Te Amar Ou Te Odiar? escrita por Dani25962


Capítulo 45
Henry Feitoso


Notas iniciais do capítulo

Ei galera!

Esse negócio de desaparecer por meses está ficando chato, não? Pois bem, eu me cansei disso, (E também só agora consegui uma meia trégua da faculdade pra poder me concentrar na história, me deem um desconto, please.) não sei se vou conseguir ser rápida, mas garanto que a história vai ser terminada, se possível, no máximo dentro de dois meses. (Se der tudo certo, ainda tenho trabalho pra fazer.)

Me desculpem pelo atraso novamente, espero que gostem do capítulo, eu o fiz com minhas próprias mãos (Lapiseira, papel e borracha.)



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Pov. Autora

Mônica continuava a olhar para o homem que entrou no quarto. Ele parecia ter sessenta anos, era careca, olhos castanhos, deixou crescer a barba falha e usava um terno cinza feito sob medida.

— Henry Feitoso? – Disse Mônica. – O senhor é o dono deste lugar?

— Eu mesmo. Gostou da acomodação? Pedi que colocassem esses livros, não entendo muito dos hábitos dos jovens de hoje, mas creio que irá gostar. – Disse Feitoso. Fechou a porta do quarto e o adentrou devagar.

— Por que estou aqui? – Perguntou Mônica.

— Ora, sou um velho com muito dinheiro, mas vivo praticamente sozinho aqui em cima. – Disse ele. – Não lhe fiz um convite formal, mas é bom ter alguém com quem conversar.

— Você me conhece?

— Oh, sim. Bom, não pessoalmente, mas eu conhecia seu avô, Marcio Sousa.

— Conhecia meu avô? – Repetiu as palavras dele, surpresa.

— Sim, chegamos a estudar juntos na faculdade, um grande homem, meus pêsames. – Disse ele sendo solidário com ela. – Queria ter tido tempo para antes do acontecido... – Ele parecia triste. – Você e seu avô eram chegados?

— Sim. Eu o amava como um pai. Foi ele que me criou todos esses anos depois que meus pais morreram. – Disse Mônica, ainda sentada na cama.

— Ah, então você esteve com ele todos esses anos. – Feitoso pareceu refletir. – Sinto muito por seus pais.

— Tudo bem.

— O que acha de um pouco de ar para animar o ambiente? Por que não vem comigo amanhã para dar uma volta para conhecer a casa? Assim podemos conversar melhor. – Ele sugeriu.

— Eu... - Mônica não sabia o que sentir sobre aquele homem, mas sabia que não deveria confiar nele em momento algum, mesmo que ele fosse bom a ela. Entretanto, ele a levou até ali, talvez fosse melhor fazer o que ele pedir por enquanto, vai saber do mais que seria capaz de fazer? – Claro, por que não?

— Ótimo! Pedirei para Bertha fazer alguns sanduíches para nós.

— Sr. Feitoso...

— Henry, por favor, me chame de Henry. – Pediu ele.

— Henry. – Ela falou. – Por que me trouxe aqui? O que quer de mim?

— Nada meu bem, apenas conversar, contar histórias, passar um tempo com você, acredito que vai gostar muito daqui. – Disse ele a Mônica, carinhosamente.

De repente a porta do quarto abre, era uma das empregadas que vinha trazer comida para Mônica, a moça se assustou ao ver seu patrão ali, tanto que quase derrubou a travessa de comida que segurava.

— C-Chefe! Me desculpe, não sabia que o senhor estava aqui. – Ela falou, amedrontada, como se tivesse feito algo muito errado.

— Não tem problema, eu já estava de saída. – Feitoso andou até a porta, depois se virou para a empregada. – Diga à Bertha para preparar algum lanche bem gostoso para nós amanhã, vamos dar um passeio pela casa.

— Sim, senhor.

— Até amanhã Mônica, bon appetit. – Falou isso e saiu do quarto.

A empregada voltou a respirar, parecia com medo, ou algo parecido, mas não disse nada, apenas deixou o jantar de Mônica e saiu.

...

Era tarde da noite quando Mônica despertou de um sonho, não chegava a ser um pesadelo, apenas um sonho desconfortável que segundos depois nem lembrava mais do que se tratava.

Ela mudou de posição muitas vezes, mas não conseguia voltar a dormir. Não parava de pensar em seus amigos, Carla, Cebola... Nossa, como ela estava preocupada com ele, com todos.

Quanto tempo ficaria ali? Pensou, teria que descobrir o que o tal Henry queria com ela, só assim saberia deduzir em que furada se meteu.

...

Pov. Mônica

Com a noite interrompida por aquele sonho esquisito, acabei acordando com a mulher que traz o café da manhã, geralmente acordo antes dela vir. Vou acabar ficando mal acostumada ao receber café da manhã na cama todos os dias.

Além do café, a mulher também me trouxe uma muda de roupas para tomar banho e me trocar. Assim eu fiz, tomei café, depois enrolei meia hora no banheiro e finalmente me vesti.

— Mônica? – Ouvi alguém bater na porta do banheiro.

— Sim?

— O Sr. Feitoso está te esperando na sala principal.

— Tudo bem, já estou saindo.

Terminei de me arrumar e acompanhei a mulher até a sala. Realmente, quando ela disse "sala principal", era a sala principal mesmo, maior até que a sala de casa, e olha que moro em uma mansão.

O lugar era muito bem decorado, Henry estava sentado no sofá, quando me viu se levantou e abriu um sorriso.

— Bom dia Mônica. - Disse ele. - Dormiu bem?

— Sim. - Mais ou menos, pensei. - Obrigada.

— Já pode se retirar. - Ele falou para a empregada que me trouxe, ela fez uma pequena referência antes de sair por onde tínhamos entrado. - Está bonita.

— Ah, obrigada. - Estava usando um vestido branco florido, até que era bonito mesmo. - E então? Aonde vamos primeiro?

— Que tal uma volta pela casa? Depois vou te mostrar o quintal.

Do jeito que conversamos pareceu até uma visita casual, mas para ver toda a casa, pelo menos o que ele me mostrou, demorou uns quarenta e cinco minutos. Era muito grande.

No final do passeio paramos em uma sala, tinha algumas poltronas e mesinha de centro, acho que o lugar serve para tomar um chá no final da tarde ou um canto sossegado para ler.

Henry foi até a porta de vidro que estava coberta por uma cortina e a abriu.

— Acho que vai gostar dessa parte. - Disse ele

Nem tive palavras quando passei pela porta, era o jardim mais lindo que já vi. Da porta de onde saímos começava um caminho de pedras que se estendia por todo o quintal. Havia também bancos de madeira espalhados por todo o jardim, postes de luz, e canteiros de flores. Até mesmo algumas árvores grandes.

Um muro vivo separava a propriedade da floresta, deixando tudo com um ar mais natural possível. Simplesmente maravilhoso.

— Isso é... Incrível. - Eu disse.

— Que bom que gostou. - Dias ele com um sorriso satisfeito. - Acho que fiz uma boa escolha construir está casa bas montanhas, não conseguiria cultivar este jardim em um lugar plano, cheio de gente poluindo o ar.

— Não gosta muito das pessoas, não é?

— Já tentei, mas elas não gostaram de mim, espero que você não seja uma dessas pessoas.

— Bom, até agora, você está sendo muito gentil. - "Apesar de ter me sequestrado e tal". - Não é um homem desagradável.

— É bom ouvir isso. - Ele sorriu. De repente o celular dele toca, era uma mensagem aparentemente, Henry deu uma rápida olhada e depois guardou o aparelho. - Desculpe, trabalho.

— Você tem que ir?

— Infelizmente. - Falou. - Bom, agora que você conheceu tudo, pode ficar à vontade para andar por aí o quanto quiser, pode pedir qualquer coisa para os empregados que eles irão providenciar. - Ele pegou a minha mão e a beijou. - Foi ótimo passar um tempo com você.

— Tudo bem, obrigada por ter me mostrado sua casa.

— Foi um prazer, te vejo mais tarde minha querida. - Ele disse isso é voltou para dentro da casa.

...

Dias depois...

De todos os lugares para ler, o jardim virou o meu preferido. A tarde estava agradável e o sol não queimava tanto. Encontrei uma história chamada "As crônicas de Aedyn", a história é parecida com a de Nárnia, mas ao invés de quatro irmãos, são um casal, que foram escolhidos pelo Senhor dos Exercícios para salvar o povo de Aedyn de três tiranos.

Quando estava em uma parte interessante do livro, uma das empregadas se aproximou.

— Senhorita Mônica? - Ela disse.

— Pode me chamar apenas de Mônica. - Disse à ela.

— Tudo bem. - Ela sorriu. - O Sr. Feitoso deseja saber se aceita jantar com ele esta noite.

Ai, ai... E agora? Quem sabe nesse jantar ele não resolve finalmente falar o que quer comigo. Resolvi arriscar.

— Pode dizer a ele que eu aceito o convite.

— Ótimo! Esteja no salão às sete.

— Tudo bem. - Disse e ela se afastou.

Assim que ela se afastou, deixei o livro ao meu lado no banco e suspirei. Por quanto tempo mais vou ter que aguentar isso? Não será fácil sair daqui, mas gostaria de saber porquê todo esse esforço. Não sou ninguém, pelo menos, não a ponto de ser sequestrada por um ricaço.

...

Pov. Autora

Horas depois...

Mônica estava se olhando diante do grande espelho que tinha no seu quarto. Deixaram para ela um vestido vermelho longo, muito bonito, até demais para um jantar a dois.

"Meu Deus, no que foi que eu me meti?" Pensou ela. "Parece que estou vestida para ir à um baile de gala, ao invés disso, estou indo jantar com um velho maluco que me sequestrou. Normal." Pensou sarcástica. Olhou-se mais uma vez no espelho e saiu do quarto em direção à sala de jantar.

Mônica passou pela sala principal e por um extenso corredor antes de chegar à sala de jantar. Henry não estava lá, ninguém estava, mas o lugar estava muito bem iluminado e arrumado. Ela foi até uma das três grandes janelas e olhou para fora, o jardim, ao contrário do dia, que era lindo e convidativo, à noite parecia meio perigoso e assustador.

— Nossa. - Mônica se virou para a pessoa que a assustou momentaneamente, era Henry, aparecendo do outro lado do salão. Ele vestia um um terno escuro com gravata azul. - Você está deslumbrante. - Ele parecia encantado ao vê-la.

— Obrigada. - Ela disse. - Você tem um bom gosto para roupas

— Que bom que gostou, o vestido caiu muito bem. - Ele se aproximou, pegou a mão dela é a beijou. - Obrigado por aceitar meu convite.

— Foi um prazer, você está muito bem.

De repente um homem apareceu no salão, se vestia como um mordomo, provavelmente era.

Sr. Feitoso, madame. - Ele os cumprimentou. - O jantar será servido.

Os dois escolheram um lugar em uma ponta da mesa e se acomodaram. Logo a comida chegou, um pouco de tudo foi servido: Massa, carne, verdura, Mônica e Henry comeram até se sentirem satisfeitos, conversaram sobre o que gostavam, sobre o que não gostavam, banalidades sobre o mundo, sobre a comida. Mesmo satisfeitos, a sobremesa foi servida.

— Petit Gateau! - Exclamou Mônica. - Humm! Eu adoro isso.

— É realmente delicioso, quem não gostaria? - Disse Henry provando o doce.

— Pessoas com intolerância à lactose? - Falou Mônica pensando alto, o que fez Henry rir.

— Verdade. - Os dois comeram silenciosamente, assim que Henry terminou, limpou a boca com um guardanapo e observou Mônica terminar de comer. Nesse meio tempo ele teve uma ideia.

— Tudo estava maravilhoso, estou satisfeita. - Disse ela se recostando um pouco na cadeira.

— Tive uma ideia, por que não me acompanha? - Henry se levantou, ela fez o mesmo. Ele pegou a mão dela e a conduziu até um salão que ficava no segundo andar, muito bonito e espaçoso.

Henry deixou Mônica no centro do salão e se dirigiu até um aparelho de som, ele a configurou e botou uma melodia muito bonita pra tocar. Assim, ele voltou ao centro junto a Mônica, que apreciou a Música com certa nostalgia.

— Que música linda. - Disse ela. - mas essa melodia de piano me é familiar, não seria uma de Richard Clayderman, seria?

— Vejam só, uma jovem apreciadora de clássicos?

— Deixe-me ver... "Murmures", acertei?

— Muito bem. - Disse ele impressionado. - Como conhece esse artista?

— Meu avô gostava de ouvir música clássica, ele me ensinou tudo que eu sei.

— Bom, espero que ele tenha lhe ensinado a dançar e não apenas ouvir. - Disse Henry estendendo a mão convidando Mônica para uma dança.

Ela hesitou um pouco, fazia muito tempo que não dançava desse jeito, e também, seria esquisito dançar com ele, mas resolveu arriscar. Pegou a mão estendida dele e depois depositou a outra mão no ombro dele. Henry segurou a mão dela e levou a outra para a cintura da moça, para conduzí-la. Com passos leves e calmos, os dois começaram a valsar, Henry dançava bem e Mônica não ficou para trás, acompanhou o ritmo do velho sem pisar uma vez em seus pés.

Durante os movimentos, Henry não parava de olhar para ela, encantado, Mônica olhou para ele por um tempo, mas depois seus olhos se voltaram para o salão e os pensamentos começavam a deixar o lugar, provavelmente bem distante dali.

Cebola, como sentia falta dele, de seus braços, seus beijos, de estar com ele. Será que estaria em casa? Estava bem? Infelizmente não sabia, mas gostaria muito de saber, gostaria de ter alguma notícia. De repente ela ouviu a música acabar, quando acabou, os dois pararam com os passos e fizeram uma reverência.

— Muito bem minha jovem. - Henry disse satisfeito. - Você dança lindamente.

— Você também não é ruim. - Mônica sorriu tentando demonstrar gentileza. - Foi um prazer passar esta noite com o senhor, entretanto, estou um pouco cansada.

— Oh, tudo bem. - Ele falou. - Vá dormir minha querida, nos encontramos amanhã. - Mais uma vez ele beijou a mão dela é se despediu, a observou sair do salão.

Mônica foi direto para seu quarto, precisava tomar um banho, tirar aquele vestido e a maquiagem. Podia ter sido raptada, mas aquele era o melhor cativeiro que alguém poderia querer, com direito a um banho de banheira no final de um dia estressante. Ela se despiu, abriu a torneira da banheira e jogou um pouco de sabonete liquido.

Foi até o espelho e começou a tirar a maquiagem, não era tão pesada, mas mesmo assim, não é bom ficar com ela mais que o tempo necessário, apesar de gostar de maquiagem, sabia o quanto aquilo fazia mal a pele.

Assim que a banheira encheu, ela desligou a água e entrou, a água estava boa. Mal começou a se lavar, e seus pensamentos correram novamente para seu amado. Sentia muita falta dele, e esperava que um dia pudessem voltar a estarem juntos, depois, nunca mais sairia de perto dele por muito tempo.

...

Era tarde do dia seguinte, Mônica terminou de ler seu livro e sentiu vontade de nadar. Havia uma piscina dentro da mansão, Henry tinha lhe mostrado no dia do passeio deles dias atrás. Pediu à uma das empregadas que trazia sua refeição, uma roupa de banho. A mulher providenciou um maior vermelho.

Mônica se vestiu, colocou um roupão por cima e saiu. Teve que atravessar cinco cômodos para chegar à piscina, mas lá estava ela. Doze metros de largura de água aquecida. Ela tirou o roupão e pendurou em um cabide, depois foi para uma ponta da piscina e mergulhou, deu algumas braçadas de ida e volta para se aquecer, depois, boiou sobre a água, descansando.

Depois de um tempo assim, ela voltou a nadar, quando estava no meio da piscina, mergulhou até a outra ponta, assim que emergiu viu um par de pés cobertos por sapatos sociais.

—Ah, oi Henry. - Ela o cumprimentou.

— Boa tarde. - Ele disse. - Como está a água?

— Muito boa.

— Está aí há muito tempo? - Ele perguntou.

— Não, devo estar aqui há pelo menos uma meia hora. - Mônica nadou até as escadas, subiu e procurou seu roupão.

— Por isso não a encontrei em seu quarto. - Disse ele. - Queria que me fizesse companhia em mais uma melodia.

— Como?

— Toca piano?

— Não, nunca me ensinaram. - Disse ela já com o roupão amarrado.

— Ótimo! Vá se secar e me encontre lá em cima, te ensinarei a tocar. - Ele falou entusiasmado.

— Tudo bem, daqui a pouco estarei lá. - Calçou chinelos para não molhar a casa. - Até logo. - E saiu.

Vinte minutos depois...

Mônica subiu até o segundo andar, andou por um extenso corredor até chegar à última porta, que dava para uma sala bem aconchegante que tinha até uma sacada onde era possível ver a frente da casa.

Henry estava sentado no canto, onde havia um piano preto, ele tocava bem. Percebeu a presença da jovem quando a porta tinha aberto.

— Entre minha querida, sente-se aqui do meu lado. - Ele a convidou. Mônica se sentou do lado Direito do banco. - E então? Pronta?

— Não sei bem por onde começar. - Disse ela.

— Ora, é bem simples, olhe, eu vou tocar uma sequência e você repete, tudo bem? Só para pegar o jeito. - Henry tocou uma sequência de duas notas, Mônica repetiu, depois uma de três, ela copiou, e por fim, uma sequência de cinco notas. - Isso mesmo, mais uma vez. - Repitiram essa dança com os dedos até que ela decorasse as teclas, a sequência e o tempo para tocar.

— Acho que estou pegando o jeito. - Ela fez sozinha dessa vez e fez certinho.

— Muito bem! - Ele disse. - Agora eu vou começar a tocar e você continua com a sequência que aprendeu.

Henry começou a tocar uma melodia, e Mônica o acompanhou. Para o espanto dela, até que os dois se encaixaram, a pequena sequência se encaixou bem com a melodia. Eles tocaram por uns cinco minutos até a música terminar.

— Haha, que legal, eu toquei piano.

— E tocou muito bem. - Henry sorriu.

— Pode me ensinar outra?

— Tudo bem, preste atenção...

Durante uma hora, Henry ensinou mais três sequência para ela. O banquinho de madeira não era tão confortável, por isso, Mônica precisou esticar as costas depois da aula de música. Andou até a varanda do cômodo e observou a bela imagem das montanhas no meio da tarde.

— É bonito não é? - Disse Henry se aproximando.

— Sim. - Ela colocou as mãos na grade da sacada e suspirou. - Henry.

— Sim?

— Por que estou aqui? - Foi direta.

— Ora, para me fazer companhia.

— Não se faça de bobo. - Ela se virou para ele. - Por que me trouxe aqui? O que quer de mim?

— Já disse, quero que me faça companhia, afinal... - Ele chegou um pouco mais perto dela. - ... Que homem seria tão louco que não quisesse ficar perto de você assim que você exibe esse belos olhos? - Ele coloca a mão esquerda no rosto dela, fazendo um carinho. - Com o seu jeito e talento, que homem poderia resistir a você? - Ele se aproximou mais um pouco. - Como eu poderia resistir a você?

Com a mão esquerda Henry forçou o rosto de Mônica para frente e a beijou. Mônica ficou atônita demais para reagir, mas depois de três segundos ela o empurrou.

— O que pensa que está fazendo?! - Ela olhou horrorizada para ele, sentido nojo do que acabara de acontecer.

— Né desculpe, eu não consegui resistir mais. - Disse Henry. - Eu gosto de você Mônica, muito.

— Por quê? Eu nunca te vi na vida! E você me sequestra por isso? Não percebe o quanto foi doentia essa sua atitude? No que estava pensando? - Mônica se dirigiu para a porta, Henry tentou segurá-la, mas ela se soltou.

— Mônica, espere. - Pediu.

— Fique longe de mim! - Ela saiu do cômodo e correu para o seu quarto, mais precisamente para o banheiro desinfetar a boca.

...

Pov. Mônica

Horas depois...

"Argh! Que nojo!" pensei, enquanto escovava os dentes pela terceira ou quarta vez. "Eu pensando que a situação não poderia piorar. Ele me beijou! Nossa, já estou com vontade de escovar os dentes de novo só de pensar nisso."

Voltei para o quarto e me joguei na cama. Tem alguma coisa muito errada com esse cara, será crise de terceira idade ao nível de um homem que tem poder pra fazer tudo o que quiser? Ah, mas nem sonhando ele fará qualquer outra coisa dessas comigo, se ele for esperto não vai fazer.

Suspirei deixando essa determinação se esvair. O que vai acontecer agora? Como vou voltar pra casa? O que ele vai fazer comigo?

TOC TOC TOC

Levantei de susto com as batidas na porta, será que é ele?

— Seu jantar minha jovem. - Para meu alívio era só uma das empregadas com a minha refeição.

— Obrigada, pode deixar ali no criado mudo. - Ela fez o que pedi, deixou a comida e saiu.

Não tinha vontade alguma de comer, meu estômago estava embrulhado demais para isso. Entretanto, estava com sede, e posso garantir que o suco de laranja daqui é muito bom. Tomei um gole só para lavar a garganta, nossa, estava bom mesmo, tomei mais três ou quatro goles antes de devolver o copo para a bandeja e me deitar na cama.

Tinha que bolar alguma coisa para fugir dali, dar um jeito de avisar a alguém onde estou, telefonar, mandar uma carta, sinal de fumaça, não sei, mas não podia estar tão longe assim da civilização, poderia?

Enquanto pensava mais sobre o assunto, meu estômago se embrulhou mais ainda e comecei a ficar tonta, tentei me sentar para ver se esse mal estar passava, mas não consegui me levantar e foi apenas questão de segundos para que eu apagasse.

...

Mais algumas horas depois...

Eu começava a ganhar consciência novamente, sinceramente, estou me cansando dessa brincadeira de "apaguem a Mônica".

Depois que minha cabeça parou de rodar, tentei me mexer, sem sucesso. Estava em um quarto mais escuro que o meu, ainda por cima, meus braços e pernas estavam amarrados, um em cada canto da cama.

— Você acordou. - Ouvi alguém dizer. Era Henry, ele estava sentado em uma cadeira encostada à parede a minha direita. Ele não parecia nada feliz. - Vamos conversar.


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Notas finais do capítulo

Apesar do tempo, não perco a mania de deixá-los na curiosidade :P



ATENÇÃO! AVISO IMPORTANTE!


Seguinte, eu prometo tentar postar o resto da história o mais rápido possível, apenas se vocês colaborarem comigo também. Como farão isso? Com comentários, isso mesmo, apenas isso. Comentem este capítulo.

Eu sei muito bem quantas pessoas lêem minha história, está tudo registrado, e infelizmente, muitos se passam por fantasmas, (Ta bom, confesso que também era assim, mas eu mudei.) e outros são uma galerinha nova. Isso mesmo, também vejo vocês, não adiantam se esconder.

Para começar, faremos um trato. Caso esse capítulo chegue à um número razoável de comentários, eu posto o próximo capítulo, que já está pronto, só falta passar para o PC e postá-lo.

É sério gente, não sabem como os comentários me animam. E eu leio e respondo todos, com o maior prazer. Vamos, não é nada demais. Eu gosto muito de saber o que vocês acharam, se não eu vou ser só uma maluca gastando tempo que deveria ser dedicado à faculdade pra escrever em um site que ninguém lê ou liga.


Ok, vou parar de falar. Falo com vocês daqui a alguns dias.


Té+!



Ps: Eu postei uma One-Short, (É uma história de um capítulo só) se estiverem interessados em ler o link é esse: https://fanfiction.com.br/historia/673292/Um_dia_com_Lisa_Child_-_One_Short/

Espero que gostem :)