A New Someone escrita por Lady, Belune


Capítulo 56
Capítulo 55 – Contrition.


Notas iniciais do capítulo

Sem comentários da minha parte, mas falarei um pouco lá no final e, por favor, leiam o que direi.
Boa leitura.



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Capítulo 55 – Contrition.

“Arrependimento de nada adianta. As coisas que você perdeu nunca mais voltaram!” – Ai Enma

O gongo anunciou alto paralisando – instantaneamente – os golpes que eram desferidos.

O empate entre Tigres e Lâmias foi anunciado, isso para a grande frustração da morena. Mas o importante era que o melhor estava por vir, e como estava.

Cada dupla retornou aos seus lugares sem grandes perdas ou ferimentos sérios. Sequer o estádio ficou em silencio após o aviso de que a batalha seguinte seria Fadas contra Tigres. Mas não fora aquele anúncio que deixara a torcida eufórica, a beira de um colapso.

– Natsu Dragneel versus Rogue Cheney! – berrou Chapatiola, esse sendo seguido por diversos gritos de Jason.

As duas figuras se encaminharam para o centro da arena. A áurea que os rodeava era quase assustadora.

Enquanto as sombras dançavam em torno de Rogue. O fogo esbanjava toda sua fúria nos punhos de Natsu. E ao ser anunciado o inicio do combate todos puderam contemplar, trêmulos, o choque dos grandes poderes mágicos de ambos os magos.

De seu lugar mais atrás do time, Lucy apenas mantinha-se quieta e seria. Mais a frente Mira gritava e torcia pelo moreno junto a Wendy e Sting – que haviam chegado há pouco. O loiro gritava algo sobre se o Cheney perdesse, ele teria que se ver com a fúria da blonde.

Nada que fizesse grande significado para Lucy, ela tinha certeza absoluta que Rogue venceria. E com essa mesma certeza a loira permitiu-se um mínimo sorriso, este que não passou despercebido por Laxus.

...

Encolheu-se ao ver a ferocidade com que cada ataque era desferido. O próprio locutor calara-se mediante o terror das Sombras e do Fogo que se espalhava pelo centro da arena.

Tremores tomavam seu corpo, e as lágrimas que vinham a seus olhos eram do mais puro arrependimento. Fora tola. Entregara-se a um erro grave, e agora não apenas ela estava pagando.

Lisanna sabia no fundo de seu ser que toda e qualquer culpa era sua; inteira e completamente sua. E arrependia-se disso mais do que qualquer outra pessoa, talvez mais até que o atual namorado – se é que um dia chegaram a ser isso. Por vezes a Strauss questionou a si mesma sobre aquele relacionamento.

Amava Natsu mais do que qualquer um, mas vê-lo sofrendo por aquilo era deveras torturador, ainda mais por causa de que ela é a principal causadora do ‘abandono’ da Lucy para com a guilda.

Mordendo o lábio fortemente a albina deixou-se fechar os olhos. Queria bloquear a torcida eufórica, queria não ouvir os sons da batalha, implorava para que seu Natsu saísse vivo depois daquilo.

E mesmo dando o máximo de si, foram atos em vão.

Mas mesmo que estivesse obvio fisicamente que a albina não queria de forma alguma assistir a aquela luta, a verdade era mais que cruel. Em seu intimo Lisanna apenas almejava que Natsu esquecesse Lucy, que parasse de lutar por ela. Mesmo que a loira fosse nakama sua, mesmo que a Maga Celestial sempre houvesse tratado a Strauss com carinho – apesar do que a mesma fizera.

A mais jovem maga take-over desejava com todas as suas forças que Natsu deixa-se a ir. Por que apesar de doer, doeria mais se ele lutasse por algo que já havia perdido a tempo, e doeria ainda mais na albina que jamais deixara de se culpar por tudo o que aconteceu com Lucy.

A imagem da loira desacordada, dos cortes da mesma que foram expostos nas telas de lacrima, do sofrimento dela... Tudo ainda cravado a ferro quente nas memórias da Strauss mais jovem.

Toda noite era lembrada do que fizera. Toda maldita noite em seus sonhos ela podia ouvir a voz de Lucy culpando-a enquanto cortava-se e sangrava até a morte. Perdera a conta de quantas noites acordara pela madrugada chorando e se culpando. Quase sucumbira a mesma loucura de cortar-se.

Encolheu os ombros, recuando um e outro passo.

– Lisan--

Mal ouviu lhe chamarem e já via-se correndo aos prantos em uma direção qualquer.

Os minutos se arrastaram. Talvez a luta já houvesse acabado, mas tinha certeza apenas de que não queria ver o resultado daquilo. Temia o pior, isso era inegável, mas temia ainda mais olhar para o moreno e ver ali que ela mesma era o motivo de todo o ódio sentido pela loira.

Mal se deu conta de quando chegara as portas da hospedaria, só dera por si quando a voz frágil e fraca de Meredy lhe chamara a atenção. A rosada mancava e eram perceptíveis alguns arranhões em sua face – mesmo esta sendo oculta pelo capuz.

Com cuidado a albina acudiu a maga sensorial – seus problemas deixados de lado apenas naquele momento de real precisão – e logo a levou para o interior da hospedaria a fim de tratar dos ferimentos que se espalhavam por seu corpo.

...

O tempo passou-se tão lento quanto se poderia imaginar. A rosada estava mais machucada do que aparentava e isso fora o que mais assustara Lisanna, esta que não compreendia quem poderia ter ferido uma maga tão poderosa quanto aquela.

Mas não era apenas isso que preocupava a Strauss. A falta da presença de Ultear e Jellal também estavam atormentando a mente frágil da maga take-over mais jovem.

Logo ao começo do entardecer a albina notou que Erza adentrava na enfermaria trazendo consigo um Natsu nocauteado e coberto de machucados. Mais atrás da ruiva Gray vinha trazendo Charles e um Happy confuso, e ao fim uma Wendy vinha de forma desinteressada, quase como se preferisse estar em outro lugar do que na presença dos companheiros de Guilda.

– Lisanna? O que aconteceu a Meredy? – questionou a ruiva, largando o rosado ao chão e seguindo para a maca onde a maga fugitiva se encontrava adormecida. – Onde está Jellal? E Ultear?

A albina limitou-se a balançar a cabeça negativamente – esta que já se encontrava tentando amparar Natsu.

– Quem ganhou a luta? – indagou Lisanna. Mas o silencio prevaleceu como resposta.

De seu canto mais afastada do grupo, Wendy apenas permitiu-se rodar os olhos e cruzar os braços. A resposta para aquilo era mais que obvia, por isso limitava-se ao silencio.

Também quieta, a gata branca apenas fitou toda a indiferença da azulada perante o que acontecia ao seu redor. E nisso o silencio engoliu o aposento numa fria indiferença que emanava da Dragonesa do Céu.

O frio que cercara o ambiente aparentava ser mais perigoso que as possíveis magias Ice-Make do Fullbuster, e talvez tenha sido a própria atmosfera pesada que despertara a rosada de seus pesadelos.

Tossindo levemente e ainda tendo as mãos parcialmente tremulas, Meredy forçou-se a sentar-se sobre o leito macio. Passou o olhar por todos no ambiente, antes de voltar a decaiu o olhar obre Natsu.

– Ele está bem? – indagou rouca. Vendo que a albina apenas assentira.

– Meredy onde estão Jellal e Ultear? – indagara Gray notando que varias ataduras escondiam ferimentos que espalhavam-se por seu corpo.

Uma fina e solitária lagrima escorreu pela face imaculada da jovem maga sensorial, esta que apenas abaixara a cabeça para fitar as mãos gélidas que se união em pesar e desgosto.

– Eles... – e assim engoliu em seco.

De súbito um calafrio percorreu o corpo da ruiva e do moreno. De alguma forma eles tinham a impressão de que as próximas palavras seriam demais para suportarem.

– O conselho os pegou...

...

Levou o olhar ao céu escuro que se estendia para além do horizonte. Em meio as trevas noturnas uma lua prateada, solitária, brilhava em seu ápice, indicando que era meia noite em ponto. Baixou o olhar para a cidade ao longe, identificando facilmente a grande massa onde a arena de Crocus se localizava.

Assim, sorriu. Um sorriso largo que mostrava todos os dentes brancos alinhados perfeitamente, e tal sorriso não deixava de exalar sua curiosidade mal alimentada.

O que sua querida loira estaria a fazer aquele horário?

Calmamente escorreu uma de suas mãos para o bolso interno de seu casaco enquanto vento chicoteava os fios prateados de seu cabelo. Logo retirou do bolso quente uma chave negra em formato de foice e com isso sorriu. Em breve alcançaria seu objetivo.

E apertando fortemente a chave contra os dedos, erguendo o olhar para o céu uma ultima vez; o albino deixou-se ser engolido pelas sombras que o rodeavam.

...

Respirou fundo, sentindo o vento frio rasgar caminho até seus pulmões. A brisa gélida daquela noite solitária nunca lhe pareceu tão dolorosamente fria quanto naquele momento.

– Algum problema Dante? – questionou o ruivo, aproximando-se curiosamente do irmãos mais velho, este que apenas encontrava-se de pé sob o gramado seco do jardim morto enquanto fitava o céu vermelho. – Irmão?

E assim um sorriso predatório se arrastou pelos lábios do comensal mais forte enquanto o mais jovem apenas seguia o olhar para saber o que o moreno – Dante - tanto observava.

Ele está chegando... – sussurrou.


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Notas finais do capítulo

Enfim, não vou dizer que voltei a ativa, por que seria mentira. Estou definitivamente sem computador e não há como eu voltar a postar qualquer coisa - seja aqui ou de outra categoria - por enquanto.
Como devem ter notado essa fanfic estava definitivamente em hiatus, e não eu não diria para vocês "comemorarem" a mudança desse estado. Primeiramento eu ja citei o motivo, sem pc não rola nada, nem acompanhamento para as fics que eu leio. Segundamente pelo fato de que estou repensando no final dessa estória, e também sobre se farei ou não segunda temporada; e se fizer será MUITO curta.
Espero que compreendão a situação, e esse capítulo só esta sendo postado pelo fato de que eu sempre antecipei os capitulos desta fanfic em particular, então sim, eu posso vir a postar outro em breve, por que o capitulo seguinte está pronto (acho, não betei ainda).
Sem mais delongas, até a proxima.