Te Amar Ou Te Odiar? escrita por Dani25962


Capítulo 9
Primeira semana


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Tive prova hoje, infelizmente, mas consegui fazer, não era tão difícil assim afinal... Espero que gostem desse cap. achei bem engraçado.



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Pov. Mônica

 

 

Faz uma semana que o Cebola está aqui. Antes eu achava que ele era insuportável, agora tenho certeza! Nós realmente não nascemos para morar no mesmo mundo, que diria sob o mesmo teto.

 

 

Logo no primeiro dia fizemos uma guerra...

 

 

...

 

 

Durante o jantar, percebi o quanto ele ficou silencioso depois que comecei a falar sobre a viagem do Brian. Não acho que o assunto o incomodou, em dias normais ele até faria algumas piadas, mas não estamos em dias normais. O silêncio dele me preocupou, por isso, depois que ele subiu para o seu quarto após o jantar, decidi falar com ele. Quando cheguei vi a porta do quarto aberto, dei uma olhada dentro do quarto e o vi deitado na cama.

 

 

— Cebola? – Chamei, ele olhou pra mim, ainda deitado.

 

 

— O que foi? – Perguntou.

 

 

— Nada, só achei que gostaria de companhia. – Disse entrando no quarto. – Você não falou muito no jantar. – Comentei, ele deitou a cabeça no colchão e olhou para o teto.

 

 

— Não tinha nada a dizer. – Deu de ombros.

 

 

— Hum... – Me sentei ao contrário na cadeira de rodinhas do computador e cruzei os abraços no apoio das costas. Cebola olhou pra mim.

 

 

— Entediada? – Perguntou.

 

 

— Um pouco. – Apoiei a cabeça sobre os braços, Cebola voltou a olhar o teto.

 

 

— Você podia ligar pra o Brian. – Ele disse, numa voz calma. – Chamá-lo para sair, à noite, só os dois. Quem sabe ele não te leve à um lugar legal e super romântico, onde vocês possam dar uma guinada no relacionamento e ele ter certeza de que você é o amor da vida dele...

 

 

— Cebola... – Fiquei impressionada, não sabia que ele torcia tanto por mim e o Brian.

 

 

—... Um dentista 24hs, por exemplo. Daí o médico vai finalmente poder resolver o problema do Brian, e tirar a preocupação dele de perder parte da boca quando for te beijar... Ai!

 

 

— Cebola! – Exclamei brava. Joguei um travesseiro nele, mas não adiantou, ele começou a rir. – Seu desgraçado, e ainda pensei que estava falando sério!

 

 

— Mas estou falando sério. – Continuou. – Não disse nada, mas eu sei que aquele arranhão no pescoço dele não foi de um galho coisa nenhuma, foi você que tentou dar um chupão nele, mas os dentes vieram antes dos lábios.

 

 

Aquela foi a gota d água, peguei um travesseiro e parti pra cima dele. Pensei em sufocá-lo com o travesseiro até ele parar de se debater e quando a polícia chegasse aqui eu iria falar que ele teve um ataque epilético e tive que contê-lo. 

 

 

Mas parece que meu plano não iria dar certo, pois ele revidou as travesseiradas pegando um travesseiro e o acertando em mim. Havia penas por todos os lados, no meu cabelo nem se fala! Tenho que me lembrar de castigá-lo por isso também depois. Chegou um momento em que ele se distraiu e tropeçou no tapete do quarto. Agora sim eu tinha a vantagem.

 

 

— Agora você esta perdido! – Falei me aproximando dele, mas acabei falando cedo demais, pois no segundo seguinte eu também havia tropeçado no tapete e caído em cima dele.

 

 

— Hahaha! Como você é desastrada! – Ele continuou rindo, não pude deixar de rir também.

 

 

— Mas o que esta acontecendo aqui? – Susan e Marcio apareceram.

 

 

Acho que no momento, aquilo não era uma coisa muito comum de se ver, o quarto todo bagunçado com penas por todos os lados e eu e o Cebola caídos no chão também cheio de penas. 

 

 

— Ahn... Nada. – Falei saindo de cima do Cebola e me levantando.

 

 

— Como assim nada? Houve uma guerra por aqui?! – Susan falou.

 

 

— Bem... – Tentei pensar em algo pra falar, mas Cebola me interrompeu.

 

 

— Na verdade houve sim... Uma guerra de travesseiros. – Ele falou já de pé ao meu lado. - Nós estávamos apenas brincando, desculpe se exageramos um pouco... – Ele riu e colocou sua mão na cabeça.

 

 

— Tudo bem... Afinal é o seu primeiro dia aqui Cebola, fico feliz que você e a Mônica já estejam se entendendo. – Meu avô falou sorrindo, sendo sarcástico no final da frase. - Agora, acho melhor vocês limparem esse quarto, entenderam?

 

 

— Mas... – Tentei protestar, mas infelizmente não consegui.

 

 

— Não acham que Carla vai vir aqui fazer isso, acham? – Ela tinha razão. Susan se aproximou, beijou minha testa e a de Cebola. – Boa noite e bons sonhos crianças.

 

 

— Boa noite. – Nós dissemos.

 

 

...

 

 

... Tudo bem que foi uma guerra de travesseiros, mas ainda assim conta. Demorou um pouco, mas finalmente conseguimos limpar tudo. Acredito que o mais complicado foi quando eu fui ensaiar com ele para o trabalho de arte. Eu juro que nunca mais quero passar por algo assim de novo.

 

 

 

...

 

 

— Cebola! Presta atenção! – Reclamei quando o vi sentado quase dormindo na cadeira enquanto eu explicava a história.

 

— Temos mesmo que fazer isso? – Ele perguntou.

 

— É claro que sim seu preguiçoso! Agora preste atenção se não quiser ficar reprovado na matéria! – Alterei um pouco a voz pra ver se esse retardado prestava atenção em mim.

 

— Ta bem... Pode falar – Ele disse parecendo ficar mais atento.

 

— Muito bem... Vou explicar do começo então preste atenção, pois não vou ficar repetindo o tempo todo. – Falei e logo depois olhei para o roteiro. – O que nós vamos fazer é uma cena de traição e reconciliação.



— Hã? – Pela cara que havia feito, ele não tinha entendido mesmo.

 

— Falando na sua língua, a mulher pensa que o namorado dela a traiu, mas ele prova que não e então voltam, entendeu? – Falei.

 

— Ah! Agora entendi... Mas vem cá, por que tem que ser uma história chata dessas? Eu queria uma que tivesse mais ação! – Falou ele ficando mais empolgado com sua própria ideia.

 

— Não podemos, a cena tem que haver apenas romance e drama, por isso a professora escolheu casais poço de inteligência... – Falei irônica. – Agora vamos ensaiar. – Entreguei a folha com as falas dele. – A cena começa comigo entrando pela porta furiosa e com você lendo algo enquanto está sentado na cadeira, mas pode se sentar no sofá mesmo por enquanto. Vamos começar. – Disse indo para a cozinha e depois voltando à sala. Vi que ele já estava em seu devido lugar.

 

— O que você pensa que esta fazendo?! – Gritei com ele, já interpretando minha personagem.

 

— Calma! O que foi que eu fiz? Eu to lendo as falas e to sentado como você pediu. – Ele falou. Meu Deus! O que eu fiz pra receber um cara desses como castigo?!

 

— Cebola! – Gritei novamente. – Se você não percebeu a gente esta ensaiando, então eu estou falando assim por causa da personagem!

 

— Por causa da... Ah! Foi mal, desculpa mesmo. É que você fez isso tão bem que parecia estar brigando comigo... – Ele colocou a mão atrás da cabeça e riu.

 

— Me elogiar não vai adiantar, agora vamos do começo e sem erros! – Falei.

 

— Ta bem... Desculpa. – Ele falou voltando pro lugar. Posicionei-me novamente e depois voltei à sala.

 

— O que você pensa que esta fazendo?! – Falei com o mesmo tom de voz.

 

— Miranda? O que... – Ele olhou novamente pra folha e depois pra mim. - Hahaha! – Ele estava rindo? Ah, de novo não, o que foi dessa vez?

 

— Por que você esta rindo? – Ele pareceu tentar se controlar para responder a minha pergunta.

 

— Miranda? Sério? Hahaha! Que nome besta, porque você quer colocar o seu nome assim e... – Ele parou de falar assim que eu o puxei pela gola da camisa, tentando enforcá-lo um pouco, mas continuou rindo.

 

— Olha vamos parar com a brincadeira! O que tem esse nome? É o nome da personagem! Agora, se você for me atrapalhar toda vez que ler uma frase da sua fala... – Coloquei um pouco mais de forca ao apertá-lo pela gola da camisa. – É bom você ter um médico e um dentista muito bom, pois se você me atrapalhar novamente eu juro que acabo com a sua raça! Entendeu?!

 

— Tudo bem... Desculpa. Pode me soltar? Ta difícil de respirar... – Ele disse com um pouco de dificuldade, e logo o soltei.

— Tudo bem... Vamos começar novamente e... – Falei, mas fui interrompida por Carla que estava nos chamando.

 

— Ei, vocês dois. Sei que estão fazendo trabalho, mas a Susan disse que precisa da sua no jardim Mônica. – Ela falou.

 

— Agora? – Perguntei.

 

— Agora. – Ela afirmou.

 

— Tudo bem já estou indo. Depois a gente continua ta Cebola? – Falei.

 

— Sem problemas... Miranda. – Ele disse.

 

— Tudo bem! Agora chega! – Gritei e corri indo em sua direção.

 

— Vish! Miranda a solta! Salvem-se quem puder! – Ele disse enquanto corria de mim.

Ele correu pro jardim e eu o segui. Ele tentou me despistar correndo entre as arvores, mas pro azar dele não conseguiu. Acho que ele não percebeu que eu o vi tentando se esconder atrás de uma arvore então me escondi e tentei surpreende-lo.

— Hehe. Acho que consegui. – Ele falou se sentindo vitorioso, mas tratei logo de acabar com sua alegria.

 

— Não tenha tanta certeza. – Falei, ele olhou pra trás e me viu.

 

— Opa! – Ele começou a correr de novo e eu o segui.

Nós corremos pelo jardim novamente e logo chegamos perto da piscina. Ele correu em volta dela, eu pensei em tirar vantagem e cortar caminho pelo outro lado, tarde demais. Por um descuido meu, não percebi que a beirada da piscina estava molhada e escorreguei, acabei caindo dentro da piscina. Quando submergi novamente apenas ouvia risadas, adivinha de quem?

— Hahaha! – Cebola estava parado na beira da piscina rindo como nunca, pra minha surpresa Susan apareceu.

 

— O que houve? Nossa... Mônica não seria melhor colocar uma roupa de banho quando for entrar na piscina? – Susan falou rindo também.

 

— Ela escorregou e caiu na piscina... – Cebola explicou e depois riu mais um pouco acompanhado de Susan.

 

— Querida por que não entra e se seca? – Ela falou assim que me viu saindo da piscina.

 

— Tudo bem... E sobre o jardim, eu... – Falei, mas fui interrompida.

 

— Pode deixar que eu te ajudo, já que a Mônica não vai poder. – Ele falou.

 

— Ah, tudo bem, obrigada. Mônica é melhor você entrar e se secar. – Ela falou se afastando com Cebola. Logo eu entrei, e fui para o meu quarto.



...


Não consigo acreditar nas bobagens e situações que o Cebola me faz passar, ele é uma criança, parece que nunca leva nada a sério. Fico curiosa em saber como ele vai arrumar um emprego agindo dessa maneira.

— Mônica? Sou eu a Magali. – Ouvi a voz de minha amiga após ela ter batido na porta.





— Pode entrar amiga. – Falei e ela entrou.






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Notas finais do capítulo

Cebola e suas brincadeiras... No que será que isso vai dar?

Bom final de semana á todos! Segunda-feira tem mais! Té+!



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