Te Amar Ou Te Odiar? escrita por Dani25962


Capítulo 12
As consequências de seus atos


Notas iniciais do capítulo

Fala meu povo amado! Acho que só vou poder postar em toda a sexta-feira, já que no resto da semana fico meio ocupada estudando. ( Na boa... Depois do terceiro ano, nunca mais quero saber de matemática!) Espero que gostem desse cap.!



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Pov. Cebola







Eu estava na sala do diretor, ele me pediu que entrasse primeiro e esperasse, pois ia fazer uma ligação. Que ótimo! Agora ele deve estar falando com Marcio ou Susan para dizer o que aconteceu, e como ninguém sabe quem colocou esse vídeo, ele disse que a responsabilidade é minha.







Ah, mas eu sei quem fez isso, e ela vai pagar caro! Depois de um tempo a porta finalmente abriu e o diretor apareceu. Ele se sentou em sua cadeira, ajeitou os óculos e olhou pra mim.




— Cebola. Acho que você já deve saber o porquê de eu ter chamado você até aqui... – Ele falou seriamente.

 

 

— Por causa do vídeo? – Eu falei.

 

 

— Sim, mas, além disso, alguém invadiu a sala onde nós controlamos as TVs e a rádio do colégio, o estúdio onde é gravado está de cabeça pra baixo, equipamentos estão fora do lugar, tem fiação por todos os lados, mesas derrubadas... Está um caos. – Ele falou. - E os alunos que representam a rádio acham que foi você o responsável.

 

 

— O quê? Mas porque acham isso? – Eu perguntei um pouco assustado.

 

 

— No meio da bagunça eles acharam um livro e ele tinha o seu nome. – Disse ele. - Não tente mentir Cebola, nada mais foi encontrado para provar que não tenha sido você.

 

 

— Isso é impossível! Deve ter algum tipo de prova... Espera. O estúdio da rádio tem câmeras? – Perguntei. Talvez essa seja a única chance que eu tenho de me livrar dessa confissão.

 

 

— Hum... Acredito que sim, sugere que demos uma olhada? – Ele falou.

 

 

— Claro, assim podemos pegar o cara certo, pois eu tenho certeza de que não fui eu. – Disse me levantando e indo em direção à saída da sala com o diretor me acompanhando até a sala de segurança.

 

 

 

 

 

...

 

 

 

 

 

— Diretor? Em que posso ajudá-lo? – Disse o cara que vigiava as câmeras de segurança do colégio.

 

 

— Quero que me mostre as imagens do estúdio da rádio de hoje mais cedo. – Ele disse com uma voz um pouco autoritária. - Mais precisamente pouco antes dos alunos chegaram até a hora do intervalo.

 

 

— Claro. – Ele disse e se virou para o computador.

 

 

 

Ele mostrou as imagens um pouco antes de tudo acontecer. No vídeo mostrava que não tinha ninguém dentro da sala, mas de repente entra uma pessoa, ela estava com a cabeça coberta pela jaqueta, por isso não conseguimos ver quem era. Essa pessoa se sentou perto de um computador e colocou o vídeo, depois disso não sei por que, mas ele praticamente destruiu a sala inteira.

 

 

 

Quando terminou pegou sua mochila que estava no chão, mas quando ele se levantou parte da jaqueta que estava escondendo seu rosto saiu e assim pude ver a cara dele. No momento eu estava confuso, mas como? O rosto daquela pessoa era minha, quer dizer... No vídeo deu a entender que eu fiz tudo aquilo, mas como isso é possível?!

 

 

 

— Acho que já vi o bastante... – Disse o diretor e depois olhou pra mim. - Cebola você levará uma detenção tripla por isso!

 

 

— O quê? Mas isso não é justo! Eu... – Tentei falar, mas fui interrompido.

 

 

 

— Justo? Vem me falar de justiça depois do que fez? Ora! Saia da minha frente e volte para a sala, você está atrasado! – Ele falou.

 

 

 

Saí de lá sem entender nada, é claro que não fiz nada disso, mas era eu ali no vídeo... Sinceramente não faço ideia do que aconteceu aqui, mas se tem dedo da Mônica nisso, eu vou saber!

 

 

 

...

 

 

 

Não encontrei a Mônica no colégio, procurei ela por todos os lados, mas não consegui achá-la. O jeito foi esperar até que ela chegasse em casa. Pelo que eu sei, ela tinha ido até a casa da Magali assim que saiu da escola, acho que ela está fugindo de mim, claro que ela pensou que eu iria descobrir quem havia feito isso e correu pra casa da amiguinha...

 

 

Já estava pensando em ir até a casa da Magali e resolver isso de uma vez por todas, mas escutei alguém entrar na casa pela porta principal e subir as escadas. Saí imediatamente do meu quarto e a vi antes de entrar no seu quarto, ela olhou pra mim e sorriu, o mesmo sorriso de "venci" que ela quase sempre fazia pra mim.

 

 

 

— Ora, ora, ora... Se não é o motociclista, ou seria lixeiro? – Ela disse se referindo ao vídeo. - Eu vi o que você fez no estúdio da rádio, nunca pensei que você seria tão rebelde...

 

 

 

— Cale a boca! Foi você que fez isso, não foi? – Disse já com muita raiva.

 

 

 

— Tem noção do que diz? É claro que não fui eu. Se eu tivesse uma ideia dessas eu já teria feito há muito tempo. – Ela falou de um jeito familiar, ainda por cima sorrindo sarcástica. Essa última frase que ela falou, foi a mesma coisa que eu disse quando fiz a brincadeira com o cabelo dela. Então essa foi a vingança dela.

 

 

 

— Então foi mesmo você... – Eu disse a olhando. - Pois saiba que isso não vai ficar assim!

 

 

— Oh não Cebola, isso não vai ficar assim mesmo... – Ela disse se aproximando de mim. - Você vai parar com esses seus planinhos, ou eu juro que acabo com sua vida, entendeu querido? – Ela disse passando sua mão pelo meu peito. – E é melhor não tentar nada contra mim, estarei de olho em você o tempo todo e se eu suspeitar que você está tramando alguma coisa, eu vou agir na mesma hora.

 

 

 

A raiva já me dominava, odiava ser chantageado. Não sei se foi por impulso, mas a peguei pelo pescoço e a prensei contra a parede.

 

 

— Eu não tenho medo de você. – Disse. - Não pense que vou ser seu capacho só por que fez com que a escola toda risse de mim, ainda assim sou eu quem vai acabar com você! – Eu falei e a vi rir.

 

 

— Veremos... – Ela falou.

 

 

— Mas o que está acontecendo aqui?! - Susan exclamou assim que me viu segurando Mônica pelo pescoço contra a parede, eu nem estava segurando com força, mas talvez a cena dava a impressão de que estava. - Cebola! Solte-a! – Ela ordenou e eu a soltei, mas a maldita caiu no chão e começou a chorar, encenando um papel de indefesa. Ah... Desgraçada.

 

 

 

— S-Susan... Por favor, me ajuda... O Cebola está fora de controle, ele ameaçou me bater se eu não fizesse o que ele queria... – Ela falou, parecia que estava chorando, mas aquelas lágrimas de crocodilo não me enganam. Por que ela tinha que ser boa justamente no teatro?!

 

 

— Cebola! Já para o seu quarto! Quando Marcio chegar em casa nós iremos conversar! - Ela ordenou, não acredito que ela acreditou no que ela disse.

 

 

— O quê? Mas eu... – Tentei explicar.

 

 

— Não quero ouvir! E ainda não consigo acreditar no que seu diretor disse pra mim quando ligou, mas agora, infelizmente vejo que você realmente está se comportando de forma horrível! – Ela falou. - Pro seu quarto! Agora!

 

 

 

Ela realmente não iria me ouvir, então decidi obedecê-la. Antes de entrar no meu quarto, vejo Mônica e Susan se abraçando, Mônica riu sarcasticamente pra mim e falou: Eu te avisei, sem voz.

 

 

 

Bati a porta com força e a tranquei, mas que inferno! A Mônica infelizmente vai acabar conseguindo o que ela quer se fingindo de frágil desse jeito! Ah... Mas eu vou acabar com essa alegria dela, isso não vai ficar assim!



 

...

 

 

 

 

Fiquei deitado na minha cama o dia todo, não queria ver ninguém e nem comer ou beber nada, apenas ficar aqui sem ser incomodado. Mas infelizmente alguém bateu na porta.

 

 

 

— Cebola? Abra a porta quero falar com você. – Era Marcio, provavelmente Susan já havia contado tudo, pelo menos contado o que ela sabia.

 

 

 

— Não estou a fim de conversar – Eu disse.

 

 

— Por favor, Cebola, é importante. – Ele disse tentando me convencer.

 

 

Sei que Marcio deve estar confuso com tudo o que esta acontecendo, e de qualquer forma, uma hora eu tenho que sair do quarto e conversar com ele. Levantei, fui até a porta e a abri.

 

 

— O que é? – Disse assim que o vi.

 

 

— Por que não vamos lá fora? Assim temos mais privacidade. – Ele falou.

 

 

 

O segui até o jardim da casa, nenhum de nós disse nada durante o trajeto. Ele se sentou em um banco e eu sentei ao seu lado olhando a mansão a nossa frente.

 

 

 

— Susan me contou o que houve hoje. – Ele falou. - Sobre o que houve na escola, o estúdio, o vídeo e a cena de hoje com a Mônica. – Ele continuou. - Mas por mais que eu queira não consigo acreditar que você tenha feito isso, então quero saber a verdade.

 

 

— Mas Susan não falou? Ela disse que fui eu, o diretor também me culpou por tudo... – Eu Falei.

 

 

— No momento eu estou perguntando a você Cebola, você realmente fez tudo isso? – Ele me perguntou.

 

 

— Não. – Disse.

 

 

— Então, quem foi? – Ele perguntou.

 

 

— A Mônica. – Afirmei.

 

 

— A Mônica? E por que ela faria isso? – Ele disse calmamente.

 

 

— Deve ser por que eu coloquei cola e tinta no cabelo dela, sabe como mulher fica quando alguém mexe no cabelo delas né? Fazem qualquer coisa pra te ferrar. – Eu disse e ele riu um pouco.

 

 

— Isso é verdade, é realmente um perigo. – Ele falou. - Mas pelo que eu sei você não tinha motivos pra fazer isso com o cabelo dela.

 

 

— A Magali discutiu com o Cascão no cinema e depois saíram, e as pessoas que ainda estavam lá ficaram olhando pra nós e riram. – Eu falei me lembrando do dia.

 

 

— É qual é o problema? – Ele falou.

 

 

— Como assim qual é o problema? É claro que eu não ia ficar de braços cruzados, eu tinha que fazer alguma coisa.

 

 

— Tudo bem, não tem como dizer isso de forma gentil. - Começou. - Se o que está me dizendo é verdade, então o início disso tudo não era problema seu e sim do Cascão e da Magali. - Tentei argumentar, mas ele não deixou. - Por isso não havia razão para você provocar a Mônica, e muito menos resolver as coisas com uma brincadeira de mal gosto. - Falou. - Por qual foi o motivo da discussão entre seus amigos?

 

 

— Não foi nada, eles só... Tiveram um desentendimento. - Não quis contar os detalhes, pareceu constrangedor.

 

 

— Você sabe se eles já se acertaram? - Perguntou.

 

 

— Ahn... - Me lembrei do que pedi ao Cascão para fazer com Magali, o pó que provoca a coceira. - Acredito que sim.

 

 

— Ótimo. - Disse. - Agora, o que acha de fazer as pazes com a Mônica?

 

 

— Ficou doido? 

 

 

— De acordo com meu médico, ainda não. - Ironizou.

 

 

— Muito engraçado. - Ri sem humor. - Não tem como fazer as pazes com ela, é a Mônica! Nós nunca nos demos bem.

 

 

— Isso não é verdade. - Falou. - Vocês tem sim seus momentos de guerra, mas também há momentos de trégua. Por isso ainda continuam amigos depois de tantos anos. Agora vez você pode tentar falar com ela – Ele disse.

 

 

— Ela é teimosa demais pra me escutar. – Falei.

 

 

— Olha só quem fala... – Ironizou de novo. – Cebola, sinceramente, eu acho você um rapaz muito inteligente. Seu pai me disse uma vez que você queria ajudá-lo na empresa um dia, o que isso me faz muito feliz. – Ele falou. - Então vamos supor um exemplo: Se alguém que nós quiséssemos fazer uma parceria em algum projeto e ele recusasse. Você queimaria a outra empresa, ou tentaria convencê-los conversando? – Ele perguntou.

 

 

 

— Conversando, é claro.

 

 

— Exato, então não seria melhor resolver um conflito conversando? – Ele propôs.

 

 

— Sim. – Disse e pensei um pouco. - Você está falando de mim e da Mônica certo?

 

 

— Lógico, Cebola, se você e a Mônica resolverem as coisas apenas na briga nunca terão paz um com o outro, mas se vocês conversarem ao invés de brigarem será muito mais fácil. – Ele deu uma pausa antes de continuar. - Acho que você esta agindo assim por causa do seu pai.

 

 

— O quê? – Perguntei.

 

 

 

— A morte do seu pai pode ter sido realmente difícil pra você, e com certeza ainda não superou isso. Acho que de alguma forma está descontando isso na Mônica e isso não é bom, para nenhum dos dois. – Ele falou.

 

 

Pensei um pouco sobre esse assunto, nos últimos dias eu tenho me sentido mal, até mesmo naquela hora quando fiz aquilo com a Mônica eu não me senti nada feliz. Sabia que isso era errado. Meu coração doeu pela primeira vez só de pensar no que havia feito com a ela.

 

 

 

— Eu... Eu não queria... – Dei uma pausa antes de continuar. - Eu não sou assim, não gosto de ver ninguém sofrer, nem a Mônica.

 

 

 

— Então. – Ele olhou pra mim. - O que acha de parar com essas brincadeiras infantis? Você está se tornando um homem, meu rapaz, aja como tal. Seja responsável, paciente e dedicado. Não é tão difícil adquirir essas qualidades quando realmente as quer em sua vida. Converse com a Mônica e resolva essa situação.

 

 

 

— Eu... – Pensei um pouco, talvez essa não seja tão ruim, pelo menos, não do jeito que Marcio falou. - Tudo bem, eu vou tentar.

 

 

— Ótimo! – Ele se levantou. - Aliás, você está de castigo por tentar bater na Mônica. – Ele disse e sorriu. - Sem sair de casa por duas semanas, apenas para ir à escola.

 

 

— O quê?! Mas ela fingiu! – Eu tentei explicar.

 

 

— E o estúdio da sua escola? Isso não foi fingimento. – Ele falou, talvez eu tentasse me defender se não tivesse provas contra mim. - Anime-se, deu sorte que foram apenas duas semanas e não um mês. – Ele falou e começou a caminhar para a mansão. – Boa noite Cebola.

 

 

 

— Boa noite. – Disse desaminado.



 

...

 

 

 

 

Pov. Mônica

 

 

 

Finalmente consegui me vingar do Cebola! Essa ideia foi simplesmente brilhante! Só precisei da ajuda das meninas e do Vitor. Primeiro eu coloquei o vídeo do Cebola em um Pen Drive, fui até a casa da Laura e ela estava lá com Vitor, ele é meu parceiro na aula de química, e a prima dela que é especialista em maquiagem.

 

 

Falei com ela pra deixar o Vitor com a cara do Cebola. E devo dizer que ela fez um ótimo trabalho, ele ficou idêntico! Depois que estava tudo pronto, Vitor entrou no estúdio, colocou o vídeo no computador e depois bagunçou toda a sala. Quando tirou a jaqueta da cabeça parecia que o Cebola havia feito tudo! Para garantir, caso as câmeras não tivessem pego a cara dele, pedi ao Vitor para deixar o livro de biologia do Cebola que peguei "emprestado" enquanto ele estava no futebol.

 

 

E ainda teve a minha pequena cena no corredor, foi uma ótima oportunidade de botá-lo de castigo definitivamente! Isso foi o mínimo que eu podia fazer depois de tudo o que ele me fez passar.

 

 

 

Agora estou no meu quarto, pensando em algumas maneiras do Cebola se dar mal, por que eu sei que ele não vai ficar parado, conheço bem a peça. De repente escutei o som do meu celular tocar. Quando fui ver quem era minha felicidade aumentou mais ainda!

 

 

— Oi amor! – Disse assim que atendi.

 

 

— Oi, eu quero falar com você. – Ele disse.

 

 

— Aconteceu alguma coisa? – Perguntei, ele parecia sério.

 

 

— É, aconteceu alguma coisa, mas eu prefiro falar pessoalmente, podemos nos encontrar naquela lanchonete agora?

 

 

— Claro. – Falei.

 

 

— Ótimo, te vejo lá em vinte minutos. – Disse e depois desligou.

 

 

Mas o que será que ele quer falar comigo? Bom eu não ia ficar em casa curiosa. Peguei minha bolsa, fui até a garagem e entrei no meu carro, não demorei muito para chegar à lanchonete. Quando entrei o vi sentado em uma cadeira, me aproximei e sentei de frente a ele, pensei em lhe dar um abraço e um beijo, mas a cara e o jeito nervoso dele me fez desistir.

 

 

— Oi. – Disse. - O que houve?

 

 

— Eu... Quero conversar sobre uma coisa que já deveria ter falado há muito tempo. – Ele disse.

 

 

— E o que é? – Perguntei.

 

 

— Mônica... Eu quero terminar o nosso namoro. – Ele falou.






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Notas finais do capítulo

Vish! Término de namoro, como será que ela irá reagir com isso? Semana que vem terão a resposta!

E ai? Mereço reviews?

Sexta que vem tem mais! Té+!



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