Te Amar Ou Te Odiar? escrita por Dani25962


Capítulo 19
Não vou te deixar


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!

Tenho que parar de dizer que vou atualizar a história na sexta, pois sempre acabo postando na quinta á noite, como agora.

Bem, mas tenho meu pequeno motivo para isso, e não é por que não vai dar tempo amanhã (Graças a Deus depois de uma maratona de provas e trabalhos posso descansar!) Na verdade, eu estou com uma coisa me incomodando desde que comecei a pensar no assunto, e eu queria a ajuda de vocês para resolver isso.

Mas antes, que tal lerem esse cap.? Não se esqueçam de ler as notas finais, preciso da opinião e colaboração de vocês.



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Pov. Autora
 

O homem se aproximava cada vez mais, tentando enxergar seus alvos em meio aquela escuridão. Foi um erro tentar matar pelo menos um atirando daquela distancia, mas não iria cometer esse erro novamente, se ouvisse apenas um ruído ou qualquer coisa que denuncie a localização dos dois ele não erraria.
 

Cebola estava completamente nervoso, se fizesse muito barulho, provavelmente acabaria levando um tiro e ele não queria muito menos ver Mônica ferida ou morta.
 

Ele notou que sua moto não estava muito distante e se fossem rápidos eles poderiam escapar dali, mas se tivessem sorte, não levariam um tiro. Ele temia pela vida da garota tremula e assustada a sua frente, mas nada iria machucá-la, ele iria protegê-la, concluiu a si mesmo.
 

– Mônica... - Ele sussurrou perto dela. - Nós vamos devagar até a minha moto e vamos sair daqui.


– Ficou louco? - Ela sussurrou também. - Vamos no meu carro, teremos mais chances.


– Seu carro está do outro lado do estacionamento, ele iria acabar nos vendo, vamos na minha moto, ela esta logo ali. - Ele falou, mas notou a insegurança dela. - Confie em mim... Vai dar tudo certo, não irei permitir que te machuquem, prometo que não vou te deixar e vamos sair dessa... Juntos.
 

Mônica hesitou um pouco, mas vendo que não havia escolha a não ser confiar nele, assentiu e o acompanhou agachada até a moto dele.
 

O homem os procurava, mas por causa da maldita falta de luz não conseguia ver nada. De repente ele ouviu um barulho de uma moto atrás de si, eram eles. Correu para tentar alcançá-los, já que estavam quase saindo do estacionamento, por impulso começou a atirar na direção deles o que infelizmente pra ele não havia acertado em nem um dos quatro tiros. Correu até um conversível e quando conseguiu ligá-lo, acelerou.
 

Mônica e Cebola estavam aliviados, quase haviam sido atingidos por um dos tiros daquele homem, mas felizmente conseguiram desviar.
 

– Nem acredito nisso! Conseguimos! - Mônica disse segurando Cebola por trás enquanto o mesmo guiava a moto. De repente eles ouviram mais um tiro.


– Droga! - Disse Cebola, que acelerou mais a moto. O homem estava os seguindo.
 

Cebola tentava despistá-lo, fazendo curvas ousadas e perigosas, mas o homem dirigia muito bem e nunca os perdia de vista. De repente o homem acelera o carro e consegue alcançar os dois, ele estava apontando a arma para Cebola que estava em seu lado direito. Ele atira, mas erra. Cebola tenta fazer alguma coisa.
 

O homem atira novamente, mas dessa vez acerta o braço esquerdo de Cebola, o mesmo geme de dor quando sente que a bala o havia pegado de raspão. Ele iria atirar novamente e dessa vez estava mirando na cabeça dele, mas de repente aparece um caminhão de lixo saindo de uma rua, ele tenta desviar com o carro, mas acaba batendo com tudo em um poste.
 

Cebola invade a contra mão, mas consegue desviar dos carros sem problemas, olhou pra trás para ver o que tinha acontecido.
 

– Ele bateu no poste! - Mônica falou.


– Finalmente! Temos que encontrar um lugar seguro pra ficar, não podemos voltar pra casa, ele pode nos seguir e tentar novamente. - Cebola falou.


– Mas pra onde? - Ela disse.


– Já tenho um lugar em mente, segure-se! - Ele disse logo acelerando a moto.
 

...
 

– Droga! - Disse o homem batendo no volante de raiva, ele não havia sofrido quase nem um arranhão, apenas um corte no braço. De repente seu celular começa a tocar. - Alô?


– E então? Está feito? - Perguntou um homem no outro lado da linha.


– Não, infelizmente eles escaparam. - Ele disse.


– Eu deveria saber que um incompetente como você não conseguiria! - O homem falou bravo pelo telefone.


– Ei! Como assim não dou conta? E aqueles três velhos que eu matei? Não significam nada? - Ele falou.


– Quero que termine o serviço mais rápido possível! Não importa como, desde que não seja pego! - O homem falou quase gritando. - Esse plano não pode haver falhas, entendeu?!


– Tudo bem. Farei do jeito que quiser... Chefe. - Ele disse olhando o estado do carro. - Tenho que desligar, a polícia vai acabar chegando aqui daqui a pouco e descobrir que o carro foi roubado, não se preocupe, irei achar aqueles dois, não devem ter ido muito longe. - Falou, e logo depois desligou o celular.
 

...
 

Cebola ainda estava pilotando a moto com Mônica o segurando pela cintura. Ele não sabia o porquê daquilo ter acontecido, não sabia o que aquele homem queria. Talvez fosse um ladrão qualquer querendo dinheiro, ou poderia ser alguém envolvido nas mortes anteriores de sua família.
 

Logo, entrou na garagem da grande casa de praia que herdou de seu pai. Era uma casa muito bonita e espaçosa, além de não ter vizinhos barulhentos, então ficariam ali tranqüilos pelo menos por esta noite.
 

Eles desceram da moto e entraram na casa. Mônica estava cansada e assustada, mas mesmo assim pode notar o quão bonito o interior da casa era, tanto quanto o lado de fora.
 




...




Pov. Mônica
 

Entramos em silêncio na casa, olhei em volta e observei a linda sala. O chão era de madeira, havia uma escadaria á esquerda que levava até o segundo andar, um pouco mais a frente dois sofás e uma Tv de tela plana de quarenta polegadas. Também tinha uma grande lareira que ficava ao lado esquerdo dos sofás. Em baixo da escadaria havia duas portas de vidro que davam até a varanda.
 

– Que casa linda. - Falei enquanto observava a linda sala.


– Obrigado, ela era do meu pai, vínhamos aqui sempre quando tínhamos tempo. - Ele disse. - Vamos ficar por aqui esta noite, se você não se importar é claro.


– Não, tudo bem. - Falei, não seria ruim passar uma noite nesse lugar, afinal, de alguma maneira eu me sentia bem aqui.


– Ótimo, amanhã de manhã mesmo voltaremos pra casa. - Ele falou, logo depois tirou se blazer. - Eu vou tomar um banho, se quiser também eu lhe mostro o quarto de hospedes e... Argh!


Assustei-me quando o vi gemendo de dor. Olhei para seu braço, estava cheio de sangue, mas quando foi que isso aconteceu?! Ah, acho que foi no momento em que aquele homem nos alcançou antes de bater contra o poste.
 

– Droga... - Ele falou tentando inutilmente parar o sangramento com uma das mãos.


– Cebola... - Me aproximei dele, retirei sua mão de cima do machucado tentando ver melhor. - Você tem alguma maleta de primeiros socorros aqui?


– Lá em cima, no armário do banheiro. - Ele falou.


– Sente-se aqui, eu vou lá em cima pegar a maleta pra cuidar disso. - Falei e logo depois subi as escadas a procura do banheiro, quando achei, me aproximei do armário e peguei a maleta. Depois desci vendo Cebola sentado no sofá.


Me aproximei dele, logo me sentando ao seu lado. Abri a maleta vendo que a mesma continha remédios, esparadrapos, gazes... Entre outras coisas. Molhei um pouco de algodão no soro e limpei o braço com cuidado, chegando à fonte do sangramento, limpei com ainda mais cuidado, com medo que ele pudesse reclamar de dor. Felizmente a bala havia pegado de raspão, quase parecendo mais uma queimadura, não teria necessidade de ir á um hospital, dois dias e ele nem sentiria mais dor. Passei um anticéptico no corte, e por fim o cobri com um curativo.
 

– Obrigado. - Ele falou assim que terminei de tratar do ferimento. - Onde aprendeu a fazer isso?


– Carla me ensinou... Caso eu me machucasse e ela não estivesse por perto. - Eu falei fechando a maleta.


– Bem... Acho melhor irmos dormir, eu posso te mostrar o quarto de hospedes. - Ele falou se levantando.


– Claro... - Eu disse e logo depois o acompanhei subindo as escadas até o segundo andar. Ele me levou a terceira porta a direita, onde era o quarto.


– É aqui. - Ele falou e depois abriu a porta pra mim. - Pode ficar a vontade, tem umas roupas ali no armário que você pode usar pra dormir, e também tem toalhas limpas no banheiro. - O quarto era lindo e também tinha uma varanda onde dava para ver o mar. Cebola tinha muita sorte de ter essa casa. - Se precisar de alguma coisa eu vou estar no quarto ao lado.


– Tudo bem... Obrigada Cebola. - Eu falei o olhando.


– Boa noite... E obrigado pelo curativo. - Ele disse.


– De nada. Boa noite. - Eu disse antes dele fechar a porta.
 

Me aproximei do armário e tirei de lá um pijama azul, ficaria um pouco grande, mas isso não seria um problema. Entrei no banheiro, me despi e entrei no chuveiro. Fiquei um bom tempo em baixo da água, mas não conseguia pensar em nada, minha mente parecia travada.
 

Peguei a toalha, me sequei e logo depois coloquei o pijama. Sai do banheiro e me sentei na cama, tentando pensar em algo, mas nada. Perecia que eu ainda estava em choque de tudo que aconteceu.
 

Olhei pro relógio em cima do criado mudo e o mesmo marcava quase duas da manhã. Suspirei pesadamente, não agüentaria ficar naquele quarto por muito tempo.
 

Sendo assim, sai do quarto e dei uma volta pela casa, que mais parecia um lindo chalé de madeira. Quando cheguei à sala vi que parte dela estava iluminada pela lua.
 

Fui até a varanda e vi que ali tinha no lado direito dois sofás redondos com uma mesa no centro. Escorei-me no corrimão da varanda, olhando as ondas e o céu estrelado sendo iluminado pela lua cheia.
 

Suspirei pesadamente, me perguntando o porquê disso estar acontecendo. A morte dos meus avós... O meu casamento com o Cebola... Essa perseguição...
 

É pedir demais ter um dia normal, sem que minha vida ou meu futuro seja drasticamente mudado?! É pedir demais viver mais um dia sem ter medo de perder as pessoas que são importantes pra mim?! É pedir demais mais um dia pra que eu possa ser feliz?!
 

Já estava sentindo as lágrimas voltarem. Sentei-me em um dos sofás, e fitei a lua cheia. Seria tão bom estar na lua, no espaço... Onde ninguém poderia me fazer mal. De repente senti algo cobrir meus ombros e minhas costas, olhei um pouco para o lado e vi que era um cobertor verde.
 

– Está um pouco frio aqui, não é mesmo? - Cebola falou assim que ficou ao meu lado.


– O-obrigada... - Disse, logo depois o vi se sentar no sofá ao meu lado.


– Você esta bem? - Perguntou.


– Fisicamente sim... - Eu disse. O que ele queria? Que eu sorrisse e fingisse que nada aconteceu?


– Pena eu não poder dizer o mesmo, afinal, levar um tiro não é nada agradável. - Ele falou meio que sorrindo.


Qual é o seu problema? - Perguntei e ele me olhou meio confuso.



– Depende... Por qual eu começo? - Ele falou. - Não consigo dormir, arranhei minha moto por causa daquele cara, levei um tiro...


– Da pra parar com isso? - Disse já irritada. - Por que você está tão calmo assim? Não se lembra do que aconteceu? Nós quase fomos mortos!


– Ah! Deixa de ser dramática... Tudo bem, o que aconteceu não é coisa que acontece todo o dia, mas estamos bem e vivos, é isso que importa. - Ele falou.


– E por conta disso você espera que eu fique tranqüila e pense que isso não tem a menor possibilidade de acontecer de novo?! - Quase gritei ao dizer essa frase.


– Eu não disse nada disso, apenas que tudo esta bem, por enquanto não precisamos nos preocupar. - Ele suspirou. - Olha, desculpe. Eu só não sei exatamente o que está acontecendo, mas não é hora de entrar em pânico, o melhor que podemos fazer é ficarmos calmos e pensar em algo.


Ele tinha razão, mas ignorar essa sensação de insegurança é difícil. Levantei minhas pernas e as abracei, ficando completamente coberta pelo cobertor.
 

– Tem razão... Me desculpe. - Disse sem olhá-lo.


– Não tem o porquê de se desculpar, se sente insegura com tudo isso que está acontecendo... Eu entendo. - Ele falou e eu o encarei, parece que havia lido minha mente.
 

Ficamos em silencio, apenas o observava olhar o mar. Logo também olhei pra frente tentando me concentrar na paisagem e não nos momentos difíceis que aconteceram praticamente de um dia para o outro.
 

– O que quis dizer sobre não querer me perder? - Ele me perguntou e eu o olhei novamente, não entendendo muito a pergunta. - Foi à resposta que me deu antes daquele cara aparecer. - Ele concluiu e finalmente consegui entender.


– Eu... - Não sabia o que dizer, tinha dito aquilo por causa de tudo o que houve e mesmo achando isso tudo um tanto confuso, Cebola era a única pessoa que eu considerava parte da minha família. -... Em qual parte do que eu disse você não entendeu?


– Em todas, pois pelo que eu sei você não gosta de mim, então, por que minha perda afetaria você de algum modo? - Ele disse.


– Que tipo de pessoa pensa que sou? - Falei.


– Uma bem estressada... - Ele disse e logo depois sorriu.
 

Me segurei para não matá-lo agora mesmo, isso pouparia muito o trabalho daquele cara armado. Me levantei do sofá e sai dali, indo pra sala. Queria me trancar no quarto antes que o rosto de Cebola precisasse de plástica pra se parecer pelo menos um pouco como um ser humano novamente. Mas meus planos não deram certo por causa de uma mão que havia segurado meu braço.
 

– Vai fugir de mim novamente? - Ele falou, mas não respondi. - Eu acho que você é o tipo de pessoa mais complicada que já vi, mas mesmo assim, não fujo ou tento te ignorar como você faz comigo...


– Posso até não falar com você, mas isso não quer dizer que eu não me importe com você. - Eu disse e logo depois tirei sua mão do meu braço. - Só por que não falo com você não quer dizer que eu não tenha medo, nas ultimas semanas seu pai e meus avós morreram, eles eram pessoas muito importantes pra mim, como você também é! - Desabafei, realmente não conseguia mais segurar essas palavras dentro de mim. - Achei que se ignorasse você, não sentiria muita coisa se algo lhe acontecesse. Eu sei... Foi um pensamento estúpido da minha parte. Mas eu não sabia mais o que fazer, toda vez que eu tentava me recuperar, algo acontecia! Você tentou se aproximar de mim, eu sei, mas... - Minhas lágrimas finalmente despencaram de meus olhos. -... Mesmo assim tenho muito medo de te perder, tenho medo de que aconteça o mesmo que aconteceu com eles, tenho medo de ficar sozinha... Você é minha família Cebola, e eu não sei o que faria se você...
 

Não consegui terminar a frase, pois senti braços fortes me envolverem.
 

– Não precisa ficar com medo, por que eu estou e sempre estarei aqui te protegendo. - Ele falou logo depois me olhou nos olhos. - Você também é minha família, a única que eu tenho, e não pretendo nos separar tão cedo. Eu vou te proteger, eu prometo.
 

O abracei ainda mais forte ao ouvir essas palavras. Era muito bom ouvi-lo, era bom saber que ele estaria ali pra mim... Era ótimo ter ele ao meu lado.
 

– Obrigado Cebola... - Disse assim que olhei novamente em seus olhos. - Sei que posso confiar em você, afinal, você é o rei dos planos infalíveis... - Ele sorriu com o que eu disse.


– E você é a pessoa mais forte do mundo, por que irei ter medo se agora tenho você ao meu lado? - Eu ri, é incrível como conseguimos nos dar bem de uma hora pra outra.
 

Nos sentamos no sofá da sala, deitei minha cabeça em seu colo e ligamos a Tv em um canal que estava passando um filme qualquer. E sem nem mesmo perceber, adormeci.
 

...
 

Pov. Cebola
 

Abri os olhos lentamente, pois estava sentindo muito calor e um incomodo muito grande por causa da luz do sol. Percebi que estava deitado no sofá, mas não estava sozinho.
 

Olhei pra baixo e vi que Mônica estava dormindo em cima de mim e eu só agora havia percebido que a abraçava. Poderia ter jogado ela no chão e tirar esse peso de cima de mim que graças a Deus diminuiu com o passar dos anos, mas não o fiz...
 

Ela estava tão linda, parecia anjo dormindo, tão calma e tranqüila... Muito diferente do que ela é acordada, um pouco irritante e ameaçadora.
 

E por esse motivo não queria acordá-la aos gritos, ou a empurrando, vai que ela resolve me afogar no mar como vingança?
 

Retirei sua franja do rosto para que pudesse vê-la melhor, depositei alguns beijos em sua testa e na bochecha, recebi um sorriso lindo dela como resposta.
 

– Hora de acordar... - Sussurrei no seu ouvido, ela abriu os olhos devagar, ela bocejou e depois esfregou os olhos.


– Que horas são? - Ela perguntou.


– Acho que nove. - Eu falei. - Bom dia.


– Bom dia. - Ela respondeu. - Oh, desculpe. - Ela se sentou no sofá assim que notou que estava deitada em cima de mim.


– Não precisa se desculpar. - Falei. - Eu vou preparar o café...


– Não, deixa que eu faço. - Ela disse se levantando e indo em direção á cozinha antes que eu pudesse protestar.
 

Subi as escadas e fui pro meu quarto. Fiz minha higiene matinal, tomei um banho e depois que sai do banheiro meu celular começou a tocar.
 

– Alô?


– Cebola, sou eu, Larry Martinez. Lembra-se de mim? - O homem perguntou.


– Ah sim! Claro que me lembro. - Disse.


– Desculpe se estou lhe incomodando em algo, mas o assunto é sobre os acidentes. - Se explicou.


– Não estou fazendo nada. O que descobriu? - Disse já ficando mais atento.


– Fiz uma analise nos carros e nos locais do acidente, e os dois aparentam serem sabotados. - Ele falou. - Alguém realmente quer prejudicá-lo, ou prejudicar a empresa.


– Eu acho que os dois... - Falei.


– Como?


– Noite passada, Mônica e eu quase fomos mortos por um cara armado que apareceu do nada na garagem subterrânea do prédio Green Wood. - Tentei resumir o que havia acontecido. - Não sei se estava atrás de mim ou da Mônica, mas agora estamos seguros.


– Isso tudo é realmente muito estranho, não se preocupe, irei investigar isso, terá notícias ainda hoje se possível. Até logo. - Ele falou.


– Até. - Me despedi e desliguei o aparelho.
 

Logo depois desci as escadas e fui em direção á cozinha. Quando entrei na mesma, senti um cheio delicioso de panquecas. Olhei pra mesa e havia café, leite, suco, pão... Ainda bem que quando vim aqui há pouco tempo atrás e aproveitei para comprar mantimentos.
 

Me aproximei um pouco mais vendo Mônica próxima ao fogão e terminando de fazer algumas panquecas.
 

– Que cheiro bom. - Falei enquanto me sentava em uma das cadeiras junto à mesa.


– Obrigada. - Ela pegou o prato de panquecas e colocou na mesa.


– Desde quanto sabe cozinhar? - Perguntei, realmente, nunca a vi fazer algo relacionado à culinária, pelo menos até agora.


– Carla, ela me ensinou algumas coisas. - Ela disse se sentando em uma cadeira de frente pra mim. - Mas não chego nem aos pés dela quando o assunto é cozinhar.


– Ta brincando? - Falei depois de provar uma das panquecas. - Isso está uma delícia!





– Obrigada. - Ela sorriu.
 

Ela se sentou em uma cadeira a minha frente e começou a comer sua salada de frutas.
 

– Salada de frutas é tão bom assim pra comer toda manhã sem falta? - Perguntei.


– É sim, mas eu já me acostumei, e nunca me canso de comer, que nem você e essas panquecas, geralmente você só come isso de manhã. - Ela falou.


– Verdade. Se algum dia faltasse panquecas no café da manhã eu teria um colapso nervoso. - Falei colocando um pouco de melado em cima das panquecas.


– Panquecas realmente são boas, mas acho que eu teria um colapso se faltasse frutas de manhã e... - Ela parou de falar e depois começou a rir.


– Qual é a graça? - Perguntei de boca cheia.


– Cebola... Coma mais devagar! Hahaha! - Ela continuava rindo.


– Ta rindo porque eu como rápido demais?


– Não... É por que sua cara esta toda suja de melado. - Ela ria.


– Ah é? – Aproveitei o melado que havia nos meus dedos, me aproximei dela e sujei seu nariz. - Hahaha! Tem razão! Isso é hilário! Hahaha! - Comecei a rir da cara emburrada que ela fez.
 

De repente sou acertado por um pedaço de morango que havia na salada de frutas dela.
 

– Ah... Então é assim né? Quer declarar uma guerra? - A desafiei.


– Só não chore depois que perder. - Ela disse.


– Isso é o que veremos. - Falei e joguei parte do suco que estava tomando nela.
 

Primeiro ela me olhou como se não acreditasse que eu havia feito aquilo, depois fez o mesmo com o suco dela. Me levantei e, mesmo sabendo que vou me arrepender desse desperdício, comecei a jogar pedaços de panqueca nela.
 

– Guerra de comida! - Falei.
 

Nós jogávamos comida um no outro, rindo cada vez mais por estarmos sujos. Rodávamos a mesa tentando desviar da comida, mas era inevitável não achar graça daquilo, parecíamos crianças.
 

Quando ela se distraiu, parecendo pegar algo em cima da mesa pra jogar em mim, me aproximei e a peguei rapidamente no colo a impedindo de fazer algo.
 

– Há! Ganhei! - Disse.


– Não... - Ela jogou parte da panqueca com melado que eu estava comendo na minha cara. - Eu ganhei! - Ela começou a rir da minha cara de decepção.


– Haha... Engraçadinha. - Disse. - Opa!
 

De repente, acho que havia pisado em alguma fruta ou qualquer outra coisa escorregadia, pois perdi o controle e escorreguei com Mônica ainda no meu colo. Cai em cima dela, mas felizmente não a machuquei.
 

– Você está bem? - Perguntei.


– Sim. - Ela riu e eu a acompanhei, só mesmo nós dois somos malucos de agir feito crianças desse jeito.
 

Ela parou de rir e ficou com um olhar meio estranho sobre mim, confesso que gostei disso, mas antes de dizer alguma coisa ela fez uma coisa que me surpreendeu.
 

Ela... Me beijou?
 

Sim, seus lábios macios e doces estavam sobre os meus, não consigo dizer o que senti, apenas retribui querendo senti-la ainda mais.
 

Meu estômago estava embrulhado, de um jeito muito bom. Parecia que eu estava no melhor sonho do mundo e ninguém podia me tirar dele, exceto a maldita falta de ar.
 

Nos separamos e eu a vi com um olhar diferente, um olhar constrangido.
 

– Me... Me desculpe, Cebola. Eu não deveria ter feito isso. - Ela falou. Eu iria questionar o que ela disse, mas a mesma já havia se levantado e saído da cozinha, me deixando sozinho.
 

O que raios aconteceu aqui?







...







– Quer voltar pra casa agora? - Perguntei assim que terminava de secar um copo.


– Claro. - Ela disse saindo da cozinha.







Depois daquele momento meio constrangedor eu subi pra tomar um banho, depois voltei á cozinha e comecei a arrumar aquela bagunça, Mônica apareceu na cozinha pra me ajudar, mas não conversamos muito. Peguei as chaves da minha Harley e saímos. Montei na moto assim que cheguei perto da mesma, mas Mônica pareceu hesitar em fazer o mesmo.
 

– O que foi? - Perguntei e ela olhou pra mim.


– Eu... Bem, é que eu não me sinto muito segura andando de moto, eu...


– Tem medo de andar de moto? - A interrompi. - Mas ontem você montou sem problemas.


– Eu não tive escolha, por que acha que eu queria ir no meu carro ao invés da moto naquela hora? - Ela disse.


– Ah, agora entendi. - Falei. - Não precisa ter medo, prometo que não vou correr.


– Tudo bem... - Ela disse e logo depois montou na moto se sentando atrás de mim e envolvendo minha cintura por trás.
 

Comecei a me locomover e sair da casa da praia. Quando saímos da estrada de terra e fomos para um local com mais trafego, Monica apertou mais o abraço. Cara... Não sabia como ela podia ter coragem de destruir um quarto de hospital e ter medo de andar de moto, realmente, essa garota me surpreende a cada dia.


Mas, me surpreendi mesmo foi quando ela pareceu mais calma e deixou de me apertar com força, em seguida escorou sua cabeça nas minhas costas, como se eu fosse um tipo de travesseiro.
 

Esse gesto de alguma forma mexeu comigo, meu estômago ficou esquisito, não sei explicar, mas apesar do nervoso que me deu era uma sensação boa, algo que nunca havia sentido antes.
 

Não sei por que, mas queria ficar desse jeito pra sempre... Sentindo ela me abraçar, sentindo o carinho dela, era tão bom.
 

Mas infelizmente pra mim, havíamos chegado à mansão e quando estacionei a moto, ela pareceu acordar, tirando a cabeça das minhas costas, mas não desfez o abraço.
 

– Chegamos. - Disse e me virei. - Viu? Não foi tão ruim. - Sorri pra ela, mas quando percebi o rosto dela estava um pouco vermelho... Ela estava envergonhada? - Tudo bem?


– Ahn? Ah! Sim, eu estou bem, só... Preciso dormir um pouco, estou meio cansada. - Ela disse e saiu da moto. Fiz o mesmo.
 

Entramos na mansão, pensei em conversar com ela mais um pouco, mas parecia meio tarde, pois ela já havia entrado correndo em seu quarto e fechado a porta.
 

Certo... O que foi que eu fiz agora?






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Notas finais do capítulo

Gostaram do momento meio romântico do casal recém casado? Se acharam pouco, vai ter muito mais no próximo capitulo, eles finalmente vão desvendar seus sentimentos com a ajuda de seus amigos.

Que tal um trato? Se a fic. chegar aos seus primeiros 100 reviews, eu posto o cap. ainda nesse final de semana. Feito?

Bem, agora vou falar sobre o que está me incomodando. Na verdade já faz algum tempo que eu venho pensando em escrever outra história, quando nem mesmo havia começado a postar essa. Mas eu pensei em escrever sobre outro tema, sabe, já escrevi três histórias relacionadas á Turma da Mônica Jovem, não que eu tenha enjoado, longe disso, mas quero usar outros personagens e talvez eu possa escrever uma história bem legal.

E é isso que eu quero que vocês me ajudem. Digam que tema vocês gostariam que eu escrevesse para a próxima história, podem até pedir que eu continue a escrever sobre a TMJ, não tem problema nenhum. E podem até dar umas ideias sobre o que terá na história, romance, drama, comédia... Essas coisas. (Estou sem nenhuma ideia mesmo, please! Help!)

Bem, antes de me despedir, quero agradecer á Talitah Alvarez por recomendar a fic. Muito obrigada mesmo linda! Fez meu dia muito feliz quando vi a nova recomendação ;)

Tenham um ótimo fim de semana. Té+!



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