Te Amar Ou Te Odiar? escrita por Dani25962


Capítulo 32
Cada dupla por si


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores provavelmente muito bravos comigo!

Acho que esse primeiro mês que o GTA V foi lançado me distraiu um pouquinho... (Sério, na boa, não tinha nem ideia de como continuar essa parte da história.) Eu deveria ter postado ontem, mas rolou uma tempestade daquelas que parece que o mundo vai acabar, a net caiu e não deu.

Mas voltei e com um cap. bem grande! Espero que isso ajude como uma forma pra me desculpar pelo atraso.



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Pov. Mônica

Amaldiçoei mentalmente a maldita luz solar que teimava em permanecer no meu rosto, me fazendo acordar.

Droga... Logo agora que eu queria continuar com o meu sonho.

Espera um pouco, por que eu estou...

Cobri-me novamente com a coberta, sorrindo bobamente. Então, não fora um sonho... Realmente a noite mais maravilhosa da minha vida havia acontecido.

Me virei na cama, mas não o achei, e o lugar estava frio, sinal de que ele já havia saído há um tempo.

Ainda segurando a coberta contra o corpo, me sentei na cama. Por acaso acabei encontrando minhas roupas espalhadas pelo chão, corei mais ainda me lembrando de como elas foram parar ali.

Me levantei, fui até o armário, escolhi uma roupa qualquer e me vesti. Logo em seguida fui ao banheiro fazer minha higiene matinal.

Quando terminei sai do quarto. Tudo estava silencioso, cheguei a pensar que ele havia saído, mas de repente escuto um barulho vindo da cozinha. Fui até lá e me deparei com Cebola fazendo nosso café da manhã.

Ele estava de costas pra mim preparando algo. Sorrateiramente me aproximei dele e o abracei por trás.

– Bom dia. – Disse em seu ouvido.

– Bom dia. – Ele respondeu, mas se virou pra mim e me beijou.

– Pensei que encontraria meu marido ao meu lado esta manhã. – Falei tentando mostrar um pequeno desapontamento.

– Bem, se alguém aqui fosse um pouco mais paciente, encontraria. – Ele falou, não entendi o que ele disse, mas vi uma bandeja em cima da mesa e logo entendi.

– Iria me levar café na cama? – Perguntei surpresa e ele assentiu fazendo uma carinha triste.

O beijei sorrindo, ele era tão fofo...

– Oh meu amor, pode levar pro quarto e tomamos café juntos na cama. – Falei tentando me redimir.

– Não... – Ele falou roucamente no meu ouvido, e logo depois começou a distribuir beijinhos pelo meu pescoço. – No momento pretendo levar outra coisa pra cama. – Ele disse, mas de repente me suspendeu me fazendo sentar em cima da mesa. – Ou não será preciso ir até lá.

Franzi o cenho e sorri com o atrevimento, mas não deixei de retribuir ao beijo roubado. Ele acariciava meu rosto suavemente, que logo mudou para minha cintura, não resisti em suspirar.

Ele resmungou quando parei o beijo assim que ouvi a campainha tocando.

– Deve ser o Titi. – Falei tentando descer da mesa, mas ele não deixou e começou a beijar meu pescoço novamente. – Cebola... – Tentei repreende-lo, mas estava tão bom.

– Mônica! Cebola! Abram a porta! Sou eu! – Ouvi Titi gritar da porta.

Cebola resmungou algo, irritado.

– Só um minuto! – Ele gritou. – Terminamos isso mais tarde tudo bem? – Ele disse roucamente sedutor pra mim.

– Claro. – Falei saindo de cima da mesa e depositando um selinho em seus lábios antes de ir atender a porta.

...

Pov. Autora

– Acordamos vocês? – Perguntou Titi assim que viu Mônica abrir a porta.

– Não, podem entrar, o Cebola já colocou o café na mesa. – Ela disse dando espaço para Ana e Titi passarem.

Assim que Titi foi pra cozinha, Ana puxou Mônica não agüentando de curiosidade.

– E então Mô, dormiu bem? – Perguntou.

– Pra falar a verdade, não consegui dormir muito bem. Tive insônia sabe? – Ela falou, e Ana começou a dar pulinhos como uma criança que acabou de ganhar um brinquedo novo.

– Me conta tudo vai! – Falou ansiosa.

– Bem...

– Ei! Vocês duas não vão tomar café? – Perguntou Titi aparecendo na porta.

– Claro! – Mônica falou á ele, mas depois sussurrou pra Ana. – Depois eu te conto...

Mesmo ansiosa Ana aceitou e as duas se juntaram aos meninos.

Mônica sabia que assim como a Magali, não podia esconder nada dela, ainda mais por que Ana era bem mais curiosa. Então, por hora, o que aconteceu ficaria apenas entre ela e Cebola.

– E ai? O que vamos fazer hoje? – Perguntou Titi.

– Vocês eu não sei, mas eu e a Mô vamos sair juntas. – Ana falou.

– Vamos é?

– Claro! Na semana passada nós quatro saímos juntos sem parar! Eu quero pelo menos um dia sem garotos por perto. – Ela disse.

– Falando assim até parece que somos um tipo de praga. – Ironizou Cebola.

– Ah! Deixa elas careca, a gente pode se divertir sozinhos. – Titi falou animado. – Afinal, estamos em Madrid! Quem sabe não damos uma volta por alguma praia por ai hein? Viu quantas gatas passeiam por aqui?

– É... Até que... – Antes mesmo dele pensar no assunto, já havia sentido Mônica o fuzilar com os olhos. – Má ideia! A gente visitar uma torre, castelo, museu ou sei lá mais o que tem por ai. Adoro lugar que tenha história. – Falou rapidamente.

– Enfim, façam o que quiserem, vamos passar a tarde toda fora. – Ana disse.

– Por que á noite não acendemos aquela fogueira lá em cima? – Sugeriu Mônica.

– É! Que tal assar salsichas? – Disse Titi.

– Ou marshmallows. – Cebola falou.

– Os marshmallows vocês compram, vamos Mô! – Falou Ana se levantando.

– Mas já? – Perguntou.

– Claro! O dia passa rápido então temos que aproveitar! Tchau meninos! – Ela disse saindo da cozinha, levando Mônica junto.

Os meninos terminaram o café alguns minutos depois, mas ao contrário das meninas, elas não tinham plano algum para aquele dia.

– E ai? O que quer fazer? – Perguntou Cebola.

– Não sei... Andar por ai e ver se achamos algo interessante pra fazer. – Falou Titi.

– Vamos. Quem sabe não damos sorte? – Falou Cebola saindo do apartamento junto com Titi.

...

Ana levou Mônica até uma linda praça, onde havia uma fonte e era um ponto turístico bem visitado. Atravessando a rua, havia algumas barracas para comprar lembrancinhas e coisas do tipo.

– Ana, já não viemos em um lugar como esse semana passada? – Mônica falou.

– Eu sei, só vamos ficar aqui um pouquinho e depois dar uma volta pela cidade. – Ela disse ao mesmo tempo em que estava de olho em algo á venda.

– Ta bem... Vou ali um pouco e já volto tudo bem? – Avisou.

– Aham... Ta. – Ana falou, não demonstrando muita atenção.

Se tinha uma coisa que distraia Ana facilmente eram coisas á venda, principalmente se forem coisas que a interessam, pensou Mônica.

Vendo que não tinha jeito, a não ser espera-lá, foi para outra barraca onde vendiam artesanatos. Até que eram bem bonitos, pensou, alguns eram até detalhados demais, nem sabia como conseguiram tanto talento, mas é um trabalho e tanto.

– Com licença. – Alguém chamou sua atenção. – Pode me dar aquele vaso de flores? É que eu não alcanço...

– Claro. – Mônica falou, entregando o vaso de madeira á mulher. – Aqui.

– Obrigada. – Ela disse gentilmente.

Mônica observou a mulher que deveria ser apenas um pouco mais velha que ela. Tinha cabelos ruivos, magra, mas não muito, usava um vestido de alça azul claro, tinha olhos castanhos e seu rosto... Era muito familiar.

– Desculpe-me. – Ela disse, fazendo a mulher olha-lá. – Mas acho que eu já a vi de algum lugar...

– Mônica! – Gritou Ana se aproximando das duas. – Vamos? Abriu um Museu que fica perto daqui e...

– Mônica? – Disse a mulher, ela olhou mais atentamente para Mônica. – Ah meu Deus... É você mesmo!

– Desculpe, mas nós nos conhecemos? – Ela perguntou.

– Não se lembra de mim? Eu sou a Bruna. – Ela falou, e como um choque na cabeça, Mônica se lembrou.

– Bruna! – Falou animada, abraçando a velha amiga.

As duas começaram a conversar animadamente, apenas Ana não estava entendendo nada, mas esperou um pouco antes de perguntar.

– Ahn, Mô? – Ana falou chamando a atenção da amiga. – Quem é ela?

– Ah sim! Que cabeça a minha... – Falou sorrindo, agora ficando ao lado de Ana. – Essa é a Bruna, quando vim para a Espanha quando pequena nós brincávamos muito juntas, e Bruna, essa aqui uma das minhas melhores amigas, a Ana.

– Muito prazer! – Bruna disse gentilmente, logo depois apertando a mão de Ana.

– Digo o mesmo. – Ela falou. – Você mora por aqui Ana?

– Não, minha casa fica um pouco afastada da cidade, estou apenas passeando como vocês. – Ela disse.

– Eu tive uma ideia, por que não passa à tarde com a gente? – Ana sugeriu.

– Ótima ideia! – Mônica falou. – E então? O que acha Bruna?

– Seria ótimo, mas eu não posso demorar, pois o meu ônibus...

– Esquece o ônibus, eu te levo lá. – Ana disse rapidamente.

– Espera um pouco, acho que tive uma ideia. – Bruna falou. – O que acham de passar a tarde lá em casa?

– Sério?! – Exclamou Mônica animada.

– Claro, além do mais, nessa cidade é tudo igual, praça, museu, casas... Seria bom ver algo diferente pra variar. – Ela falou.

– Vamos Ana? Você vai adorar a casa dela! – Disse Mônica, mais do que animada, pra surpresa de Ana.

– Tudo bem... Mas as chaves do carro...

– Estão comigo, eu sei! Vamos lá! Eu dirijo! – Ela falou quase correndo para o carro.

– Por acaso tem alguma criação de coelhos por lá? – Ana perguntou.

– Tem sim. – Bruna falou. – Acho que ela ainda é doida por coelhos né?

– Coelhos e Cebola. – Ana comentou, rindo.

– Como? – Perguntou Bruna, não entendendo.

– Te explico depois, vamos, antes que ela volte aqui e nos arraste pra dentro do carro. – Ana falou, e Bruna riu, achando graça.

...

– Que tédio...

Cebola e Titi estavam andando por uma rua perto do apartamento, mas até agora não haviam encontrado nada de interessante para fazer.

– Por que não vamos ao parque de novo? Pelo menos lá tem algo pra fazer. – Reclamou Titi.

– Não, já fui a todos os brinquedos de lá, vamos ver se achamos algo novo. – Cebola falou.

– Novo? Claro... Nesse lugar só tem museu e as casas parecem ser do tempo medieval, não me venha falar que tenha algo novo aqui por que não tem. – Falou Titi incomodado.

– Pare de reclamar, tenho certeza que deve ter algo por aqui... – Disse, virando a esquina.

– Esse seu otimismo já está... – Parou de falar, pois Cebola de repente parou de andar, barrando a passagem de Titi. – Ei! Dá pra pelo menos sair da frente quando parar?

– Titi olha! – Exclamou Cebola olhando para algo na frente deles.

Titi também olhou, e viu duas garotas numa vitrine de alguma loja de sapatos. Ele logo sorriu maliciosamente.

– Boa descoberta Cebola... – Falou. – Vamos lá ver se elas topam sair com a gente.

Ele já ia andando em direção das garotas, mas Cebola puxou a gola de sua camisa, o impedindo.

– Não é nada disso. – Ele falou. – Olha só essa propaganda no poste!

Meio decepcionado, Titi olhou para o poste ao lado. Quando viu do que se tratava franziu o cenho meio confuso.

– Paintball? – Falou. – Desde quando tem isso aqui?

– Ora! Desde sempre! – Cebola falou animado. – E ai? Topa?

– E ainda pergunta? Claro que sim! – Titi falou.

– Beleza! Vamos pegar um taxi, o campo mais próximo é do outro lado da cidade. Vamos! – Falou, indo em direção a um ponto de taxi mais próximo que havia ali.

...

– Chegamos! – Falou Bruna.

Como ela disse a casa dela era mesmo afastada da cidade, na verdade, se parecia com uma fazenda.

O lugar era lindo, havia uma casa amarela com dois andares, um jardim muito bem cuidado, além de uma enorme plantação de uvas.

Mônica parou o carro bem em frente à casa e elas desceram do carro.

– Nossa! – Exclamou Ana – Sua casa é linda Bruna!

– Obrigada. – Ela disse sorrindo.

– Onde estão seus pais? – Mônica perguntou.

– Meu pai teve que ir à outra cidade, negócios... E minha mãe deve estar por ai, ela gosta de passear pelo jardim á tarde. – Falou. – E então? Gostariam de dar um passeio?

– Claro! – Disseram as duas animadas.

– Ótimo! Venham comigo. – Bruna falou levando as duas até o quintal de trás da casa.

Ao chegarem lá viram que havia um estábulo sendo cuidado por alguns funcionários que andavam por lá.

– Venham! – Falou Bruna se aproximando de um cavalo marrom. – Esse aqui é o Sebastian, você pode montar nele Ana. – Ela falou.

– Ahn... Fofa, por que mesmo temos que montar neles? – Ela falou com um pouco de medo.

– A propriedade é grande demais para irmos á pé, além do mais vai ser mais rápido e divertido ir á cavalo. – Ela falou. – Não tenha medo.

– Não é isso não, é que...

– Ela não está muito acostumada com cavalos Bruna. – Mônica falou. – Até por que ela nunca montou em um.

– Não? – Bruna perguntou. – Ora você vai adorar! Pode confiar em mim!

Bruna se aproximou de outro cavalo, mas dessa vez era um branco com algumas manchas marrons pelo corpo.

– Mônica, você pode ficar com a Estrela. – Ela falou.

– Ela é linda! – Disse acariciando o animal na cabeça. – Mas por que deu esse nome á ela?

– Dê uma olhada na mancha que ela tem no pescoço. – Bruna falou.

Mônica prestou um pouco mais de atenção, a mancha marrom parecia uma grande estrela.

– É... Faz sentido. – Falou sorrindo.

Bruna chegou perto de um cavalo preto.

– Eu vou com o Tornado, vamos lá fora para colocar as celas neles. – Ela disse levando Tornado para a saída.

...

– É aqui! – Falou Cebola.

Ele pagou o taxista e depois saíram do carro. Eles haviam chegado ao campo de Paintball.

Entraram no lugar, e na recepção deram seus nomes e pagaram pelo uniforme necessário para o jogo.

Eles haviam chegado bem na hora que iria começar outra “guerra”. Acabaram ficando no time azul.

– Cara, isso é muito show! – Falou Titi animado.

Ambos estavam devidamente vestidos, equipados e armados até os dentes com tinta.

– Não vejo a hora de começar. – Falo Cebola, também empolgado.

– Ei! Vocês dois! – Disse um homem chamando os dois, que se aproximaram. – Vocês são novos por aqui não é?

– Sim, mas já chegamos á praticar em outro campo. – Cebola falou.

– Beleza! Olha, eu sou o líder, e devo dizer que esse não vai ser um jogo comum. – Avisou o líder.

– Como assim? – Titi perguntou.

– O time vermelho, eles são nossos inimigos desde sempre. Eles freqüentam o campo do lado leste, mas insistem em tentar ficar com este, já que é considerado um dos melhores, por causa dos equipamentos. – Falou. – Então, eles exigiram uma partida, se eles ganharem ficam com o campo e nós nos mudamos para o lado leste.

– E qual o problema do lado leste? – Cebola perguntou.

– Nenhum, mas nós somos os donos desse campo. Esses equipamentos, o terreno, levaram bastante tempo e dinheiro para conseguir chegar a isso.

– Ok! Já entendi. Pode deixar chefia, a gente vai ajudar você e ao resto do grupo a ganhar essa parada! – Titi falou determinado.

– Pode contar com a gente. – Cebola falou.

– Obrigado aos dois, agora vamos lá acabar com eles! – Disse o líder, sendo seguido pelos dois e o resto do time azul até o campo.

...

– Ei! Ei! Calma! – Disse Ana desesperada.

– Ana, para de puxar a guia, quer confundir o Sebastian? – Disse Bruna.

– A culpa é minha se ele quer me derrubar daqui? – Falou.

– Ele não quer te derrubar, se segure na cela. – Falou e Ana a obedeceu e o cavalo pareceu se acalmar. – Viu? Não é tão difícil assim.

– Fale só por você. – Falou, e ouviu Mônica rindo um pouco mais atrás.

As três estavam caminhando pela plantação de uvas, tudo muito bem cuidado, além do cheirinho de uva doce.

– Aonde vamos? – Perguntou Ana.

– É uma surpresa, apenas me sigam. – Bruna falou.

Elas a seguiram até um pouco mais a frente. Depois de alguns minutos, Bruna parou e desceu do cavalo em frente á algo que parecia uma cabana com cercas.

– Venham! Quero mostrar uma coisa! – Ela falou.

– Só um minuto! Ou mais que isso... – Disse Ana com medo, agora, de descer do cavalo.

– Quer ajuda? – Perguntou Mônica quase não segurando o riso diante do pavor da amiga.

– Não, pode deixar... – Ela tirou uma perna e tentou descer de uma vez como viu Bruna fazer, mas infelizmente para ela, não havia encontrado o chão á tempo e caiu sentada no chão.

Mônica riu, deixando Ana emburrada, mas não deixou de ajudar a amiga a se levantar. Logo, as duas foram até onde Bruna estava.

Não era uma cabana, e sim um cercado para animais menores.

– E então? – Perguntou Ana. – O que é que você queria nos mostrar?

– Olhem naquele canto meninas. – Ela falou.

– AI MEU DEUS! – Gritou Mônica.

– Mônica! Quer me deixar surda? – Reclamou Ana.

Do outro lado do cercado havia um grupo de coelhos se alimentando, outros pulando e brincando com os outros.

– Que fofos! – Exclamou Mônica novamente.

– Quer ir lá brincar com eles? – Bruna fez a pergunta óbvia, mas de qualquer forma, Mônica não hesitou em dizer um sim e pular o cercado.

De longe as meninas observaram Mônica pegar um coelho e acariciá-lo dizendo coisas como “Oi fofinho, eu sou a Mônica!” ou, “Own! Você é tão lindinho!”.

– Você sabe que ela nunca mais vai sair daí né? – Disse Ana, fazendo Bruna rir.

– Vamos, antes que ela mate aqueles pobrezinhos de tanto abraçá-los. – Bruna falou pulando a cerca junto com Ana.

...

– Titi! Abaixa! – Falou Cebola puxando o amigo, o salvando de levar um tiro.

– Valeu! Cara... Eles são bons! – Titi falou ofegante.

– Nós também! – Ele falou, mirando em um cara do time adversário, atirou, e acertou bem no braço. – Fique atento! Eles estão por toda a parte!

– Ali! – Exclamou e atirou em um cara vermelho que estava escondido atrás do poste, acertando-o.

Havia tinta voando por todos os lados, uma verdadeira guerra. Todo Paintball tem como objetivo acertar cada jogador até não sobrar nenhum do time adversário para vencer, mas este aqui era diferente...

Não só apenas tinham que acabar com o time adversário, mas pegar a bandeira azul que estava do outro lado do campo. O que significava invadir o campo adversário para pegar a bandeira do seu time, simbolizando o final do jogo.

– Atrás da barreira! – Gritou um cara do time vermelho atirando em um cara azul, acertando-o.

– Droga! – Falou o líder.

No total, cada time havia dez jogadores, mas com essas perdas restavam seis vermelhos e cinco azuis.

Alguns minutos passaram apenas tiros perdidos, outros poucos acertando adversários, mas que fizeram muita diferença.

Restavam apenas quatro de cada lado, estava bem equilibrado, mas qualquer deslize poderia ser fatal.

Cebola viu que precisava mudar de lugar para conseguir um lugar melhor para atirar. Rapidamente se levantou e correu.

– Cebola! Cuidado! – Gritou Titi.

Um adversário vermelho estava com Cebola na mira, mas com o grito de Titi, ele acabou escapando. Ele mirou em Titi.

Como se houvesse uma câmera lenta, Cebola viu os dois atirarem ao mesmo tempo, acertando um ao outro.

– Titi! – Cebola gritou, correu até o amigo estirado no chão.

– Cebola... Cara... – Dramatizou Titi.

– Calma cara, vai ficar tudo bem. – Falou.

– Ganha esse jogo... – Disse as ultimas palavras e fechou os olhos, fingindo estar morto.

Cebola engatilhou novamente a arma, preparado.

Ele se escorou na parede, procurando outro cara vermelho. Não demorou muito para achar um escondido atrás da cerca.

Confiou em sua mira, tentou atirar na cabeça dele, atirou, mas errou.

O cara vermelho assim que o viu, se levantou um pouco. Cebola esperava essa oportunidade, e atirou primeiro que ele, o acertando.

Rapidamente saiu dali e começou a correr. Não demorou a ver o outro cara vermelho. Mesmo improvisando, conseguiu acertá-lo.

Olhou para todos os lados, e finalmente conseguiu ver a bandeira um pouco mais a frente, correu.

Mas antes que pudesse dar mais algum passo, desviou de um tiro, provavelmente do líder do time vermelho, que era encarregado de proteger a bandeira.

Nessa hora, a sorte não estava ao seu lado, acabou escorregando em algumas pedras e sua arma parou um pouco mais a frente. Tentou pegá-la, mas alguém pisou nela o impedindo.

– Acabou pra você. – Falou e apontou a arma para Cebola.

...

– Por favor! Só mais um pouquinho! – Disse Mônica literalmente implorando de joelhos.

– Deixe disso Mônica! Vamos logo! – Falou Ana.

– Droga... – Ela falou decepcionada e se levantando do chão.

Na ultima hora, as meninas brincaram com os coelhinhos, mas não podiam ficar ali para sempre, por isso Mônica implorou para ficarem mais um pouco, não tendo muito sucesso.

Elas montaram nos cavalos e começaram a caminhar no meio da plantação novamente.

– Sabe de uma coisa Ana? – Falou Mônica. – Acho que o Sebastian gostou de você.

– Ah é? Pois eu não gostei dele, ele se mexe muito quando anda, ainda acho que ele está querendo me derrubar daqui. – Ana disse.

– Mônica tem razão, geralmente ele é bem agitado, mas pareceu se acalmar com você. – Falou Bruna para a surpresa de Ana.

– Mesmo? – Perguntou. – Bom saber disso, pelo menos sei que não perigo dele ter um ataque que nem aqueles cavalos de rodeio... – Ela falou enquanto começava a acariciar o pescoço dele.

– Ana! Não faça isso! – Bruna falou desesperada. – Se você continuar a coçar o pescoço ele...

– Aaahh!!! – Gritou Ana desesperada quando o cavalo começou a correr muito rápido de repente.

– Mas o que houve? – Perguntou Mônica confusa.

– O Sebastian, ninguém sabe por que, mas eu acho que ele fica tão contente com um carinho que fica doido, ou corre que nem um... – Bruna explicou. – Vamos, se dermos sorte ela não cai antes de alcançá-los.

As duas aumentaram a velocidade dos cavalos, tentando alcançar Ana, que um pouco mais a frente, tentava a todo custo parar.

– Pare! Stop! Freia! – Ela gritou desesperada. – Droga! Esse bicho ta quebrado! Socorro!

Até agora ela estava conseguindo se segurar, mas olhou para frente e viu que havia uma cerca bem no caminho deles.

Desesperou-se, se ele pulasse com certeza iria cair.

Segurou com força na cela e fechou os olhos já pressentindo o impacto com a terra. Mas de repente ouviu um assovio vindo de algum lugar, e surpreendentemente o cavalo parou aos poucos.

– Mas hein? – Disse confusa.

Ouviu o assovio de novo, e o cavalo começou a andar, parecendo ir á fonte de onde vinha aquele som.

Dentro a plantação apareceu uma mulher que parecia ter uma idade mediana, mas muito familiar...

– Sebastian! Seu danado... Sabe que não deve correr desse jeito por aqui. – Disse a mulher parecendo dar uma bronca no animal. – Quem é você minha jovem?

– Bem... Eu...

– Mãe! – Alguém gritou.

– Bruna. O que houve? – Ela perguntou, vendo ela e Mônica descerem dos cavalos.

– Graças a Deus! Você conseguiu parar o Sebastian! – Ela disse aliviada. – Ana, vocês está bem?

– Tirando a minha promessa de nunca mais montar em um cavalo na vida, to sim. – Ela falou, as outras riram.

– Bruna, quer me apresentar suas amigas? – Falou a mulher.

– Ah sim! Quase me esqueci! – Bruna falou. – Essa que está montada no Sebastian é a Ana, e essa aqui você já conhece. É a Mônica Sousa.

– Mônica Sousa? – Falou meio confusa, mas logo se lembrou. Abriu um grande sorriso assim que chegou perto de Mônica e lhe deu um abraço. – Querida! Há quanto tempo não a vejo? – Disse a soltando e verificando a garota. – Veja só, com cresceu!

– É bom vê-la também dona Lurdes. – Mônica disse.

– Que tal entrarmos para tomar um café? Temos muito que conversar. – Disse Lurdes.

– Seria ótimo. – Falou Mônica aceitando o convite.

...

Droga! Desculpe Titi, não poderei vingá-lo. Pensou Cebola assim que se viu encurralado.

Mas para sua surpresa, após o clique da arma, não sentiu nada. Olhou para sua roupa e viu que ainda estava limpa.

– Droga! – Disse o cara vermelho.

Ele havia ficado sem munição.

Cebola rapidamente o chutou fazendo o mesmo cair e soltar sua arma. Levantou-se pegando sua arma caída e apontando para o líder vermelho.

– Você tinha razão... – Falou Cebola engatilhando a arma novamente. – Acabou pra você.

Ele atirou bem no peito dele.

Assim que viu o caminho livre, andou até a bandeira, pegou-a pelo mastro e a levantou.

– Ganhamos! – Disse um cara do time azul.

Todos se levantaram. Os azuis saíram comemorando pela vitória e os vermelhos, voltaram para o território leste.

– Muito obrigado, nem sei como agradecer a vocês! – Falou o líder do time azul.

– Na verdade... – Disse Titi. – Tem uma coisa que eu queria pedir.

– Claro... E o que é? – Perguntou.

...

– Vocês têm certeza mesmo? Podem ficar um pouco mais se quiserem. – Disse Bruna.

– Infelizmente, temos que chegar em casa, mas muito obrigada por tudo. – Falou Mônica abraçando Bruna. – Foi muito bom rever você.

– Digo o mesmo, mas acho que com essa tarde deu pra matar um pouco a saudade né? – Falou sorrindo junto com Mônica.

– Até, e muito obrigada por tudo! – Disse Ana do carro assim que Mônica entrou.

– De nada! E podem voltar quando quiserem! – Falou Lurdes acenando para as duas.

Logo, elas já estavam na estrada, rumo á cidade.

– Gostei daqui. – Ana disse.

– Aqui? Você gostou foi do Sebastian. – Provocou Mônica.

– Nem me fale desse cavalo, nunca mais monto em um. – Falou emburrada.

– Ah vamos! Vai dizer que não gostou nem um pouquinho de montar nele?

– É ruim hein! A gente fica com o traseiro todo dolorido depois, uma vez na vida já foi demais.

– Se você diz. – Disse Mônica rindo.

Depois de um pouco mais de meia hora elas chegaram ao apartamento, mas antes de entrarem notaram algo entranho.

– Ué... Por que a porta está aberta? – Disse Mônica.

Elas entraram e viram que nenhuma luz estava acesa. Ana foi colocar sua bolsa em cima da mesa, Mônica iria acender a luz, mas sentiu algo gelado em seu pescoço. Algo como um cano.

– Melhor não se mexer, você vem comigo queridinha... – Alguém disse atrás dela.


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Notas finais do capítulo

Eita! Será que haverá mais uma morte no recinto? Vamos ver no próximo capitulo...

BeatrizBaraldi, muito obrigada pela recomendação linda! muito mesmo! ;)

Mais uma vez me desculpem. (Não, não vou fazer promessa de: Eu prometo não demorar para postar, por que todos sabemos que isso não da certo).

Até por que esse trimestre na escola é muito curto e vai vir muito trabalho e prova de uma vez, então vai ficar um pouco (muito) difícil pra mim.

Já estão avisados.

Té+!