Te Amar Ou Te Odiar? escrita por Dani25962


Capítulo 41
Procurando pistas


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, ainda estão aí?


Bem, antes tarde do que nunca. Feliz 2016! Como foram suas festas e virada de ano? (Eu levei um banho de champanhe de uma maluca na praia). Sem mais delongas, fiquem com mais um capítulo. Mais falatório no final.



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Carlos era o dono do Larry's, o nome do estabelecimento foi batizado por seu avô, Larry.

Ele olhou para o homem de terno ao seu lado e suspirou cansado.

– Não, não encontramos nada. - Ele falou. - Este aqui é Larry Martínez, agente do FBI, também perito em sistema de segurança.

– Mesmo com o FBI não acharam nada? - Disse Titi.

– Nada por enquanto. As pessoas que fizeram isso foram espertas, invadiram o sistema de câmeras deste prédio e das casas mais próximas em qualquer direção num raio de um quilômetro. - Larry falou. - Minha equipe está fechando o local, se eles foram descuidados e deixaram algo para trás nós vamos descobrir.

– Tem algo que possamos fazer? - Magali perguntou.

– Sei que devem estar aflitos e preocupados com a amiga de vocês, mas eu também estou. A avó dela, Susan era minha irmã. - Ele disse entristecido. – Por isso vou fazer o que puder para salvá-la. Vocês podem ir pra casa, vou continuar com as investigações, mas se precisar de algo acho que posso contar com vocês.

– Pode mesmo. - Laura confirmou.

– Só... Só não demore a dar notícias. - Magali pediu.

– Tudo bem. – Larry assentiu.

– Antes de irem, poderiam ir falar com o amigo de vocês lá fora? - Disse Carlos.

– Cebola?

– Sim, ele não está muito bem.

O grupo deixou o Larry's e viram seu amigo sentado no meio fio, com o rosto enterrado nos joelhos.

– Coitado... – Jason falou.

– Demos ir lá falar com ele? – Perguntou Ana.

– Ele não deve estar muito a fim de papo. Podem ir pra casa, eu cuido dele. -Cascão falou e os outros concordaram.

Cascão se aproximou do amigo de infância, receou um pouco em se aproximar, não sabia como ele estava e detestava vê-lo triste.

– Cebola? - Cascão tocou em seu ombro. - Tudo bem cara?

– Não muito. – Cebola murmurou.

– Ei... Vamos! Não perca as esperanças, nós vamos encontrá-la. – Tentou animá-lo.

Cebola levantou a cabeça e olhou para o amigo.

– Eu sei, não vou desistir, mas ainda assim. Tenho medo de que façam algo a ela. – Desabafou Cebola.

– Ei. É a Mônica! Ela sabe se defender. – Cascão sorriu. – Vamos, vou te levar pra casa.

Cebola se levantou e foi em direção ao carro de Cascão que não estava muito longe.

“Não se preocupe meu amor, eu vou te encontrar. Eu prometo”, pensou Cebola.

...

Numa colina longe da cidade, uma mansão se erguia dentre as árvores. Esta era habitada por um homem apenas, assim como sua casa, se encontrava em tremenda solidão num mundo onde existem tantos outros como ele.

Um carro o esperava na garagem da casa, a porta da mansão foi aberta e de lá saiu um homem com aparência de sessenta anos vestindo um grande casaco por cima do terno, por causa do frio das montanhas.

Ele entrou numa limusine que logo passou pelos grandes portões rumo á estrada tortuosa e curva. Pelo computador que havia no carro, ele abriu o Skype e começou uma tele-conferência com um de seus funcionários.

–... Os carregamentos atrasaram, mas não interferiu no andamento da obra. – Disse um homem no monitor, era jovem, não mais que trinta anos.

– Ótimo, e enquanto a próxima remessa de madeira?

– O caminho até a floresta é estreita e de difícil acesso, mas não deve demorar mais de dois dias para chegar ao porto.

– Quero que tomem cuidado, precisa chegar em ótimas condições. – Exigiu. – Não quero mais problemas como o episódio do mês passado quando perderam cinco toras.

– Pode deixar. Você irá à reunião amanhã?

– Sim, preciso confeccionar tudo eu mesmo, não confio nesses idiotas. – Disse. - Vou desligar.

Dizendo isso fechou a vídeo conferência. Colocou o computador de lado e olhou para seu motorista.

– Quanto falta para chegarmos? – Falou impaciente.

– Não mais que uma hora, senhor. – Disse o motorista.

– Vá mais depressa, não posso me atrasar para pegar o avião.

– Mas o avião é seu senhor...

– Não ache desculpas para não fazer o seu trabalho. Quero estar no aeroporto o mais rápido possível. – Dizendo isso, apertou um botão para fechar uma janela levadiça entre o passageiro e o motorista.

– Sim senhor. – Disse o pobre motorista antes da porta se fechar completamente.

O velho suspirou. “bando de incompetentes...”. Ele pegou o celular, entrou numa pasta chamada galeria e abriu uma foto. A foto era de uma mulher que não tinha mais que vinte anos, cabelos castanhos curtos e olhos da mesma cor, mas mais gentis e alegres.

– Falta tão pouco agora... – Disse a si mesmo. – Logo, logo querida, nós vamos estar juntos, nada e nem ninguém irá nos separar. Nunca mais.

...

Cebola estava sentado em uma das cadeiras do balcão da cozinha, não sabia que horas eram, mas estava escuro. Fazia dois dias que estava confinado naquela casa sem poder fazer nada. De acordo com Larry, ele também poderia estar correndo perigo, então seria melhor ficar em casa sendo vigiado 24 horas.

As aulas começariam em poucos dias, seria o último semestre antes de começar a faculdade. Tinha o sonho de gerenciar todo o trabalho que seu pai e o avô de Mônica fizeram ao longo de tantos anos. Marcio tinha várias empresas em seu comando, entre elas, o seu primeiro negócio, que foi com uma empresa de construção e materiais chamada EcoConstrutora.

Com o sucesso desta empresa, ele conseguiu abrir outras não necessariamente voltadas para construção. Ele montou ONGs para ajudar os necessitados, escola para vários países, reformou casas destruídas por desastres naturais, ajudou em reservas naturais.

Marcio era realmente alguém sem apego a bens materiais e que conseguia se manter muito bem financeiramente, sem arrumar um jeito fácil como tantos outros por aí.

Ele era um homem bom, pensou Cebola, queria ter tido mais tempo com ele para aprender...

Mas do que todo o meu esforço para ter uma boa vida adianta sem ela?

Há dois dias ele não pensava em outra coisa que não seja sua amada amiga de infância e esposa. Todas as possibilidades de onde ela estaria agora passaram pela sua cabeça, mesmo a contra gosto. Não conseguia evitar seu pessimismo, mas sua vontade de encontrá-la era maior do que tudo.

– Cebola? – Carla entrou na cozinha. – Pensei que estava dormindo.

– Não consegui. – Ele disse.

– Entendo, eu também não consegui, estou com os pensamentos á mil. – Ela falou dando a volta no balcão e indo para a pia. – Vou fazer um café para nós.

Cebola continuou em silêncio enquanto Carla fazia o café, ele estava envolto em seus próprios pensamentos, por isso não ouviu nada do que ela falava.

– Cebola. – Carla disse, finalmente conseguindo a atenção dele. – Acho que precisa começar a dormir, não está nem mais nesse mundo.

– Desculpe Carla. O que dizia? – Disse Cebola.

– Eu perguntei se Larry não entrou em contato. – Ela perguntou e ele fez que não com a cabeça.

– A última vez que nos falamos foi ontem, mas ele ainda estava investigando. – Cebola falou.

– Espero que a encontrem. – Carla entregou uma xícara de café para Cebola, que agradeceu. – Esta casa fica muito fazia sem ela.

Ela olhou para Cebola, ele estava com um semblante muito triste.

– Você não faz ideia. – Ele falou. – Durante muito tempo ela fez parte da minha vida, e agora... Ela está em perigo e eu não posso fazer nada pra ajudar.

– Querido... – Ela se ajeitou na cadeira. – Você não faz ideia.

– Você já perdeu alguém, Carla? – Ele perguntou olhando para a xícara de café.

– Sim. – Ela falou e ele a olhou meio surpreso. Carla sempre foi uma mulher tão gentil e alegre, nunca passava a impressão de algo ruim já acontecera á ela. – Perdi meu marido há muito tempo. Ele morreu em um acidente, eu o amava muito. – Ela disse com um sorriso triste. – Foi na noite de nosso terceiro ano de casados, tínhamos acabado de pegar nossa filha na casa do pai dele. De repente, o carro perdeu o controle e bateu contra uma árvore... Eu sobrevivi, mas...

Ela começou a chorar, Cebola pegou em sua mão.

– Tudo bem se não quiser continuar. – Ele falou, mas ela negou com a cabeça.

– Não, eu preciso falar, esse assunto vem me atormentado por anos sem desabafar com ninguém. – Ela respirou fundo. – Foi uma confusão na hora, eu me lembro de pouca coisa por ter batido a cabeça. Quando acordei no hospital, meus sogros estavam lá.

– E seus pais? – Cebola perguntou.

– Eu nunca os conheci, sou órfã. – Ela declarou e Cebola a olhou surpreso, mas deixou continuar. – Eles estavam felizes por eu ter acordado, mas quando perguntei onde meu marido e minha filha estavam eles hesitaram. – Ela respirou fundo. – Foi então que uma dor tão grande tomou conta do meu coração que quase tive um ataque cardíaco. Meu marido tinha morrido na hora, minha filha morreu enquanto estava a caminho do hospital.

Carla começou a chorar silenciosamente, Cebola apenas a observava.

– Eu... Eu queria ter tido mais tempo com eles. Queria ter criado nossa menina juntos, queria... – Ela não conseguiu segurar a emoção e começou a chorar pra valer.

Cebola se levantou e a abraçou. Não disseram nada por um tempo.

– Eu sinto muito. – Ele falou quando sentiu que ela se acalmou. – Eu não sei como se sente, mas...

– O que? – Carla se afastou um pouco para olhar para ele. – Cebola, você é um dos quem mais entende a minha dor. A morte de seus pais, Susan e Marcio, agora o desaparecimento de Mônica, não sei como eu agüentaria isso, mas você ainda levanta todos os dias. – Ela enxugou algumas lágrimas. – Apesar de vocês dois não terem começado o relacionamento como o mar de mil maravilhas como tantos outros, eu os admiro muito.

– Sério?

– Muitos casais começam com o namoro ás mil maravilhas e apenas depois colocam as cartas na mesa e mostram do que realmente são capazes. – Ela falou. – Você e Mônica nunca se deram bem, brigavam o tempo todo, discutiam, mas ao mesmo tempo a ligação de vocês era e é tão forte. – Ela riu. – Podemos dizer que todas as cartas que vocês tinham foram postas na mesa e as mil maravilhas vão ser aproveitadas sem surpresas desagradáveis.

– É... Confesso que houve um tempo em que eu a odiava, mas esse ódio ao longo do tempo não passava de uma fachada. Quando comecei a pensar na possibilidade de gostar dela fiquei com muito medo. – Falou. – Medo por me apaixonar e não ser correspondido.

– Mas que bom que as coisas deram certo no final não é mesmo? – Carla disse.

– Verdade. – Cebola sorriu.

De repente a campainha da casa tocou. Os dois se olharam e no instante seguinte correram para a porta. Quando Cebola abriu a porta tentou não parecer tão afobado e ansioso, mas quando viu quem era foi difícil esconder a decepção.

– Oi Cascão... – Ele falou.

– Nossa, que animação! Parece até que não me quer aqui. – Falou Cascão com o orgulho ferido.

– Não é isso querido, pensamos que fosse outra pessoa. – Carla disse. – Por favor, entre.

– Obrigado. – Cascão entrou. – Então, sem notícias da Mônica?

– Até agora nenhuma, e já estou ficando cansado de tanto esperar. – Desabafou Cebola.

– Infelizmente é que o que dá pra fazer, também não agüentava mais ficar em casa e resolvi vir pra cá. – Falou Cascão sentando-se no sofá.

– Como estão seus pais? – Carla perguntou.

– Estão bem, preocupados com a Mônica, mas bem. – Disse. - E você cara? Como está?

– Fisicamente ou emocionalmente? – Falou Cebola.

– Esquece, acho que já sei a resposta. – Cascão sorriu solidário. – Não se preocupe, vai dar tudo certo.

– Espero que sim.


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Notas finais do capítulo

Pobre Mônica... O que vai acontecer com ela?

Primeiro, quero agradecer ao comentário de Jessy Chan Meneves, por me fazer lembrar de que tinha uma parte da história já pronta e esqueci de postar. Maldade? Não. Definitivamente. Terceiro ano, último trimestre. ENEM. FAESA. UFES. FAACZ. (Pra quem não sabe, são as provas que fiz, três delas faculdades) Formatura. Formatura do meu irmão (agora um biólogo S2). Meu niver de 18 anos. Teste pra tirar carteira de motorista.

Ufa. Sério, me desculpem, mas apenas essas coisas me tiraram de foco um pouquinho pra me lembrar da história. MAS, antes de começar o terceiro trimestre eu me concentrei nesta querida história por uns dias e consegui alguma coisa. Então, postartei em seguida mais dois capítulos. Acho que pode contar como um pedido de desculpas. TÉ+!... TÉ logo alias. :P



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