Te Amar Ou Te Odiar? escrita por Dani25962


Capítulo 44
A mansão nas montanhas


Notas iniciais do capítulo

Oie. Como vão?

Então, tenho boas e más notícias. A má é que meu note me odeia e ele resolveu não ligar mais, por que ele é tão importante? O resto da história estava todinho lá.

E lá vem a parte boa (e cansativa) tenho que escrever tudo de novo! Mesmo não lembrando nada do que tinha escrito antes.

Espero que gostem, passei a tarde fazendo.



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– Cuidado com a cabeça dela, Bóreas. - Disse Pink.

– Argh, pra uma mulher baixa, ela não é leve. – Reclamou Bóreas.

– Pare de reclamar, tem sorte de estar carregando as pernas. - Falou Tadeo.

Os três a levaram para a parte de trás do prédio abandonado havia um carro 4X4 ali, eles colocaram Mônica no banco de trás, ao lado de Pink. Na frente, Tadeo guiava e Bóreas era o passageiro.

– Não se esqueça de colocar a venda nela, vai que essa garota acorda no meio da viajem? - Disse Tadeo.

– Toma. - Bóreas passou um saco de pano preto e deu a Pink, que colocou em Mônica.

– Acha que esse plano vai dar certo? - Indagou Pink.

– Por favor, é o FBI, claro que vão cair na armadilha. Eles estão procurando um caminhão de lixo, não uma caminhonete.

E assim, seguiram estrada de terra adentro.

Meia hora depois, chegaram à um cemitério de aviões. O nome realmente definia o lugar. Aviões e protótipos inacabados, esquecidos e enterrados na areia, cobertos por mato. Uma visão caoticamente impressionante. Foram até o começo da pista, perto de uma base de controle, um helicóptero os esperava.

O piloto desceu do helicóptero e trocou de lugar com Tadeo, que agora iria pilotar pelos céus.

Pink e Bóreas levaram Mônica para o helicóptero, afivelaram-na em um dos acentos e foram tomar seus lugares. Logo, eles estavam voando. Quando chegaram a uma boa altura conseguiram ver a auto-estrada, mas sua direção seguiu para as montanhas.

– Ah... Ótimo. Logo vamos descansar numa mansão confortável. Não agüentava mais aquele barraco. - Disse Bóreas. - Ei, Pink.

– O que foi? - Ela disse num fio de voz.

– Você... Ei, o que há com você? - Ele perguntou, vendo que a garota segurava o cinto com força. - Tem medo de altura?

– Cale a boca. E só fale comigo quando chegamos à terra firme. - Ela disse, Bóreas tentou segurar o riso.

O passeio durou uns quinze minutos até finalmente conseguirem ver a mansão solitária na montanha. Chegar lá não era mesmo uma tarefa fácil.

O pouso foi tranqüilo, sem nenhum problema. Pink saiu primeiro, finalmente respirando melhor. Definidamente não gostava de voar.

– Que bela noite para voar, não concorda Pink? - Tadeo disse e logo viu o olhar mortal da mulher sobre si. - Hehehe, calma. Vamos logo levar a garota lá pra dentro.

Bóreas e Tadeo levavam Mônica enquanto Pink os guiava até o quarto. Haviam alguns empregados limpando a casa, ou fazendo guarda. Tudo era muito bem cuidado e protegido.

O quarto de Mônica ficava no segundo andar, o que não agradou muito aos dois rapazes, mas fizeram um esforço. O quarto era grande e muito confortável. Colocaram a garota na grande cama de casal e suspiraram aliviados.
– Missão cumprida. – Disse Bóreas.

– Ainda não, quero receber minha parte. – Falou Tadeo.

– Vou avisar ao chefe que trouxemos a garota. – Dizendo isso, todos saíram do quarto e o trancaram. Pink ficou com a chave, os homens desceram. Ela pegou o celular e discou o número conhecido.

– Sim? – Disse a voz grave do outro lado assim que atendeu.

– Ela está aqui senhor. – Foi direto ao ponto. – Como nos mandou.

– Ótimo, bom trabalho. – Ele disse. – Amanhã estarei de volta, tive outros problemas para resolver. Certifique-se de que ela seja bem tratada.

– Sim senhor. – Falou. E ele desligou.

De todos os homens que já conheceu, este era o mais perturbador. Tinha algo em seu chefe que lhe dava calafrios, tinha pena da pobre menina.

...

Mônica aos poucos ia recobrando novamente a consciência. Seu corpo com mais dificuldade de acordar do que a última vez. Quanto tempo havia dormido? Pensou.

Abriu os olhos, os mesmos protestavam e queriam continuar fechados, mas ela fez um esforço. Reparou que o quarto era diferente do que estava antes. O espaço era muito maior, a cama era mais macia, não tinha um banheiro e as janelas eram maiores.

Sua cabeça rodava, tentou se sentar, mas o esforço só fez ela voltar a deitar. Que tipo de droga havia lhe dado? Respirou fundo e tentou se acalmar. Assim que se sentiu melhor, se sentou novamente e dessa vez deu certo.

Onde estou? – Pensou Mônica.

Sentiu que estava meio fraca, por isso temeu se levantar, mas para começar se levantou apoiando-se em um dos pilares da cama. No começo deu certo, mas continuou a respirar fundo.

Vamos lá, Mônica, você consegue. – Pensou, motivando-se.

Um passo de cada vez, ela seguiu até a porta. Qual não foi a sua surpresa ao ver que estava trancada. Sua única saída, até agora. Foi verificar a outra porta, onde havia um grande banheiro com banheira de hidromassagem e tudo.

Era um quarto bem luxuoso, parecido com de um hotel, mas duvidava que estivesse em um. Resolveu olhar a janela, outra surpresa. De lá podia ver um grande jardim cercado por um muro alto. E Mais além, pastos muito, muito longe. Talvez devesse estar numa colina, pensou.

O parapeito da janela servia também como um lugar para se sentar, ficou ali vendo o nascer do sol pensando em seus amigos, Carla, Cebola... Como estariam todos? Preocupados? Tentando encontrá-la talvez?

Assim que o sol se distanciou da terra no horizonte, alguém bateu na porta do quarto, Mônica saltou de susto, mas disse a para a pessoa entrar.

– Bom dia. – Disse uma mulher entrando com uma bandeja de café da manhã, ela deixou em cima da mesa. – Dormiu bem? – Perguntou gentil.

– Acho que sim, obrigada.

– Que bom. – Ela falou. – Bem, aproveite seu café da manhã, daqui a pouco trarei roupas novas para você se trocar.

Dizendo isso, ela fez uma reverência e saiu. Mônica achou tudo aquilo muito estranho, mas deixou isso pra lá. Seu estômago fala mais alto do que tudo, quase correu até a bandeja e devorou tudo que tinha ali.

Vinte minutos depois a empregada voltou, ela deixou um vestido vermelho e roupas íntimas para ela se trocar após o banho, levou consigo a bandeja de café da manhã que deixara.

– Não demore, tem visita pra você. – Disse a mulher novamente, a voz tão tranqüila que quase se esqueceu de que fora seqüestrada e trancada no quarto.

Correu para o chuveiro e deu graças por aquela água morna, estava se sentindo muito suja e começara a suar de nervoso.

Afinal, o que querem de mim? – Pensou.

Após alguns minutos, ela saiu do box e se enrolou numa toalha que havia ali. Pegou o vestido vermelho que lhe deram, simples, mas muito bonito. O mais estranho é que deu perfeitamente nela.

Saiu do banheiro e ouviu batidas na porta, teria ido até lá para abrir, mas lembrou que a mulher havia fechado quando saiu, só lhe restava dizer “entre” e foi o que fez.

A porta abriu e Pink apareceu. Mônica ficou surpresa e aliviada, pelo menos, um rosto conhecido, não de um jeito bom.

– Olá. – Disse Pink. – Vejo que já está bem.

– Pink? – Mônica falou involuntariamente.

– Eu mesma. – Falou, e ouviu um click do outro lado da porta, alguém estava lá fora. – Então, como...

Pink nem teve a chance de terminar a frase, Mônica partiu pra cima dela, segurou ela contra a parede, mas Pink conseguiu empurrá-la com o pé. Agora, Mônica foi segurada e derrubada no chão, mas não se deixou abater, ajoelhou Pink com força, esta segurou o gemido de dor.

Ela retribuiu com uma cotovelada nas costelas de Mônica e tentou segurar seus braços, mas não parava de se mexer, e conseguiu empurrar Pink de cima dela. As duas rolaram para lados opostos e ficaram de pé.

– Droga! Não dá pra gente conversar? – Pink pediu, mas Mônica pegou um jarro de flores que estava no criado mudo e jogou nela, mas Pink desviou. – Já vi que não.

Pink correu, agarrou Mônica no tronco e a derrubou, tentou novamente segurar seus braços e imobilizá-la, mas Mônica fez um esforço braçal e conseguiu virar os corpos, agora, por cima de Pink, lhe deu um soco de direita no rosto. Tinha tido umas aulas de luta e sabia como fazer algumas imobilizações, mas Pink parecia também saber alguns truques.

Quando Mônica estava quase conseguindo segurar Pink, esta fez um movimento rápido, agarrou a coberta na cama, jogou sobre as duas, conseguiu se livrar de Mônica na confusão e a enrolou rapidamente.

Mônica foi enrolada como um tapete velho. Tentou sair dali, mas era impossível, Pink a rolou para que conseguisse olhar para ela.

– Ok, chega por enquanto. Acalme-se, nervosinha. – Falou.

– Sua... Você me drogou! E me trouxe pra cá. – Acusou.

– Está brava com isso? Já fiz coisas piores. – Falou com desdém. – Pelo menos saímos daquele barraco, não gostou do seu quarto novo?

– Onde estou? Que lugar é esse? Por que me trouxe aqui?

– Muitas perguntas, uma resposta, mas não posso dizer. – Falou. – Sinto que vai ter que segurar sua curiosidade para mais tarde, o cara quem pediu para te trazer pra cá só vai chegar ao final do dia.

– Quem?

– Desculpe, ele mesmo quer se apresentar. – Pink se levantou, mas segurou com o pé a Mônica enrolada. – Não poderá sair do quarto até lá, ou até aprender a se controlar e não atacar as pessoas por aí.

Tirou o pé e foi em direção a porta, falou um ‘até logo’ e saiu.

Hehehe, que droga... Ela tem uma boa direita. – Pink pensou, colocando a mão no rosto.

...

Depois do episódio com Pink, Mônica voltou pra cama. Não sabia se deveria chorar ou gritar por ajuda, mas a mais cabível seria a primeira opção, já que ninguém iria fazer nada para ajudá-la.

E foi o que fez por um tempo, chorou pensando nas pessoas que estavam preocupadas consigo e ela com eles, por estar presa e não poder fazer nada, por não saber o porquê de estar ali.

Havia um relógio em cima de um móvel que dava para ver da cama, quando marcou meio dia em ponto, ouviu batidas na porta. Tentou ajeitar melhor a cama e se sentou.

– Entre.

– Olá querida. – Era a empregada novamente. – Está com fome? – Ela carregava uma bandeja com um prato de macarrão, carne e salada. Junto com um suco e um pudim de chocolate. Parece até que estou num hospital, mas a comida é melhor.

– Obrigada... – Agradeci. -... Como é o seu nome?

– Abigail. – Ela sorriu. – Qual o seu?

– Mônica.

– Prazer em conhecê-la, agora, preciso ir, muitas coisas a fazer. Coma tudo hein? – Dizendo isso, ela deixou a bandeja no criado mudo e saiu.

Sei que o momento é ruim, mas nossa, que mulher gentil. – Pensou Mônica.

Ela aproveitou seu almoço, que estava uma delícia. Quando terminou, deixou tudo no criado mudo mesmo.

Deu mais uma olhada em volta do quarto, e só agora reparou na estante de livros. Que não era pequena, ia do chão até o teto, abarrotado de livros.

– O que mais tem pra fazer não é? – Dizendo isso, foi escolher algo para ler e matar o tempo.

Pegou um conto, apesar do momento gostava do gênero. A história falava sobre um rapaz que cresceu numa pequena fazenda, perto, havia uma aldeia administrada por um Conde que achava que estava no controle de tudo.

Um dia, o menino fez uma travessura, ele roubou um objeto da casa do Conde, este descobriu e disse que ao tal menino, que ele não valia de nada e só traria desgraça e desonra para sua família.

Chateado e envergonhado, o menino fugiu.

Anos se passaram, o menino cresceu e se tornou um homem. Ele voltou a aldeia em que nasceu montado em um belo cavalo e foi à casa do Conde. Ele estava almoçando, junto com uns amigos, e nossa... Ficou muito surpreso por vê-lo novamente.

O menino, que agora era um homem, disse que havia se tornado o melhor ladrão de todos! Não tinha ninguém como ele no mundo.

O Conde então deveria dar a ordem de matá-lo, já que ladrões eram punidos com a morte, mas ele pensou em coisa melhor. Para humilhá-lo, o Conde desafiou o ladrão, se ele passasse no teste e provasse seu valor, não o enforcaria, mas se falhasse...

O ladrão concordou, e pediu que lhes dissesse o que teria que fazer. O Conde cochichou em seu ouvido para que ninguém mais ouvisse: Você terá de roubar meu cavalo, o lençol da cama de minha mulher, a aliança dela e conseguir tirar o padre e seu assistente da igreja.

O ladrão aceitou o desafio.

Naquela mesma noite, o Conde mandou seus melhores homens vigiarem o cavalo. Um iria segurar o rabo, o outro segurar as rédeas e mais um montado no cavalo, outros três ficariam de guarda. Mais tarde, uma senhora passou pelo estábulo, os homens se assustaram, mas mandaram-na ir embora. A senhora perguntou se não poderia entrar um pouco, já que estava quase para chover. Os guardas deixaram.

A senhora carregava vinho com ela, um dos guardas pediu um pouco, ela lhe deu. A velha senhora perguntou educadamente se os outros queriam também e eles aceitaram. Pouco depois, os guardas começaram a cair no sono até realmente apagarem, a velhinha tirou seu xale que cobria a cabeça e se revelou ser o ladrão. Ele facilmente tirou o cavalo dali.

No dia seguinte, o ladrão apareceu à porta da casa do Conde com o cavalo. O Conde ficou furioso, mas sabia que ele não conseguiria as outras coisas.

Naquela noite, o Conde montou guarda em seu próprio quarto, não deixou a mulher dormir e estava armado. De repente, o som de algo na janela foi ouvido o Conde se preparou e quando o ladrão apareceu, atirou. O corpo caiu.

O marido foi conferir enquanto a mulher esperava, o Conde viu rastros de sangue e o seguiu.

A mulher, chorando pela morte do ladrão foi surpreendida por seu marido na janela. O Conde pediu o lençol para enrolar o corpo e enterrar no quintal, pediu também a aliança, já que fora por aquilo que ele tinha morrido, sentiu pena do rapaz.

A mulher lhe entregou o que o marido lhe pediu e voltou para a cama. Já o marido, correu com as coisas e montou em seu cavalo, fugindo dali.

Na manhã seguinte, o ladrão reapareceu com o lençol e o anel, e viu o Conde com uma arma. O Conde pensou que tinha visto um fantasma, disse que tinha atirado no ladrão noite passada. Foi então que ele lhe mostrou o verdadeiro corpo, um espantalho. E o sangue no chão, era a geléia de sua mãe.

O Conde estava com muita raiva, mas sabia que o ladrão não conseguiria a última tarefa.

Antes de cair a noite, o Conde mandou seus homens prenderam o padre e seu ajudante na igreja e que não os deixassem sair por nada neste mundo.

Ao cair da noite, o ladrão começou a agir. Pegou caranguejos e colocou velas acesas em cima de cada um, e os deixou livres para andar pelo gramado. O ladrão colocou uma manta para cobrir seu rosto e com um latão e usou para sua voz sair mais alta do que um trovão.

Começou a dizer que o fim do mundo estava vindo, e que ele era o São Pedro, pedindo para que as almas se apresentassem a ele para levá-los ao céu.

O padre e seu ajudante ouviram aquilo e pediram passagem para os guardas que estavam amedrontados. Os dois chegaram perto da divindade e este pediu que eles entrassem num saco, para levá-los mais facilmente ao céu. E eles obedeceram.

O ladrão carregou os dois até um sótão onde viviam os pombos e ficaram lá presos a noite toda. No dia seguinte, o ladrão contou o que tinha acontecido. O Conde não ficou com raiva, mas impressionado, mesmo sendo um ladrão, ele mostrou ser mesmo bom em seu ofício. Assim, o ladrão foi perdoado, o Conde retirou o que tinha dito sobre ele. Seus pais estavam orgulhosos e ele prometeu nunca mais voltar a vila, exceto para visitar seus pais.

Ele correu a tarde toda para outra aldeia onde fugira e lá, encontrou sua mulher e seu mais novo e primeiro filho que ainda não conhecia. Feliz por estar em casa de novo e estabelecido sua honra.

– Que história intrigante... – Disse Mônica. – Um ladrão se dá bem no final.

– Surpreendente, não? – Disse outra voz que Mônica nunca ouviu na vida.

Ela pulou de susto com o velho a sua frente, nem tinha notado que a noite caíra. A história era tão longa assim?

– Desculpe assustá-la, mas você estava tão concentrada aí que não quis interromper. – Ele sorriu. – Olá, meu nome é Henry Feitoso.


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Notas finais do capítulo

Finalmente! Está aí o nosso cara do mal. Comentem e falem o que acharam do capítulo, agora irei me retirar para o sofá, minhas costas estão doendo... Ai...


Té+!



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