O Chamado das Borboletas escrita por Ryskalla


Capítulo 12
Capítulo 11 - Libertação




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Ah, meus queridos companheiros… Como Analiese lamentava sua tolice! Certamente era impossível achar Henry naquele lugar! A noite chegara assustadora e assassina, destruindo as esperanças restantes que a garota possuía. A busca continuava graças a Darin, que parecia determinado a ajudar o pobre rapaz. A princesa perguntava-se a razão, tendo em vista que ele não conhecia Henry. Quando lhe perguntou o motivo, recebeu uma resposta inesperada.

— Meu irmão era um marinheiro… uma sereia destruiu sua vida. Eu o vi morrer de amor por aquela criatura vil… quando consegui ajuda, era tarde demais. Ele se foi para sempre. — Os dois caminhavam pelas ruas, a carruagem havia ficado guardada em uma estalagem, acreditavam que ela estava atrasando-os. — Nós vivíamos sozinhos. A senhora que iria ajudá-lo me adotou como ajudante. Na época eu era um garoto de treze anos que não tinha para onde ir… as coisas que vi naquela casa me assombram até hoje, Vossa Alteza.

— O que o senhor viu? — A mente da garota explodia de curiosidade. Sempre buscava por histórias extraordinárias e descobrir que o pobre Darin estava cheio delas era encantador. As pessoas mais discretas e humildes escondiam tanto dentro de si!

— Não me obrigue a contar, Vossa Alteza. — E não tornou a abrir a boca por longos minutos. Vagavam pelas ruas, sempre perguntando por Henry e seu envolvimento com sereias… até aquele momento, conheceram quatro Henrys, sendo o terceiro um cachorro. Darin escondia-se de pessoas que ele julgava suspeitas e tremia de medo toda vez que via uma sombra, Analiese indagava-se se já não seria hora de voltar para o castelo, mesmo que a perspectiva de voltar de mãos vazia lhe fosse torturante. Era uma heroína falha… uma princesa sem poder algum. Apenas uma boneca que Moros usava como desejava. — Vamos entrar aqui, a senhorita deveria comer alguma coisa.

A taberna era um lugar completamente diferente para a garota. Para começar, havia muito barulho e uma grande diversidade de cheiros, nem todos agradáveis. Homens gritavam, quase todos bêbados. Eram poucas as mulheres que estavam no local, mas, em geral, todas vestiam trajes que a princesa depreciava, exceto por uma que possuía uma beleza invejável. O que uma mulher como ela fazia ali? Darin segurava seu cotovelo e a guiava pelo local, rumo ao balcão. Por um instante a garota desejou ir embora, tinha medo de comer qualquer coisa naquele estabelecimento. Era tão… sujo! Talvez pudesse conter doenças! Como aquelas pessoas poderiam comer qualquer coisa daquele lugar? Estavam passando pela mesa da bela mulher quando Analiese ouviu.

— É uma triste história, Henry… ainda não tenho coragem para compartilhá-la com você. — O olho esverdeado da mulher parecia carregar uma imensa tristeza, porém havia algo de errado com ele. A princesa apenas não sabia dizer o quê. — Não quero atormentá-lo com os fantasmas de meu passado.

— Com licença. Sinto atrapalhá-los, mas… o senhor se chama Henry? — ela se soltou da mão trêmula de Darin, que parou logo atrás dela. O rapaz parecia surpreso, no entanto acenou com um gesto positivo. — Conhece Leharuin? Não, não… Todos o conhecem, o que quero saber é se vocês são amigos.

— Não. — Aquela pequena palavra carregada de desprezo fez o pequeno corpo de Analiese murchar. Outra esperança fora morta impetuosamente.

— O senhor não teria conhecimento de um rapaz chamado Henry que é amigo dele? Um rapaz que fez uma sereia chorar por amar outra mulher… uma mulher falecida. — O rosto moreno do rapaz pouco a pouco ia perdendo a cor e a princesa pode observar que suas mãos tremiam.

— Você está sendo terrivelmente inconveniente. — Uma voz feminina desviou sua atenção. A mulher de cabelos ruivos olhava furiosamente para ela e Analiese sentiu medo. Como se ela pudesse matá-la a qualquer momento.

— Sinto muito, senhorita, todavia… tenho procurado o dia inteiro por esse rapaz. Estou desgastada e gostaria de voltar para meu lar. — A mão de Darin fez pressão sobre seu ombro. Ao olhar para ele, a garota compreendeu a situação completamente. Aquele era o Henry que procuravam. — O senhor é ele, não é? Mesmo que não sejam amigos agora… O senhor já foi amigo de Leharuin, não foi?

— Em um passado distante, sim. Agora não tenho nenhuma relação com aquele covarde e nem quero ter. — Como aquilo a irritou! Leharuin, que quase perdera a vida tentando salvá-lo! Obviamente ele não conhecia essa parte da história. Um homem de cabelos vermelhos juntou-se ao grupo na mesa, seu rosto não passava nenhuma expressão e por um breve momento a princesa o temeu também, mesmo que sua aparência não fosse de todo assustadora. Era magro demais para isso.

— Ora, senhor, lhe garanto que Leharuin não é nenhum covarde. É uma das almas mais bondosas que já conheci!

— Sinto dizer, senhorita, mas ele te iludiu. Como ilude todas as mulheres que encontra. — Os olhos castanhos dele olhavam para o rosto oculto dela. — É o dom que ele tem, sendo filho de uma sereia.

— Bom, isso não importa. Solicito que me acompanhe imediatamente. — Analiese o segurou delicadamente pelo braço, num pedido para que ele se levantasse e a seguisse. Não foi o que ele fez e a ruiva levantou-se, num ímpeto de fúria.

— Ele não quer encontrar esse homem. Quem você pensa que é para obrigá-lo? — Analiese trocou um breve olhar com Darin, aquilo tinha que ser feito, mesmo que ele não aprovasse. Virou a cabeça lentamente na direção da ruiva, encarando-a por minutos a fio. Percebeu que, por trás da franja, existia uma venda que escondia um de seus olhos. Naquele momento notou que o barulho havia diminuído, como se todos ao redor prestassem atenção no que ocorria ali. Analiese retirou seu capuz, revelando seu rosto. Quando olhou para Henry viu que o olhar do rapaz tinha um reconhecimento pasmo.

— Eu penso que sou a princesa. E penso que, se ele não me obedecer, irei acusá-lo de traição real. — Pouco a pouco a taberna foi ficando em silêncio, pessoas se ajoelhavam e o olhar furioso da ruiva ganhou mais intensidade, até que foi obrigada pelo homem de cabelos vermelhos a seguir o exemplo dos demais. — O senhor não precisa se ajoelhar, Henry. Dei-lhe uma escolha… Já tem sua resposta?

— Não me deu escolha nenhuma. Eu vou te acompanhar, se é o seu desejo, Alteza. — Ergueu-se e seguiu sua princesa e o senhor que a escoltava, se perguntando o que Moros queria dele naquele momento.

A brisa marítima soprava docemente, enchendo seus corpos com um ar gelado e puro. Sempre que isso acontecia, Henry entendia o motivo de continuar morando em Telquines. Os três andavam rapidamente, sendo a princesa a que mais sofria para acompanhar o ritmo. O homem olhava para todos os lados e tremia da cabeça aos pés, levando Henry a se se perguntar se ele era um covarde ou apenas estava com frio. A única coisa que poderia dizer é que era um homem extremamente cuidadoso com conhecimento do local.

Henry recordava-se de quando começou a agir com cuidado e racionalidade, deixando de ser o menino inconsequente que foi outrora. Sempre media as situações com cuidado e se ele pudesse evitar problemas, melhor era seu dia. Levando em consideração seu berço, foi uma boa coisa essa mudança de atitude… mesmo sendo o mais cuidadoso possível, por muitas vezes o desgosto que muitos nutriam pela sua cor o colocava em situações desagradáveis. Moros o havia perdoado, mas não seus fiéis...

Seguiram caminho até encontrar uma estalagem de aparência simples, sem muitos atrativos que chamassem a atenção. Ali a princesa e o homem tomaram rumos diferentes: Ela seguindo para a carruagem de aluguel que ali havia e ele seguindo para a porta da estalagem.

— Temos que partir, Darin. Não podemos nos arriscar, Henry corre perigo. — Um apelo desesperado estava presente em cada uma de suas palavras.

— Eu estou correndo perigo? — Ser resgatado pela princesa, aquilo era uma novidade para ele.

— Sim, veja. Aquela donzela que estava na taberna com o senhor, bem… ela era uma sereia. — Os dentinhos brancos dela morderam os lábios rosados, como se os castigassem por mantê-los escondidos durante tanto tempo. Uma expressão de incredulidade ia pouco a pouco se formando no rosto de Henry, o que fez com que a princesa contraísse o rosto em uma expressão de pena. — O senhor uma vez rejeitou o amor de uma sereia, porque amava outra mulher… ela quer se vingar, quer matá-lo.

Aquela dor. Uma agonia lancinante que afligiria seu peito pelo resto de seus dias. Então ela estava viva… ele não a havia matado… entretanto, ela o odiava. Como não poderia? Ele que fora um verdadeiro monstro, um estúpido… aquela venda no olho dela… a culpa era sua? O sangue que vira naquelas águas salgadas… nunca poderia se perdoar por aquilo, tal ato era passível de morte…

— Rapaz, volte a si. — Quando se deu conta de si mesmo estava sendo sacudido pelo homem chamado Darin. Deu um balanço negativo com a cabeça, tentando afastar aqueles pensamentos mórbidos. Não podia ser fraco, não podia deixar que a maldição o dominasse. — Vossa Alteza… preciso que alugue um quarto e tranque as portas e janelas. Não deixe ninguém entrar até eu retornar, está me ouvindo?

— Aonde vai? — Sua voz tingiu-se de desespero e seus olhos prateados ficaram inquietos.

— Foi tarde demais para salvar meu irmão, mas talvez não seja tarde demais para esse rapaz. — Ao ouvir aquelas palavras, a princesa correu para os braços do velho e deu-lhe um longo abraço, um largo sorriso estava presente em seu rosto.

— Não importa o que os outros falam a seu respeito, você sempre será o homem mais corajoso para mim.

— É uma grande honra ouvi-la dizer tais palavras, Vossa Alteza. — Separaram-se e continuaram a se encarar por alguns instantes, até que Darin caminhou em direção a um confuso Henry que olhava a emotiva cena que ocorria ali. — Vamos rapaz. Vossa Alteza, não se esqueça de trancar a porta.

Um aceno foi trocado e Analiese correu para a estalagem, após isso o velho guiou Henry pelas ruas escuras e desertas de Telquines. Não sabia para onde estava indo, contudo sabia que iriam para um lugar que Darin temia estar, parecia que a cada passo que dava o corpo do velho tremia mais e mais. Quando o tremor estava tão absurdo que Henry receava que o homem caísse morto no chão, eles entraram em uma ruela de aparência pavorosa onde mesmo os ratos evitavam entrar. A única luz do lugar era oriunda de uma pequena janela, de onde uma pálida garota os observava.

Uma senhora estava parada na porta da casa oposta à da garota com sorriso triunfante no rosto.

— Minha doce criança, eu disse que voltaria para mim. — Suas mãos agarraram o braço trêmulo de Darin. Henry não tinha lembranças de encontrar alguém com tantos anos a lhe pesar nas costas. Aquela senhora parecia ser centenária. — Não sabe quão infeliz eu fiquei por você ter fugido… entrem, entrem… preparei tudo assim que soube. Não se preocupe com ela, garoto, ela nunca sai dali.

Henry, que desviara o olhar da criatura caquética para voltar a fitar a garota na janela, se assustara momentaneamente. Todos entraram na casa, porém as palavras da velha ainda estavam na sua cabeça. Aquela garota certamente tinha que sair dali em algum momento. Como poderia ficar ali para sempre?

A questão era… por que estava pensando nessa jovem? Sentiu seu coração doer com o peso da culpa. O que a sereia pensaria? Ficaria desapontada com sua traição, sim… uma traição repugnante, digna de um humano como ele. Se o que a princesa dissera era verdade, a sereia tinha direito de matá-lo.

— Está piorando o caso dele… — A voz áspera da mulher arranhou seus ouvidos e como se aquilo não lhe bastasse, ela lhe deu uma bofetada incrivelmente forte para sua aparência. — Não se deixe cair em tais pensamentos. Sente-se e beba isto.

— O que é isso? — Não poderia arriscar beber algo sem ter o conhecimento do que seria. Se aquela velha o matasse sua alma jamais ficaria em paz. A única que poderia matá-lo era… o jovem foi estapeado outra vez, ainda mais forte. — A senhora quer parar de me bater?

— Você está pensando nela. Não pode pensar nela. Ela é o veneno. — Falava tão veementemente que os ralos cabelos grisalhos desprenderam-se do laço preto que os segurava.

— Como sabe o que eu estou pensando? — Sempre manter o outro falando, essa era sua estratégia. Ganhar tempo, pensar em um plano.

— Seu rosto. Sempre que pensa na sereia ele muda. Como se um mar de tormenta o afogasse e você não percebesse isso. Agora beba.

— A senhora ainda não disse o que tem aqui — balançou o copo que exalava um cheiro peculiar, não de todo ruim… porém não de todo agradável.

— Acredite, garoto, se eu lhe contasse você não beberia. Apenas saiba que aí dentro não há nada que possa lhe matar. — Como ela esperava que ele bebesse depois daquilo? — Isso irá clarear sua mente. Agora beba.

O conteúdo do copo era, basicamente, intragável. Teria desprezado tudo se Darin não houvesse segurado seu pescoço para cima e impedido que sua boca se abrisse para que pudesse cuspir o líquido viscoso. Engoliu a bebida, sendo essa a única saída para não morrer engasgado. Henry respirava com dificuldade e quando recobrou o fôlego levantou-se da cadeira e pulou em cima do velho, empurrando-o contra a parede mofada.

— O que deu na sua cabeça? Eu poderia ter sufocado. — Um sentimento de piedade acabou por obrigá-lo a soltar o senhor. E o medo de que ele morresse em seus braços, sempre tremendo, como se seu interior houvesse congelado. Voltou a se sentar na cadeira e esperou que a velha quebrasse o silêncio.

— Diga-me, garoto, qual é o nome da sua sereia?

— Não sei. Ela nunca revelou o nome. — A dor voltou, mesmo que estivesse… fraca. Sua mente parecia estar mais alerta agora, impedindo-o de ter pensamentos estúpidos ou suicidas.

— Isso prejudica… terá que fazer algo arriscado, rapaz. Algo doloroso. — A senhora sorriu quando a hesitação se espalhou pelo corpo de Henry. — Deverá lembrar-se do beijo. Com clareza. Um beijo de sereia faz com que se torne marcado para sempre, marcado com o nome dela. Porque você passa a pertencê-la.

Não respondeu ou concordou, apenas se concentrou na lembrança, por mais que aquilo doesse em seu coração. A cena no barco, a despedida, o pedido da sereia, a sensação de ser puxado para morte e de que ela talvez não fosse tão ruim, afinal ele estaria com ela… estaria com Eruwin…

No entanto, ela estava magoada, sim. Porque ele a machucara. Ele renegara seu amor por culpa de um estúpido amor adolescente, um amor morto… e Evangeline estava morta… 

Qual era a razão daqueles pensamentos? Evangeline não fora um amor estúpido, fora um amor real, o mais puro que ele já sentira na vida.

— Henry! Henry! Henry! — Seu nome era como um eco distante que pouco a pouco se aproximava… parecia que estava acordando de um sonho, quando ele havia dormido? Não queria acordar agora e talvez nunca, desde que aquele sofrimento parasse… — Henry!

A água gélida foi o que o acordou. Água gélida, como a do mar… como a sensação de morte que a sereia lhe trazia. Sua respiração era descompassada e ofegante, como se todo ar que houvesse no mundo não fosse o suficiente… como se todo o ar no mundo não pudesse salvá-lo, como se fosse uma espécie diferente, mais densa, mais desagradável.

— Você está bem, rapaz? — Os olhos castanhos da velha o encaravam fixamente.

— O nome dela… eu sei que eu ouvi, mas não me lembro… não consigo lembrar. — O medo de que tivesse que passar por aquilo outra vez o golpeou fortemente. Quem era ele? Não lembrava mais quem costumava ser.

— Está tudo bem, rapaz. Foi o suficiente. Olhe. — Os dedos finos e tortos da senhora desabotoaram a camisa revelando sua pele morena. Em seu peito esquerdo existiam rastros de sangue fluindo de uma pequena palavra escrita em sua carne.

— Eruwin… — Ouviu-se murmurar. Sim, o nome parecia correto. Eruwin… Aquela que quase destruiu sua vida.

A mulher recolheu o sangue que escorria com um pedaço de vidro e após isso deixou que ele pingasse em um novo copo. Maravilhoso. Era tudo o que ele precisava. Mais bebidas estranhas com um gosto asqueroso.

— Sussurre o nome dela três vezes para o copo. — Ela informou em voz tão baixa que Henry quase não foi capaz de ouvir.

— Eruwin… Eruwin… Eruwin. — E como lhe foi solicitado, Henry sussurrou. Olhou mais uma vez para a senhora e ela deu um aceno de incentivo, mandando que ele bebesse o conteúdo que existia ali.

Estava preparado para algo ruim, como a bebida anterior. Algo que fizesse seu estômago revirar ou que o fizesse engasgar. Porém, o líquido daquela vez era extremamente agradável. Leve como esquecer. Talvez ele próprio estivesse mais leve… seus ombros, seu coração. O amor de Eruwin já não estava gravado em seu coração, mesmo que seu nome ainda marcasse sua carne.

Após aquilo, a velha não tornou a dizer uma única palavra. Mesmo quando Darin perguntou-lhe a respeito do pagamento, ela simplesmente os guiou até a porta e ignorou completamente as tentativas de diálogo. Quando saíram, o olhar de Henry recaiu sobre a janela onde a pálida garota ainda os observava com um olhar paciente. Um calafrio percorreu sua pele… e se a garota realmente jamais saísse dali?

— Ela está esperando. — Ao ver o olhar indagador de Henry, ela deu um sorriso triste. — Ela espera que ele venha para que possam finalmente se casar.

— Quem? — A pergunta saiu antes que pudesse refreá-la.

— Essa é uma história para outra noite, devem se apressar. A que foi deixada para trás corre grande perigo. — Um olhar confuso foi trocado entre Darin e Henry e quase que instantaneamente um olhar de compreensão. Correram dali como loucos, deixando a senhora e a pálida jovem sozinhas.

— Sua paciência é tocante, Clara. — Entrou para seu lar, abandonando a doente menina que no passado fora abandonada pelo seu amor. Perguntava-se se o garoto retornaria a tempo de encontrá-la viva. Talvez não. Aquele era um futuro que não podia ver. Tudo que podia ver era que os dias passavam e Clara resistia bravamente.


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Notas finais do capítulo

Eu sinto muitíssimo pela demora para a postagem desse capítulo! Ele me ofereceu mais trabalho do que eu esperava. E saiu maior do que eu esperava também! Espero que perdoem os erros (caso haja) e que gostem desse capítulo novo! Lembrando que se houver qualquer erro podem me sinalizar por MP ou review, ficarei realmente agradecida! Beijinhos! ^^