Te Amar Ou Te Odiar? escrita por Dani25962


Capítulo 20
Coração maldito! Por quê?


Notas iniciais do capítulo

Oi Gente!

Bem, como vocês não se aguentam de curiosidade, a fic. acabou chegando mesmo a mais de 100 reviews, VALEU PESSOAL!

Agora, quem aqui gosta de um pequeno romance irá gostar desse capitulo...



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Pov. Mônica






Fechei a porta do meu quarto, escorei no mesmo e deslizei me sentando no chão ali mesmo.







Não pode ser... Não mesmo! Eu não posso...







Espera! Eu tenho que ter certeza disso, tenho que falar com alguém, tenho que confirmar antes de me precipitar.







Magali...







Levantei, peguei o meu celular e disquei o numero dela.







– Alô – Ouvi a voz dela.





– Magali? Oi, sou eu Mônica. – Disse rapidamente.





– Mônica, está tudo bem?





– Não, eu estou com um problema e preciso me encontrar com você agora! – Disse.





– Tudo bem! Calma Mônica. Respira. – Ela falou. – Me encontre na sorveteria, tudo bem?





– Está bem, chego lá em dez minutos. – Disse e logo depois desliguei o telefone.







Coloquei uma blusa vermelha com detalhes brancos e uma calça rapidamente. Sai do quarto e desci as escadas, na sala, vi Cebola e Cascão conversando.







– Mônica? – Ele me chamou assim que me viu. – Aonde vai?





– Dar uma volta, não demoro. – Disse e sai deixando os dois conversarem.







Por sorte, meu carro estava na garagem, Laura havia trago ele de volta hoje de manhã. Entrei, liguei o mesmo, sai da garagem e da mansão, e dirigi rapidamente para a sorveteria.





...







Pov. Autora







Depois que Mônica havia entrado em seu quarto, Cebola ouve o som da campainha e não demora a atender a pessoa do lado de fora.
 

– E ai Cebola! – Disse Cascão cumprimentando o amigo.


– Oi cara. O que faz aqui?


– Vim conversar com você. – Disse ele como se fosse obvio. Cascão entrou na casa e sentou em um dos sofás seguido de Cebola. - O que houve com você ontem? Depois da meia noite não te vi mais, deu uma de Cinderela foi?


– Não é nada disso. – Cebola pensou se seria seguro dizer sobre o que houve ontem à noite ao amigo. Ah! Ele é meu melhor amigo, confio nele, disse a si mesmo. - Eu estava dançando com a Mônica e quase a beijei e de repente ela saiu correndo para o estacionamento.


– Caramba! Que fora! O que houve? Esqueceu de escovar os dentes? – Cascão disse rindo em seguida.


– Cala a boca Cascão! Não é nada disso, ela deve ter ficado confusa ou... Sei lá. – Falou.


– Ta, mas o que houve depois disso? – Cascão perguntou.


– Bem, eu... – Cebola parou de falar assim que viu Mônica descer as escadas. - Mônica? – Ele a chamou - Aonde vai?


– Dar uma volta, não demoro. – Ela disse simplesmente e saiu.


– Cara... O que ela tem? Ela parecia meio... Não sei. Tensa, talvez? – Ele disse e viu seu amigo suspirar. - O que houve?


– Ta bem, vou dizer, mas, por favor, sem comentários por ai está bem?


– Claro, minha boca é um túmulo!


– Está bem. Tudo começou depois que ela saiu da cobertura, eu a segui até lá e depois de um tempo apareceu...
 

...
 

–... Um cara armado do nada apareceu e nos escondemos no mesmo momento em que ouvimos aquele tiro. – Disse Mônica.
 

Depois de alguns minutos após sair da mansão Monica chega à sorveteria e encontra a amiga sentada em uma das mesas á sua espera. Não demorou muito e já estava contando a ela sobre o ocorrido da noite anterior.
 

– Meu deus! E o que houve depois? – Disse Magali.


– Nós conseguimos fugir com a moto do Cebola, mas aquele maldito nos seguiu e infelizmente acertou um tiro de raspão no Cebola, mas no segundo seguinte ele havia batido o carro em um poste depois de desviar de um caminhão do lixo. – Mônica falou.


– Ainda bem, mas o Cebola também esta bem né? - Disse Magali preocupada com o amigo.


– Sim, ele me levou a uma casa da praia que pertencia ao pai dele e aproveitei para cuidar do ferimento. – Ela suspirou. - Ele teve muita sorte que foi apenas um tiro de raspão, se ele tivesse acelerado mais a moto...


– Não pense nisso está bem? Os dois estão salvos, agora, o que aconteceu enquanto vocês estavam dentro da casa? – Perguntou curiosa.


– Bem, eu não consegui dormir, então...
 

...
 

–... Desci pra beber alguma coisa, mas a vi na varanda e tentei conversar com ela, sabia que estaria aflita sobre o que havia acontecido. – Cebola falou.


– E conseguiu acalmá-la? – Perguntou Cascão.


– Mais ou menos, mas acabou que ela estava cansada de tantas coisas ruins acontecendo, eu também estava, ainda estou... – Falou. - Ela disse que se algo acontecesse comigo, talvez não soubesse o que fazer.


– Olha só... Mônica querendo ficar ao seu lado ao invés de querer te matar. Será efeito do casamento precoce? – Disse Cascão, tentando descontrair um pouco.


– Sei lá, mas acho que depois de tantas coisas acontecendo, ela ficou bem emotiva. – Ele falou. - Mas consegui pelo menos acalmá-la por hora e fomos assistir a um filme...
 

...
 

–... E sem perceber acabei dormindo com ele no sofá. – Disse Mônica.


– E o que fez de manhã quando acordou? – Falou Magali com um jeito malicioso.


– Nada, apenas me desculpei por acordar deitada em cima dele. – Mônica disse um pouco envergonhada pelo comentário da amiga.


– Ai que fofo, já estão dando o primeiro passo no casamento. – Magali disse.


– Enfim... Esse nem foi o pior momento da manhã. – Mônica falou.


– Pior? Olha, se acordar deitada em cima de um homem lindo é ruim, amiga desculpa, mas acho que você esta mudando de lado...


– Para de falar besteira! Mudei de lado coisa nenhuma. – Disse Mônica constrangida.


– Tudo bem, desculpa, pode continuar. – Falou Magali rindo um pouco da amiga.





– Bem, enquanto a gente estava tomando café juntos, acabamos meio que nos desafiando e fizemos...







...







–... Meio que uma guerra de comida – Disse Cebola.



– Guerra de comida? – Perguntou Cascão confuso.





– É, sabe. Comida pra tudo que é lado do cômodo...





– Hahaha! – Riu Cascão. – Cara deve ter sido um desperdício e tanto de comida.





– Nem me fale, tenho que lembrar de fazer compras depois... – Falou Cebola. - Mas, em um momento dessa guerra eu acabei escorregando e cai em cima dela e... Nem me pergunte como ou por que, mas...







...







–... Eu o beijei.





– VOCÊ O QUE?! – Gritou Magali espantada, chamando a atenção de algumas pessoas que estavam na sorveteria.





– Magali... – Repreendeu Mônica vendo à amiga meio assustada a sua frente tentando por o pensamento em ordem.





– Desculpe, mas por que fez isso? – Perguntou Magali ainda confusa. - Eu pensei que você não gostasse dele.





– Eu não sei...





– Como assim não sabe? Não sabe o que?





– Eu, ultimamente venho sentindo um nervosismo estranho, meu rosto esquenta tanto de uns dias pra cá que se colocasse algo na minha cara iria fritar na hora. – Falou Mônica.





– E isso acontece exatamente em que momento? – Perguntou.





– Bem, na maioria das vezes foi quando o Cebola estava perto de mim, não sei, antes eu ficava incomodada com ele perto de mim, mas agora eu não sei se é algo parecido com incômodo, parece mais...







...







–... Uma sensação boa, mas entranha ao mesmo tempo. – Falou Cebola. – Eu não sei explicar, realmente não sei o que está acontecendo comigo.





– Cebola... Eu tenho um palpite sobre o que você está sentindo, mas antes pode descrever, mais ou menos, o que você sente quando pensa na Mônica?





– Bom... Quando penso nela, eu a vejo como uma garota inteligente, doce e ao mesmo tempo perigosa, ela é...







...







–... Corajoso, me ajudou quando precisei, estava lá ao meu lado. Podemos ter passado por coisas ruins, mas...







...







–... O ódio que pensei que sentia por ela não existe mais...







...







–... O que vejo nele é admiração, pois depois de tudo, ele não abaixou a cabeça, seguiu em frente...







...







–... Além disso, ela é linda, confesso, e quando a gente estava na cozinha naquela hora...







...







–... Foi como se finalmente conhecesse meu melhor amigo, fiel e engraçado...







...







–... Esperta e divertida, mas quando ela me beijou...







...







–... Foi algo totalmente diferente, até mesmo quando eu beijava o Brian, esse beijo foi...







...







–... Simplesmente incrível, nunca pensei que isso aconteceria assim, mas eu gostei e muito...







...







–... E não me culparia se o fizesse de novo. – Disse Mônica.







...







– Mas eu não entendo o que isso quer dizer! – Disse Cebola. - Não entendo mesmo esse sentimento maluco que sinto por ela.





– Cebola, você se lembra da Cascuda? – Perguntou Cascão.





– A irmã do Joaquim? Aquela garota que se mudou um tempo atrás?





– Sim, você lembra que a gente namorou por um tempo né? – Perguntou Cascão.





– Um tempo? Ficaram juntos por cinco anos! – Disse Cebola.





– Exato. E eu sentia as mesmas coisas que você disse, eu amava e a amo muito ainda. – Falou Cascão, que agora olhava para seu amigo. – Então meu caro... Tudo isso só significa uma coisa...





– O que? – Perguntou.





– Você está se apaixonando pela Mônica. – Disse Cascão.







...







– Você está se apaixonando pelo Cebola. – Disse Magali.







...







O que não era um choque para nenhum dos conselheiros, era um balde de água fria para o casal recém-casado. Os dois revisaram seus próprios pensamentos e sentimentos. Realmente... Era verdade. Estavam sem querer e sem perceber se apaixonando um pelo outro.







Cebola se levantou do sofá, ainda meio desnorteado com a notícia óbvia que não havia percebido, mas que agora não conseguiria esquecer.







– Você está bem cara? – Perguntou Cascão.





– Sim eu... Só preciso pensar um pouco. A gente se vê Cascão – Disse e se afastou do amigo.







...







– Mônica? – Perguntou Magali. – Você está bem?





– Não pode ser... – Mônica disse mais pra si mesma. – Eu... Como não percebi antes? Eu... – Olhou pra Magali. – Então, se isso é se apaixonar, o que era aquilo que eu sentia pelo Brian?





– Talvez por nunca ter sentido nada mais forte que uma grande amizade confundiu com uma paixão. – Disse Magali. – Acredite, eu sei como é isso.





– Como não percebi isso antes? Como... Como isso aconteceu?





– Mônica geralmente nunca se sabe, simplesmente acontece. – Ela falou. – Mas olha o lado bom, você se apaixonou pelo seu marido.





– Isso é lado bom?





– Claro! Já pensou se fosse com outra pessoa? Você conseguiria viver casada com um e amando outro?





– Tem razão... – Disse e logo depois suspirou.





– Tudo bem? – Perguntou a amiga preocupada.





– Sim, é só que... É muita informação de um dia pro outro. Estou emocionalmente cansada. – Falou.





– Se é assim, que tal descontrair um pouco? Vamos dar uma volta na cidade, no shopping, no país...





– Hey! Calma, eu já estou esgotada emocionalmente, que fazer o mesmo com meu lado físico? – Disse Mônica e viu sua amiga rir.





– Só não quero ver você sentada pensando nos seus problemas o dia todo. – Magali disse e logo depois se levantou da cadeira. – O que acha de fazer umas comprinhas com sua melhor amiga?





– Seria ótimo... – Mônica falou. Se levantou e abraçou a amiga. – Obrigada Maga.



– Que isso. Sempre que precisar vou estar aqui pra você amiga. – Ela disse sorrindo. – Agora vamos! O shopping nos espera!







...







Pov. Cebola










Burro! Idiota! Lesado!







Como? Como não percebi isso antes?! Ah, mas eu sou um lerdo mesmo!







Não queria se aproximar dela Cebola? Olha aí! Conseguiu mais do que isso! Está apaixonado por ela!







Consciência maldita! Quieta!







Caramba, nem consigo acreditar nisso. Quer dizer, eu tive algumas namoradas, mas não senti nada comparado ao que sinto pela Mônica... Ela é muito mais bonita do que qualquer outra que eu já vi e...







Argh! Para com isso Cebola!







Se meus pensamentos vão ficar melosos desse jeito em relação á ela, eu realmente posso me considerar apaixonado. E o ruim, ou nem tanto, é que é só nisso que consigo pensar, por mais que eu tente, ela não sai da minha cabeça.







Ficar apaixonado é quando seus pensamentos ficam escravizados, pensando o tempo todo em apenas uma pessoa, na que você ama.







É, virei escravo! Que legal!







Estou agora nadando um pouco na piscina, a água é um incrível calmante pra mim. Pelo menos isso me ajuda há relaxar um pouco.







E então Cebola? O que vai fazer? Se declarar pra ela?







Consciência maldita...







Não brigue comigo! A culpa é do seu coração! Não sou eu que escolho, sou apenas o que te ajuda.







Ajuda? No que? A me confundir?







A te dar escolhas... E então? O que vai ser? Esconder o que sente ou demonstrar?







Nesse você me pegou... Não sei nem por onde começar, e nem sei se ela corresponderia o que sinto! Mas eu não vou dizer pra ela, pelo menos não agora. Ela já tem muita coisa na cabeça pra se preocupar, não precisa de mais uma.





Você quem sabe... Mas não vá criar problemas com isso, pode chegar uma hora em que você não irá segurar mais esse sentimento.







Como posso criar problemas?







Não sabia? O amor é um dos mais difíceis sentimentos para se controlar, e mesmo que ele seja um sentimento bom, pode aproximar um dos piores.







Ou seja...







Raiva, egoísmo, vingança... Ciúmes.







Ta bem entendi, o amor tem seu lado mal na história. Argh! Que coisa mais complicada!







Pode apostar que é. Melhor tomar cuidado...







Sai da água e me sentei na beirada da piscina. Suspirei.







– Nota mental: Nunca mais vou dizer, ‘O que mais pode dar errado?’, na minha vida. – Disse a mim mesmo.







...







Peguei o meu telefone e disquei um numero. Não demorou muito pra ouvir uma voz fina atender.







– Alô?





– Oi Ana, sou eu Cebola. – Falei.





– Ah. Oi Cebola, tudo bem? – Ela disse.





– Sim, bem, mais ou menos, na verdade liguei pra saber se a Mônica está com você. – Perguntei.





– Ahn, não. Pra falar a verdade ainda não falei com ela. Aconteceu alguma coisa?





– Nada, é que ela prometeu á Carla que faria uma coisa, mas ela saiu sem o telefone, acho que ela deve aparecer daqui a pouco, pensei que ela estivesse com você. Tudo bem então, desculpe se incomodei...





– Claro que não. Se precisar estou ás ordens. Até Cebola. – Ela se despediu.





– Tchau. – Desliguei o telefone.







Mas onde raios ela se meteu?! São quase oito da noite e quando ela saiu ainda estava de manhã! E ela ainda faz o favor de esquecer mesmo o celular em casa.







Calma Cebola, ela está bem.







Bem? Eu liguei pra casa da Magali e ninguém atendeu. Ana não sabe onde ela está. Laura menos ainda. Liguei pro Cascão, Titi e Jason, também não a viram. Liguei pra outras pessoas e elas disseram que não a viam desde a festa.







Talvez... E se aquele homem de ontem a achou? E se... Ele...







Chega! Não vou ficar aqui e esperar, vou rodar a cidade toda á procura dela, nem que isso dure a noite toda!







Corri pra garagem, montei na moto e dei partida, iria começar pelo centro da cidade, nos lugares que ela gosta de freqüentar.







...







Pov. Mônica










– Até amanhã Maga. – Disse, vendo Magali saindo do carro.





– Até Mô! – Ela se despediu.







Andamos o dia inteiro juntas, foi bem divertido. Não saberia dizer onde e como estaria se não tivesse a Magali como minha melhor amiga. Fomos ao shopping, á praia, comemos na nossa lanchonete preferida... Realmente o dia foi muito bom.







Não demorei muito para chegar em casa, logo, estacionei o carro na garagem, peguei algumas sacolas com algumas coisas que comprei e entrei na casa.







– Mônica? – Ouvi Carla me chamar. - Por que demorou tanto? Onde estava?





– Estava com a Magali à gente passou a tarde juntas. – Falei.





– Passou à tarde? Mônica é quase dez da noite! – Me espantei com o que ela disse.





– O que? Nossa... Eu juro que nem vi a hora passar. – Disse. - Bom, eu vou subir, tomar um banho, estou cansada... Boa noite.





– Boa noite querida. – Ela disse.







Subi as escadas e andei em direção ao meu quarto. Realmente precisava descansar. Entrei no meu quarto, deixei as sacolas no closet e me dirigi ao banheiro.





Liguei a água para encher a banheira, me despi e depois de alguns minutos entrei na água morna cheia de bolhas.







Era tão bom relaxar um pouco depois de tudo...







“Você está se apaixonando pelo Cebola.’’







De repente me lembrei das palavras de Magali, após dizer o que sentia em relação á ele. Era verdade... Eu estava apaixonada.







É tão entranho, estivemos perto o tempo todo um do outro, mas isso não era o suficiente. E agora de repente, o sentimento mais complicado e forte surge.







Talvez isso estivesse evidente há muito tempo, apenas não consegui perceber.







Mas... O que devo fazer agora? Dizer o que sinto? Não... Acho melhor não. Eu e o Cebola conseguimos nos entender melhor agora do que antes, não quero estragar tudo.







E se ele não sentir o mesmo?







Sim, ele se preocupa comigo, e parece que faz brincadeiras apenas pra me ver feliz, mas e se ele sentir apenas amizade? E se ele...





Argh! Tenho que parar de pensar demais. Eu vou dizer o que sinto, mas não agora... Vou esperar o momento certo.







Fiquei mais algum tempo na banheira, mas comecei a ficar com sono e decidi sair. Depois de me secar, entrei no closet e coloquei uma Baby Doll branca. Antes de dormir achei melhor beber um pouco de água, minha garganta estava ficando seca.







Desci as escadas em direção á cozinha. Abri a geladeira e peguei um copo vazio. Enquanto enchia o mesmo de água olhei para o relógio na parede, já passava das onze.







– Mônica! – Ouvi alguém gritar da sala, antes mesmo de eu ir até lá pra ver o que havia acontecido, Cebola aparece na porta da cozinha, estava ofegante, perecia que tinha corrido uma maratona. O que havia acontecido com ele?





– Cebola? O que... – Antes de eu terminar a frase sinto os braços fortes dele me envolvendo. - Tudo bem... Calma. – Retribui o abraço, senti seus músculos deixarem de ficar tão tensos como estavam com meu gesto. - Agora me diz. O que aconteceu?





– Como assim o que aconteceu? – Ele disse depois de desfazer o abraço e olhar pra com um pouco de raiva. - Você some e pergunta o que aconteceu?





– Cebola, eu disse que iria dar uma volta. – Disse simplesmente.





– Disse isso quando não era nem meio-dia! Já passa das onze da noite! Tem ideia do quanto eu fiquei preocupado? – Ele estava quase gritando novamente.





– Hey! Calma, ta bem? Eu estou aqui! Bem e viva, não precisa de tanto drama assim. – Eu falei. Ele pareceu tentar se acalmar.





– Onde você estava? – Ele perguntou com a voz um pouco mais normal.





– Com a Magali, nós passeamos um pouco, mas nem me dei conta do tempo e por isso demorei.





– Por isso quando liguei pra casa dela ninguém atendeu...





– Espera, você ligou pra Magali? – Perguntei.





– Magali, Laura, Ana, Jason... Basicamente todo mundo que te conhecia. – Ele falou.





– Como? Mas por que fez isso? Deveria ter ligado pra mim.





– Esqueceu o celular em casa. – Ele disse.





– Não, eu não esqueci, eu... - Antes de terminar ele tira do bolso da calça meu celular. Pois é... Acho que eu havia esquecido. - Ahn... Ta bem, me desculpe, nem me lembrei dele quando sai.





– Só me prometa uma coisa... – Ele disse num tom de voz mais sério. - Nunca mais saia desse jeito entendeu?





– Cebola, por que todo esse drama? Eu apenas saí com uma amiga e...





– E se não tivesse?





– Como?





– E se você ficasse sozinha por ai? E se algo acontecesse? E se aquele cara aparecesse de novo? E se você acabasse morta, que nem o meu pai? – Sua voz mudou para desespero, droga, ele estava me procurando desde quando? Não queria deixá-lo preocupado, não deveria ter feito isso. - Ontem você me disse... Que tinha medo de me perder, por que eu era a sua única família, mas... Isso também vale pra mim. Se eu perdesse você, não sei o que faria...







Se ele continuaria a falar eu não sabia, apenas me aproximei e o abracei fortemente. Ele retribuiu da mesma maneira.







– Está tudo bem agora... Calma. – Disse.





– Só... Não quero que desapareça desse jeito novamente. Fiquei apavorado pensando que alguma coisa havia acontecido. – Ele disse depois que se separou um pouco, mas sem desfazer o abraço.





– Eu prometo. Me desculpe... – Acariciei seu rosto, ele pareceu gostar do meu gesto. Ele se aproximou de mim, lentamente, encostou sua testa na minha, e olhou pra mim como se pedisse permissão pra continuar.







Como não recuei ou protestei, ele se aproximou e me beijou.







Começamos com um selinho, mas ele aprofundou o beijo, que acabou ficando cada vez mais intenso.







Definitivamente tinha uma coisa que eu não cansaria nunca de fazer era beijá-lo. Suas mãos subiam e desciam pelas minhas costas e cintura. Eu o envolvia pelo pescoço, acariciando seus ombros, sua nuca e bagunçando ainda mais seu cabelo.







Sua língua pediu passagem e eu concedi, podendo finalmente explorar sua boca com dentes perfeitos. Mas depois de um tempo, o maldito ar faltou, ele parou de me beijar e deu atenção ao meu pescoço.







Soltei um gemido involuntário com o seu toque, isso era tão bom...







– Aham... – Ouvi alguém pigarrear numa parte da cozinha, me separei do Cebola, mas me afastei ainda mais quando vi que Carla estava nos observando parada na porta.





– C-Carla? – Cebola falou meio espantado. - Olha, não é o que você está pensando! Nós só...





– Nem preciso de explicações, mas está meio tarde para os pombinhos colocarem a lua de mel em dia, não? – Ela falou e eu senti meu rosto queimar de vergonha. - Pro quarto os dois, vocês tem aula amanhã - Ela disse.





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Notas finais do capítulo

Poxa Carla! Por que logo agora?

Hê, hê... Acho que já estava mais do que na hora desses dois abrirem os olhos para o que estava em baixo de seus narizes o tempo todo não é mesmo?

Gente, sobre a questão da minha dúvida... Alguns de vocês me deram opções, que eu já havia pensado antes, eu meio que estou entre outra história da TMJ e uma original. Vamos ver o que eu decido com o tempo...

Muito obrigada pessoal. Sexta estou voltando e com um capitulo cheio de...Vingança.


Té+!



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