era tão lastimável, que Leharuin se pegou dizendo algo que nunca imaginou sair de seus lábios. — Às vezes Moros gosta de brincar com seus fiéis. Esse foi o meu destino, você apenas teve uma participação trágica nele.

— Concordo. — Não foi Richard quem falou. Aquela voz, o ladrão não conhecia... mas o rosto... vejam bem, o Leharuin fez um bom trabalho em esconder a surpresa ao reencontrar o garoto que viu morrer na noite passada. E com um tom carregado de desprezo, acrescentou: — Moros é um bastardo sádico.

E não era somente ele que estava ali, quando dirigiu o olhar para onde suas borboletas chamavam sua atenção viu Seamus e, para a sua surpresa, Lillith. O irmão que ele acabara de conhecer lhe sorriu e fez um sinal de silêncio.

— Aubrey? — Para a surpresa de Leharuin, a voz de Richard possuía um claro sinal de irritação, ainda que estivesse falhada pelo medo. Aquele certamente não era o dia de sorte do pobre Rick. Já não bastava encontrar aquele a quem ele mais temia, o lunático tinha mesmo que conseguir encontrá-lo? E, após olhar para os lados como garantia de que nenhuma alma perdida o ouvisse, Rick murmurou contrariado: — É bom que tenha desistido dessa loucura de querer matar Moros.

— Sabe que não desisto fácil das coisas... — Além da aparência feminina e dos olhos cansados, o ladrão podia ver algumas de suas marcas. Havia uma pequena cicatriz no lado direito do seu pescoço, uma razoavelmente maior do lado esquerdo e outra que lhe cortava a sobrancelha direita... talvez fosse maior, porém a franja do rapaz escondia. Era possível entender claramente que existiam outras cicatrizes e talvez elas fossem a razão para que o jovem Aubrey usasse aquela blusa de mangas longas e calças em um reino com um clima tão quente. — Acho que estou sendo perseguido.

— Claro que está. — O tom de Richard era sarcástico, entretanto ele não se abalou. Desabotoou a blusa e exibiu o tronco repleto de cicatrizes. A maior parte delas eram cicatrizes de facas ou mesmo espadas. A pele do jovem parecia mais retalhada que a de Cecille, Leharuin observava.

— Você vê? Essas são marcas de faca. Ontem eu fui morto a facadas. Quando acordei hoje, encontrei marcas de flechas nas minhas pernas e uma no meu pescoço. — Rick provavelmente estava muito farto do garoto, pois não se deixou surpreender. O que era admirável, pois até mesmo Leharuin considerava aquele jovem um achado extraordinário e devemos levar em consideração que nosso querido ladrão já encontrou coisas igualmente estranhas, como bonecas de pano e até mesmo pensou ter visto um dos espíritos perdidos da terra do Kraken.

— A pessoa que te matou talvez fosse sádica e quisesse brincar de alvo com o seu corpo. Nada indica que há alguém te perseguindo. — Leharuin não pode impedir que seus pensamentos corressem em direção à Meredith e, de algum modo, se sentiu culpado. Leharuin sabia que a mulher não se cansaria tão fácil de seu brinquedo novo. Cogitou compartilhar aquela informação com o garoto amaldiçoado, porém quando Aubrey fez menção de falar, Richard o interrompeu. — Olhe, Aubrey, sua vida é uma droga e eu sei que Moros não morre de amores por você. Mas é tempo de parar. Você acabará enlouquecendo desse jeito

— Antigamente você me ajudava... — Seu tom que antes possuía uma triste gentileza caminhava para o caminho do rancor e do descontrole.

— Até que eu quase morri por causa disso! — Henry se juntara a cena e, apesar da fisionomia abalada, seu rosto mostrava mais confusão do que dor no momento.

— Eu morro há sessenta e dois anos! — Gritou no ápice de sua fúria e desespero. — Esfaqueado, esmagado, mutilado, sangrando até a morte... essa é sempre a pior. Talvez eu seja salvo antes... talvez Moros desista de seu jogo doentio, talvez eu não morra dessa vez. Mas eu sempre morro. Porque Moros é um bastardo sádico, é isso o que ele é.

— Se falar que Moros é um bastardo sádico outra vez eu mesmo te mato. — Richard murmurou, estava enjoado daquelas palavras. Foram três anos ouvindo sempre o mesmo bordão. Parecia ser a única ofensa que Aubrey conhecia e havia tantas outras... como filho da. Bom, meus queridos companheiros, não há necessidade de escrever esse pensamento ofensivo de Rick. Embora, de fato, seja um bom exemplo, ainda prefiro as duas palavras repetitivas de Aubrey.

— O que houve? — Henry, que a essa altura estava tentando ocupar a cabeça para se recuperar do trauma, sussurrou para Leharuin.

— Não houve nada... apenas tive esperanças de encontrar alguém para me ajudar. — A expressão “ouvido de tuberculoso” não nos faz sentido, ainda assim não poderia ser mais irônica para classificar Aubrey, afinal... foi essa a causa da sua primeira morte. — Foram esperanças infantis. Desculpe pelo incomodo.

Aubrey sumiu na multidão, mas o sentimento de desconforto que ele trouxe permaneceu. Leharuin lembrou-se das palavras de seu meio irmão na noite anterior e elas finalmente pareceram fazer sentido. Se tivesse uma vida amaldiçoada como a de Aubrey, Leharuin também iria até o fim do mundo para tentar destruir Moros. Afinal, não havia nada a perder…

E em relação ao que o garoto falou, Richard, de fato, estava certo… porque se Meredith houvesse matado Aubrey outra vez, nada a impediria de brincar com seu corpo cheio de marcas. Provavelmente, ela só queria deixá-lo confuso, mesmo sem saber o mal que estava causando. Ou talvez soubesse… Leharuin tinha suas dúvidas quanto a isso.

Seamus e Lillith saíram de seu esconderijo pouco depois de Aubrey ir embora, quando julgaram ser seguro aparecer. O ruivo exibia uma expressão preocupada, quase culpada.

— Irmão, preciso falar com você, mas não tenho muito tempo. — A pressa daquelas palavras retiravam um pouco do seu tom gentil costumeiro. Imagino que Seamus estivesse irritado com ele mesmo. Tudo porque ele falhou, ele estava colocando a vida de todos em risco.

— Irmão? — Richard e Henry perguntaram, surpresos.

— É, descobri isso há pouco tempo também. — Não saberia como classificar a voz do nosso querido ladrão... estaria se divertindo? Irritado? Surpreso? Creio que uma mistura de tudo isso. — Escute, o que Lily faz aqui?

— Ela irá lhe explicar depois, mas preciso ir atrás de Aubrey e... — Embora não gostasse de cortar a fala de outra pessoa, Leharuin viu que era necessário. O primeiro motivo era que a pressa de Seamus lhe incomodava. O segundo é que não imaginava que seu irmão fosse tão burro a ponto de não ter pensado nisso.

— Por que não manda duas borboletas atrás dele? — indagou.

— Porque eu simplesmente nunca pensei nisso. E também seria muito preguiçoso da minha parte! Prefiro ficar de olho nele, entretanto... acho que não fará um mal maior nesse caso... — Como Seamus reconhecia suas borboletas dentre as borboletas de Leharuin, meus amigos, bem... esse é um enigma que nem mesmo eu saberia solucionar. — Preciso lhe explicar o mistério das borboletas. Está ficando cada vez pior, não é?

O ladrão permaneceu em silêncio. Embora Rick e Henry não entendesse ao que o estranho ruivo se referia, Leharuin sabia... porque com o passar dos anos o número de borboletas aumentava e, por mais que ele tentasse dispersá-las, pouco a pouco ficava cada vez mais impossível conviver com elas.

— Elas estão impacientes. Bem, na verdade ela que está impaciente. — Havia algo de triste na sua voz. Esse algo era uma lembrança... uma lembrança que em breve será parte de Leharuin também.

— Ela? — Uma simples pergunta movida pela curiosidade. Um questionamento que mudou todo o seu destino. Afinal, se Leharuin tivesse escolhido não saber, bem... Na hora certa vocês descobrirão.

— Nossa mãe. Acho que ela foi a única que encontrou essa solução tão... singular. Sereias em geral conseguem compreender os animais marinhos. — E esse é o tipo de informação que gostaria de ter dado antes. Não me culpem, queridos amigos, há tantas histórias na minha mente que é realmente difícil dar todos os detalhes todo o tempo. Acredito que tenha sido melhor, talvez essa pequena e importante informação fizesse vocês desvendarem o mistério mais cedo do que deveriam. — Nossa mãe não poderia simplesmente mandar um golfinho para nos proteger. Além de não ser possível, golfinhos não são criaturas confiáveis. Ela me contou histórias horríveis sobre eles e eu estou fugindo do ponto.

— Espere, as borboletas me seguem porque minha mãe mandou? — Como é fácil deduzir os sentimentos de Leharuin, irei falar um pouco sobre Henry, Rick e Lily. Veja bem, Henry não tinha opção a não ser permanecer ao lado de seu melhor amigo (ah, sim! Eles fizeram as pazes, contudo isso é história para outra hora), no entanto Rick poderia muito bem ir embora dali quando quisesse. Seria uma terrível falta de educação, é verdade, e era por isso que o rapaz se encontrava em um impasse. Não mais que isso, Rick tinha certo receio de que o ladrão interpretasse que estava fugindo, o que seria quase uma verdade. Lily, por outro lado, estava cheia de coisas para dizer, pois ela fora encarregada de ser a mensageira daquelas que esperavam. Agora voltemos a focar Leharuin e Seamus, porque creio que estejam curiosos demais para quererem saber de qualquer outra coisa. Eu sei disso e é por isso que gosto de provocá-los um pouco. Atiçar a curiosidade sempre é bom.

— Eu não colocaria assim, veja, ela pediu. Foi um apelo desesperado para que as borboletas nos protegessem e para que fossem guias. Ela não tinha certeza na época de que conseguiria falar com as elas, mas ela deduziu que se podia se comunicar com humanos… bom, então o encanto não estaria limitado apenas às criaturas aquáticas. — Claro que, de todas as explicações possíveis que Leharuin havia formulado, aquela fora a única que ele não pensara. Não o culpem, ninguém jamais pensaria em algo assim. Apenas uma sereia em desespero, uma sereia que tinha conhecimento de que, sozinhos, seus filhos não possuíam chance. — Com o passar dos anos ela pede para mais borboletas nos buscarem. Por isso você tem tantas e eu mal tenho uma dúzia. Ela quer te ver, quer pedir desculpas...

— Eu realmente detesto estragar o momento em família, mas eu preciso continuar minha busca. — Richard que venceu seu impasse, decidiu que não havia tempo a perder. Aquela cabeça de vento poderia estar em apuros agora...

— Por quem está procurando? Talvez eu possa ajudar. — Seamus ofereceu, solícito. Essa demora em voltar ao seu dever terá um preço, meus queridos... um preço bem alto, no entanto não precisam se preocupar. Eu pago.

— Cecille. — Nenhuma expressão de reconhecimento passou pelo rosto de Seamus. Claro que nós sabemos que Leharuin e Cecille já se conheceram previamente. E é por isso que não ficaremos assustados com o sorriso do rapaz de cabelos azuis.

— A boneca? — Agora uma expressão de reconhecimento iluminou o rosto de Seamus. Por quê? Diria que o motivo está em algumas cartas que seu pai possuía...e, novamente, estou atiçando suas mentes curiosas. Que cartas? Vocês se perguntam. Chegará a hora de contar... só que essa hora não é agora. E provavelmente… não serei eu quem contará essa história. — Em que tipo de confusão ela se meteu agora?

— Inventou uma loucura de querer guiar o rei para o caminho certo. Ela acha que o rei é irmão dela. — Com aquelas palavras uma risada foi arrancada de Leharuin. A risada do ladrão é um evento um tanto extraordinário, pois até mesmo ela possui certa melodia.

— E ele de fato é, ao menos de certa forma. Seu rei também é uma boneca, possivelmente foram criados pelo mesmo Alquimista. — Aquelas frases eram quase impossíveis de se acreditar. É algo engraçado a respeito da verdade, amigos, nem sempre ela é bem aceita. Por isso que a mentira existe. Isso é apenas uma loucura dos humanos, pois, por mais atraente que seja a mentira, ela jamais te livrará da verdade. Rick e Seamus sabiam bem disso. Henry e Lily estavam descobrindo aquilo agora. E Leharuin... bem, nosso querido ladrão nunca se importou com esse tipo de coisa.

— Por Moros. Imagino se irei encontrar um irmão perdido também. — Sim, Rick, iria encontrar um irmão perdido. Pois eu sou o irmão perdido de Richard.

Evidentemente isso é uma mentira. Apenas uma brincadeira entre amigos. Rick não tem irmãos. Nem eu.

E, mesmo se tivesse, ele não teria sobrevivido ao ataque.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? Espero que tenham gostado, tanananam q Nosso narrador está ficando cada vez mais soltinho, hmmmmmm... Será? Será?