Te Amar Ou Te Odiar? escrita por Dani25962


Capítulo 14
Capitulo Especial Flash Back


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Desculpe a demora! Eu poderia ter postado mais cedo, mas é que eu tive uma ideia meio doida a fiquei o dia inteiro tentando terminar esse capitulo improvisado, agora finalmente eu terminei! Quase dando duas da madruga... Caramba! Não sei se ficou legal, mas espero que gostem.



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Pov. Marcio




 

Eu estava de frente para o espelho ajeitando a gravata. Como odeio essa coisa, sei que tenho que usá-la todo santo dia por causa do trabalho, mas nem assim consigo me acostumar. Saí do meu quarto e fui à cozinha, Carla estava terminando de arrumar a mesa.

 

 

— Bom dia Carla. – Cumprimentei-a e fui retribuído com um sorriso da mesma.

 

 

— Bom dia Sr. Marcio! Dormiu bem? – Ela perguntou.

 

 

— Ah, sim. – Falei enquanto me sentava em uma das cadeiras para tomar meu café. - Onde está Mônica?

 

 

— Ela deve vir logo. – Disse.

 

 

Carla mal acabou de falar e de repente minha garotinha entra pela porta já arrumada para ir à escola.

 

 

— Bom dia! – Mônica disse e logo depois se sentou em uma cadeira junto a mesa.

 

 

— Bom dia – Eu e Carla respondemos. - Que cara é essa dona Mônica? – Carla perguntou.

 

 

Olhei pra minha neta e ela parecia diferente, um pouco mais ansiosa ou hiperativa.

 

 

— Eu? Que isso, não é nada não... – Ela falou, mas acho que isso não convenceu Carla.

 

 

— Não esconda nada de mim mocinha, sabe que eu te conheço. – Ela falou, olhando para ela com os olhos estreitados.

 

 

— Tá bem... Sabe aquele garoto lindo de que eu falei? – Mônica disse com entusiasmo.

 

 

— Sim, o Frank?

 

 

— Esse mesmo! Ele me chamou pra sair!

 

 

As duas gritaram de excitação, Mônica tudo bem, mas a Carla? Trocaram o cérebro dela por uma adolescente e eu não percebi? Opa! Espera um minuto...

 

 

— Frank? Quem é Frank? – Perguntei e as duas adolescentes me olharam.

 

 

— É um garoto de quem a Mônica gosta. – Carla respondeu.

 

 

— Eu não gosto dele... Talvez u só um pouco... Tá bem, eu gosto, mas nem tanto assim! Ah! O que isso importa? Ele é simplesmente um dos garotos mais lindos da escola! As meninas nem acreditaram quando eu contei pra elas! – Ela disse e voltou a ficar meio histérica.

 

 

— Aonde você e esse rapaz vão se encontrar? – Eu perguntei enquanto tomava meu café.

 

 

— Ah não vovô! Não vai mandar outro segurança atrás de mim! – Ela falou olhando acusadoramente pra mim.

 

 

— Por que ainda está me culpando? Fiz isso apenas pro seu bem. – Disse.

 

 

— Claro, e pela sua grande boa ação, meu acompanhante daquele dia me acha agora a garota mais esquisita do mundo! – Ela falou.

 

 

— Ora, não é pra tanto.

 

 

— É sim! Eu fui seguida pelo shopping inteiro e tentei fugir, mas o cara não desistia! O garoto que estava comigo não sabia de nada, só até aí já devia estar achando tudo muito estranho. Quando finalmente conseguimos pegar o cinema, ele finalmente reparou no segurança que não parava de nos olhar, mas no final acabou achando que ele fosse um ex-namorado meu e nunca mais saiu comigo.  – Ela disse.

 

 

— Falando desse jeito até que é meio esquisito. – Disse.

 

 

— Vovô, por favor! Não mande ninguém da segurança me seguir dessa vez! – Ela falou seriamente pra mim.

 

 

— Que desconfiança. Fala como se tivesse certeza de que eu teria coragem de colocar o FBI pra te seguir. – Disse ironicamente, mas isso não fez com que ela tirasse a cara séria do rosto.

 

 

— Vovô! Por favor! Eu já tenho 15 anos! Posso me cuidar sozinha! – Exclamou. - Prometa que não vai mandar ninguém dessa vez!

 

 

— Mônica...

 

 

— Prometa!




Suspirei...




— Tudo bem... Eu prometo. Mas não volte tarde em casa! – Eu falei tentando ser autoritário.

 

 

— Obrigada vovô! – Ela falou e se levantou para me dar um abraço. Depois que se afastou de mim, pegou uma maça e sua bolsa que tinha deixado na cadeira. Se virou pra mim e Carla. - A Magali deve estar me esperando! Tchau!

 

 

— Tchau! – Disse.

 

 

 

...

 

 

 

Estacionei o carro, saí e comecei a caminhar, subindo o morro. O terreno mesmo fúnebre era familiar pra mim. Venho aqui algumas vezes já faz alguns anos, desde que ela morreu... Aproximei-me da lápide e coloquei a rosa vermelha que estava segurando perto da mesma.

 

 

 

— Oi... Está meio frio hoje e o trânsito estava péssimo, por isso me atrasei. – Me sentei na grama verde e gelada olhando a lápide na minha frente. – Mônica saiu com mais um garoto hoje, odeio admitir que nossa garotinha está crescendo, ela já está com 15 anos... Dá pra acreditar?




 

Como se esperasse resposta me calei por um momento, mas como sempre, estava sozinho ali.




 

— Ela tinha quatro anos quando você a viu pela última vez. Devo dizer que Mônica se tornará uma ótima mulher, como um dia você também foi. – Uma lembrança me veio à mente e me fez rir. - Lembra de quando fomos ao parque? Vocês duas queriam ir ao roda-roda, mas eu estava com medo, acabei sendo arrastado. Depois que saímos do brinquedo, Mônica estava pulando de alegria dizendo que queria ir de novo, você meio tonta e eu com um trauma que nunca iria esquecer.

 

 

Ri novamente, o passado era tão bom, principalmente quando ela estava ao meu lado.

 

 

— Já se passou muito tempo... Estou aqui, velho, de cabelos um pouco brancos, sentindo algumas dores nas costas. Agora entendo meu avô, ele reclamava bastante disso. – Olhei para o céu, estava nublado. - Lembra o que disse no nosso casamento? Que iríamos ficar juntos pra sempre? Até que a morte nos separe? Pois é... Não deu certo, nem depois da sua morte consigo afastar você dos meus pensamentos.

 

 

Outra lembrança me veio a mente.

 

 

— Nosso filho tinha se tornado um grande homem, se casou com uma mulher incrível e teve uma filha bem hiperativa e encrenqueira... Realmente, Mônica me lembra muito ele. – Suspirei. - Se eu o tivesse impedido de alguma forma, acho que ela ainda teria o pai.

 

 

Tinha me livrado desse pensamento, mas acho que só me lembrei dele para esquecer o que vim fazer aqui. Suspirei.




— É talvez a última vez que venho aqui... – Eu falei. - Conversei com um amigo meu e ele disse que já estava na hora de seguir em frente, que eu iria ficar ainda mais triste a cada visita que fazia a você. O pior é que ele tem razão. Sinto muito a sua falta.

 

 

Hesitei um pouco antes de falar, mas continuei.

 

 

— Eu... Talvez conheça outra pessoa, mas ninguém vai ser comparada a você. – Disse e me levantei. - Bom. Eu já vou indo, está ficando tarde e ainda tenho que passar na floricultura, prometi a Carla que iria comprar algumas sementes para plantar no jardim de casa.

 

 

Me virei, dei dois passos, mas parei novamente.

 

 

— Adeus... Evangeline. Meu amor. – Disse. Caminhei em direção ao carro.




 

...




 

 

Estacionei o carro perto da floricultura e sem demora entrei na loja. O lugar era realmente muito bonito, cheio de flores e outras plantas. Pessoalmente não sei o nome de muitas delas. No canto da loja vejo um dos funcionários molhando algumas plantas, me aproximei dele.




— Olá Cebola. – Disse, ele se virou e pareceu ficar um pouco surpreso comigo ali.

 

 

— Tio Marcio? O que faz aqui? – Ele perguntou.

 

 

— Vim aqui comprar umas sementes, sabe, pra plantar no jardim de casa.

 

 

— Pedido da Mônica? – Ele perguntou enquanto caminhava até um canto da loja.

 

 

— Da Carla, mas na verdade acho que as duas devem plantar isso juntas. – Disse

 

 

— Concordo... Bem, aqui está. – Ele disse me entregando um pacote de sementes. - Era só isso mesmo?

 

 

— Sim, obrigado.

 

 

De repente alguém entra na loja carregando umas três caixas enormes, não sabia quem era, mas quase no instante seguinte, a pessoa acabou perdendo o equilíbrio e tropeçou nos próprios pés. Foi tudo muito rápido, as caixas caíram, mas felizmente consegui segurar o desastrado antes que caísse com tudo no chão.

 

 

— Ah! Desculpe-me! Eu... – Mas por algum motivo ela parou de falar assim que me viu.




Isso mesmo, 'ela', a pessoa que estava em meus braços no momento tinha cabelo castanho, olhos verdes, usava algo parecido com algum uniforme da loja e parecia meio constrangida com alguma coisa.




— Você está bem? – Perguntei. Ajudando-a se endireitar em pé de novo.

 

 

— Sim, obrigada.

 

 

— Susan! – Cebola falou. - Você está bem?! Eu disse que iria pegar essas caixas depois, não precisava ter ido.

 

 

— Bem eu... Eu estava resolvendo umas coisas e resolvi pegá-las logo. – Ela disse olhando para Cebola, depois se virou pra mim novamente. – Desculpe, foi um acidente, eu...

 

 

— Calma não precisa se desculpar. – Eu falei tentando acalmá-la. — Você está bem mesmo?

 

 

— Sim, obrigada. – Ela falou, me aproximei das caixas caídas no chão, as peguei e coloquei todas em cima do balcão.

 

 

— Bem, eu vou indo, até logo. – Disse a... Susan. Acho que é esse o nome dela. - Até mais tarde Cebola.

 

 

— Até tio Marcio! – Ele disse.

 

 

...

 

 

 

Pov. Susan

 

 

 

Eu estava tranquila no balcão olhando o caderno de anotações, conferindo a lista de entregas da semana que vem: Orquídeas, Margaridas, Rosas vermelhas, Gérberas, entre outras.

 

 

— Olá. – Ouvi uma pessoa me chamando atenção. - Estou interrompendo algo? – O mesmo homem que havia me segurado semana passada estava novamente aqui.

 

 

— Ahn... Não. Olá, o que deseja? – Perguntei sorrindo. Ele estava muito elegante, usava um terno cinza e uma camisa branca. O cabelo grisalho bem penteado lhe dava um charme a mais em conjunto com os olhos castanhos gentis.

 

 

— Bem, primeiro quero me apresentar formalmente, não tivemos tempo para isso semana passada – Ele disse, com um lindo sorriso no rosto. - Muito prazer, me chamo Marcio Sousa. Como se chama?

 

 

— Susan Martinez. Também é um prazer conhecê-lo Sr. Sousa. – Falei. - Deseja levar alguma flor?

 

 

— Não, desejo outra coisa. – Ele disse. - Na verdade, é um pedido.

 

 

— E o que seria?

 

 

— Gostaria de sair comigo? - Não sei qual era o problema desse homem, mas pelo visto ele parecia falar sério.

 

 

— Sair com você? Mas mal o conheço. – Disse.

 

 

— E não é dessa maneira que podemos nos conhecer melhor?

 

 

— Sim. – Eu falei. - Mas...

 

 

— Espere, desculpe se estou sendo precipitado demais, mas eu apenas estou tentando conhecer a 'patroa' de quem Cebola tanto fala. – Ele disse.

 

 

— Ah... Ele já falou de mim pra você? – Perguntei. Cebola... O que você andou falando sobre mim pra ele?

 

 

— Sim, disse que era uma mulher muito gentil, fanática por flores ou coisas do gênero e tem uma queda por morangos. – Ele falou.

 

 

— Certo... Quer me conhecer melhor apenas por eu ser a patroa dele? – Perguntei.

 

 

— Em parte sim, mas na verdade é que eu gostei de você e queria conhecê-la mais. – Ele falou.

 

 

Uma coisa aprendi, Mauro Sousa é bem direto no que quer, sem rodeios. Poderia me recusar a sair com ele, mas estava curiosa para saber no que isso ia dar.

 

 

— E então? – Ele perguntou.

 

 

— Tudo bem. – Disse. - Aceito sair com você.




...




— De onde você é? – Marcio perguntou.

 

 

Estávamos em um restaurante de comida italiana, amo esse tipo de comida, simplesmente adoro! Marcio foi muito gentil em me deixar escolher o restaurante.

 

 

— Canadá, mas me mudei pra cá quando tinha vinte anos. – Disse. - E você?

 

 

— Califórnia, na época tinha que vir muito aqui para participar de projetos e reuniões importantes, então acabei me mudando. – Ele falou.

 

 

— No que você trabalha?

 

 

— Sou presidente de várias empresas, de financiamento, madeireiras, entre outras. – Ele disse e eu me assustei. O que um homem, que provavelmente deve ter cinquenta vezes o valor em dinheiro que tenho agora, comigo? – Sempre gostou de trabalhar com plantas?

 

 

— Sim, desde pequena minha paixão pela natureza era enorme, acabou que consegui minha própria floricultura.

 

 

— Tem filhos? – Ele perguntou.

 

 

— Tenho uma filha, ela está em New York. – Disse.

 

 

— Sério? E o que ela faz lá?

 

 

— Realizando o sonho atuando, ela conseguiu um papel na Broadway. – Falei, sentia muito orgulho da minha pequena.

 

 

— Que ótimo! Ela deve estar muito feliz. – Disse ele.

 

 

— E como. E você? Tem filhos?

 

 

— Bem... Eu tinha um filho, mas infelizmente ele faleceu. – Ele disse.

 

 

— Nossa. Perdão, eu não sabia, sinto muito. – Falei sinceramente, nem imaginaria o que eu faria se minha filha morresse antes de mim.

 

 

— Tudo bem, já faz tempo que isso aconteceu. – Ele disse. - É casada?

 

 

— Já fui. – Falei.

 

 

— Desculpe intrometer, mas o que houve?

 

 

— Ele... Deixou-me quando minha filha tinha cinco meses. – Eu disse, não gosto de falar muito nisso.

 

 

— Sinto muito, deve ter sido difícil pra você. – Ele falou.

 

 

— O que passou deixamos pra trás, não é bom ficar pensando em coisas ruins. – Disse. - Mas e você? É casado?

 

 

— Viúvo. – Ele disse. 

 

 

— E que houve?

 

 

— Bem... – Ele hesitou um pouco, parecia desconfortável com aquele assunto.

 

 

— Oh, desculpe. Se não quiser falar, tudo bem. – Eu falei.

 

 

— Não, eu... Acho que preciso mesmo falar com alguém sobre isso. – Ele suspirou antes de falar. - Nós estávamos em uma festa que eu fiz na empresa, para comemorar um contrato milionário que havíamos realizado. Estava tudo bem, ela estava sentada na mesa e eu estava conversando com alguns convidados – Hesitou novamente. - Me aproximei dela e ela disse que estava sentindo dor de cabeça, mas que parecia mais dolorosa e intensa que uma normal.

 

 

Parecia que ele não conseguiria continuar, coloquei minha mão sobre a dele, tentando incentivá-lo a terminar o que começou.

 

 

— Eu a levei para um hospital, estava muito preocupado. Quando chegamos, não sei se foi pela dor ou cansaço, mas de qualquer forma ela desmaiou e os médicos a levaram para a sala de cirurgia rapidamente. – Ele suspirou. - Fiquei algumas horas esperando por qualquer notícia, mas quando o médico voltou... Ele disse que ela tinha um tumor no cérebro, e que a doença já estava em um estágio avançado.

 

 

Meus olhos se arregalaram no mesmo momento.

 

 

— Eles tentaram salvá-la, mas era tarde demais... Ela teve que fazer uma cirurgia urgente, mas não conseguiu sobreviver. – Seus olhos estavam marejados, provavelmente iguais aos meus.

 

 

— Eu... Sinto muito. – Não sabia o que dizer, ele deve ter sofrido muito durante esses anos.

 

 

— Tudo bem.

 

 

— Deve sentir falta dela. – Falei.

 

 

— Muita. – Ele disse olhando para sua mão, que só agora eu percebi que ainda estavam juntas com a minha.

 

 

— Desculpe... – Eu disse retirando a minha mão.

 

 

— Não precisa se desculpar. – Ele falou olhando pra mim e voltou a juntar nossas mãos. - Obrigado por estar aqui hoje... Susan.

 

 

...

 

 

 

— CEBOLA!!! – Ouvi um grito vindo da sala, eu estava na biblioteca. - DEVOLVE ISSO JÁ!

 

 

—VEM PEGAR! – Ouvi outro grito.

 

 

— Ai não... O que eles fizeram agora? – Disse e fui a sala, a concentração do caos, vi Mônica e Cebola lutando pra pegar o controle remoto um do outro.

 

 

Que cena cômica... Poderia até brigar, mas até que estava ficando muito engraçado o desespero deles para conquistar o aparelho. De repente Marcio aparece ao meu lado.

 

 

— Controle remoto? – Ele perguntou.

 

 

— Aham... – Respondi e o ouvi suspirar.

 

 

— Eu cuido disso.

 

 

Ele se aproximou do sofá, quando Cebola conseguiu pegar o controle de Mônica esticou o mesmo pra cima aproveitando que ela era menor que ele, mas mesmo assim Marcio não teve dificuldades em pegar o controle dele.

 

 

— O que está havendo aqui?

 

 

— O Cebola mudou de canal! – Mônica falou mais do que irritada.

 

 

— Você já estava vendo a um tempão! – Cebola disse.

 

 

— Não estava não!

 

 

— Estava sim!

 

 

— Não estava não!

 

 

— Estava sim!

 

 

— Chega vocês dois! Vão fazer algo lá fora, já ficaram tempo demais aqui dentro. – Ele falou.

 

 

— O quê?! – Os dois disseram ao mesmo tempo.

 

 

— Vocês me ouviram. Pra fora, e tentem não se matarem enquanto isso, por favor. – Ele falou. Os dois emburrados o obedeceram e saíram para o jardim.

 

 

— Crianças... – Falei rindo e me aproximei dele.

 

 

— Não sei o que faço com esses dois, nunca param de brigar. – Ele disse.

 

 

— Aposto que eles vão acabar juntos – Eu falei.

 

 

— O quê?! Ficou maluca? Eles não param de brigar um segundo! - Ele disse.

 

 

— Vai por mim, eu sou mulher, sei muito bem enxergar através dessas discussões bobas. – Eu disse e caminhei até a biblioteca.

 

 

...

 

 

— Marcio... Eu vou cair desse jeito! – Eu falei.

 

 

Não sei o que deu nele hoje, passamos a manhã juntos, almoçamos e agora ele me levou não sei aonde nesse mundo, pois me obrigou a colocar um pano preto nos olhos antes mesmo de entrar no carro.

 

 

— Calma, não vou deixar você cair, confie em mim. – Ele disse.

 

 

— Está bem... – Não fazia a menor ideia de onde estava, o que será que ele está aprontando?



 

 

Depois de alguns minutos de caminhada ele parou.

 

 

— Pronta? – Ele disse.

 

 

— Acho que sim, mas se estivermos perto de um restaurante mexicano não venha reclamar depois. – Eu disse. Comida mexicana não cai muito bem no meu estômago.

 

 

— Hahaha! Pode deixar querida, não tem nada haver com isso. – Ele falou e logo depois tirou a venda dos meus olhos.

 

 

Tentei me acostumar com a claridade, quando percebi onde estava eu simplesmente não pude acreditar. Eu estava de baixo de uma enorme árvore e em volta havia um campo com flores variadas. O lugar era inacreditável, simplesmente o lugar mais lindo que eu já havia visto na minha vida, as borboletas e os outros insetos davam ainda mais vida ao vale.

 

 

— Gostou da surpresa? – Ele perguntou no meu ouvido.

 

 

— Muito! – Me virei e o olhei nos olhos. - Marcio eu...

 

 

— Espere, antes quero te dizer algo. – Ele falou e eu assenti. - Eu não sei por onde começar, mas... Desde que eu te conheci algo dentro de mim dizia para arriscar, eu tinha medo de me apaixonar novamente e esquecer completamente a mulher que eu amei, ou tinha medo de nunca mais ser correspondido por outra pessoa. Até que você apareceu Susan, você mudou minha vida, me mudou! Eu estava preso em um labirinto, um labirinto cheio de dor e tristeza e você foi a única que conseguiu me guiar para fora dele. Por isso, eu sei que tenho certeza de que estou fazendo a coisa certa...

 

 

— O que você... – Perdi a fala no mesmo momento em que vi Marcio pegar uma caixinha de veludo preta do bolso e se ajoelhar na minha frente.

 

 

— Susan Martinez quer se casar comigo?

 

 

Se existisse uma forma de pensar então eu não sabia como fazer isso. Nunca pensei que alguém fosse me amar, depois de tantos anos... Amar-me verdadeiramente. Mas, Marcio está aqui! Me pedindo em casamento, como eu sempre sonhei! Não a parte do campo de flores, essa ideia realmente foi muito boa. Oh, estou me sentindo como uma jovem apaixonada tendo pensamentos bobos e românticos.

 

 

— Susan? – Marcio chamou minha atenção, céus, quanto tempo estava paralisada?! Mexa-se mulher!

 

 

— Sim! Sim! Claro que eu aceito! – Eu disse.

 

 

Ele se levantou e colocou o anel no meu dedo. Sem cerimônias o beijei, estava tão feliz! Eu iria me casar com alguém que realmente amava e correspondia ao meu amor!

 

 

— Eu te amo! – Eu disse o abraçando.

 

 

— Também te amo, meu amor. – Ele falou e me presenteou com mais um beijo carinhoso.








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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Digam nos reviews!
Semana que vem volto com outro capitulo novinho em folha! Té+!



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