Te Amar Ou Te Odiar? escrita por Dani25962


Capítulo 13
A dor da perda


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Finalmente sexta! Ai como eu amo esse dia da semana...
Espero que vocês tenham tido uma boa semana, e se tiveram mesmo, que tal fecha-lá com chave de ouro lendo um capitulo novinho em folha? Espero que gostem!



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Pov. Mônica

 

 

 

— O quê? – Perguntei a Brian.

 

 

Não entendi o porque dele querer terminar comigo assim tão de repente, nós não brigamos, não fizemos nada. Ficamos várias vezes juntos, nos divertimos muito, então, por que ele quer terminar comigo?

 

 

— Mas por quê? Eu fiz alguma coisa? – Disse.

 

 

— Não, não é você, sou eu. – Ele falou. – Eu vou me mudar pra França com meu pai...

 

 

Então era isso, ele estava terminando por causa da distância que ficaria entre a gente. Mas isso não era um problema, pelo menos não pra mim.

 

 

— Brian se é por causa disso, você sabe que não tem problema, eu tenho parentes lá também, posso pedir ao meu avô para eu me mudar e... – Tentei falar, mas ele me interrompeu.

 

 

 

— Não Mônica, você não pode fazer isso. – Disse ele com o tom de voz um pouco mais firme.

 

 

— E por que não? É perfeito! Nós ainda ficaríamos juntos. Além disso, eu sempre quis visitar Paris. – Disse tentando convencê-lo.

 

 

— Não é isso. É mais complicado... Caramba, como posso dizer?... - Ele gesticulou um pouco, tentando arrumar as palavras certas, mas não acho que as encontrou. -... É que eu... Eu estou apaixonado... Por uma garota na França. – Ele falou. Ouvir ele dizer aquilo foi um choque. Quase pude ouvir meu coração despedaçar.

 

 

— Como? – Perguntei tentando entender se era exatamente o que eu havia escutado.

 

 

— É por isso que estou me mudando, por isso e também por que meu pai conseguiu uma oportunidade de emprego por lá. Iremos amanhã. Eu sei que estou magoando você muito agora, mas isso também é difícil pra mim, eu não queria que você ficasse sabendo por outra pessoa. – Ele disse. - Sinto muito mesmo Mônica. – Ele se aproximou de mim e pegou na minha mão. Retirou o anel de compromisso dele e o meu, e apertou nossas mãos com os anéis. - você é uma garota incrível e merece ser feliz com alguém especial, mas essa pessoa não sou eu.

 

 

 

Ele retirou suas mãos das minhas e ficou com os anéis.

 

 

— Não sei se vai aceitar, mas... Eu ainda quero ser seu amigo, não quero ficar nesse clima tenso com você pra sempre, pois eu não conseguiria viver pensando que você está magoada comigo. Por que, apesar de tudo, você é uma das minhas melhores amigas e eu te admiro muito. – Ele falou e depois estendeu sua mão. 

 

 

— Brian... Tem certeza do que está fazendo? Mudar de país por causa de uma desconhecida que acabou de conhecer? - Perguntei. - Isso é loucura!

 

 

— Na verdade, ela não é uma desconhecida. O nome dela é Penha, a conheci em uma conferência dois anos atrás, antes mesmo de começarmos a namorar. Desde então eu conversava com ela por telefone e redes sociais, mas essa última viagem nós nos aproximamos. - Ele falou. - Não aconteceu nada! Juro! Mas... Eu senti que de certa forma eu estava te traindo.

 

 

 

—... - Não sabia o que dizer. Um turbilhão passou pela minha cabeça. Se eu fosse a Denise, com certeza iria armar o maior barraco agora, mas, felizmente, eu não sou ela. O que eu poderia dizer? Sei bem que a verdade às vezes é cruel e dolorosa, mas eu nunca poderia brigar ou culpar Brian por ser sincero comigo, e muito menos obrigá-lo a me amar. 

 

 

 

—... Enfim, só espero que você não tão fique brava comigo.

 

 

— Não estou brava, só... Surpresa. - Falei - Eu não... Eu não sei o que te dizer, mas não vou te prender comigo. Se não gosta de mim, não posso fazer nada. Não posso te obrigar a me amar. Mas, obrigada por conversar comigo.

 

 

— Puxa! Não achei que você seria tão compreensiva. - Ele disse entusiasmado. Falei para ele não forçar a barra, se não o bicho ia pegar. E riu e estendeu sua mão. - Amigos?

 

 

 

— Amigos. – Disse tentando sorrir um pouco. - E vê se não some, podemos não estar mais namorando, mas mesmo assim você ainda é um dos meus melhores amigos.

 

 

— Pode deixar. – Ele disse rindo um pouco, depois chegou mais perto de mim e me abraçou. - Obrigado por tudo Mônica, vou sentir sua falta.

 

 

— Também vou sentir sua falta Brian... – Falei, apertando um pouco o abraço.

 

 

...

 

 

— Calma amiga, vai ficar tudo bem... – Disse Magali tentando me consolar.

 

 

Desde ontem eu estou aqui no meu quarto, não queria ver ninguém, apenas a minha amiga. Não acredito que o Brian se apaixonou por outra pessoa! Sei que aceitei ser amiga do Brian, mas não é só por isso que estou triste, é difícil aguentar a notícia de que não vou vê-lo por um tempo.

 

 

— Eu sei Maga, mas... Snif! – Disse tentando parar de chorar. - Ele é importante pra mim.

 

 

 

— Mônica, ele não morreu, só se mudou, ele vai voltar. – Ela falou, mas foi interrompida pelo celular. - Alô? - Fez uma pausa para escutar a outra pessoa na linha. - Agora? Tá... Tudo bem, já estou descendo. – Ela desligou o celular e olhou pra mim. - Mônica, desculpa, mas eu tenho que ir, minha mãe e eu vamos visitar minha avó nesse fim de semana. Não se preocupe, vou estar na escola segunda, depois a gente se fala. Você vai ficar bem?

 

 

— Sim, obrigada Maga. – Disse e lhe dei um abraço rápido.

 

 

— De nada, se cuida e pare já com essa choradeira. – Ela falou sorrindo. - Até mais. 

 

 

— Tchau. – Respondi.

 

 

Fiquei trancada no meu quarto o dia inteiro pensando em Brian Eu não sou do tipo que fica por ai me sentindo como se não tivesse mais importância pra ninguém, mas nesse momento é como eu me sinto.

 

 

Brian não era apenas meu namorado, ele é um dos meus melhores amigos, e vê-lo partir pra outro lugar, é como se faltasse algo no meu coração.





Ele disse que eu deveria encontrar a pessoa certa pra mim... Ele era a pessoa certa! Bem, pelo menos eu acho que era. Argh! Que confusão! Será mesmo que ele era a pessoa certa e que não vou sentir nada comparado ao que sentia quando estava com ele? Será que um dia eu encontrarei alguém que realmente me ame?

 

 

 

— Mônica? – Ouço alguém me chamando, depois que haviam batido na porta.

 

 

— O que foi? – Perguntei. Sabia que era o Cebola, reconheci a voz.

 

 

— Posso entrar? – Ele perguntou. - Eu trouxe uma coisa pra você.

 

 

— E o que é? – Perguntei, ainda deitada.

 

 

— Só vai descobrir se me deixar entrar. – Ele me persuadiu. 

 

 

— Tudo bem... Entra. – Disse. Cebola entrou com uma bandeja na mão. Me sentei na cama.

 

 

— Fiz um sanduíche e preparei também um suco de morango. – Ele falou, depois colocou a bandeja na cama e se sentou.

 

 

—... - Olhei para ele e para o sanduíche algumas vezes. - Não está envenenada, está? – Eu perguntei, achando estranho a atitude dele.

 

 

— Que desconfiança, desse jeito você me magoa... – Ele disse sorrindo. - A verdade é que eu notei que desde o almoço você não come nada, e ficar sem comer não é bom pra ninguém.

 

 

— Está preocupado que eu morra de fome e aí você não iria ter mais ninguém pra atormentar? – Disse sarcasticamente. Ele deu um riso forçado.

 

 

— Tudo bem, acho que mereço. – Ele falou. - Mas peço que pare com isso.

 

 

— Parar com o quê? – Disse.

 

 

— Parar de falar como se tudo que eu penso for apenas em vingança, eu não sou assim – Ele falou.

 

 

— Comigo, você é exatamente assim, cheio de planos e de brincadeiras de mal gosto. – Eu falei, ele desviou seu olhar do meu e olhou para a janela.

 

 

— Me desculpe. – Ele falou com a cabeça meio baixa.

 

 

— Como? – Perguntei.

 

 

— Me desculpe, por tudo. – Ele olhou novamente pra mim. - Sei que fiz várias coisas que provavelmente te magoaram e te machucaram. E sinto muito. - Olhei pra ele desconfiada.

 

 

— O que você está tramando dessa vez? - Disse.

 

 

— Nada! Juro, só estou pedindo desculpas.

 

 

— Você nunca pediu desculpas, pelo menos não por ter aprontado comigo. – Falei. - O que aconteceu? Bateu a cabeça?

 

 

 

— Claro que não, é que eu tive uma conversa com Marcio e ele me deu alguns conselhos. Em parte, acredito que ele tenha razão. - Falou. 

 

 

— Sobre o que falaram?

 

 

— Sobre o meu "mau comportamento", ultimamente. - Disse sarcástico e Mônica sorriu. - Não se anime, ele sabe que você não é santa. - Falou. - Enfim, ele sugeriu que daqui pra frente eu começasse a resolver meus problemas conversando e não com provocações e brincadeiras.

 

 

— Jura? Precisou que vovô te dissesse o óbvio? - Disse, cruzei os braços.

 

  

— Não começa... - Ele avisou. -... Seu avô tem razão, já deveríamos ter passado dessa fase de provocar um ao outro, não somos mais crianças.

 

 

 

— Tem certeza de que você não é? - Provoquei de propósito, confesso. Ele se levantou.

 

 

 

 

— Viu? É exatamente por isso que é tão difícil conversar. Você é impossível! - Exclamou. - Argh, nem sei por que ainda tento. Esqueça o que eu disse.

 

 

— Espera! - Disse antes dele abrir a porta do quarto. - Ok, me desculpe. Eu só estava curtindo com a sua cara. - Falei. - Eu concordo com você, já estou cansada dessas brincadeiras. Tudo bem que não nos damos muito bem, mas somos amigos há tanto tempo, é quase como se fossemos irmãos. Sempre achei depois de algum tempo os irmãos maneirassem nas implicâncias.

 

 

— Mas felizmente, nós não somos irmãos. - Ele se voltou pra mim, sorrindo. - Já pensou no trabalhão que daríamos para nossa mãe? Todo dia seria a mesma coisa: "Cebolinha! pare de desenhar a sua irmã desse jeito!"

 

 

— Ou: "Mônica! É muito feio para uma mocinha ficar correndo atrás dos meninos e tentar bater neles! Solte já seu irmão, ele está ficando azul!" - Eu ri. 

 

 

— Ela enlouqueceria... - Rimos. Depois que nos acalmamos ele disse: - E então?

 

 

 

— E então o quê? – Perguntei.

 

 

— Trégua? – Ele falou, olhei para seu braço por um segundo e por fim apertei a mão dele.

 

 

— Trégua. – Disse. - Mas é melhor isso não ser um plano. – Falei.

 

 

— Não é, pode confiar em mim. – Ele falou. - Bom, eu vou voltar pro meu quarto.

 

 

— Tudo bem, boa noite. E... Obrigada pelo sanduíche. – Disse.

 

 

— De nada. Boa noite. – Ele falou e depois saiu do quarto.

 

 

 

...

 

 

 

— Ai meu deus! É agora. – Disse Laura, nervosa.

 

 

Hoje é o dia da apresentação dos projetos de arte, todos estão um pouco nervosos, especialmente eu. Espero que o Cebola se dê bem nesse trabalho, nós não tivemos muito tempo para ensaiar, mas ele tinha me garantido que conseguiria.

 

 

Magali já fez sua apresentação com o Josh, eles fizeram o papel de um casal que se apaixonaram à primeira vista. Ana e Jason fizeram um papel um pouco medieval, uma princesa que precisava ser resgatada por um lindo príncipe, com certeza foi a Ana que teve essa ideia... Agora era a vez da Laura e o Titi se apresentarem, acho que era uma história onde duas pessoas que se amam se separam, porque um dos dois vai morar em outro continente.

 

 

A próxima dupla seria eu e o Cebola, mas ele não está aqui, já liguei pra ele algumas vezes e nada, onde será que esse idiota se meteu?!

 

 

— Calma Mônica, ele vai aparecer. – Disse Magali como se lesse meus pensamentos.

 

 

 

— Mas eu já perdi as contas de quantas vezes liguei pra ele, não é possível que ele tenha ficado preso na última aula por alguma bobagem! – Disse impaciente.

 

 

 

— Não se preocupe, eu sei que ele vai aparecer. – Ela falou.

 

 

 

— É bom mesmo, se não ele vai se arrepender de ter nascido! – Falei.

 

 

 

— Quem vai se arrepender de ter nascido? – Alguém perguntou.

 

 

 

— O Cebola! Aquele idiota está atrasado e... – Parei de falar assim que vi quem estava atrás de mim. - Cebola! Onde você estava?!

 

 

 

— Ei! Calma... Desculpa pela demora, mas é que meu treinador não me deixava sair do campo, ele está meio obcecado pelo campeonato. – Ele falou.

 

 

 

— Mas eu te liguei agora a pouco, por que não atendeu? – Perguntei.

 

 

 

— Mesmo que eu quisesse não poderia, esqueci meu celular em casa. – Se explicou.

 

 

 

— Nunca mais me deixe tão preocupada dessa maneira! – Eu falei meio que sem pensar.

 

 

 

— Estava preocupada comigo? – Ele perguntou com um sorriso no rosto.

 

 

— Não comece... Eu quis dizer que estava preocupada por que nós somos os próximos a apresentar o trabalho. – Eu disse.

 

 

— Sei... Então, será que vai demorar muito pra ser nossa vez? – Perguntou e quase no mesmo momento a professora pediu a atenção de todos.

 

 

 

— Muito bem! Laura e Titi, meus parabéns vocês foram ótimos! Agora próxima dupla... Mônica e Cebola! – Ela falou ainda sentada em sua cadeira na platéia.

 

 

Nós subimos ao palco. E nos posicionamos. Cebola se sentou em uma cadeira e eu fiquei atrás das cortinas por um tempo.

 

 

— Ação! – Disse a professora. Nós começamos a peça, interpretando os personagens como tínhamos ensaiado.

 

 

Cebola estava sentado, lendo uma revista, eu sai de trás das cortinas e me aproximei dele.

 

 

— O que você pensa que esta fazendo? – Falei dando a impressão de estar com raiva, já interpretando a personagem.

 

 

— Miranda? O que houve? – Ele perguntou assustado, também interpretando o seu personagem. Obrigada Deus por ele não ter rido quando disse o nome da personagem.

 

 

— Como assim o que houve? Ainda tem coragem de olhar pra mim e dizer isso? Você me traiu! – Eu falei.

 

 

— O quê? – Ele se levantou. - Isso é mentira!

 

 

— Ah é mesmo? Então você estava beijando um fantasma? – Eu perguntei. – Eu vi tudo Antonio! Pois saiba que nunca vou te perdoar por isso! – Eu me virei e caminhei até uma parte do palco, como se estivesse saindo, mas fui impedida, Cebola segurou meu braço.

 

 

 

— Não! Você entendeu tudo errado! Não é o que está pensando. – Ele disse, parecendo agitado.

 

 

 

— Eu entendi tudo muito bem, pensa que pode me enganar? – Eu falei tentando demonstrar fúria em meus olhos, mas olhando pro Cebola essa não era uma tarefa muito difícil, bastava lembrar do que ele fez com meu cabelo dias atrás. – Você não me ama! Tudo que você fez foi brincar e me enganar o tempo todo, pois saiba que não vou aturar mais suas armações! Está tudo acabado. – Eu falei.

 

 

 

 

— Sinto muito... – Ele disse em um tom baixo.

 

 

 

— É muito tarde pra se desculpar, agora se me der licença eu preciso cuidar de coisas mais importantes. – Falei indo em direção as cortinas novamente, mas ele é mais rápido e impede meu caminho. - Saia da frente!

 

 

 

— Não! Você vai me ouvir! – Ele falou num tom mais forte.

 

 

 

— O que você esta fazendo? Me solta! – Falei, ele voltou a segurar meu braço.

 

 

 

— Não vou te soltar até que me deixe explicar. – Não disse nada apenas assenti com a cabeça. - Você sabe que não tive uma vida fácil, perdi minha mãe, perdi minha família, mas não posso perder você. A pessoa que me beijou ontem é apenas uma mulher maluca que fica me seguindo, mas isso não é importante. – Ele falou e depois me soltou. - Crescer com apenas meu pai não foi fácil, ele quase não me via, pois estava ocupado com o trabalho. E eu queria apenas atenção, por isso eu fazia aquelas coisas com você.

 

 

 

Nunca tinha visto ele desse jeito, mas agora sei que ele realmente leu o roteiro que eu havia escrito, e percebeu a verdadeira mensagem que havia ali. Sim, eu havia me inspirado a fazer aquele roteiro conforme a vida do Cebola realmente era antes de perder o pai. Um pouco cruel? Talvez, mas entre as minhas conversas com Carla ela havia chegado naquela conclusão de que o Cebola agia daquele jeito infantil apenas por querer atenção. Eu precisava de uma história para o trabalho e de um roteiro que o Cebola pudesse pegar sem dificuldade, pareceu perfeito, mas agora ele aparenta estar um pouco perturbado. Terei errado? 

 

 

 

 

— Me perdoar ou não é uma decisão sua, mas... Eu realmente sinto muito por tudo. Eu... Sou apenas um homem que quando criança foi incapaz de respeitar as pessoas à sua volta e que acabou magoando-as por muito tempo e isso foi errado. – Ele se ajoelhou na minha frente. Ok, alguém está inventando um pouco aqui, mas seguia  onda. – Pode parecer que estou sendo um idiota nesse momento, mas eu não aguento perder mais ninguém... Por favor, me perdoe! – Ele falou.

 

 

Me ajoelhei na sua frente e segurei seu rosto com as duas mãos, me  assustei um pouco ao ver seus olhos marejados. Sem dúvidas, Cebola disse as falas do personagem com sinceridade. Ele queria meu perdão pra valer, então a conversa de ontem à noite foi sincera. É, acho que essa parte deixou de ser um simples teatro. Talvez agora eu acredite que ele queira mudar de verdade, que ele realmente quer se tornar uma pessoa melhor. Um voto de confiança não mata ninguém, mas eu já dei tantas para ele... Ah, o que é uma última vez Mônica? Isso não vai te matar. Que seja...

 

 

 

 

— Cebo... – Dei uma pausa ao me lembrar que ainda estávamos no palco apresentando um trabalho. - Antonio... Não precisa fazer isso. Eu também quero que você me perdoe. – Ele me olhou.

 

 

 

— Mas M... – Ele também deu uma pausa. - Miranda...

 

 

 

— Nunca fui uma pessoa paciente, nunca acreditava nas suas promessas, por causa do passado eu não consegui acreditar em você. – Eu falei.

 

 

 

— E agora? Você acredita em mim? Você me perdoa? – Ele perguntou.

 

 

 

— Eu acredito. Eu te perdoo Antonio.

 

 

 

Ele deu um pequeno sorriso parecendo aliviado com a minha resposta. Olhei pra ele novamente e consegui ver o brilho em seus olhos, os mesmo olhos que antes me provocavam até o limita da santa paciência, estavam ali pedindo perdão. Sorri pra ele de volta.

 

 

 

— Oh meu Deus! Isso foi lindo crianças! Estou mais emocionada do que quando vou ver minha novela! – A professora falou, eu e o Cebola nos olhamos e nos levantamos. - Estão dispensados, na próxima aula irei dizer os pontos e qual dupla se saiu melhor.

 

 

 

...

 

 

 

Pov. Cebola

 

 

 

Eu... Não sei dizer o que aconteceu comigo. Eu tinha lido aquele roteiro que ela tinha feito e percebi que ele falava o quanto ela estava desapontada comigo e que não confiava e nem acreditava em nada do que eu dizia. Não sei se fiz a coisa certa no palco, mas acho que consegui pelo menos com que Mônica tivesse um pouco de fé em mim.

 

 

Eu estava sentado em uma das mesas do refeitório, fui assim que as apresentações acabaram junto com os outros. Cascão e Titi não paravam de me encher com a história do teatro.

 

 

— Oh Mônica! Eu não consigo viver sem você! Me perdoa! – Disse Titi tentando me provocar.

 

 

 

— Cebola eu não vou te perdoar nunca! Me esquece! – Disse Cascão apoiando a brincadeira do Titi, os dois faziam umas vozes improvisadas de garotas. Ridículo.

 

 

 

— Haha... Muito engraçado. – Disse irônico.

 

 

 

— Ah, não fica assim Cebola! A gente ta só brincando. – Falou Titi rindo mais ainda quando viu minha cara emburrada.

 

 

 

— É. – Concordou Cascão. – Mas pelo que o Titi me disse foi bem engraçado. Hahaha!

 

 

 

— Ah é? Ele também te falou que representou um príncipe e precisou usar uma roupa ridícula pra salvar a Laura do castelo? – Falei.

 

 

 

— Como é? – Disse Cascão.

 

 

 

— E ainda disse: "Oh minha dama, finamente vamos ficar juntos para sempre, venha e monte no cavalo branco que nos levará para o castelo de arco-íris!" – Falei com uma voz parecida com a que eles estavam fazendo antes.

 

 

 

Eu e Cascão rimos e agora foi a vez de Titi ficar emburrado com a minha brincadeira. Hehehe! Mexeu comigo, tem troco! Poderia continuar a rir junto com Cascão durante toda a tarde, mas de repente, escutei alguém falando alto ao telefone.

 

 

...

 

 

 

Pov. Autora

 

 

 

Mônica e as meninas estavam conversando e lanchando quando o celular de Mônica tocou.

 

 

— Desculpe meninas, tenho que atender. – Ela disse. Apertou um botão e colocou o celular no ouvido. - Alô?

 

 

 

— Alô. Com quem estou falando? – Disse uma mulher do outro lado da linha.

 

 

 

— Mônica Sousa. – Mônica falou.

 

 

 

— Ah! Desculpe-me se interrompi algo, mas meu nome é Lisa e sou enfermeira do hospital central. Eu queria informá-la sobre um acidente. – A enfermeira falou.

 

 

 

— Acidente?! – Mônica perguntou assustada, infelizmente acabou falando um pouco alto demais e quase todas as pessoas que estavam perto olharam pra ela. Se levantou da mesa por instinto. - Que acidente?

 

 

 

— Peço que se acalme, mocinha. - Tentou falar gentil, mas adiar a notícia não ajudou em nada. - Sim, infelizmente, o acidente aconteceu na auto-estrada, e as pessoas que estavam envolvidas tinham o seu número junto com os documentos. – Ela falou. - Como a senhorita era o único contato que encontramos, achamos melhor comunicá-la.

 

 

 

— Quem são? – Ela perguntou, já desesperada.

 

 

 

— Segundo os documentos, são Marcio e Susan Sousa. – A enfermeira falou.

 

 

 

Mônica pareceu perder os sentidos, pois no momento seguinte ela esqueceu como respirar. De repente alguém a segurou por trás e a faz se sentar na cadeira. Era o Cebola. Ele pegou o celular.

 

 

 

— Alô? - Aqui é Cebola Baker, quem está falando? – Ele perguntou.

 

 

 

— Cebola Baker? Você tem alguma ligação com Susan e Marcio Sousa? – Ela perguntou.

 

 

 

— Sim, o que houve com eles? – Ele perguntou novamente.

 

 

 

— Bem, houve um acidente, parece que o carro estava na auto-estrada e de repente perdeu o controle, acabou indo parar na contra mão e bateu contra um carro. – Ela disse. Cebola não conseguia dizer nada, apenas escutava a mulher. - Marcio está aqui no hospital em estado grave, mas infelizmente Susan não sobreviveu.

 

 

 

Cebola sentiu a mesma dor de semanas atrás. Primeiro seu pai e agora Susan? "Isso não pode estar acontecendo", pensou Cebola.

 

 

 

— Tudo bem, obrigado por ter ligado, nós vamos chegar aí em alguns minutos para saber mais sobre ele. – Cebola falou e depois desligou o celular.

 

 

 

Ele olhou pra Mônica, ela já estava a ponto de chorar. Como daria essa notícia a ela? Ele também não sabia exatamente o que realmente estava acontecendo, mas infelizmente a Susan... "Não importa", disse Cebola a si mesmo, "sei que a situação é difícil, mas ela tem que saber a verdade, de qualquer jeito... Mas qual é o jeito certo?"

 

 

— Cebola? – Mônica olhou pra ele, quase chorando. - O que aconteceu?

 

 

Cebola não disse nada, apenas chegou perto dela, se ajoelhou e a abraçou forte. Mônica estava aflita, sabia que eram más noticias, mas queria saber realmente o que havia acontecido.

 

 

— Ela morreu... – Cebola disse em seu ouvido enquanto se abraçavam. - Susan morreu.




 


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Notas finais do capítulo

Pois é... Momento tenso de novo...
Só pra lembrar: Eu não tenho prazer em matar personagens, juro! Mas infelizmente, tenho que fazer isso, talvez vocês gostem do resultado depois...
Bem, mereço reviews? Digam o que acharam.
Semana que vem volto com mais um capitulo! Té+!



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