Te Amar Ou Te Odiar? escrita por Dani25962


Capítulo 35
A saudade aumenta


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Já faz um tempinho né?

Sei que alguns devem estar odiando essa demora, mas eu estava aproveitando minhas férias, o que eu poderia fazer?

Além disso eu passei a maior parte do meu tempo sem internet, isso dói na alma sabiam?!

Bem, isso não quer dizer que não fiz nada a respeito não é? Espero que gostem desse capitulo.



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Pov. Autora

...

Estava uma linda manhã naquele dia. Havia acabado de preparar o café da manhã, e apenas esperava o Sr. Sousa aparecer.

Alguns minutos depois ele apareceu devidamente vestido com um terno cinza, para ir ao trabalho.

– Bom dia Carla. - Ele cumprimentou-a.

– Bom dia Sr. Sousa. - Ela falou e notou um bocejo vindo do patrão antes de tomar café. - Parece cansado.

– Não dormi muito bem, passei parte da noite preparando o material para uma reunião. - Suspirou cansado. - Se tudo der certo, hoje poderei pelo menos ter uma boa noite de sono novamente.

– Bem, boa sorte então. - Carla disse gentilmente ao mais velho.

– Obrigado. - Falou tomando uma dose de café. - Infelizmente eu tenho que ir, tenha um bom dia.

– O senhor também. - Ela falou antes de vê-lo sair.

Já se passavam das nove da manhã quando Carla se deu conta de que certa garotinha de quatro anos ainda continuava na cama.

– Tia Carla! - Ouviu um grito infantil vindo do andar de cima. - Tia Carla! Socorro!

Assustada com o grito da menor correu para o segundo andar da mansão até o quarto dela o mais rápido possível.

– Mônica?! - A chamou, mas não a encontrou.

A cama estava desarrumada e não tinha nenhum sinal da garota no quarto.

– Tia Carla! - A ouviu novamente, e agora percebeu que a menina estava no banheiro.

Andou rapidamente até lá, mas quando chegou não soube fazer outra coisa a não ser rir.

– Mas o que houve aqui? - Ela perguntou olhando para a garota.

Mônica estava coberta de espuma dos pés a cabeça dentro da banheira, e a água estava ligada. Carla foi rapidamente fechá-la antes que transbordasse da banheira.

– Mas o que você estava fazendo afinal de contas? - Ela perguntou mergulhando o braço na banheira para achar a tampa do ralo e escorrer toda aquela água.

– E-eu acordei e estava com calor... E-então eu vim aqui, liguei o chuveiro e coloquei sabão como você sempre faz... M-mas eu escorreguei e não consegui alcançar aquele negócio pra fechar, e tinha sabão demais e... - Ela falou com uma voz chorosa, o que quase estava mesmo prestes a fazer. - D-desculpe tia Carla...

Carla apenas sorriu com o constrangimento dela, o que ela tinha feito era errado, mas mesmo assim não conseguia se zangar com aquele anjinho em sua frente.

Ela ligou o chuveiro novamente tirando todo aquele sabão da banheira e de Mônica, assim que terminou enrolou a menina em uma toalha e a levou para o quarto.

Deixou-a em cima da cama. Assim que começou a secar o cabelo dela olhou para seu rosto e viu o semblante triste da pequena.

– Mônica... Olhe pra mim. - Ela pediu carinhosamente. - Não estou brava com você, só que você me deixou preocupada, se queria tomar banho por que não me chamou?

– E-eu achei que podia sozinha... Parece tão fácil quando você faz... - Ela falou meio baixinho, mas Carla pode entender.

– Ah! Então minha garotinha já quer se tornar independente? - Carla perguntou achando graça.

– O que é independente? - Mônica perguntou curiosa e Carla sorriu da inocência dela.

– É quando uma pessoa não precisa da outra para ajudar a fazer as coisas, por exemplo, você tentando tomar banho sozinha. - Ela explicou.

– Ah... Mas eu acho que ainda preciso de ajuda com isso... - Ela disse corando de vergonha.

– Não se preocupe você ainda vai ter muito tempo pra aprender. - Ela falou. - Agora, que tal você se vestir com esse vestidinho vermelho e me ajudar a fazer um bolo de cenoura?

– Oba! - Mônica falou entusiasmada, afinal adorava a comida e principalmente os bolos de Carla.

...

– 7... 8...9...10! Lá vou eu! - Mônica exclamou.

Ela olhou em sua volta, mas não a encontrou. Começou a correr pelo quintal a procura dela...

Passaram-se dois minutos e nada. Onde ela estaria?

Chegou perto de alguns arbustos e olhou atrás deles, mas nada...

– Buuu! - Alguém a tocou por trás.

– Ahhh! Ela pulou de susto. - Tia Carla! Isso não vale!

– Hahaha! Tudo bem! Desculpe! Não resisti. - Ela falou rindo.

– Não tem graça brincar com você. - Ela disse emburrada.

– Ora, por quê? - Perguntou.

– Por que eu não consigo te achar! Você se esconde muito bem.
– Ela falou cruzando os braços.

– Ora, nesse jogo esse é um elogio e tanto, afinal estamos brincando de pique-esconde. - Ela falou também cruzando os braços.

– Mesmo assim, não tem graça... - Ela falou ainda emburrada.

– Ah é? E você acha isso engraçado? - Ela falou pegando a menina no colo e começou a fazer cócegas nela com a boca.

– Hahaha! A-Acho! Hahaha! - Ela riu e começou a espernear nos braços de Carla tentando sair dali.

Carla riu junto com ela e se sentou na grama parando de fazer cócegas.

– Tia Carla? - Mônica chamou sua atenção enquanto olhava para as rosas. - Por que você gosta tanto de flores?

– Bem... Sempre gostei desde criança. - Ela falou. - Existem variados tipos de flores, mas cada uma tem uma beleza única.

– E qual é a sua favorita? - A pequena perguntou.

– As rosas. - Ela respondeu. - Sabe de uma coisa? Se você fosse uma flor Mônica, acho que você seria uma rosa vermelha.

– Ahn? Uma rosa vermelha? Por quê? - Perguntou confusa.

– Elas são belas, seus espinhos são como uma proteção, o que representa a sua força, e, além disso... Vocês duas adoram vermelho. - Ela falou sorrindo para Monica.

– Hum... - Ela colocou o dedinho sobre a boca parecendo estar pensando. - Ah! Já sei qual flor a Magali seria! Ela exclamou animada.

– Mesmo? E qual é? - Perguntou.

– Ela seria um girassol! - Ela falou. - Por que ele é amarelo e ela adora amarelo, além disso, ele tem sementes e a Magali sempre esta comendo alguma coisa quando a vejo.

As duas riram com a comparação.

Ficaram ali observando o jardim por um tempo, apenas olhando o balançar das folhas em meio a brisa do vento.

– Hum... Tia Carla? Acha mesmo que sou uma rosa?

– Claro que sim! Por quê?

– Bem, é que eu não acho, estou mais pra aquelas ali mais simples, as rosas são tão bonitas, como posso me parecer com elas? - Ela perguntou.

Carla sorriu para ela, se levantou e pediu que Mônica a acompanhasse. Elas se ajoelharam perto do canteiro de rosas que havia ali.

– Está vendo aquele brotinho ali? - Ela perguntou. - Daqui uns dias vai se tornar uma linda rosa. - Ela falou e viu o semblante da menor se tornar confuso.

– Sério? - Perguntou e Carla assentiu. - Mas... É tão pequena.

– Ela ainda é um bebê, assim como você. - Carla falou.

– Não sou um bebê! - Mônica falou cruzando os braços. - Eu já tenho seis anos!

– Claro! - Carla sorriu. - E como esse brotinho, você vai crescer e se tornar uma linda rosa.

– Acha mesmo? - Ela perguntou esperançosa.

– Sem duvidas querida. - Ela disse e ganhou um abraço de Mônica. - Agora, o que acha de continuarmos a brincar?

– Tudo bem! Mas dessa vez você conta!

No segundo seguinte viu Mônica correr pelo jardim, dando inicio á brincadeira.

...

Carla sorriu nostálgica com essas lembranças, sua garotinha havia realmente se tornado a mais linda das rosas e agora sentia tanta falta dela...

Nunca aquela mansão ficara tão vazia como agora. Estava acostumado a mais movimento dos moradores e não apenas dos empregados.

Tanta coisa mudou desde aquela época, como gostaria que tudo voltasse a ser como era antes, sem toda essa história de assassinatos...

Estava preocupada com Mônica e Cebola, mas também estava tão feliz pelos dois. Finalmente se entenderam depois de tanto tempo.

Riu sozinha com as lembranças de quando os dois eram apenas crianças.

E... Apesar de que Mônica sempre dizia que ele a irritava incessantemente e que o odiava, isso não era verdade, pelos menos, não era tudo o que ela sentia.

Ela viu, que mesmo brincalhão Cebola sempre fora muito gentil e atencioso nos momentos difíceis com ela.

E Mônica pode não lembrar, mas há uma lembrança que ela jamais esquecerá e que pra ela foi o primeiro indicio de que havia algum amor verdadeiro entre essas duas crianças.

...

Estava cuidando do jardim aquele dia, quando ouviu alguém correndo pelo gramado. Quando foi ver quem era, se surpreendeu ao ver Mônica chegar perto do lago e se sentar em baixo da arvore.

Pensou em ir até lá para ver o que estava acontecendo, mas parou assim que ouviu outra pessoa chegando, era Cebola, o garoto que havia vindo do Brasil ano passado, ele tinha oito anos assim como Mônica e ele era muito "chato", bem, pelo menos era assim que Mônica o definia.

– Mônica! - Ele a chamou, mas ela não respondeu. - Mônica! Onde você esta? Ele andou para mais perto do lago. - Mônic... Ah! Achei você!

Ela pensou que estavam brincando, mas mudou de ideia assim que começou a ver as reações de Mônica.

– O que esta fazendo aqui? Por que me seguiu?! Não tem coisa melhor pra fazer do que se intrometer na minha vida?! - Ela gritou, e pelo tom da voz, estava chateada.

– Eu quero saber! Foi você quem colocou aquele papel na minha bolsa me zoando por causa do que ouve com a minha mãe? - Ele perguntou, e mesmo que a voz fosse apenas de uma criança ele estava sério.

– É claro que não! Por que eu iria fazer isso? - Ela perguntou confusa.

– Bem, alguém fica colocando essas mensagens idiotas como: "Ah! Agora o bebe não pode chamar a mamãe quando for apanhar", ou "Quem vai trocar suas fraldas agora?", isso é ridículo! - Ele falou.

– Ridículo é você estar me acusando! - Ela falou. - Eu não tenho nada a ver com isso! Me deixe em paz Cebolinha!

– É Cebola pra você! E eu tenho certeza de que foi você quem fez isso! - Falou a acusando, ela se virou pra ele.

– Sério? Então me diga... Como pode ter tanta certeza?

– Você esta se vingando de mim, só por que fico te zoando de te chamando de baixinha e gorducha, mas eu nem estava brincando, é tudo verdade mesmo. - Ele disse debochando dela.

Carla sentiu uma vontade enorme de ir lá e botar aquele garoto no lugar dizer que ele não podia falar assim com as pessoas.

– Isso não quer dizer nada! Não sou esse tipo de pessoa, e nunca faria isso com ninguém! Não sou igual a você que humilha as pessoas por diversão. - Ela falou e Cebola se calou. - Se quer saber de uma coisa Cebolinha, é bom você agradecer por ainda ter seu pai e ter pelo menos conhecido a sua mãe...

Mônica deixou a frase morrer, parecia que iria chorar a qualquer hora.

– O que quer dizer? - Cebola perguntou. - Afinal, você tem seus pais e...

– Meus pais morreram quando eu nasci. - Ela falou e viu a cara de espanto dele. - Se você quer saber, se eu descobrisse quem esta fazendo isso com você com certeza eu faria alguma coisa, por que ninguém pode fazer isso com você, afinal era sua mãe.

Os dois se calaram, talvez Mônica pensou que a conversa tinha se encerrado então começou a caminhar para dentro de casa.

– Mônica! Espera! - Cebola pediu correndo até ela.

– O que foi? - Ela disse, e se não estava enganada, pode ver lagrimas descendo dos olhinhos dela.

– E-Eu... - Ele pareceu meio desconcertado e hesitante no que fazer, mas rapidamente a abraçou.

Mônica ficou imóvel, com os olhos meio assustados e o rostinho corado.

– Me desculpe... - Ele pediu com sinceridade e Mônica retribuiu ao abraço, meio envergonhada.

– Esta tudo bem... - Ela falou.

Ele se afastou um pouco e quando a olhou, levou uma mão para o seu rosto, limpando as lagrimas dela.

– Não chore... E-Eu sinto muito se te acusei sem pensar, é que... Eu... Eu sinto falta dela sabe? E... - Ele parou de falar quando ela o interrompeu.

– Não. Tudo bem, sério, eu acho que faria a mesma coisa, ou teria simplesmente procurado a pessoa certa e enchê-la de cascudos. - Ela disse e os dois riram.

– Verdade, e você têm uma boa direita. - Ele falou.

– Obrigada... Ei! Quer passar a tarde aqui? Vai ser bem legal! - Ela pediu animada.

– Ahn... Sério? Posso mesmo?

– Claro! Vem! - Ela falou o puxando para dentro da casa.

Daquele dia em diante, os dois passaram a tarde toda brincando juntos, Carla pode vê-los de perto, e percebeu que dali em diante nasceria uma bela amizade.

...

Cebola realmente havia se tornado um bom rapaz, em sua opinião.

E quem diria que aquele rapazinho que tinha apenas cinco fios de cabelo na época se tronaria o marido de Mônica? O tempo é rápido e o destino estranho, uma combinação bem maluca, mas que combina.

Parando de pensar no passado, como estariam eles agora? Aposto que aprontando alguma coisa, concluiu Carla.

...

– Ai meu Deus! E se você estiver mesmo grávida?! - Exclamou Ana.

– Deixa de paranóia! É claro que eu não estou... - Ela parou de falar e colocou a mão na boca. - Com licença...

Assim que disse isso correu para o banheiro e vomitou dentro do vaso.

– Mônica? - Ana a chamou da porta.

Mônica parou de vomitar, se levantou e limpou a boca na pia.

Já fazia dois dias que não parava de vomitar, e parecia que cada vez mais eles se tornavam mais freqüentes.

Começava a ficar preocupada. E se... E se realmente ela estivesse...

– Mônica? - Ana a chamou novamente. - Você esta bem?

Ana secou a boca da amiga com a toalha de rosto, quando Mônica a olhou não pode segurar as lagrimas.

– E se for verdade? - Ela perguntou angustiada. - E se realmente eu estiver grávida? O que... O que eu vou fazer?

Ana a abraçou tentando consolar a amiga.

– Calma. Vai ficar tudo bem. - Ela falou tentando tranqüilizá-la. - Olha, ninguém tem certeza de nada, então... Acalme-se esta bem? Eu vou a farmácia comprar alguns testes de gravidez, tudo bem?

Mônica assentiu. Elas voltaram para a sala e Mônica se deitou no sofá, viu Ana sair e dizer que voltaria logo.

Cebola e Titi haviam saído mais cedo, mas não se lembrava muito bem o motivo.

Cebola... O que... O que será que ele faria se ela realmente estivesse grávida? Afinal eram muito jovens para cuidar de uma criança.

Mas, mesmo com todo esse medo, não podia dizer que não estava feliz em certo ponto. Sempre sonhou em ter um filho, e pensar que ele seria do homem que amava, apenas fazia tudo melhorar.

Alguns minutos depois Ana chegou da farmácia com três testes de gravidez. Mônica se levantou, pegou os testes e se trancou no banheiro. O teste demorava cerca de vinte minutos para que tivesse o resultado concreto.

...

– Eu to dizendo cara! Eu tropecei! - Titi falou.

– Eu acho que a mulher não concordou muito com isso. - Cebola disse rindo do amigo.

Eles foram comprar comida para jantarem, mas quando chegaram a uma esquina, Titi tropeçou em algo e caiu em cima de uma mulher.

Ela pareceu ficar meio brava e partiu pra cima dele, o pior é que ela tinha um namorado, mas eles não ficaram ali para conhecê-lo.

– Eu vou beber alguma coisa. - Titi falou indo pra cozinha.

– Mônica? Ana? Nós chegamos! - Ele chamou, mas não viu ninguém ali. - Mônica? - Ele andou até o quarto de Ana que tinha a luz acesa, mas encontrou apenas a mesma sentada na cama. - Ana? Onde esta Mônica?

– No banheiro. - Ela respondeu.

– O que foi? Aconteceu alguma coisa? - Ele perguntou preocupado.

– Não. Bem, pelo menos ainda não. - Ela disse e viu o semblante confuso dele. Ana suspirou. - Eu comprei alguns testes de gravidez pra ela, e já se passaram três minutos do horário para saber se deu negativo ou positivo.

Com essa informação Cebola ficou preocupado, e se ela...?

– Mônica? - Ele bateu na porta. - Sou eu! Abra a porta, por favor! - Esperou alguns segundos, mas nada. - Mônica?

No segundo seguinte a porta abriu, e antes que Cebola pudesse dizer algo, Mônica o abraçou forte e enterrou a cabeça em seu peito, chorando.

– Ei... Calma! O que foi? - Ele perguntou preocupado e retribuindo ao abraço.

Cebola olhou espantado para os testes na pia. Será mesmo que...?

– Ana? - Ele a chamou.

Ana entrou no banheiro e deu uma olhada nos testes e os comparou com as instruções, no primeiro ela se assustou, e o mesmo aconteceu com os outros testes.

– O que? O que foi? - Cebola perguntou ansioso, já pensando na resposta que ela daria.

– Ah Mônica... Eu sinto muito... - Ana falou triste.

– Por quê? O que foi? - Cebola falou tão angustiado que estava a ponto de largar Mônica e verificar os testes ele mesmo.

– Os testes... - Ela falou. -... Todos negativos.

– O que? - Ele perguntou confuso.

Mas... O que tinha acontecido? Perguntou Cebola a si mesmo. Afinal Mônica se sentia enjoada com tudo fazia três dias, se não era gravidez então o que...?

– Ei pessoal! Ahn... Aconteceu alguma coisa? - Titi perguntou entrando no quarto.

– O que foi? - Ana perguntou com o humor não muito bom.

– Bem é que eu fui à cozinha pegar alguma coisa pra beber e achei esse leite aqui, não sei se vocês notaram, mas ele esta vencido. - Titi explicou.

Num clique os três entenderam tudo. Há alguns dias Ana havia comprado aquele leite por que sabia que Mônica adorava tomar leite e comer frutas todas as manhãs.

Então era isso que tinha acontecido, ela passou mal por causa do leite, não por que estava grávida.

Mônica se separou de Cebola, olhou pra ele, mas não conseguiu dizer nada. Apenas saiu do quarto e correu para o seu.

...

Pov. Mônica

Não sei quanto tempo estou aqui deitada, mas isso não importa.

Como pude ser tão burra por não perceber uma coisa tão simples?! Era apenas o efeito do leite vencido?

Por acaso eu estou tão desesperada assim?

E por que eu estou aqui me lamentando por alguém que nunca conheci, ou alguém que nem mesmo chegou a ter a possibilidade de existir?!

"Por que só de pensar nessa possibilidade você passou a amá-lo incondicionalmente", respondeu minha consciência.

E era verdade, mesmo que nunca tivesse chegado a ter uma pessoinha aqui dentro, o momento em que pensei que tinha... Em pensar que eu pudesse ter uma família completa com o Cebola... Eu me senti tão feliz...

– Mônica? - Ouvi Cebola bater na porta. - Por favor, abra a porta.

– Esta aberta. - Respondi, e no segundo seguinte ele entrou.

– Aqui... - Ele falou sentando-se na cama. - Trouxe uma coisa pra você comer.

– Não estou com fome. - Falei.

O ouvi suspirar. Acho que colocou a bandeja ou prato em cima do criado mudo e se deitou ao meu lado.

Senti seus braços fortes me abraçarem pela cintura e ele enterrou se rosto no meu pescoço.

– O que foi? - Ele perguntou. - Esta brava com o leite? Pedi pro Titi ir comprar outro pra você.

Brava com o leite?

– Não estou brava. - Falei. - Só... Meio triste.

– Ta triste com o leite? Ora mas ele apenas pregou uma peça com você. - Ele falou fazendo graça.

– Para com isso seu tonto! - Falei tentando parecer brava.

– Mas eu que deveria estar bravo! Como pode? Eu ser traído por um leite? Isso ia pegar mal pro meu lado sabia? - Ele falou e dessa vez eu tive que rir.

Me virei pra ele e lhe dei um selinho.

– Bobo! - Falei.

– Olha só... Fiz alguém rir. - Ele disse rindo também. - Sério... Por que essa cara?

– Não é nada eu só... - Suspirei. - Fiquei feliz com a possibilidade de estar grávida por um instante.

Ele beijou minha testa carinhosamente antes de olhar pra mim.

– Confesso que fiquei um pouco assustado com isso. - Ele disse e eu assenti meio triste, claro que iria, somos muito novos pra isso.

Ele me fez encará-lo novamente erguendo minha cabeça com uma de suas mãos.

– Uma pequena parte de mim ficou. Não tem ideia do quanto fiquei feliz em só de pensar que iria ter um filho com você. - Ele falou, e isso acabou me emocionando.

– Sério? - Perguntei.

– Ainda tem duvidas? - Ele perguntou sorrindo. - Eu te amo, e ter um filho com você é apenas um de muitos.

– Ah é? - E quantos filhos pretende ter? Perguntei. - Oito?

– Se é o que você quer, eu não me importaria em fazê-lo. - Ele disse meio rouco e começou a distribuir beijos em meu pescoço.

– Cebola! - O repreendi sorrindo e ele voltou a olhar pra mim.

– Não importa quantos filhos tivermos um dia, contanto que você esteja do meu lado, eu ficarei imensamente feliz em criar uma família com você... - Ele falou. - Eu te amo.

– Eu também te amo. - Falei sorrindo que nem uma boba e o beijando em seguida. - Hum... Que cheiro é esse?

– Cortei algumas frutas pra você. - Ele falou, dei uma olhada na bandeja que estava no criado mudo e tinha um pote de frutas e ao lado um suco de morango.

– Oba! - Falei passando por cima dele pra chegar até a bandeja.

– Ai! Cuidado! - Ele reclamou.

– Desculpa. - Falei com a boca cheia de uva.

Peguei a tigela e passei a devorar os pedacinhos de frutas. Ouvi Cebola rir e senti ele me abraçar por trás.

– Nunca vou entender esse seu fascínio por salada de frutas. - Ele falou, enquanto pegava um pedaço de maçã do pote.

– Essa sou eu meu querido. - Falei sorrindo, peguei um pedaço inteiro de morango coloquei a metade na boca, me virei e ofereci a outra metade a ele, que aceitou, mas demorou ao separar nossos lábios.


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Notas finais do capítulo

Pois é... Não foi dessa vez que o Cebola conseguiu um herdeiro.

Mas ficou bem legal né? Por favor... Digam que sim.

Enfim, minhas aulas começam terça-feira (INFELIZMENTE!), mas dessa vez eu realmente posso prometer. Sábado que vem vocês terão a história atualizada. E já vou avisando minhas crianças com mente suja... O próximo capitulo vai ser bem caliente...

TÉ+!