A New Someone escrita por Lady, Belune


Capítulo 54
Capítulo 53 - Consent.


Notas iniciais do capítulo

Tadaima.... o/
Bom, eu demorei, mas vim u.u
Isso é o que importa, apesar de que vão querer me trucidar com o fim desse capítulo kkkkkk
Serio mesmo, ja to fazendo as malas #mentiradeslavada
Enfim, boa leitura, e não me ameacem.... muito.



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“Se der certo ou não, o importante é que eu tentei e fui o mais longe que pude.” – Dean Winchester

Caminharam em silencio pelo corredor vazio.

Nem Lector ou Frosch estavam consigo. A única presença ali – sem que fosse à de Sting ou Rogue – era a do silencio inabalável.

O moreno suspirou assim que pararam frente a uma das portas do corredor. Logo adentraram no local dando de cara com uma sala confortável e rústica.

Havia dois sofás de couro marrom e uma mesa de centro. Tapetes e quadros enfeitavam as paredes e uma tela de lacrima – grande – se mostrava frente aos sofás.

– Então o que queria conversar? – indagou o Cheney jogando-se em um dos sofás e olhando curioso para o parceiro, afinal Sting Eucliffe não é alguém que se cala muito facilmente, ou mesmo alguém que aprecia alguma conversa civilizada sem que fosse um assunto serio.

– Eu... Quero... – assim tomou fôlego. - Quero te pedir... Permissão... – começou o loiro, escolhendo bem as palavras. O Cheney limitou-se a erguer a sobrancelha. – É sobre... – e assim suspirou. – Sobre a Lucy.

A cada segundo a curiosidade do Cheney tornava-se maior enquanto este franzia as sobrancelhas.

Ergueu-se de seu lugar, pondo-se frente ao parceiro – que até então mal se moveu – e cruzando os braços.

Sting tornou a suspirar. Sentia o suor escorrer pela lateral de sua face, tal como podia sentir o coração bater rápido em sua caixa torácica.

Engoliu em seco umas três vezes antes de prosseguir.

– Bem... Lembra-se de quando éramos crianças e achamos na biblioteca da guilda aquele livro sobre Dragon Slayers e Dragões? – indagou-o vendo o aceno afirmativo do companheiro. – Lembra-se do que descobrimos sobre a parceira de um Dragon Slayer?

– É claro. Um Dragon Slayer, tal como um Dragão, jamais poderá ter mais de uma parceira. Assim como dois Dragon Slayers, ou dois Dragões, jamais terão a mesma parceira. – citou. – Mas caso ocorra de dois Dragões se apaixonarem pela mesma fêmea, eles devem batalhar e aquele que ganhar será o parceiro da escolhida. Já o derrotado poderá escolher entre ir embora e jamais tornar a aparecer frente à fêmea, ou então tornar-se o protetor de vida da mesma, claro que com o consentimento do real parceiro da fêmea.

A cada segundo o loiro tornava-se mais nervoso, atiçando cada vez mais a curiosidade de Rogue.

– Não entendo aonde quer chegar Sting...

– Eu... – respirou fundo. – Não entenda mal, cara, mas... E-Eu... – e assim encarou o chão buscando coragem para o que pediria. – Eu quero me tornar o protetor da Lucy.

– Você o que!!? – o grito ecoou após alguns segundos.

O loiro sequer teve tempo de processar alguma resposta enquanto Rogue já o erguia pelo pescoço e o olhava com uma fúria sem igual.

– N-Não é o q-quer voc-cê ta pensand-do... – gaguejou buscando ar.

O Dragão Sombrio cerrou o olhar em direção ao loiro.

– Explique-se nesse exato momento! – ordenou, largando o parceiro cujo chocara-se contra o chão em um baque alto.

Logo a tosse seca de Sting fez-se presente enquanto este sentia a garganta queimar.

Tossiu mais uma vez antes de se explicar ao companheiro.

– Não é o que está pensando Rogue. – repetiu. – Eu amo a Lucy, sim, mas é como uma irmã. – comunicou fazendo o parceiro cerra o olhar em sua direção. A desconfiança cercava o Dragão Negro da mesma forma como um tigre espreitava sua frágil presa. – Eu juro Rogue.

– Então o que quer com isso? – indagou-o. – Por que isso assim do nada?

– Eu... – trincou o maxilar, engolindo todo o orgulho que lhe restara. Respirou fundo tomando coragem. – Eu estou querendo... Me... Redimir...

– E pelo que seria isso?

– Eu ri dela Rogue. Como se não fosse nada. – alegou o loiro. – Ri do sofrimento dela. Ri dela sendo espancada. Ri das lágrimas dela. E mesmo assim ela não se importou em nenhum momento. – o Dragão Branco se odiava por ter de relembrar dos seus piores dias. Dos piores dias e anos dos Tigres.

Balançou a cabeça prosseguindo com suas palavras.

– E mesmo sabendo disso ela ainda sim me aceitou como seu amigo, como um irmão. Ela estava machucada, podia descontar toda sua frustração em mim... Em nós tigres, mas ela desculpou-nos, até mesmo a Minerva que lhe difamou publicamente. – alegou, sentindo os olhos marejarem lágrimas salgadas por arrependimento e frustração. E assim abaixou a cabeça, encarando o chão claro enquanto apertava as mãos em punhos. Todo e qualquer orgulho que chegou a ter naquele dia encontrava-se em farrapos. – Eu quero poder protegê-la. Eu sei que ela é forte. Sei que ela tem você. Mas eu quero ter certeza de que, quando for necessário, ela... Você e ela terão a mim para ajudá-los!

E assim se encararam.

Segundos corriam silenciosos enquanto as palavras eram digeridas uma a uma.

O moreno suspirou pesadamente antes de soltar um mínimo sorriso.

– Tudo bem. – concordou. – Mas saiba que isso é por que eu confio em você seu idiota. – alegou depositando a mão sobre o ombro do loiro, isso antes de sair do cômodo.

Quando já via-se sozinho o Eucliffe permitiu-se cair de joelhos.

As lágrimas que escorriam por sua face eram angustiadas e doloridas.

Fora traiçoeiro de sua parte fazer isso.

Era um mentiroso.

Um maldito mentiroso de uma figa!!

Fungou baixo pondo a cabeça entre as mãos.

Odiava-se. E como odiava-se.

E antes mesmo de dar-se conta, braços pequenos e frágeis o envolveram.

Eram finos, aconchegantes e macios.

Viu fios azulados e um par de olhos caramelados.

Mas se quer deu importância por Wendy vê-lo chorando.

Naquele momento Sting só precisava de colo, de alguém... De consolo.

Abraçou ao pequeno corpo da maga, afundando-se no doce aroma de chocolate com menta, e só assim permitiu-se acalmar a própria consciência.

Era errado o que estava fazendo.

Mas, ao menos naquele momento, Sting Eucliffe permitiu-se admitir que precisava de alguém para ampará-lo. Mesmo que fosse uma criança.

Mesmo que fosse errado.


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Notas finais do capítulo

Enfim, espero que tenham gostado, espero que comentem dizendo o que acharam, espero que, sei la, continuem acompanhando (?)
Ja'ne



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