Te Amar Ou Te Odiar? escrita por Dani25962


Capítulo 25
Você me ama?


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!

Demorei um pouquinho, mas consegui pelo menos postar hoje. Sei que estão ansiosos, e aposto que irão adorar esse cap.!



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Pov. Autora










Duas semanas depois...







Durante essas duas semanas que se passaram algumas coisas aconteceram... Por exemplo, as férias haviam chegado para a turma, que celebraram com o acontecimento.







Ana, aproveitando o presente de aniversário de seu pai, e viajou para a Espanha. Laura foi passar o verão na casa dos avós que ficava no interior do país. Magali foi passar umas semanas na casa de seus tios que não via já há alguns meses.







Os meninos ainda continuam na cidade, mas com previsão de viajarem em alguns dias. Toni havia voltado para a faculdade, mas prometeu que os visitaria nas próximas férias.







Já o casal recém casado... Bem, digamos que eles...







– MÔNICA! – Exclamou Cebola, furioso.







... Não se mataram... Ainda.







– O que foi? – Respondeu Mônica calmamente da sala. Cebola apareceu no cômodo pisando fundo, logo parou na frente dela, mas não falou nada. – O que é? – Disse.





– Por acaso você sabe algo sobre isso? – Ele disse mostrando seu celular iPhone para ela. O mesmo estava pintado de rosa com uma pitada de purpurina dourada por cima.





– Sei que você tem um gosto bem estranho para decorar seu celular... – Ela disse já rindo daquilo.





– Nem comece! Sei que foi você quem fez isso! – Cebola falou, com raiva.





– Tem provas? – Ela disse.





– Não. Mas...





– Ótimo! Então larga do meu pé e deixe de fazer acusações sem ter certeza do que diz! – Ela falou e saiu da sala indo para outro cômodo.







Cebola quase explodiu de raiva. Já fazia mais ou menos duas semanas que era tratado assim por ela. E esses dias foram o maior inferno, pelo menos para ele.







Já aconteceu de sua moto ter um pneu furado, seu uniforme roubado, mas reapareceu, ele estava pendurado no mastro da escola ao invés da bandeira. E tinha certeza que Carla nunca colocaria pimenta malagueta em sua panqueca.







Entre outras coisas que aconteceram que não valia à pena nem relembrar... Tinha certeza que Mônica estava por trás disso, mas por quê? O que havia feito?







Seria melhor descobrir antes que sua moto acabasse de alguma forma no fundo da piscina.







Por isso teve um plano... E iria colocá-lo em prática nesse instante.







...







Alguns minutos depois Mônica resolve ir á seu quarto.







– Mônica! – Ela ouve alguém a chamar no fim do corredor. – Querida, eu vou sair rapidinho para comprar umas coisinhas para o jardim e volto daqui pouco tudo bem?





– Claro. Quando voltar se precisar estarei no meu quarto. – Ela falou e viu Carla descer as escadas.







Mônica entrou no seu quarto e logo se deitou na cama, suspirando cansada. De repente ouviu seu celular, que estava em cima do criado mudo, tocar. Quando olhou o visor viu que era Magali, e resolveu deixar no viva-voz mesmo.







– Oi Maga. – Disse.





– Oi Mô! – Ela falou. – E então? Você fez aquilo mesmo?





– Claro. – Ela respondeu. – Usei até purpurina. – Ela riu e ouviu a amiga rir também do outro lado da linha.





– Meu Deus, nem acredito que você realmente fez isso. – Magali falou.





– Espere até amanhã... Ele vai acordar em outro lugar, literalmente. – Ela falou maliciosamente já pensando em seu plano concluído.





– Mô... Você não acha que está indo longe demais não? – Magali perguntou.





– Claro que não, estou até pegando leve com ele. – Ela disse simplesmente.





– Olha... Você mesma disse que quer fazê-lo se arrepender pelo que disse. Mas, se arrepender exatamente do que?







Mônica hesitou um pouco antes de falar. Ainda não havia dito á amiga o que havia acontecido, a nenhuma de suas amigas. Estava magoada, sabia que essas brincadeiras não dariam em nada, mas precisava fazer algo, não sabia bem por onde começar, então resolveu apelar para os antigos planos infalíveis que ele já havia feito com ela.







– Mônica... O que houve? – Magali tornou a perguntar, preocupada com a amiga.





– Eu... – Ela suspirou. – Desculpe maga, mas não sei se é uma boa ideia te contar e...





– O que? Como assim? – Ela disse um pouco preocupada e meio revoltada. – Mônica que história e essa? Sou eu! Magali! Sua melhor amiga! Por favor, se tem algo a incomodando sabe que eu posso te ajudar! – Ela falou, mas não ouviu uma palavra. – Mônica, o que aconteceu?





– Eu... – Suspirou pesadamente novamente. – Eu... Eu fiz amor com o Cebola...







Pronto. Falei. Disse a si mesma. Mas do outro lado da linha nada foi dito por um tempo.







– Maga? – A chamou, mas ninguém respondeu. – Magali, você ainda está...





– AHHH! – Magali gritou no telefone assim que se recuperou do choque.





– Ai meu ouvido... Acho que fiquei surda... E olha que está no viva-voz – Falou botando uma das mãos no ouvido.





– Como? Quando? Onde? – Magali perguntava apressadamente querendo respostas.





– Maga, deixa eu...





– MÔNICA SOUSA! COMO OUSA NÃO ME CONTAR UMA COISA DESAS?! – Magali gritou novamente.





– Magali, calma! Isso aconteceu á duas semanas e...





– DUAS SEMANAS?! – Sem chances de tentar explicar, Mônica esperou pacientemente que a amiga se acalmasse e parasse de gritar.







Alguns minutos, e gritarias revoltadas, depois...








– Posso falar agora? – Mônica perguntou a amiga que teve recentemente um ataque psicológico.





– Mônica! Mas por que não me contou? Você deve estar feliz! Por que está fazendo isso com o Cebola? Era o que você queria não é mesmo? Afinal você...





– Nem ouse terminar essa frase! – Mônica exclamou. – Lembra da festa de comemoração?





– Sim...





– Bem, eu...







Mônica contou tudo. Sabia que já deveria ter dito a Magali, mas não sabia como, e não encontrava um momento certo. Mas agora está mais do que na hora, precisava de alguém que a ouvisse, precisava de alguém que a compreendesse, e sua melhor amiga era mais do que a escolha certa.







Depois de alguns minutos, Mônica já havia resumido toda a história, e tinha acabado de falar sobre o que Cebola havia dito na garagem.







– Foi isso que aconteceu... – Mônica disse tristemente.





– Mônica eu... Eu sinto muito, eu...





– Não. Não precisa dizer nada maga. A culpa é minha, eu nunca deveria ter confiado no Cebola. – Ela disse. – Eu nunca deveria...





–... Ter se apaixonado por ele? – Magali falou, e não ouviu nada de sua amiga. – Mônica... Não pode negar o que sente.





– Mas posso tentar ignorar. – Falou. – Já faço isso á duas semanas.





– E isso resolve? Ignorar o que ele disse, e pensar nisso a cada instante a faz se sentir melhor? – Ela perguntou. – Mônica... Tem que conversar com ele.





– Pra que?





– Para esclarecer essa história de uma vez por todas! Não pode simplesmente fingir que esta tudo bem quando não está! – Disse. – Mônica! Deixe de ser tão teimosa! Vá falar com o Cebola! Diga a ele que...





– Que o que? Que eu o amo? – Ela disse. – Por favor, Maga, não me faça rir. Ele mesmo falou para esquecer, e, além disso, eu não disse nada que o ofendeu. Mas ele sim! Foi ele quem disse aquilo sem se quer se dar conta do que estava fazendo.





– O que? Que ele a estava a perdendo? – Perguntou.





– Cebola não pode perder uma coisa que nunca teve... – Disse.





– Mas isso não é verdade, e sabe disso. – Falou. Mônica ouvir um ruído do outro lado da linha. – Mô, desculpe, mas tenho que desligar. Depois falamos tudo bem?





– Claro, tchau maga.





– Até logo. – Falou, desligando o telefone.







Mônica desligou o celular e se deitou de bruços na cama.








– Droga... O que tem de errado comigo? Será que não posso viver uma vida menos complicada? – Disse a si mesma.





– Mônica? – Carla a chamou do andar de baixo. - Pode vir aqui me ajudar?







Mônica se levantou da cama e saiu do quarto para ver o que Carla queria.







Com um pouco de dificuldade, o individuo que tinha esperanças de encontrar pistas sobre a devida mudança de humor de sua amada nas últimas semanas saiu de debaixo da cama dela. Já de pé, Cebola olhou para a porta de onde Mônica havia saído não acreditando no que havia ouvido.







...







– Obrigada por me ajudar com as flores. – Disse Carla á Mônica.





– Ah, que isso! Sabe que amo tanto isso quanto você. – Monica falou.





– É, sei sim... – Ela disse sorrindo. - Ah! Lembrei que esqueci o regador lá dentro. Já volto.





– Está bem. – Ela falou vendo Carla entrar na mansão.







Carla deu uma olhada pela cozinha procurando o regador, mas o que encontrou foi um adolescente agindo de uma forma bem estranha, principalmente quando chegou correndo na cozinha.







– Carla! – Cebola exclamou.





– Calma Cebola! Vai tirar a mãe da forca? O que foi? – Perguntou assustada com a ação do garoto.





– Onde está Mônica? – Ele perguntou.





– Primeiro me explica o que está acontecendo. – Exigiu.





– História longa demais, desculpe, mas preciso desfazer uma burrada e já estou meio atrasado para algo, por favor, Carla. – Suplicou.





– Ela esta lá no jardim, mas por Deus! O que vai fazer? – Perguntou.





– Uma coisa que já deveria ter feito há muito tempo. – Falou simplesmente deixando a empregada na cozinha sem entender nada.







Cebola a viu agachada no jardim. Respirou fundo e caminhou em direção a ela.







Mônica estava cuidando calmamente de algumas flores, quando sentiu que alguém havia tapado a luz solar que a atingia. Olhou pra trás, mas logo voltou ao que estava fazendo.








– O que está fazendo? – Perguntou.





– Nada. – Falou.





– Ótimo, então como está disponível acho que irá aceitar minha proposta. – Falou.





– Acho que não. Por que não arruma outra pessoa pra encher? Não tenho tempo pra perder com você. – Falou, propositalmente, de um jeito meio frio.





– Outra pessoa? Hum... Acho que seria difícil encontrar alguém que saiba mexer com flores tão bem como você...







Mônica suspirou pesadamente, só queria que essa conversa fosse rápida. Só queria se afastar, mas não... Ele tinha sempre que se aproximar, acabando com seus planos.







– Fale logo o que quer. – Disse impaciente.





– Quero que dê um passeio comigo. – Ele falou.





– O que? – Ela o olhou. – Sair com você? Há! Boa piada, conte outra...





– Estou falando sério. Qual é o problema em sair? Sei que suas amigas estão fora, por isso achei que quisesse sair um pouco daqui. – Disse.





– Não obrigada. Estou bem aqui. – Falou.





– Por que esse mau humor todo? – Perguntou.





– Não é nada. – Disse.





– Tudo bem... Desculpe-me pelo que fiz. – Falou.





– E o que fez exatamente? – Ela perguntou.





– Não sei, mas devo ter feito algo bem ruim pra você ficar com esse mal humor. Não é mesmo? – Disse.





– Se sabe que não estou com o melhor dos meus humores por que não desiste? – Falou.





– Por que quero te mostrar algo, por favor, considere como um pedido de desculpas. Ahn? O que me diz? – Perguntou sorrindo, tentando animá-la.





– Não sei... Como vou saber se não vai me levar para uma armadilha? – Falou se levando e cruzando os braços.





– Assim você me ofende... – Se fingiu de coitado, o que quase arrancou um sorriso dela. – Por favor, confie em mim.





– Acho que não posso fazer isso. – Disse.





– Mas deveria...





– Por quê? – Perguntou.





– Por que vou ter que vendar seus olhos. – Falou, tirando do bolso uma venda preta.



– O que? Ah nem pensar! – Disse recuando um pouco assim que o viu se aproximar.





– Ora vamos, não seja medrosa... Não vou te seqüestrar nem nada do tipo. – Disse. – Vamos, aceite.





– Nem pensar.





– Tudo bem... Vamos fazer o seguinte. Eu vou te vendar e te lavar a um lugar, e se você não gostar desse lugar que vou te levar, você pode fazer qualquer coisa comigo e eu não vou reclamar, está bem? – Disse Cebola.





– Hum... Está bem. Tenho certeza que irei detestar de qualquer jeito. – Mônica disse sorrindo já sentindo o gostinho da vitória.





– Não tenha tanta certeza... Vem aqui, me deixa colocar isso em você. – Disse se aproximando de Mônica e tapando seus olhos com a venda.







Ele a ajudou a caminhar em direção á garagem.








– Posso usar seu carro? – Perguntou.





– Nem pensar! – Ela disse.





– Ótimo! Então vamos na minha moto mesmo. – Falou a provocando, mas antes de se dirigir até a Harley sentiu as pequenas mãos dela o puxarem.





– Não... Espera. – Ela suspirou. – Tudo bem. Pode dirigir o meu carro, as chaves estão ali.





– Obrigado – Agradeceu. Pegou as chaves que estavam penduradas e abriu o carro, ajudando Mônica a entrar em seguida.








...








Depois de alguns minutos eles já estavam chegando. Cebola havia dirigido com o carro de Mônica, seria mais seguro já que a mesma estava vendada, foi isso que pensou antes de sair de casa. Não demorou muito para Cebola estacionar e desliga o carro em seguida.







– Espere aqui. – Disse antes que ela tivesse a ideia de sair do carro. Cebola deu a volta no carro, abriu a porta para Mônica e tentou pega-lá no colo.





– O que está fazendo? – Disse o impedindo de continuar.





– Não estrague a surpresa, e também será mais fácil, acredite. – Falou.







Mônica deixou-se ser levada. Cebola a pegou no colo e fechou a porta do carro. Ele caminhou, mas não muito, depois de alguns minutos parou de caminhar e colocou em pé.







– Posso tirar isso? – Perguntou impaciente.





– Agora sim... – Antes que ela mesma tirasse aquilo, Cebola tomou a sua frente e retirou lentamente a venda de seus olhos.







Quando Mônica voltou a ter a visão ficou sem palavras.







Eles estavam em um penhasco que ficava perto da praia, a visão do horizonte, o mar, o céu com poucas nuvens era tudo lindo, mas isso não era tudo. No exato momento o sol estava se pondo. Raios solares alaranjados e avermelhados tomavam o céu, formavam um lindo espetáculo.







Cebola apenas observava as reações no rosto da garota, ela estava admirada. Pelo visto havia ganho a aposta, mas não era esse o propósito pelo qual estava ali.







– Cebola... Isso é... Lindo. – Mônica disse.





– Concordo. – Cebola falou olhando para ela.







Mônica se virou para Cebola, mas não contava que ele pudesse estar tão perto. Sem cerimônias Cebola capturou seus lábios, com uma imensa saudade deles. Beijou-a carinhosamente, sem pressa, apenas queria saborear novamente o gosto doce dela.







Ele colocou suas mãos na cintura dela, trazendo-a para mais perto. Mônica, numa recaída, colocou suas mãos no pescoço dele o trazendo para mais perto e correspondendo ao beijo.







Ficaram um tempo assim, apenas matando a saudade. Mas infelizmente para Cebola, algo em Mônica despertou-a daquele sonho, o que a fez se afastar dele de repente.







– O que pensa que está fazendo? – Mônica perguntou, tentando manter uma pose aborrecida.





– Como assim? – Perguntou.





– Por que me trouxe aqui? – Perguntou. – O que quer de mim?





– Não quero nada...





– Como não? Você nunca faz nada sem pelo menos ter um propósito! – Ela exclamou.





– Mônica eu não...





– Não! Pare! Nem tente outra desculpa! Eu sabia! – Ela falou.





– Sabia o que? – Perguntou confuso.





– Sabia que só quer brincar comigo, com meus sentimentos! Você não liga pra mim! Nunca ligou! – Exclamou irritada e magoada. Deu as costas pra ele e começou a andar.





– Mônica! – A chamou, logo andou atrás dela.





– Me deixe em paz! Você não tem nada mais pra...








Cebola não a deixou terminar, beijou-a mais uma vez, dessa vez de um jeito mais intenso, a fazendo perder o fôlego.







– Quer calar essa boca e me escutar? – Ele falou assim que interrompeu o beijo. – Eu a trouxe aqui para dizer que sinto muito...





– Pelo quê? – Perguntou.





– Pelo que disse á você na garagem... – Ele falou, ela o olhou meio confusa. – Eu menti pra você, assim como você também mentiu pra mim.





– O que? Como assim?





– Você disse que não se lembrava do que havia acontecido naquela noite, mas você lembrou. Não é verdade? – Ele disse.





– N-não... Quer dizer...





– Ah! Não tente mentir, ouvi você conversar com a Magali pelo telefone. – Falou.





– Você o que? – Exclamou. – Como você escutou?





– Ah, foi fácil só me escondi de baixo da cama, mas isso não vem ao caso... O que quero saber é que se o que você disse é realmente verdade. – Disse.





– Estava fazendo o que lá? Me espiando? – Perguntou.





– Só estava me preparando para outra brincadeira sua, ou pelo menos tentar descobrir o motivo do seu mau humor, mas agora já sei qual é. – Disse.





– Ah é? E qual seria?





– Está com raiva de mim por que não me lembrei daquela noite e ainda disse que você deveria esquecê-la, incluindo o que dissemos.





– Que ótimo Cebola! Vai ganhar até uma estrelinha por ter descoberto isso apenas agora. – Disse ela sarcasticamente. – Agora se me da licença... – Ela disse começando a andar de novo, mas seu braço foi segurado. – Me solta!





– Não, você tem que me ouvir! – Falou.





– Por quê? – Ela gritou. - Por que essa perseguição toda? Já não basta o que você me disse? Por que insiste tanto?





– Por que quero que saiba que eu me lembro daquela noite... A melhor e mais especial noite da minha vida. – Ele disse e ela o olhou confusa. – Sei que a magoei, mas disse aquilo por que estava frustrado. Como acha que me senti quando você disse que não se lembrava de algo que deveria ficar em nossas mentes pela eternidade?





– Cebola...





– Por favor, deixe-me terminar. – Pediu. – Vou entender se ainda não quiser falar comigo, vou entender que continue magoada, mas não permitirei que continue nem mais um minuto sem saber a verdade...





–Verdade?





– Tudo o que fiz... Foi tudo por minha espontânea vontade. Tudo o que disse, foi verdade. – Ele falou.





– Cebola... – Mônica sentiu seus olhos começarem a lacrimejar.





– Espero que tenha dito a verdade, por que eu também amo você e não sabe o quanto sofri nessas semanas com você se afastando de mim cada vez mais... – Ele falou.







Mônica arregalou os olhos, não acreditara no que havia escutado... Ele realmente disse que a ama?







– Você me ouviu? – Ele disse. – Eu te amo Mônica.







Sim era verdade, ele estava ali na sua frente se declarando. Uma lagrima solitária escorreu pelo seu rosto, e Cebola tratou de secá-la com uma de suas mãos. Aproveitou para acariciar o rosto dela carinhosamente.







– Você está bem? – Ele perguntou.





– Cebola...







Sem poder dizer mais nada, Cebola é pego de surpresa com um beijo da amada. Ela o beijou, e o apertou fortemente contra si. Cebola retribuiu o beijo, mesmo se sentindo meio esmagado pelos braços dela.







Depois de um tempo eles cessaram o beijo, mas não se separaram. Continuaram abraçados com as testas unidas e os olhos fechados, desfrutando daquele momento.







– Eu também... – Disse Mônica. -... Eu também amo você. Muito.







Cebola abriu os olhos e olhou para ela. Seus olhos estavam lacrimejados, mas não de tristeza, de felicidade, ou até mais que isso. Deu seu melhor sorriso para ela, e a mesma retribuiu.





– Olha só, quem diria...





– O que foi? – Ela perguntou.





– Chegamos a um tratado de paz afinal, os anos de guerra acabaram. – Ele disse, e ela riu com o comentário.





– Verdade... Agora vamos aproveitar os dias de paz. – Ela falou.





– Com certeza. – Ele disse um pouco malicioso, Mônica corou quando percebeu, mas isso deu apenas mais vontade a Cebola de beijá-la.







...







Já passava das dez horas da noite quando os dois chegaram em casa. Carla não deixou isso passar, queria explicações. Por isso assim que ouviu um barulho vindo da sala tratou de ir pra lá.







– Cebola Netto Baker e Mônica Sousa! Isso são horas de chegar? – Ela falou assim que viu os dois.





– Eu avisei... – Sussurrou Mônica no ouvido de Cebola.





– Ahn, Carla desculpe por ter demorado tanto, mas é que a gente meio que não viu a hora passar e...





– Não quero nem saber! Vocês sabem o quão é perigoso ficar na rua até essa hora?! Vocês perderam o juízo ou... – Carla parou de falar assim que reparou em uma coisa um pouco incomum nos dois. Eles estavam mesmo de mãos dadas? – Ahn... Por que vocês estão...





– Desculpe por ter chegado tão tarde, mas é que eu queria aproveitar um tempinho com a Mônica agora que nós nos entendemos. – Cebola falou.







Carla ainda ficou meio atônita, isso estava mesmo acontecendo? Perguntou a si mesma. Os dois até pensaram em dizer mais alguma coisa, mas nem tiveram chance. Carla correu e abraçou os dois, que acabaram ficando sem fôlego.







– AH! Finalmente! Eu esperei tanto por esse momento! – Ela falou abraçando fortemente os dois, mas logo os soltou, e eles puderam finalmente respirar. – Querem que eu faça algo? Salada de frutas? Panquecas? Um bolo? Ah! Vou fazer tudo! Temos que comemorar!







Os dois viram a empregada correr para a cozinha, e logo depois riram.







– Acho que ela quebrou uma costela minha... – Disse Mônica.





– Só? Meu braço também já era. – Falou Cebola.





– Viu? Eu disse que ela surtaria. – Ela falou.





– Surtada? Já passou desse estágio há muito tempo... – Ele disse e Mônica riu.





– Vem, quer ver Tv? – Perguntou.





– Claro. – Disse indo com ela até o sofá.







Enquanto Carla estava cozinha fazendo praticamente todas as receitas que sabia eles mais gostavam, os dois assistiram Tv juntos.








...







Pov. Cebola








Ouvi um barulho irritante vindo do meu criado mudo, era meu celular. O peguei, meio sonolento, e atendi.








– Alô? – Disse.





– Fala careca! – Era Cascão.





– Oi cara, o que foi? – Falei. Logo depois bocejando.





– Cebola, cara vai rolar um racha daqui a pouco. Você tem que vir! – Ele disse. Eu olhei para o relógio e passava um pouco de meia noite.





– Cascão... Eu não sei se...





– Vamos cara! Aquele Brown vai correr hoje! – Ele disse. Brown era o sobrenome de um cara que tem um dos melhores carros de Miami.





– Sério? – Disse. As corridas com ele eram sempre as mais incríveis, e fazia um tempo que não ia a um racha... Por que não? – Tudo bem. Em vinte minutos apareço aí.





– Beleza! – Disse e desliguei o celular.








Levantei da cama e fui para o closet me vestir. Coloquei uma calça escura, uma camisa branca e uma jaqueta, junto com um par de tênis. Quando terminei desci cuidadosamente as escadas para não fazer muito barulho, mas quando cheguei na sala acabei tropeçando numa mesinha. Fez uma pouco de barulho, mas acho que não acordei ninguém.








Sem mais demoras, fui em direção á garagem e montei na Harley, dei a partida e sai da mansão.








...








O lugar estava cheio, carros por todos os lados, tanto quanto pessoas. Foi difícil, mas consegui encontrar Cascão no meio daquela multidão.







– Careca! Até que enfim! – Disse Cascão.





– Oi cara! – Disse.





– Aqui, eu tenho que conversar uma parada séria com você. – Ele falou.





– O que é? – Perguntei.





– Vem aqui, vai ser melhor pra gente conversar. – Ele falou indo para uma calçada menos movimentada. Paramos um pouco antes da calça, ficando atrás de um carro preto.





– Fala cara... O que foi? – Perguntei.





– Cebola, você se lembra da Cascuda? – Ele disse.





– Sim o que tem ela?





– Ela meio que entrou em contato comigo. – Falou.





– Sério? – Disse.





– Sim, e cara. Ela descobriu uma parada muito séria, tem haver com o seu pai. – Ele disse.





– O que? O que ela descobriu? – Perguntei. Como essa garota conseguiu algum tipo de informação afinal?





– O seu pai, ele... – Ele tentou dizer, mas foi interrompido.








De repente eu ouvi o barulho de um estouro, e de um vidro quebrar. Foi tudo muito rápido, mas tratei de me jogar no chão para me proteger. Vi Cascão fazer o mesmo, mas ele não se agachou, simplesmente caiu no chão. Vi algo vermelho molhar sua camiseta.









– CEBOLA! – Ouvi alguém gritar meu nome.









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Notas finais do capítulo

Agora a coisa ficou séria! O que irá acontecer com o nosso personagem principal e seu melhor amigo?

Infelizmente não irei poder postar nesse fim de semana, mas prometo voltar a atualizar a história o mais rápido possível.

Tenham um ótimo fim de semana ;)

Té+!