Te Amar Ou Te Odiar? escrita por Dani25962


Capítulo 30
Vamos ao parque?


Notas iniciais do capítulo

Oi povo que eu amo demais! Desculpinha... Mas estava sem ideias para dar continuidade a fic. Sei lá... Me deu um branco.

Mas felizmente hoje Deus me deu uma luz e consegui terminar. Espero que gostem!



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Pov. Mônica

- Onde estou?

Acordei e estava deitada no chão, olhei em volta e não havia nada, tipo, nada mesmo! Pra qualquer lugar que eu olhasse não conseguia ver nada, apenas uma lâmpada velha e fraca que estava me iluminando. De repente a lâmpada piscou umas três vezes antes de apagar de uma vez.

- Não! – Ouvi uma mulher gritar.

Olhei para trás e vi uma mulher no chão chorando e um homem perto dela, parecendo a consolar.

- Não! Minha filha não! – Ela gritou novamente antes de abraçar o homem ao seu lado.

Tentei me levantar para ir até eles, mas eu não conseguia me mover. De repente escuto um barulho alto de uma buzina de caminhão. Olhei para o lado e um caminhão enorme estava vindo com tudo em minha direção.

Abaixei a cabeça e apertei os olhos esperando sentir o impacto, mas nada aconteceu.

Abri os olhos novamente e vi que estava em um cemitério. Tentei, e dessa vez consegui me levantar. Não sabia o que estava fazendo ali, e o porquê, mas de repente vejo que não estava sozinha.

Havia alguém olhando para um dos túmulos atentamente. Cheguei mais perto para tentar reconhecê-lo, e consegui, mas não acreditei.

Cebola... Ele segurava uma rosa vermelha nas mãos. De repente ele se agachou, sem tirar os olhos da lápide.

- Cebola? – O chamei, mas ele não pareceu me ouvir.

Me agachei junto a ele, e olhei para seu rosto, o pavor tomou conta de mim no mesmo instante. Seus olhos, sua feição... Ele demonstrava apenas dor e sofrimento.

- Cebola? – O chamei novamente, e tentei tocá-lo, mas para minha surpresa, minha mão atravessou seu ombro, como... Como seu eu não...

- Por quê? – Ele disse pela primeira vez, sua voz estava embriagada, como se segurasse um choro. – Por que... Todos que amo vão embora? – Ele disse. – Por quê? Por que você me deixou... Mônica?

Não entendi o que ele disse. Eu estava ali, ao lado dele, como sempre...

O vi colocar a rosa em frente à lápide e depois começar a chorar. Assim que presto atenção na lápide, não pude conter o susto. Cai pra trás e me afastei com as mãos me arrastando um pouco, assim que parei, coloquei a mão na boca para não gritar.

Meu nome... Estava escrito lá.

O céu, que naquele lugar dava espaço para um tempo nublado começou a mudar... As nuvens ficaram mais negras, e um vento muito forte começou de repente.

- Fuja...

Escutei uma voz, mas parecia distante.

- Corra...

Por mais que eu procurasse, não via ninguém.

- Se esconda...

Eu já estava apavorada o bastante, me levantei e comecei a correr sem rumo.

- Fuja. – Ouvi de novo a voz, mas mais perto dessa vez. – Fuja!

Corri o quanto podia, o quanto minhas pernas agüentassem. De repente entrei em uma floresta escura. Desviei de varias árvores em meu caminho.

- Ahh! – Gritei assim que acabei tropeçando em algo. Vi que era um galho de uma arvore e... Espera um pouco... Arvores não se mexem...

Olhei para cima e vi alguém ou alguma coisa que usava uma roupa totalmente preta cobrindo até seu rosto. Ele tinha alguma coisa em uma das mãos, era... Uma foice?

- Não... – O vi levantar a foice aos poucos, querendo me acertar. – NÃO! – Gritei.

...

- Mônica?! – Ouvi alguém me chamar.

Me sentei rapidamente, olhei em volta e vi que estava de volta ao quarto.

- Você está bem? Por que está chorando? – Cebola perguntou e ele tinha razão, eu estava chorando. Então... Foi um pesadelo?

Não respondi, apenas o abracei, e enterrei meu rosto em seu peito, começando a chorar ainda mais. Não sei se ele se assustou com isso, mas apenas retribuiu ao abraço e acariciou minha cabeça, tentando me acalmar.

- Esta tudo bem... Calma. – Ele disse carinhoso. – Teve um pesadelo? – Ele perguntou e eu assenti com a cabeça, sem olhar para ele. – Não se preocupe, é apenas um sonho, seja o que for que tenha acontecido, não é real.

Continuamos assim por um tempo, até eu parar de chorar. Como um pesadelo, mesmo não sendo, poderia ser tão real?

- Eu vou pegar uma água pra você se acalmar. – Cebola falou e tentou desfazer o abraço.

- Não! – Disse rapidamente, o impedindo de sair. – Só... Fique comigo. – Pedi, e olhei pra ele.

- Tudo bem. – Ele falou e se ajeitou na cama, para que eu pudesse deitar ao seu lado, e me abraçou com carinho. – Quer me contar o que houve? – Perguntou, e eu apenas neguei com a cabeça. – Foi tão assustador assim? – Assenti. – Por acaso você não sonhou com aquela velha da cantina da escola? Ela dá medo... – Ele sorriu, e quase me fez fazer o mesmo. -... Ou Carla quando nos perseguia depois que fazíamos besteira, isso realmente me dava calafrios. – Ele disse, quase ri disso, a cara que ele fazia quando corria era hilária. – Já sei! O diretor usando um daqueles vestidos da Denise que parecem que tem luz própria. – Ele falou.

Não agüentei, dessa eu tinha que rir, só de pensar numa imagem dessas...

Cebola riu junto comigo. De vez em quando ele tinha uma imaginação bem maluca, tinha que admitir, mas sabia o que ele estava tentando fazer... E não é que funcionou?

- Pelo jeito consegui fazer alguém sorrir. – Ele disse me olhando. – É esse sorriso que eu tanto amo que quero ver, não suporto vê-la chorar – Confessou.

- Obrigada... – Disse acariciando seu rosto.

- Pelo que? – Perguntou.

- Por estar ao meu lado. Por estar comigo. – Falei.

- Esse é o meu lugar não é mesmo? – Ele disse, sorrindo. Chegou mais perto do meu rosto, e me beijou demoradamente. – E não pretendo nunca sair... – Disse assim que encostou sua testa na minha.

Deitei novamente, fazendo o braço dele como um travesseiro. O sol ainda não havia saído, e demoraria um pouco para amanhecer. Depois de alguns minutos, consegui adormecer, felizmente, não tendo mais pesadelos.

...

Pov. Autora

Cebola havia acabado de tomar um banho, assim que entrou no quarto, o celular de Mônica começou a tocar. Pegou o aparelho e olhou para o visor e viu que era Ana quem estava ligando.

- Alô? – Disse, atendendo ao telefone.

- Alô, Mônica? – Ana perguntou.

- Não, aqui é o Cebola.

- Oi Cê! Eu queria saber se vocês queriam vir comigo dar um passeio no parque de diversões.

- O Parque Warner? Hum... – Disse, e pensou um pouco no assunto. – É, acho que é uma boa ideia... Nós vamos.

- Ótimo! Mais tarde eu passo ai e busco vocês. Até logo. – Ela falou, se despedindo.

- Até. – Cebola falou se despedindo e desligando e celular em seguida.

Cebola colocou o celular de volta no criado mudo.  Aproximou-se do armário e pegou uma cueca Box preta, uma calça e uma camisa branca. Assim que se vestiu, foi em direção á cozinha, onde viu Mônica e Titi conversando e tomando café.

- Bom dia. – Falou aos dois.

- Bom dia. – Titi falou, e viu Cebola se abaixar um pouco para beijar Mônica e se sentar perto dela.

- Bom dia. – Mônica falou sorrindo.

- E então casalzinho? Qual o plano pra hoje? – Titi perguntou animado.

- Hum... Não sei, há tantos lugares para visitar ainda. – Mônica falou.

- Ana ligou agora á pouco e teve uma ideia da gente ir ao parque. – Cebola falou, tomando um pouco de café.

- Parque? – Disse Mônica. – É, acho que vai ser divertido.

- Esperai! – Exclamou Titi chamando a atenção dos dois. – Parque? Parque Warner?

- Esse mesmo, por quê? – Perguntou Cebola.

- Eu vi umas fotos antes da viagem! A Montanha Russa é demais! E teve um dos vídeos que o cara até vomitou! – Ele disse entusiasmado.

- Então, parece que você vai gostar muito, da ultima vez eu também passei mal, e realmente muito alto. – Mônica comentou.

- Aonde você vai? – Cebola perguntou assim que viu Titi se levantar.

- Vou dar mais uma pesquisada na internet! Acho que lá tem mais de uma Montanha Russa, quero me certificar que vai dar tempo de ir em todas! – Ele falou correndo para o quarto.

Cebola apenas revirou os olhos e riu, enquanto Mônica também ria, negando com a cabeça.

- Temos uma criança de quase dezenove anos em casa. – Cebola disse sarcástico.

- Eu sei... Ele vai ficar mais impossível ainda quando descobrir que o parque tem seis Montanhas Russas, tirando claro, outros brinquedos relacionados à altura. – Mônica falou suspirando cansada. – E você... Nada de ficar igual a uma barata tonta lá, da ultima vez ficou tão eufórico e indeciso que andou em todos os brinquedos e ainda fez um escândalo quando fomos embora.

- Ei! Era minha primeira vez! - Ele falou tentando se defender. – Não esquenta! Não sou mais uma criança, garanto a você que não farei isso.

- Tem certeza? – Ela perguntou franzindo o cenho e cruzando os braços em frente ao corpo.

- Claro! Vou ser totalmente racional e adulto, nada vai me fazer ter qualquer tipo de recaída... – Ele disse confiante.

...

Pov. Mônica

- FALA SÉRIO! – Gritou Titi, olhando para a Montanha Russa. – É muito alto!

- EU SEI! Vamos! Se não a fila fica grande demais. – Disse Cebola tão entusiasmado quanto Titi, os dois saíram correndo que nem duas crianças apostando corrida.

E pra variar... Nos deixaram pra trás.

- Adulto? Sei... – Falei a Ana, me lembrando do que o Cebola havia dito.

- Hahaha! Eles não tomam jeito. – Falou Ana rindo da situação. – Vamos dar uma volta pelo parque enquanto eles realizam esse sonho? – Ela disse ainda rindo.

- Claro. – Falei, começando a caminhar pelo parque com Ana.

Bem... Ta certo que eu queria passa um tempo com o Cebola aqui no parque, mas até que foi bem divertido vir com a Ana.

Após duas horas andando pra lá e pra cá, nós fomos em alguns brinquedos, jogamos em algumas barraquinhas, e visitamos cenários que imitavam os desenhos da Tv.

Mas foi engraçado mesmo quando visitamos um local onde um cara estava vestido com a fantasia do Pernalonga, e de repente um grupo de crianças, de alguma excursão eu acho, chegou perto dele.

Na verdade, eles pularam no pobre coelho e não largaram mais, acho que até agora estão lá tirando fotos e pedindo pra ele falar “O que que há velhinho?” 

Senti pena de uma garotinha que deveria ter uns dois anos, ela estava no colo da mãe e sempre chorava quando um cara vestido de Patolino chegava perto. Era até fofinho o jeito que ela fazia um beicinho quase iniciando um novo choro. Mas acho que entendo o ponto de vista dela, os olhos do pato também me davam um pouco de medo...

E o cara vestido de Frajola? Um garotinho gostou tanto dele que chegou pro pai e perguntou: Vamos levar ele pra casa?

Pois é... Crianças, adolescentes, adultos... Todos juntos, sendo turistas ou não, se divertiam bastante no enorme parque.

- Mônica? – Ana me chamou. – Vamos arrumar um lugar para nos sentar? Estou cansada.

- Eu também... – Falei, e por sorte avistei um banco vago. – Vamos nos sentar ali.

Nos sentamos no banco, e pra falar a verdade, nós duas suspiramos aliviadas. Afinal, fazia duas horas que estávamos andando por ai.

- Finalmente! – Ela disse. – Não agüentava mais ficar em pé.

- Nem eu. – Disse.

- O que vamos fazer agora? – Perguntou.

- Acho melhor ligarmos para os meninos, já esta ficando tarde. – Falei.

- Tem razão. - Falou.

 Ana pegou seu celular que estava em sua bolsa. Logo discou um numero, e esperou alguém atender.

- Alô? Titi? – Falou. – Sim, onde vocês estão? – Perguntou. – Tudo bem, estamos indo. Tchau. – Disse e logo depois a vi guardar o celular novamente.

- E ai?

- Eles estão indo para a praça de alimentação. – Ela se levantou. – Vamos! Estou morrendo de fome!

Me levantei e fomos juntas encontrar os meninos. De vez em quando a Ana me lembra a Magali, elas têm certa paixão pela comida que eu nunca vou entender.

...

Pov. Autora

- Hahaha! Acho que nunca vou rir tanto assim na vida! Hahaha! – Disse Titi, rindo.

- Cara! Tenho muita pena daquela garota! Hahaha! – Cebola ria junto com o amigo. – Foi à coisa mais nojenta que eu já vi!

Os dois haviam acabado de sair de uma das montanhas russas. Quando estavam lá, um homem gordo e uma garota estavam sentados na frente deles, e infelizmente para a garota, o homem acabou passando mal antes do brinquedo parar e acabou vomitando em cima dela.

E desde então os dois não param de rir, também por que depois que o carrinho parou, ela fez um escândalo. A roupa da pobre garota estava cheia de vômito, tirando também o cabelo...

- Ai minha barriga... – Falou Cebola tentando se controlar.

- Ei! Ali está a praça de alimentação. – Disse Titi. – Onde estão as garotas?

- Não sei, vamos procurar para ver se estão aqui. – Disse e começou a andar pelo lugar.

A praça de alimentação era uma metade com barraquinhas, e a outra dentro de um prédio com restaurantes.

Eles entraram no prédio e viram que o local era como uma praça de alimentação do shopping. Não seria fácil encontrar as meninas ali, pensaram.

...

- Mas onde será que eles se meteram? – Falou Mônica.

Ela e Ana haviam chegado á praça e milagrosamente conseguiram um lugar para se sentarem. Enquanto esperavam tiveram a ideia de pedir uma pizza para todos, e Ana havia acabado de ir fazer o pedido.

- Droga, com tanta gente assim duvido que...

- Olá. – Disse uma pessoa chamando a atenção de Mônica.

Ela olhou para o lado e viu dois garotos que deveriam ter a sua idade, até um pouco mais. Um era moreno e deveria ter 1,70 de altura, o outro era loiro e era um pouco mais alto que o amigo.

- Oi. – Ela falou.

- Olá, eu sou Johnny, e esse aqui é meu amigo Sam. – Falou o cara loiro.

- Desculpe interromper, mas vimos que estava aqui sozinha... Será que não gostaria de uma companhia nossa? – Perguntou Sam.

- Ahn... Agradeço, mas estou acompanhada, não precisam se... – Falou, mas foi interrompida ao ver Johnny se sentar ao seu lado e colocar seu braço em volta de seus ombros.

- Ora, não estou vendo ninguém aqui nessa mesa que esteja a acompanhando a não ser nós, não é mesmo Sam? – Falou ao amigo, Sam pegou uma das cadeiras e a arrastou para que pudesse se sentar ao lado de Mônica.

- Claro, e sendo assim nós ficaremos aqui. – Falou.

- Não se importaria se... – Antes que Johnny pudesse terminar de falar, alguém o puxa bruscamente do lugar de onde estava e em seguida lhe dá um soco forte no rosto.

Sam se levantou para ajudar o amigo, chegou perto do mesmo e o ajudou a levantar.

- Você é maluco?! – Disse Johnny com o nariz sangrando. – Quem você pensa que é pra...

- Cale a boca! – Falou alto e friamente o suficiente para que os dois sentissem medo dele. – Escutem... Se eu vir vocês perto da minha mulher novamente eu juro que mato os dois. – Falou num tom ameaçador. – Agora saiam daqui!

Sem demora os dois saíram rapidinho dali, até esbarraram em algumas pessoas que reclamaram.

- Cara... Até eu tive medo agora. – Disse Titi fazendo graça.

- Você está bem? – Cebola perguntou a Mônica.

- Estou. Obrigada, mas precisava mesmo quebrar o nariz dele? – Perguntou.

- Claro! Afinal aquele idiota estava dando em cima de você. – Disse simplesmente. Logo depois chegou perto de Mônica e a abraçou pela cintura. – E você é só minha... – Sussurrou no ouvido dela, e começou a dar alguns selinhos no pescoço da mesma, o que a fez sentir um arrepio.

- Ô casalzinho, aqui não é hora e nem lugar pra isso, se quiserem podem voltar pro apartamento ou alugar um motel. – Titi falou, e riu vendo Mônica ficar corada.

- Obrigado sutil amigo. – Disse Cebola sarcástico ainda abraçado á Mônica.

- De nada. – Falou sorrindo.

- Ah! Finalmente vocês apareceram! – Falou Ana chegando perto do grupo. – As crianças se divertiram?

- Crianças? Olha como fala baixinha. – Disse Titi provocando-a.

- Do que você me chamou? – Disse Ana o olhando ameaçadoramente.

- B-a-i-x-i-n-h-a! – Disse. – Por quê? O que e você vai fazer e...

Mal ele terminou de falar e ela lhe deu um soco na cara, o fazendo cair.

- Ta bom! Já deu! Para de me dar soco, não sou saco de pancadas! – Titi falou irritado.

- Então pare de me provocar! – Ela falou.

- E a culpa é minha se falo a verdade? – Disse provocando ainda mais a amiga.

- Ora seu...

Os dois continuaram a brigar. Algumas crianças que estavam perto estavam adorando a cena, menos os adultos e o resto das pessoas em volta.

- Por que isso me parece familiar? – Falou Cebola, Mônica apenas ria.

- É... Acho que eu estava certa. – Ela falou.

- O que? – Ele perguntou.

- Ahn? Nada. – Disse. – Eu vou ali pegar nosso pedido, enquanto isso você pode separar esses dois?

- Isso... Me joga na cova dos leões... – Falou, e Mônica riu.

...

- Adoro pizza de mussarela! – Disse Titi acompanhando os amigos para fora do prédio.

- Eu também! E aquela estava uma delicia. – Falou Mônica.

- O que vamos fazer agora? – Perguntou Ana. 

- Que tal irmos naquelas barraquinhas que tem quase na entrada? – Sugeriu Cebola.

- Parece uma boa, de lá acho que nós podemos voltar. – Falou Mônica.

- É. Já estou ficando cansada e... – Ana iria falar algo, mas notou uma presença a menos no grupo.

Onde Titi estava?

- Ana? O que foi? – Perguntou Mônica, vendo a amiga parar e olhar em volta.

- Onde aquela besta foi? – Perguntou.

- Está ali. – Cebola disse olhando em direção á uma barraquinha de doces, onde Titi estava.

- Ninguém merece... – Ana falou suspirando. – Vão na frente, eu alcanço vocês.

- Tem certeza? – Monica falou.

- Claro, podem ir. – Falou.

- Está bem, até mais.

Ana caminhou até a barraquinha de doces. Quando chegou viu que Titi estava atento a todos os doces tentadores que tinham ali.

- O que esta fazendo? – Perguntou.

- Ahn? – Titi falou, agora olhando para Ana. – Comprando doces, não esta vendo?

- Claro que estou, mas você tinha que inventar de comprar isso agora e... – De repente ela parou de falar.

- Ana? O que foi? – Ele perguntou achando estranho a atitude dela.

- Ahhh! – Deu um grito, o que assustou Titi.

- O que foi mulher?! – Perguntou.

- Não acredito! – Exclamou.

- O que foi criatura? – Perguntou já impaciente. Mas viu Ana pegar um saquinho que havia algumas balas coloridas.

- Não acredito que vendem isso aqui! São meus favoritos! – Ela disse com os olhos brilhando.

Titi não entendeu pra que tanta animação, mas sabia como é, fazia a mesma coisa quando via caramelos.

- Ei tio! – Titi falou ao vendedor. – Me vê três saquinhos desse, e cinco desse.

- Claro! Só um momento! – O tio disse.

Um minuto depois ele colocou o pedido de Titi numa sacola e entregou a ele.

- Obrigado! – Agradeceu.

- Por nada. Ah! Leve isto é de graça. – O tio disse entregando uma maça do amor para Ana. – Cortesia para um casal tão bonito.

- Ahn. – Ana ficou sem graça com a confusão e tentou explicar. – Obrigada, mas nós não...

- Obrigado tio! Até mais! – Titi falou se afastando junto com Ana. Ela achou estranha a atitude dele de não ter explicado, mas deixou pra lá.

Os dois caminharam um pouco pelo parque, Titi já estava comendo os caramelos que havia comprado.

- Aqui. – Ele disse entregando um dos saquinhos com os doces de Ana.

- Obrigada. –Agradeceu.

- Onde os dois estão? – Perguntou Titi se referindo a Mônica e ao Cebola.

- Naquelas barraquinhas de brindes, falei para irem na frente. – Disse.

- Vamos lá então. – Falou.

Os dois caminharam um pouco, mas não demoraram á chegar às barracas. E tinha de vários tipos, desde pontaria, acertar as argolas, testar a força...

- Está vendo eles? – Perguntou Ana.

- Não. – Ele falou. – Vamos dar uma olhada daquele lado.

Eles andaram mais um pouco, mas nada de encontrar-los.

- Ei! Meu rapaz venha cá! – Disse um cara chamando a atenção de Titi.

- Quem? Eu? – Perguntou.

- É! Você mesmo! O que acha de testar a sua força hein? – Perguntou. O homem era um funcionário que estava cuidando do brinquedo afinal...

- Ahn, eu que não...

- Ora! Vamos! Se conseguir você leva esse bichinho de pelúcia, e pode dar para sua namorada. – Ele falou olhando para Ana.

- Desculpe, mas nós não... – Ele tentou explicar, mas o homem insistente o interrompeu.

- Vamos! É baratinho e alias... – Ele chegou mais perto, para que Ana não escutasse. – É uma chance de impressionar a garota.

Titi já estava ficando cheio disso. Por que as pessoas insistiam em dizer que eles eram um casal?

- Tudo bem, me dá esse martelo aí! – Disse e entregou o dinheiro para o homem.

- É assim que se fala! – Disse o homem, entregando o martelo á Titi.

Titi pegou o martelo, até que não era tão pesado a seu ponto de vista. Ele levantou o objeto e bateu com tudo num circulo. Logo em seguida uma bolinha vermelha subiu no máximo, fazendo um barulho de sino.

- Parabéns! Você ganhou! – O homem disse. – Aqui está o seu prêmio.

- Um ursinho Bilu? – Disse Titi decepcionado.

- Own! Que fofo! – Ana falou.

- Aqui. – Titi falou entregando a pelúcia pra Ana.

- Por que esta me dando? – Ela perguntou.

- Ahn... Considere um presente. – Ele disse sorrindo meio desconcertado.

Ela franziu o cenho, mas logo depois sorriu.

- Obrigada. – Disse.

- Bem, vamos ver se agora a gente encontra a Mônica ou o Cebola e... – Falou, mas de repente sentiu pingos de chuva caírem em seu rosto. – Ih! Está começando a chover.

- Droga. Vamos voltar para o carro. – Ana falou.

- E os outros? – Ele perguntou.

- Pode deixar! Eu ligo para a Mônica e falo que vamos esperá-los na entrada. – Ela disse.

- Está bem. Vamos! – Ele falou.

Os dois correram para o estacionamento, assim que achou o carro, Titi entrou primeiro, pegando o controle do volante. Ana se sentou ao lado dele.

- Nossa! Acho que a chuva aumentou! – Ela falou. Enquanto Titi ligava o carro, ela pegou o celular e discou o numero da amiga. Demorou um pouco, mas ela finalmente atendeu.

- Alo?

- Alô? Mônica? – Perguntou.

- Oi Ana. – Ela falou. – Onde vocês estão?

- Estamos no carro, onde vocês estão? Nós vamos esperar na entrada e...

- Não precisa! – Ela disse. – Eu e o Cebola já pegamos um taxi e estamos indo pra casa.

- Tudo bem, daqui a pouco nós vamos chegar ai. – Falou.

- Ahn Ana? Posso te pedir uma coisa? – Mônica perguntou.

- O que?

- O Titi pode ficar no seu hotel hoje?

- Ahn? Mas por quê?

- Bem... É que...

- Espera! – Ana falou a interrompendo. – Nem precisa explicar, já entendi... Pode deixar, vou deixar o casal a sós essa noite. – Disse Ana com um tom malicioso.

- Obrigada Ana. – Mônica agradeceu meio envergonhada.

- De nada, só não me esqueça de contar tudo depois. – Riu provavelmente sua amiga já estaria corada o bastante com essa. – Beijo, tchau!

Ela desligou o celular e guardou dentro da bolsa.

- O que foi? – Titi perguntou.

- É... Pelo jeito você vai ter que dormir no meu prédio. – Ela falou.

- Ahn? Por quê? – Ele perguntou.

- O casal quer ter seu momento á sós. – Ela sorriu com o próprio comentário, Titi apenas revirou os olhos.

- Fazer o que né? – Ele disse, prestando atenção na estrada a caminho ao prédio onde Ana estava hospedada.

...

Pov. Cebola

Finalmente havíamos chegado ao hotel, à chuva havia piorado lá fora. Sem demora nós chegamos ao apartamento.

- Nossa, que tempestade! – Eu disse.

- É, sorte que conseguimos um taxi a tempo. – Mônica falou colocando sua bolsa em cima da mesa. – Eu vou tomar um banho esta bem?

- Claro. – Disse e a vi ir em direção ao quarto.

Fui até a cozinha, abri a geladeira e peguei a garrafa de água, coloquei um pouco em um copo e bebi.

Sai da cozinha e fui até a janela da sala. Não havia raios, ou trovões, mas a chuva e o vento estavam fortes.

Fiquei alguns minutos ali observando a chuva, gostava disso, era até legal ver tudo em movimento, desde as folhas, á água correndo dos telhados das casas e calhas.

Um tempo depois fechei a cortina e fui para o quarto. A porta do banheiro estava fechada, sinal de que Mônica ainda não tinha terminado o banho.

- Mônica? – Bati na porta e a chamei.

- Já vou sair, só um minuto. – Ela falou.

- Está bem, só queria me certificar de que não dormiu novamente na banheira. – Disse, fui até a cama e me sentei ali, para retirar meu tênis.

- Por mais que eu quisesse não poderia fazer isso. Tenho outros planos. – Ela falou.

- Quais? – Falei tentando tirar outro tênis do meu pé.

Ouvi a porta se abrir, mas não olhei de imediato.

- Os que você provavelmente vai gostar. – Ela disse.

Assim que consegui tirar o tênis olhei para ela, mas não consegui acreditar no que estava vendo. Abri e fechei a boca algumas vezes, mas não disse nada. Deus... Ela estava querendo me matar.

- M-Mônica?


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Notas finais do capítulo

Hê hê! Com certeza vamos ter cenas calientes no próximo capitulo...

E ai? O que acharam? Será que vai haver alguma coisa entre Ana e Titi? Vamos ver com o tempo.

E antes que eu me esqueça... JulinhaStar, muito obrigada pela recomendação linda!

Caramba, a história já tem quase dez recomendações e está a dois reviews comparada minha última história. Realmente... Nunca pensei que isso pudesse acontecer, muito menos com a história que nem está terminada.

Obrigada por tudo pessoal! E até outro dia!

Té+!