Te Amar Ou Te Odiar? escrita por Dani25962


Capítulo 10
No escuro do cinema


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Foi mal, sei que demorei, mas não tive tempo. Fiquei estudando a semana toda por causa das provas e também por que a internet não estava ajudando muito lenta desse jeito... Enfim, espero que gostem.



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Pov. Autora

 

 

Cebola havia acabado de tomar banho. Colocou uma camisa branca com uma calça escura e um tênis branco. Pegou seu celular, discou um numero e esperou alguém atender.

 

— Alô. – Disse Cascão no outro lado da linha.

 

— E ai Cascão? Só liguei pra confirmar o horário do filme. É às sete, certo? – Cebola perguntou enquanto procurava as chaves da sua moto.

 

— Sim, já são... Seis e meia. Te vejo daqui a pouco lá no cinema, Cebola.

 

— Beleza. Até logo. – Cebola disse e desligou o celular. Finalmente havia achado as chaves e desceu rapidamente as escadas a fim de chegar a garagem.

 

 

Mas seu trajeto fora interrompido, pois logo quando havia acabado que chegar à sala, a campainha tocou, não demorou a atendê-la. Quando abriu a porta viu uma figura feminina que há tempos não via na casa.

 

 

— Oi Magali. – Ele disse dando passagem para a garota entrar. – A Mônica esta lá em cima, eu tenho que sair agora. Tchau!

 

— Tudo bem. Tchau. – Ela falou e logo após Cebola passar pela porta da cozinha ela subiu as escadas e bateu na porta do quarto de Mônica. - Mônica? Sou eu a Magali.

 

— Pode entrar Maga! – Mônica falou. Quando Magali entrou no quarto viu sua amiga se admirando no espelho.

 

— E ai? Como estou? – Ela usava um vestido vermelho com saltos da mesma cor.

 

— Esta linda! Por que tanta produção? Nós só vamos ao cinema. – Magali falou e parou na frente do espelho junto à amiga.

 

— O Brian vai me buscar depois da sessão, por isso preciso ficar mais bonita que o normal. – Ela disse com um sorriso meio bobo.

 

— Então se você quer que seu príncipe apareça é melhor irmos, o filme começa em vinte minutos... – Magali falou calmamente, mas foi puxada brutalmente por Mônica que no momento estava histérica.

 

— Por que você não disse antes?! Temos que chegar antes do filme começar! – Mônica falou descendo as escadas correndo ainda puxando a amiga que tentava se manter de pé.

 

 

...

 

 

— Você não pode ta falando serio! – Gritou Cebola irritado com Cascão.

 

— E o que eu podia fazer? Não tinha mais nenhum disponível nesse horário. – Falou Cascão tentando se desculpar com o amigo, pois havia comprado ingressos para ver um filme de comedia romântica, por que não tinha outro disponível.

 

— Deveria pedir o dinheiro de volta e a gente ia pra outro lugar! – Disse ainda muito irritado.

 

— Agora não dá, já paguei pelo filme e você pela pipoca e o refrigerante, eu sei que é meio chato, mas pelo menos vamos ver o filme? – Falou Cascão.

 

— Ah! Tudo bem... Já que não tenho escolha mesmo. – Disse Cebola ainda emburrado. - Mas da próxima vez vê se olha o horário direito!

 

— Tá bem, desculpa. – Falou e foram para a sala onde passaria o filme.

 

 

...

 

 

— Duas entradas, por favor. – Disse Magali à mulher atrás do balcão.

 

 

— Aqui está. Bom filme! – A mulher falou gentilmente.

 

— Obrigada! – Ela respondeu e correu até Mônica que estava a esperando.

 

— Nossa! A fila estava tão grande assim? – Ela perguntou, pois a amiga havia demorado um pouco.

 

— Detalhes... Vamos logo! Se não vamos perder o filme.

 

 

As duas entraram quase correndo. Logo chegaram à sala. Magali se sentou na cadeira H6 e Mônica na H7. Por sorte conseguiram chegar a tempo de ver o filme, já havia começado os trailers.

 

— Viu? Conseguimos! – Falou Magali animada.

 

— Ainda bem! Eu estava ansiosa para ver esse filme. As meninas disseram que é muito bom. – Mônica falou, animada.

 

— Shiu! Vai começar.

 

O filme começou, o início falava de um homem que havia perdido toda a sua família e vivia sozinho, as cenas do acidente que matou seus parentes era emocionante. Principalmente para certa garota chorona...

 

Magali estava chorando silenciosamente, sua amiga também tentava se controlar, era realmente emocionante. Não conseguindo se segurar, Magali deixa uma lágrima sair e escorrer pelo seu rosto. Havia um homem sentado ao seu lado, que estava com seu braço escorado no braço da cadeira, quando sentiu algo o molhando. O estranho olhou para o lado e viu uma linda garota chorando, ele não conseguiu identificar quem era por causa da escuridão, mas pela pouca luz deu pra ver que ela era bonita.

 

— Algo errado? – Ele perguntou meio que sussurrando para Magali que tomou um pequeno susto ao ouvir a voz do homem.

 

— Ahn... Não é nada. É que... – Ela tentou se explicar, mas fora interrompida.

 

— Esse filme é um pouco triste, não é mesmo? – Ele falou sorrindo. – Não se preocupe é apenas um filme...

 

Magali tentava descobrir quem era aquele homem, mas pela pouca luz, viu que ele parecia ter a sua idade, mas não conseguiu identificá-lo.

 

— Mesmo sendo apenas um filme, os sentimentos e a dor dos personagens parecem bem reais e... Oh! Que boba que eu sou chorando na frente de um cara que nem mesmo conheço...

 

— Não se preocupe com isso. Afinal, não existe mau nenhum em mostrar seus sentimentos. Não é mesmo? – Ele disse calmamente admirando Magali.

 

— Claro... – Ela falou e olhou pra frente tentando prestar atenção no filme novamente.

 

O desconhecido também voltou a sua atenção no filme. A cena seguinte no filme mostrava que o um dos personagens principais estava sendo perseguido por homens contratados para matá-lo. O homem tentava escapar, mas fora atingido com um tiro. Magali tapou os olhos e inclinou o rosto para a direita, encostando sua cabeça no ombro do desconhecido.

 

O desconhecido se assustou um pouco, mas entendeu a situação e colocou seu braço esquerdo em volta da garota, tentando lhe passar proteção. Ele inclinou um pouco a cabeça.

 

— Calma não precisa se preocupar, ele esta vivo, o tiro foi de raspão. – Sussurrou no ouvido dela que involuntariamente tremeu ao ouvir sua voz.

 

— Ah... Ainda bem. – Disse se sentado direito novamente.

 

— Desculpe... – Ele falou tirando a mão das costas dela.

 

— Tudo bem. – Ela falou sorrindo.

 

No final do filme, o homem havia se recuperado e se livrou das pessoas que queriam sua morte. Ao longo dessa jornada ele encontrou uma maravilhosa mulher e acabou se casando com ela, e assim eles criaram sua própria família juntos.

 

— Que lindo! – Magali começou a chorar novamente.

 

— Você é bem emotiva não é mesmo? – Ele disse rindo um pouco.

 

— Um pouco, mas eu gosto de ser assim. Gosto de mostrar meus sentimentos. Como você disse, não tem nada demais mostrá-los. – Ela disse o encarando.

 

— Tem razão, não tem nada demais mostrar o sentimento que esta sentindo... – Ele falou chegando mais perto dela. - E muito menos o que mais se deseja no momento.

 

Ele se desfez do espaço entre os eles e a beijou. Magali se assustou um pouco, mas o beijo dele não era nada comparado aos seus antigos namorados, o beijo dele parecia ter algo especial, então ela apenas retribuiu com a mesma intensidade. As luzes do cinema finalmente haviam retornado, pois o filme havia acabado. Mônica se levantou para ir, mas quando viu sua amiga beijando aquele garoto quase teve um infarte.

 

— Magali! – Ela gritou.

 

— Cascão! – Cebola também estava no mesmo estado que Mônica, por que raios Cascão e Magali estavam se beijando?

 

Magali ouviu o grito de sua amiga e separou do estranho, mas quando conseguiu ver seu rosto, tomou um belo susto. O mesmo para Cascão, nunca imaginaria que fosse Magali sentada ao seu lado.

 

— O que você pensa que esta fazendo?! – Falou Magali após se levantar da cadeira.

 

— Correção: O que nós estamos fazendo... – Disse Cascão também se levantando.

 

— Não venha com gracinhas! Como se atreve a fazer isso comigo?! – Ela gritou, infelizmente ainda havia algumas pessoas olhando e isso incomodou Mônica um pouco.

 

— Magali... Deixa isso pra lá. – Ela falou no ouvido de sua amiga.

 

— Como assim deixar isso pra lá? Ele... – Tentou questionar.

 

— Eu sei, mas é melhor resolvermos isso em um lugar menos público. – Ela falou, Magali entendeu quando viu aquelas pessoas os encarando.

 

— Tudo bem. Vamos sair daqui. – Ela disse e assim saíram da sala deixando Cebola e Cascão.





...







Pov. Cebola







Ainda não acredito que vi meu melhor amigo beijando a melhor amiga da Mônica. É algum tipo de pegadinha? Cadê as câmeras?







As duas saíram da sala como se nada tivesse acontecido, acho que foi por causa do pequeno público que estava nos observando. Cascão e eu saímos da sala logo depois, eu queria encontrá-las para saber o porquê de isso ter acontecido, mas antes eu queria saber a versão do Cascão.







— Cara, foi mal! Eu nem sabia que era ela! Tava mó breu lá dentro e... – Disse ele tentando se explicar.




— Você estava dando em cima dela no meio do filme?! – Falei, assim que a lógica bateu na minha cabeça. – Ah, claro! Você dando em cima de uma garota enquanto eu dormia, eu falei que era melhor não ver o filme!




— Espera um pouco! Você dormiu? Grande amigo você é! Pago o ingresso e você nem vê o filme. – Falou ele chateado. Ah! Ele estava pedindo pra apanhar.




— Eu? E por acaso você prestou atenção? – Disse, pela cara dele com certeza a resposta era não. – Não estou nem ligando pra isso, vamos achar as meninas.




— Ei! Não são elas ali? – Cascão falou apontando para o pequeno grupo de três pessoas na nossa frente.




— Vem Cascão. – Nos escondemos atrás de uma planta perto da parede para ouvir a conversa, agora eu pude ver quem era a pessoa que estava com elas, era Brian.




— Aconteceu alguma coisa? – Brian perguntou as duas.




— Nada amor, é que... O filme foi muito bom. – Disse Mônica sorrindo meio torto. Ah! Ele não vai cair nessa! A Mônica estava mentindo, sei muito bem quando a Mônica mente ou tenta esconder alguma coisa, já que ela é péssima nisso.




— Sério? Bom, talvez a gente possa ver juntos algum dia desses. – Ele falou. Mas que cara burro! Qual é o problema dele?! – Vamos Mônica?




— Claro. – Ela falou e se aproximou dele que colocou seu braço em volta da cintura dela.




— Magali, vai querer carona? – Ele perguntou.




— Não obrigada, o Josh vem me encontrar aqui para falarmos sobre o trabalho de arte. – Ela disse.




— Legal, a gente se vê! – Ele disse e se afastou com Mônica ao seu lado.







Eu e Cascão saímos de trás da planta. As duas saíram sem nem um tipo de explicação e ainda nos deixaram lá na sala enquanto aquele povo ria da gente, e olha que foi só o besta do Cascão que fez a burrada. Ah! Mas eu não vou deixar as coisas como estão, elas vão ter o que merecem, e isso pede um plano nada menos que infalível!








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Notas finais do capítulo

Quem gosta do casal Magali e Cascão deve ter gostado desse...

Segunda-feira eu volto com mais um cap.

E ai? Mereço reviews?

Té+!



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